MC Reaça

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Tales Volpi Fernandes, também conhecido como MC Reaça (1994 ou 1995 — Valinhos, 1 de junho de 2019), foi um funkeiro bolsonarista.[1] Além de funk, o músico também tocava rock e sertanejo.[2]

Obra[editar | editar código-fonte]

Volpi era abertamente bolsonarista, e seu canal no YouTube, o Paródia REAÇA, passou a fazer sucesso durante a eleição presidencial de 2018, onde compôs jingles para a campanha de Jair Bolsonaro, como o Cowboy Reaça.[2][3] Este foi o seu vídeo com mais visualizações.[3][4]

Muitas de suas músicas são paródias, como é o caso de "Não Tô Valendo Nada", de Henrique e Juliano, onde Volpi canta sobre como Bolsonaro representa o patriotismo e o orgulho de ser brasileiro, "Olha a Opressão", paródia de "Olha a Explosão", de MC Kevinho, pela qual Volpi insinua que o livro O Mínimo Que Você Precisa Saber para Não Ser um Idiota, de Olavo de Carvalho, conseguiria curar o feminismo, "Tô Sempre Duro", paródia de "Danza Kuduro", de Lucenzo e gravada no Brasil pelo Latino, e o "Funk do Bolsonaro", paródia da música "Baile de Favela" de MC João, que compara mulheres esquerdistas a cadelas. O funk foi dançado pelo presidente em dezembro de 2021 em um passeio de lancha em Santos. Suas músicas também atacam figuras da esquerda, como é o caso de sua última música, "Suprema Vergonha Nacional", na qual Volpi chama Luiz Inácio Lula da Silva de formador de quadrilha e critica o Supremo Tribunal Federal.[3][5] Entre outras pessoas parodiadas em suas músicas, estão Jean Wyllys, Jandira Feghali, Luciana Genro, Ciro Gomes, Paulo Freire e a Central Única dos Trabalhadores. A "Suprema Vergonha Nacional" foi tocada em uma manifestação bolsonarista na Paulista em 25 de fevereiro de 2024.[6]

Morte[editar | editar código-fonte]

Em 1 de junho de 2019, Volpi agrediu sua amante ao descobrir que ela estava grávida, e ela precisou ser internada no Hospital Augusto de Oliveira Camargo, em Indaiatuba. Horas depois, Volpi enviou uma mensagem por WhatsApp para sua esposa pedindo que ela cuidasse do bebê caso ele sobrevivesse e cometeu suicídio por enforcamento. Seu corpo foi encontrado no km 116 da Rodovia Dom Pedro I (SP-065), em Valinhos. Sua morte foi lamentada por personalidades do bolsonarismo, como Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro. O velório ocorreu no dia 2, em Indaiatuba, e o enterro no dia 3, no Cemitério Parque dos Indaiás.[1][7][8]

Referências

  1. a b «MC Reaça morre em Valinhos aos 25 anos; velório e enterro acontecem em Indaiatuba». G1 Campinas e Região. 2 de junho de 2019. Consultado em 14 de abril de 2024 
  2. a b «MC Reaça: quem era o bolsonarista autor de paródias contra a esquerda, feministas, gays e o STF». O Globo. 3 de junho de 2019. Consultado em 14 de abril de 2024 
  3. a b c José Maria Tomazela (2 de junho de 2019). «MC Reaça é achado morto em Valinhos». Terra. Consultado em 14 de abril de 2024 
  4. Juliana Barbosa (3 de junho de 2019). «Conheça MC Reaça, apoiador de Bolsonaro encontrado morto no sábado». Metrópoles. Consultado em 14 de abril de 2024 
  5. «Quem é MC Reaça, autor de funk que Bolsonaro dançou em passeio de lancha». Splash. 20 de dezembro de 2021. Consultado em 14 de abril de 2024 
  6. «Quem foi MC Reaça, rapper apoiador de Bolsonaro que teve música na manifestação». Folha de S.Paulo. 27 de fevereiro de 2024. Consultado em 14 de abril de 2024 
  7. Giovanna Galvani (3 de junho de 2019). «Quem é Mc Reaça, o músico morto homenageado pela família Bolsonaro – Sociedade». CartaCapital. Consultado em 14 de abril de 2024 
  8. José Maria Tomazela (4 de junho de 2019). «MC Reaça é enterrado; bolsonaristas lamentam morte». Terra. Consultado em 14 de abril de 2024 
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