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Filaríase: diferenças entre revisões

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== Ciclo de vida ==
== Ciclo de vida ==
As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos ''[[Culex]]'', ''[[Mansonia (Animalia)|Mansonia]]'' ou ''[[Aedes aegypti|Aedes]]'', ''[[Anopheles]]'' . Da corrente sanguínea, elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial (período pré-patente), começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para os lábios do mosquito. Assim quando o hospedeiro definitivo for picado, a larva escapa do lábio e cai na corrente sanguínea do homem(seu único hospedeiro definitivo)
As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos ''[[Culex]]'', ''[[Mansonia (Animalia)|Mansonia]]'' ou ''[[Aedes aegypti|Aedes]]'', ''[[Anopheles]]'' . Da corrente sanguínea, elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial (período pré-patente), começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para os lábios do mosquito. Assim quando o hospedeiro definitivo for picado, a larva escapa do lábio e cai na corrente sanguínea do homem(seu único hospedeiro definitivo)by:alessandra e amanda


== Epidemiologia ==
== Epidemiologia ==

Revisão das 19h47min de 20 de agosto de 2011

Filariose
Filaríase
Pessoa com filariose
Especialidade infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B74
CID-9 125.0-125.9
CID-11 1975325075
MeSH D005368
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

A filariose ou elefantíase é a doença causada pelos parasitas nematóides Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos, causando linfedema. Esta doença é também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto do(s) membro(s) afetado(s) elefante do paciente com esta doença.

Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros culex, e algumas espécies do gênero Anopheles, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. Quando o nematóide obstrui o vaso linfático, o edema é reversível, no entanto, é importante prevenção com mosquiteiros e repelentes, além de evitar o acúmulo de água parada em pneus velhos, latas, potes e outros.

Verme Brugia malayi.

As formas adultas são vermes nematóides de secção circular e com tubo digestivo completo. As fêmeas (alguns centímetros, podem chegar a 3 cm) são maiores que os machos (de 0,5 a 1,5 cm) e a reprodução é exclusivamente sexual, com geração de microfilárias. Estas são pequenas larvas fusiformes com apenas 0,2 milímetros.

Ciclo de vida

As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos Culex, Mansonia ou Aedes, Anopheles . Da corrente sanguínea, elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial (período pré-patente), começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para os lábios do mosquito. Assim quando o hospedeiro definitivo for picado, a larva escapa do lábio e cai na corrente sanguínea do homem(seu único hospedeiro definitivo)by:alessandra e amanda

Epidemiologia

Afeta 120 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da OMS. Só afeta o ser humano (outras espécies afetam animais).

  1. O Wuchereria bancrofti existe na África, Ásia tropical, Caraíbas e na América do Sul incluindo Brasil. Mosquitos Culex, Anopheles e Aedes. No Brasil o vetor primário e principal é o Culex quinquefasciatus.
  2. O Brugia malayi está limitado ao Subcontinente Indiano e a algumas regiões da Ásia oriental. O transmissor é o mosquito Anopheles, Culex ou Mansonia.
  3. O Brugia timori existe em Timor-Leste e Ocidental, do qual provém o seu nome, e na Indonésia. Transmitido pelos Anopheles.

O parasita só se desenvolve em condições úmidas com temperaturas altas, portanto todos os casos na Europa e EUA são importados de indivíduos provenientes de regiões tropicais. A pessoa com elefantíase passa a ter, após dois anos, o aspecto de um elefante.

Sintomas

O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.

Os episódios de transmissão de microfilárias (geralmente à noite, a depender da espécie do vetor) pelos vasos sanguíneos podem levar a reações do sistema imunológico, como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fadiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).

A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afectadas, principalmente pernas e escroto, devido à retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes rebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito por cinco formas: busca direta por microfilárias; busca por vermes adultos; sorologia; diagnóstico molecular e exames de imagem. O diagnóstico por busca direta por microfilárias é feito através de exames como: gota espessa, análise direta do sangue, concentração de Knott e filtração de membrana de policarbonato. O diagnóstico por busca de vermes adultos é feita através de exames como: biópsias linfonodais e US (detecta a movimentação dos vermes e dilatação dos vasos linfáticos). O diagnóstico sorológico é feito por: pesquisa de anticorpo IgG-4, ELISA e teste de imunocromatogradia rápida. O diagnóstico molecular pode ser feito por: PCR (reação em cadeia da polimerase), eosinofilia (hemograma) e presença de linfócitos na urina. O dianóstico por imagem a ser utilizado é a linfocintigrafia (exame contratado dos vasos linfáticos).

Tratamento

O antiparasítico usado é dietilcarbamazina (DEC) que elimina as microfilárias e o verme adulto. Pode-se recorrer a cirurgia reparadora em caso de elefantíase (fase crônica da doença). É importante tratar as infecções secundárias. Esta doença também é conhecida como tibirius malarius malariosas esterna.

Prevenção

Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes e evitar aguas paradas.

Tratamento: O tratamento da filariose é feito com medicamentos, de acordo com as manifestações clínicas resultantes da infecção pelos vermes adultos e depende do tipo e grau de lesão que estes vermes provocaram e suas conseqüências clínicas.