Francisco de Albuquerque Melo
Francisco de Albuquerque Melo | |
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Nascimento | 1776 Viseu |
Morte | 4 de fevereiro de 1843 (66 anos) Desterro |
Batizado | 12 de agosto de 1776 |
Nacionalidade | português, brasileiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | militar, político |
Lealdade | Reino de Portugal, Império Português, Reino Unido de Portugal, Império do Brasil |
Francisco de Albuquerque Melo (Viseu, 1776[1] — Desterro, 4 de fevereiro de 1843) foi um militar e político luso-brasileiro.[2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Era filho de Manuel Caetano de Albuquerque Melo e de Ana Angélica de Mesquita, ambos da cidade de Viseu, em Portugal.[1][4]
Casou duas vezes.
A primeira vez a 19 de julho de 1806, em Lisboa, freguesia de São Nicolau, no oratório particular do Marquês de Penalva, com Maria Vitória Serpe de Sousa e Melo (que era viúva de António Tavares Lopes de Melo e Abreu Feio, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real por alvará de 7 de Abril de 1788, e irmã do militar português da guerra peninsular, Bento de Queiroz Pereira Pinto Serpe e Melo).[4]
Foram testemunhas deste casamento o próprio Marquês de Penalva, que era um dos principais aristocratas da corte portuguesa da época e o militar luso-brasileiro Joaquim José Cavalcanti de Albuquerque Lins.[5]
Depois de enviuvar, casou segunda vez no Brasil, já na década de 1820, com Genoveva Cândida da Costa, com quem, entre outros filhos, teve Maria do Patrocínio de Albuquerque Melo, que casou com Afonso de Albuquerque e Melo.
Veio ainda jovem para o Brasil, sentando praça no 3ª Companhia do Regimento de Linha da província de Pernambuco, em 27 de maio de 1793.[2]
Passou depois disso períodos em Portugal, como se pode constatar pelo seu acima referido primeiro casamento, ocorrido em 1806, em LIsboa, onde então residia.[4]
De novo no Brasil, tomaria parte, em 1817, na revolução pernambucana, sendo na sequência preso e exilado em Lisboa, e libertado em 1818. Tentaria depois derrubar o governo de Luís do Rego Barreto,[6] em Pernambuco, no ano de 1820.[2]
Entretanto, continuou a progredir em sua carreira militar, passando a Tenente-Coronel efetivo, por decreto de 13 de março de 1818, e a Coronel Graduado de Artilharia, em 26 de outubro do mesmo ano.[2]
Foi Comandante de Armas da província de Santa Catarina, por carta imperial de 15 de junho de 1824.[2]
Foi presidente da província de Santa Catarina, nomeado por carta imperial de 12 de março de 1825. Assumiu a presidência neste mesmo dia, presidindo a província até 14 de janeiro de 1830. Foi nomeado presidente da província do Mato Grosso em 31 de março de 1831, porém não assumiu o cargo.
Durante sua administração em Santa Catarina foram instaladas agências postais nos portos de São Francisco do Sul e Laguna. Em 1828 chegaram os primeiros imigrantes alemães em Desterro. Uma parte dos mesmos resolveu permanecer no porto de chegada, originando o núcleo da colonização alemã de Florianópolis. A outra parte foi destinada à colônia de São Pedro de Alcântara e também Louro (Alto Biguaçu), atual município de Antônio Carlos.
Candidato a deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina na 3ª legislatura (1840 — 1841), ficou como suplente, recusando-se porém a assumir o cargo, quando foi convocado em 12 de março de 1840.[2]
Referências
- ↑ a b «PT-ADVIS-PRQ-PVIS32-001-0004_m00086.tif - Baptismos - Arquivo Distrital de Viseu - DigitArq». digitarq.advis.arquivos.pt. Consultado em 2 de março de 2024.
Aos doze dias do Mês de Agosto de mil setecentos e setenta e seis .. baptizei a Francisco filho de Manoel Caetano de Albuquerque e Mello e sua molher dona Anna Angélica desta cidade [de Viseu] .. Foi padrinho o Doutor Jeronymo Caetano Francisco de Campos Juiz de fora desta cidade [de Viseu]
- ↑ a b c d e f «Biografias / Francisco de Albuquerque Melo / Memória Política de Santa Catarina». memoriapolitica.alesc.sc.gov.br. Consultado em 2 de março de 2024
- ↑ «Retrato de Francisco de Albuquerque Mello». O acervo do Museu de Arte de Santa Catarina
- ↑ a b c «PT-ADLSB-PRQ-PLSB48-002-C2_m0151.TIF - Livro de registo de casamentos - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 2 de março de 2024.
Em 19 de Julho de 1806, no Oratório particular do Exmº Marquês de Penalva [casamento de] Francisco de Albuquerque e Melo, nascido em Viseu, morador em Lisboa, na Rua Nova dos Correeiros, filho de Manuel Caetano de Albuquerque e Melo e Ana Angélica de Mesquita, com Maria Vitória Pereira Serpe de Sousa e Melo, viúva de António Tavares Lopes de Melo e Abreu Feio... sendo testemunhas o Marquês de Penalva e Joaquim José Cavalcanti de Albuququerque Lins...
- ↑ «Carta de Joaquim José Cavalcanti de Albuquerque Lins para [D. Francisco de Almeida], sobre sua chegada ao Pará e dos preparativos para sua partida ao interior daquela capitania, anunciando o falecimento do Bispo daquela Diocese [D. Fr. João Evangelista Pereira da Silva], por motivo de doença.». Arquivo Público do Estado de São Paulo. Consultado em 2 de março de 2024
- ↑ «Biografia de Luís do Rego Barreto». eBiografia. 5 de novembro de 2015. Consultado em 2 de março de 2024
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Piazza, Walter: Dicionário Político Catarinense. Florianópolis : Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1985.
Precedido por João Antônio Rodrigues de Carvalho |
Presidente da província de Santa Catarina 1825 — 1830 |
Sucedido por Miguel de Sousa Melo e Alvim |