Língua uolofe
Uolofe | ||
---|---|---|
Falado(a) em: | Senegal Gâmbia Mauritânia | |
Total de falantes: | 5,2 milhões | |
Posição: | 143[1] | |
Família: | Nigero-congolesa Atlântico-Congo[2] Setentrional Senegambiana Uolofe | |
Regulado por: | Centro de Linguística Aplicada de Dacar | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | wo
| |
ISO 639-2: | wol | |
ISO 639-3: | wol
|
Uolofe,[3][4][5][6][7] uólofe,[8][9][10] wolof[11][12] ou jalofo[13][14][7][15][16] (na própria língua, wolof)[17] é uma língua falada na África Ocidental, principalmente no Senegal,[18] mas também na Gâmbia, Mauritânia, Guiné-Bissau e Mali. É a língua nativa do grupo étnico uolofe. Pertence à família das línguas nígero-congolesas.[19] Diferentemente das demais línguas sub-saarianas, não é uma língua tonal.
Geografia
[editar | editar código-fonte]A língua uolofe se distribui no noroeste africano do conforme segue:
- Senegal: Cerca de 5,8[20] milhões de pessoas (40% da população do país) têm o uolofe como língua mãe, mesmo sendo o francês a língua oficial do país. Outros 40% da população senegalesa tem uolofe como idioma adquirido - sua segunda língua. Domina toda a região entre Dacar e Saint Louis (Senegal), mais ainda a oeste e sudoeste de Kaolack. O dialeto Dacar-Uolofe, uma mistura urbana do uolofe com as línguas francesa, árabe e inglesa, é falado na capital, Dacar. O uolofe é utilizada em todas as capitais regionais do Senegal e nos locais onde convivem dois ou mais grupos étnicos, a língua veicular é o uolofe.
- Gâmbia: O idioma prevalente no país é o mandinga de Banjul, porém 300[21] mil pessoas (15 % do país) usam o uolofe como primeira língua. Na capital sua utilização é de 50% e na maior cidade do país, Serrekunda, o uso é de 90%, mesmo que aí os uolofes étnicos sejam muito poucos. O uolofe é cada vez mais a língua dos jovens e dos mestiços étnicos, vem também ganhando prestígio em função da música popular “mbalax” e da cultura senegalesa. Em Banjul e em Serrecunda, o uolofe é Língua franca com mais prestígio que a língua mandinga. A língua inglesa é a oficial do país, sendo que as línguas nativas mandinga (40%), uolofe (15%) e (15%) não são usadas na educação.
- Mauritânia: 185 mil pessoas (7% do país) falam uolofe, em especial na costa sul, próxima ao Senegal. A língua árabe é a oficial e o francês é a língua franca.
Alfabeto
[editar | editar código-fonte]O alfabeto árabe na forma chamada "uolofal" já foi a escrita para uolofe, sendo ainda utilizado por pessoas mais velhas no Senegal. Desde 1974 é, porém, utilizado o alfabeto latino sem H, sem V, sem Z; há ainda Ñ e N com “gancho inferior”;
Todas 6 vogais (incluem o Y) podem ser simples ou duplas, abertas ou fechadas, apresentando ou não diversos diacríticos.
Todas consoantes podem ser usadas simples ou duplas, exceto F, J, Q, S, que são somente simples; São usados também os grupos consonantais MB, MP, NC, NV, NG, NJ, NK, NQ, NT;
A ortografia pelo alfabeto latino foi implantada no Senegal por decretos governamentais entre 1971 e 1985. Méritos cabem ao Centro de Linguística Aplicada de Dacar (CLAD), pois os fonemas têm clara e inequívoca correspondência com a escrita.
Gramática
[editar | editar código-fonte]Conjugação por pronomes
[editar | editar código-fonte]Em uolofe, os verbos não variam, não são conjugados. As idéias de tempo e aspecto são marcadas nos pronomes pessoais, que são chamados pronomes temporais.
Exemplos: Com o verbo dem ("ir") temos o pronome temporal maa ngi significa “Eu, Agora e Aqui”; ou o dinaa que indica "Eu - em breve". Assim: Maa ngi dem. "Estou indo agora e aqui" - Dinaa dem. "'Irei em breve"
Conjugação por aspecto
[editar | editar código-fonte]Os tempos, tais como presente, futuro e passado, são em uolofe de pouca importância e quase sem função. Importante é o Aspecto da ação, como é vista por quem fala, se a ação é perfeita (concluída) ou não (em andamento, inconclusa). Não importa se for no presente, passado ou futuro. Outros aspectos são: se a ação ocorre regularmente, se a ação vai com toda certeza ocorrer, se a ênfase é no Sujeito, no Objeto ou no Predicado da frase. È a conjugação por aspectos, não por tempos. Também são chamados de Pronomes Temporais os que variam assim por aspecto, embora um termo melhor fosse Pronome de Aspecto.
Exemplos: Com o verbo dem ("ir") temos o pronome temporal naa significa "Eu (fiz) já, em definitivo", o Pronome Temporal dinaa significa "Eu já vou (fazer), agora, logo"; o Pronome Temporal damay significa " Eu (faço) regularmente, habiutualmente". Assim, temos: Dem naa. "Eu já fui" - Dinaa dem. "Eu vou em breve, logo" - Damay dem. "Eu costumo ir habitualmente"
Se alguém precisa expressar que algo ocorreu no passado, isso não se faz pçor conjugação, mas pela adição do sufixo -(w)oon ao verbo. Isso não caracteriza conjugação do verbo, a conjugação é feita sempre no pronome temporal.
Exemplo: Demoon naa Ndakaaru. "Eu já fui a Dacar"
Conjugação dos pronomes temporais
[editar | editar código-fonte]Situacional (apresentativo)
(Presente Contínuo) |
Terminativo
(Passado para verbosd de ação ou Presente para verbos estáticos) |
Objetivo
(Ênfase no Objeto) |
Processivo (explicativo)
(Ênfase no Verbo) |
Subjetivo
(Ênfase no Sujeito) |
Neutrol | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Perfeito | Imperfeito | Perfeito | Imperfeito | Perfeito | Imperfeito | Perfeito | Imperfeito | Perfeito | Imperfeito | Perfeito | Imperfeito | |
1a Pessoa singular "Eu" | maa ngi
(Eu sou (estou)+ Verbo+ -ing) |
maa ngiy | naa
(Eu + passado, verbo de ação ou presente, verbo estático) |
dinaa
(Eu vou (fazer) ... / futuro) |
laa
(Coloca ênfase no Objeto) |
laay
(Indica ação habitual ou futura) |
dama
(Coloca ênfase no Verbo) |
damay
(Indica ação habitual ou futura) |
maa
(Coloca ênfase no Sujeito) |
maay
(Indicates a habitual or future action) |
ma | may |
2a Perssoa singular "Tu, você" | yaa ngi | yaa ngiy | nga | dinga | nga | ngay | danga | dangay | yaa | yaay | nga | ngay |
3a Pessoa singular "ele, ela" | mu ngi | mu ngiy | na | dina | la | lay | dafa | dafay | moo | mooy | mu | muy |
1a Pessoa plurall "nós" | nu ngi | nu ngiy | nanu | dinanu | lanu | lanuy | danu | danuy | noo | nooy | nu | nuy |
2a Pessoa plural "'vocês" | yéena ngi | yéena ngiy | ngeen | dingeen | ngeen | ngeen di | dangeen | dangeen di | yéena | yéenay | ngeen | ngeen di |
3a Perssoa plural "eles. elas" | ñu ngi | ñu ngiy | nañu | dinañu | lañu | lañuy | dañu | dañuy | ñoo | ñooy | ñu | ñuy |
No uolofe urbano é comum o uso das formas da 3a pessoa plural também para a 1a pessoa plural.
Observar que os pronomes temporais podem tanto preceder como ficar depois do verbo.
Gênero
[editar | editar código-fonte]O uolofe não tem pronomes específicos para gênero, nada como Ela, Ela, neutro. São usados às vezes os descritores bu góor (macho / masculino) ou bu jigéen (fêmea / feminino) junto a palavras como kharit, 'amigo' e rakk, 'criança, filho' para indicar o gênero da pessoa.
Assim, em uolofe não há concordância por classe de palavra. Mas há marcadores de “definido” que concordam com a palavra modificada. Há assim ao menos dez artigos que podem indicar singular, plural. No dialeto das “Cidades” do Senegal (de Dacar) o artigo -bi é usado mesmo quando não há real necessidade de um artigo.
Exemplos de artigos:
- palavras que vêm do francês ou do inglês apresentam artigo –bi após a palavra: butik-bi, xarit-bi, 'A boutique, O amigo'
- palavras religiosas ou vindas do árabe tem o artigo –ji -- jumma-ji, jigeen-ji, 'A mesquita, a menina'
- palavras que se referem a pessoas usam -ki -- nit-ki, nit-ñi, 'A pessoa, O povo'
- Outros “artigos” marcadores de classe: si, gi, wi, mi, li, yi.
Numerais
[editar | editar código-fonte]Cardinais
[editar | editar código-fonte]A numeração uolofe tem o 5 (cinco) e o 10 (dez) como bases: benn "um", juróom "cinco", juróom-benn "seis", fukk "dez", fukk ak juróom benn "dezesseis".
0 | tus / neen / zero [French] / sero / dara ["nada"] |
1 | benn |
2 | ñaar / yaar |
3 | ñett / ñatt / yett / yatt |
4 | ñeent / ñenent |
5 | juróom |
6 | juróom-benn |
7 | juróom-ñaar |
8 | juróom-ñett |
9 | juróom-ñeent |
10 | fukk |
11 | fukk ak benn |
12 | fukk ak ñaar |
13 | fukk ak ñett |
14 | fukk ak ñeent |
15 | fukk ak juróom |
16 | fukk ak juróom-benn |
17 | fukk ak juróom-ñaar |
18 | fukk ak juróom-ñett |
19 | fukk ak juróom-ñeent |
20 | ñaar-fukk |
26 | ñaar-fukk ak juróom-benn |
30 | ñett-fukk / fanweer |
40 | ñeent-fukk |
50 | juróom-fukk |
60 | juróom-benn-fukk |
66 | juróom-benn-fukk ak juróom-benn |
70 | juróom-ñaar-fukk |
80 | juróom-ñett-fukk |
90 | juróom-ñeent-fukk |
100 | téeméer |
101 | téeméer ak benn |
106 | téeméer ak juróom-benn |
110 | téeméer ak fukk |
200 | ñaari téeméer |
300 | ñetti téeméer |
400 | ñeenti téeméer |
500 | juróomi téeméer |
600 | juróom-benni téeméer |
700 | juróom-ñaari téeméer |
800 | juróom-ñetti téeméer |
900 | juróom-ñeenti téeméer |
1000 | junni / junne |
1100 | junni ak téeméer |
1600 | junni ak juróom-benni téeméer |
1945 | junni ak juróom-ñeenti téeméer ak ñeent-fukk ak juróom |
1969 | junni ak juróom-ñeenti téeméer ak juróom-benn-fukk ak juróom-ñeent |
2000 | ñaari junni |
3000 | ñetti junni |
4000 | ñeenti junni |
5000 | juróomi junni |
6000 | juróom-benni junni |
7000 | juróom-ñaari junni |
8000 | juróom-ñetti junni |
9000 | juróom-ñeenti junni |
10000 | fukki junni |
100000 | téeméeri junni |
1000000 | tamndareet / million |
Ordinais
[editar | editar código-fonte]Os ordinais são formados pela terminação –éélu (pronúncia ay-lu) aposta ao cardinal.
Exemplo: Sendo dois ñaar, Segundo é ñaaréélu
Há uma exceção :”primeiro” é bu njëk, ou ainda vindo do francês përëmye)
1o | bu njëk |
2o | ñaaréélu |
3o | ñettéélu |
4o | ñeentéélu |
5o | juróoméélu |
6o | juróom-bennéélu |
7o | juróom-ñaaréélu |
8o | juróom-ñettéélu |
9o | juróom-ñeentéélu |
10o | fukkéélu |
Amostras
[editar | editar código-fonte]Exemplos de frases
[editar | editar código-fonte]Os exemplos a seguir estão conforme a ortografia desenvolvida pelo Instituto CLAD (Centro de Linguística Aplicada de Dacar), que pode ser encontrada no Dicionário “Arame Fal” (Bibliografia nesta página).
No que se refere a tradução literal deve ser observado o j[a apresentado acima, onde os tempos do uolofe não tem o sentido daqueles das línguas Indo-Européias. Valem os itens Aspecto e o Foco da ação.
A tradução literal na tabela é feita palavra a palavra, na ordem original, onde os significados de cada palavra estão separados por barras (/);
Uolofe | Português | Tradução literal em português |
---|---|---|
(As)salaamaalekum ! Resposta: Maalekum salaam ! Essa saudação não é uolofe — é árabe, islâmica, mas é muito usada. |
Olá! Resposta: Olá! |
(árabe) que a paz esteja contigo Resposta: E tu com tua paz |
Na nga def ? / Naka nga def ? / Noo def? Resposta: Maa ngi fii rekk |
Como vai? / Como você está? Resposta: Estou bem |
Como - você (agora) - vai Resposta: Eu aqui - estou - aqui - apenas |
Naka mu ? Resposta: Maa ngi fii |
E aí? Resposta: Tudo bem |
Como está issot? Resposta: Eu estou aqui |
Numu demee? / Naka mu demee?/ Resposta: Nice / Mu ngi dox |
Como vão as coisas? Resposta: Bem / Ótimo / Vai indo |
Como vai isso indo? Resposta: Bem (do ingles Nice) / vai andando |
Lu bees ? Resposta: Dara (beesul) |
O que há de novo Resposta: Nada (de novo) |
O que é isso é novo? Resposta: Nada ou algo (não é novo) |
Ba beneen (yoon). | Vejo você em breve (próxima vez) | Até - outra - (vez) |
Jërëjëf | Grato / Obrigado | Isso valeu a pena |
Waaw | Sim | Sim |
Déedéet | Não | Não |
Ana ...? | Onde está ...? | Onde está ...? |
Noo tudd(a)* ? / Naka nga tudd(a) ? Resposta: ... laa tudd(a) / Maa ngi tudd(a) ... (* no uolofe de Gâmbia se usa muito o 'a' ao final) |
Qual é seu nome? Resposta: Meu nome é .... |
Como você (já, agora) é chamado? Resposta: ... Eu (objeto) – chamado/eu sou chamado ... |
Cultura popular
[editar | editar código-fonte]7 Seconds foi uma das músicas mais tocadas de 1994, composta e interpretada por Youssou N'Dour e Neneh Cherry. Em alguns trechos, N'Dour canta no idioma uolofe.[22]
Referências
- ↑ Ethnologue. Statistical Summaries
- ↑ Derivado da classificação de Etnhologue
- ↑ VOLP, verbete uolofe
- ↑ «Uolofe». Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (VOC)
- ↑ EBM 1967, p. 89.
- ↑ GEPB 1950s, p. 464.
- ↑ a b Correia 2020, p. 22.
- ↑ Dicionário Houaiss, verbete uólofe
- ↑ «Uólofe». Priberam
- ↑ «Uólofe». Michaelis
- ↑ Dicionário Houaiss, redirecionamento wolof
- ↑ VOLP, verbete wolof
- ↑ «Jalofo». Aulete
- ↑ «Jalofo». Michaelis
- ↑ Lopes 2004.
- ↑ Lopes 2006.
- ↑ Wolof Etnologue
- ↑ Wolof: (Senegal), Por Tijan M. Sallah
- ↑ No passado, os franceses escreviam “ouolof" e os ingleses "wollof". São também usadas as formas "Volof" e "Olof", Walaf, Waro-Waro ou Yallof, conforme Ethnologue: Wolof - A language of Senegal.
- ↑ «Senegal». Wikipédia, a enciclopédia livre. 14 de julho de 2019
- ↑ «Gâmbia». Wikipédia, a enciclopédia livre. 5 de julho de 2019
- ↑ «Story of the Song: 7 Seconds, Youssou N'Dour and Neneh Cherry, 1994». The Independent (em inglês). 28 de outubro de 2011
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Correia, Paulo (Verão de 2020). «As línguas da IATE — notas de tradutor» (PDF). Bruxelas: a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 16 de novembro de 2020
- Enciclopédia brasileira mérito. 20. São Paulo: Mérito S. A. 1967
- Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
- Grande enciclopédia portuguesa e brasileira. 33. Lisboa: Editorial Enciclopédia. 1950s
- Lopes, Nei (2004). «Uolofe; Jalofo». Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro Edições
- Lopes, Nei (2006). «Uolofe; Jalofo». Dicionário Escolar Afro-Brasileiro. São Paulo: Selo Negro Edições
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Mamadou Cissé: Dictionnaire Français-Wolof, L’Asiathèque, Paris, 1998, ISBN 2-911053-43-5
- Mamadou Cissé: « Graphical borrowing and African realities » in Revue du Musée National d'Ethnologie d'Osaka, Japan, june 2000.
- Mamadou Cissé: "Revisiter "La grammaire de la langue wolof" d'A. Kobes (1869), ou étude critique d'un pan de l'histoire de la grammaire du wolof.", in Sudlangues [1] february 2005
- Leigh Swigart: Two codes or one? The insiders’ view and the description of codeswitching in Dakar, in Carol M. Eastman, Codeswitching. Clevedon/Philadelphia: Multilingual Matters, ISBN 1-85359-167-X.
- Fiona McLaughlin: Dakar Wolof and the configuration of an urban identity, Journal of African Cultural Studies 14/2, 2001, p.153-172
- Michael Franke: Kauderwelsch, Wolof für den Senegal - Wort für Wort. Reise Know-How Verlag, Bielefeld, Germany 2002, ISBN 3-89416-280-5.
- Jean-Léopold Diouf, Marina Yaguello: J'apprends le Wolof - Damay jàng wolof (1 textbook with 4 audio cassettes). Karthala, Paris, France 1991, ISBN 2-86537-287-1.
- Arame Fal, Rosine Santos, Jean Léonce Doneux: Dictionnaire wolof-français (suivi d'un index français-wolof). Karthala, Paris, France 1990, ISBN 2-86537-233-2.
- Gabriele Aïscha Bichler: Bejo, Curay und Bin-bim? Die Sprache und Kultur der Wolof im Senegal (mit angeschlossenem Lehrbuch Wolof), Europäische Hochschulschriften Band 90, Peter Lang Verlagsgruppe, Frankfurt am Main, Germany 2003, ISBN 3-631-39815-8.
- Michel Malherbe, Cheikh Sall: Parlons Wolof - Langue et culture. L'Harmattan, Paris, France 1989, ISBN 2-7384-0383-2 (this book uses a simplified orthography which is not compliant with the CLAD standards).
- Jean-Léopold Diouf: Grammaire du wolof contemporain. Karthala, Paris, France 2003, ISBN 2-84586-267-9.
- Fallou Ngom: Wolof. Verlag LINCOM, Munich, Germany 2003, ISBN 3-89586-616-4.
- Peace Corps The Gambia: Wollof-English Dictionary, PO Box 582, Banjul, The Gambia, 1995 (no ISBN, available as PDF file via the internet; this book refers solely to the dialect spoken in the Gambia and does not use the standard orthography of CLAD).
- Nyima Kantorek: Wolof Dictionary & Phrasebook, Hippocrene Books, 2005, ISBN 0-7818-1086-8 (this book refers predominantly to the dialect spoken in the Gambia and does not use the standard orthography of CLAD).
- [Senegal, Government of], Décret n° 71-566 du 21 mai 1971 relatif à la transcription des langues nationales, modifié par décret n° 72-702 du 16 juin 1972.
- [Senegal, Government of], Décrets n° 75-1026 du 10 octobre 1975 et n° 85-1232 du 20 novembre 1985 relatifs à l'orthographe et à la séparation des mots en wolof.
- [Senegal, Government of], Décret n° 2005-992 du 21 octobre 2005 relatif à l'orthographe et à la séparation des mots en wolof.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Aprenda Wolof - O primeiro site para aprender Wolof em Português
- Ethnologue Site on the Wolof Language
- An Annotated Guide to Learning the Wolof Language
- Leipoldt's Wolof Language Project (in English)
- Leipoldt's Wolof Language Project (in German)
- Wolof English Dictionary (this dictionary mixes Senagalese and Gambian variants without notice, and does not use a standard orthography)
- Firicat.com (an online Wolof to English translator; you can add your own words to this dictionary; refers almost exclusively to the Gambian variants and does not use a standard orthography)
- PanAfrican L10n page on Wolof
- OSAD spécialisée dans l’éducation non formelle et l’édition des ouvrages en langues nationales
- Omniglot em inglês, alfabeto Wolof