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María Victoria Moreno

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María Victoria Moreno
María Victoria Moreno
Nascimento 1 de maio de 1939
Valência de Alcântara
Morte 22 de novembro de 2005
Pontevedra
Cidadania Espanha
Alma mater
  • Universidad de Madrid
Ocupação escritora, professora
Distinções
Causa da morte cancro da mama
Assinatura

María Victoria Moreno Márquez (Valência de Alcântara, 1 de maio de 1939Pontevedra, 22 de novembro de 2005[1]) foi uma editora, tradutora, conferencista, escritora de literatura infantojuvenil galega[2] e professora do ensino secundário nos institutos de Lugo, São Genjo e Pontevedra. O seu texto mais célebre é Anagnórise, que foi reeditado e traduzido em várias línguas.[3] Alguns traços fundamentais da sua obra são o lirismo, a transformação dos animais em protagonistas e a crítica ao ensino arcaico.[4]

Em 2018 foi a figura protagonista do Dia das Letras Galegas, sendo a quarta mulher, após Rosalía de Castro, Francisca Herrera Garrido e María Mariño, que foi reconhecida na história da celebração.

Reconhecimentos

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Foi finalista do Prémio Café Gijón em 1969 com o romance de língua espanhola, Alcores de Donalvar.[5]

O júri formado por Santos Simões, Riveiro da Costa e Xesús Alonso Montero, atribuiu em 1971 o primeiro prémio dos Jogos Florais Minho-Galaicos de Guimarães, com o relato de língua espanhola, La casa de las Marías,[4] onde também havia um relato em galego intitulado A gaiola.[2][3]

Recebeu o segundo Prémio do Concurso Nacional de Contos Infantis O Facho da Agrupación Cultural O Facho, em 1972, pela obra Crarisca e Luceiro.[3] Foi galardoada com o Prémio do Concurso Nacional de Contos Infantis da Agrupación Cultural O Facho, em 1975, pela obra O cataventos,[6] e com o Prémio O Barco de Vapor em 1985, pela obra Leonardo e os fontaneiros.[6] Foi incluída na lista de honra da Organização Internacional para o Livro Infantil e Juvenil em 1990, pela obra Anagnórise,[7] e incluída na lista internacional White Ravens da Biblioteca Internacional para a Juventude de Munique pela obra Guedellas de seda e liño em 2002.[8] Recebeu o Prémio de Romance Curto Manuel Díaz Luis do município de Monleón, com a obra Donde el aire no era brisa, em 28 de agosto de 2005.[2]

Recebeu a menção honrosa a título póstumo do Prémio Xoán Manuel Pintos do município de Pontevedra em 2005.[9] Foi homenageada a título póstumo na VII edição do Salão do Livro Infantil de Pontevedra em 2006.[10]

Em 2015 a plataforma de crítica literária feminista A Sega atribuiu-lhe o Dia das Galegas nas Letras.[11]

Literatura infantojuvenil
  • Mar adiante, Sada, Ediciós do Castro, 1973.[12]
  • A festa no faiado, Vigo, Editorial Galaxia, 1983.
  • A brétema, Vigo, Galaxia, 1985.[13]
  • Leonardo e os fontaneiros, Galaxia-SM, 1986, ilustrado por Manuel Uhía. Recebeu o Prémio O Barco de Vapor.
  • Anagnórise, Vigo, Galaxia, 1988. Incluída posteriormente na coleção Biblioteca Galega 120.
  • O cataventos, Santiago de Compostela, Sotelo Blanco Edicións, 1989.
  • ¿Un cachiño de bica?, Vigo, Grupo SM, 1994, ilustrado por Manuel Uhía.[12]
  • ¿E haberá tirón de orellas?, Vigo, Galaxia, 1997.
  • Guedellas de seda e liño, Vigo, Galaxia, 1999.
  • Eu conto, ti cantas, Vigo, Edicións Xerais de Galicia, 2005, ilustrado por Manuel Uhía. Inclui:
    • "Xa non teño medo"
    • "Can branco, can negro" (publicado anteriormente como "Nico e Miños")
    • "Un cachiño de bica".
  • O amor e as palabras, Urco Editora, 2017. Inclui:
    • "Querida avoa" [14]
    • "S.O.S."
    • "O libro das saudades e os degoiros"
    • "Pan con chocolate"
    • "O encontro"
    • "O grumete"
    • "O amor e as palabras"
  • As cinco castes, Urco Editora, 2018.
Ensaios
  • As linguas de España, Santiago, coleção Andel n.º 9, Junta da Galiza, 1991.
  • Verso e prosa, Santiago, coleção Andel n.º 15, Junta da Galiza, 1991.
  • Diario da luz e a sombra, Vigo, Xerais, 2004.[12]
  • É a lúa que baila… María Victoria Moreno e a lírica dos seis poemas galegos de Federico García Lorca, Galaxia, 2018.
Narrativa
  • Querida avoa, Vigo, Contos do Castromil, 1993.[14]
Poesia
  • Elexías de luz, Vigo, Xerais, 2006.
Traduções
  • Mecanoscrito da segunda orixe (Mecanoscrit del segon origen, 1974), de Manuel de Pedrolo, Vigo, Galaxia, 1989.[15]
Obras coletivas
  • "O cataventos", em Contos pra nenos, Vigo, Galaxia, 1979.[4]
  • "Comentarios de texto: descubrir a realidade", em Xornadas da Lingua Galega no Ensino, Santiago, Junta da Galiza, 1984.[12]
  • Literatura século XX. Iniciación universitaria, Vigo, Galaxia/SM, 1985. Com Xesús Rábade Paredes.
  • Literatura. 3 BUP, Galaxia-SM, 1987. Canda Rábade Paredes e Alonso Girgado.
  • "Nico e Miños", em 8 contos, Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 1989.[4]
  • "Querida avoa",[14] em Lerias, Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 1991.
  • "S.O.S.", em Contos de hogano, Santiago de Compostela, El Correo Gallego, 1992.[4]
  • "O libro das saudades e os degoiros", em Ruta Rosalía 1993, Caixa Galicia. Santiago de Compostela, 1993.[4]
  • "Pan con chocolate", em Relatos para un tempo novo, Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 1993.[4]
  • "Discurso pronunciado por Xesús Alonso Montero no acto no que recibiu o Pedrón de Ouro", em Comentarios de textos populares e de masas, Xerais, 1994.[12]
  • "¿Escritora alófona eu?", p. 107-111, em Poetas alófonos en lingua galega, Vigo, Galaxia, 1994.[16]
  • E dixo o corvo..., Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 1997.
  • "¡Xa non teño medo!", em A maxia das palabras, Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 1998-1999.[4]
  • "Amigos de mil cores", em Campaña de Lectura 2001, Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 2001.[4]
  • "Carta de amor", em Carlos Casares: a semente aquecida da palabra, Santiago de Compostela, Conselho da Cultura Galega, 2003.
  • "O encontro", em Un libro, a maior aventura, Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 2003.[12]
  • "O grumete", em Contos de charlatáns, grumetes, botas e fendas, Santiago de Compostela, Junta da Galiza, 2004.[4]
Revistas
  • "Estou a escribir a contrarreloxo". Entrevista com Xosé Antonio Neira Cruz, Fadamorgana n.º 3, p. 12-16 (dezembro de 1999).
  • “Danza da lúa en Santiago”. Suxerencias para unha aproximación a Federico García Lorca, poeta galego (1985). 2015.[17]
Em espanhol
  • "Prólogo" de Xuntos cara ó mañán, de Xesús Rábade Paredes, 1969, Edicións Celta, Lugo.
  • Alcores de Donalvar. A versão espanhola de 1969 foi publicada em 2006, sob o título de Donde el aire no era brisa. Foi traduzida para o galego por Xavier Senín, sob o título de Onde o aire non era brisa, Galaxia, 2009.[18]
  • Os novísimos da poesía galega / Los novísimos de la poesía gallega (edição bilíngue), Madrid, Akal, 1973.
  • Tradução de El perro Rin y el lobo Crispín, 1986, de Carlos Casares Mouriño.[15]
  • M.V.M., una profesora feliz de serlo. CLIJ: cuadernos de literatura infantil y juvenil, Barcelona, julho-agosto de 1992[13]
  • Nosoutras, sete textos, cinco em espanhol e dois em galego, traduzidos em galego por Xavier Senín. Urco, 2018.[19]

Notas e referências

Notas

Referências

  1. Bragado, Manuel (22 de novembro de 2005). «Un abrazo, María Victoria» (em galego). Brétemas 
  2. a b c Aleixandre, M.; Casalderrey, F. «Primavera das letras» (em galego). Real Academia Galega e Câmara Municipal da Corunha 
  3. a b c Alonso Montero, X. (2 de julho de 2017). «María Victoria Moreno, filóloga sen fronteiras». La Voz de Galicia (em galego) 
  4. a b c d e f g h i j Soto Meijomence, Alejandra (2007). «María Victoria Moreno. A reivindicación da literatura infantil e xuvenil». Álbum de Mulleres (em galego). Conselho da Cultura Galega 
  5. Bragado, Manuel (17 de junho de 2018). «María Victoria Moreno, da vida e da esperanza». Sermos Galiza (em galego) 
  6. a b «María Victoria Moreno» (em galego). Portal da Língua Galega 
  7. «IBBY Honour List (1990)» (em inglês). Organização Internacional para o Livro Infantil e Juvenil. 1990 
  8. «The White Ravens 1996 - 2013» (em inglês). Biblioteca Internacional para a Juventude de Munique 
  9. «Pavís Pavós e «Vieiros» gañaron o premio Xoán Manuel Pintos». La Voz de Galicia (em galego). 21 de dezembro de 2005 
  10. Lorenzo Montero, J. (2017). Unha historia de amor. Pequena biografía de María Victoria Moreno. Col: Mulleres galegas. n.º 3 (em galego). [S.l.]: Lela. p. 26. ISBN 978-84-946043-3-1 
  11. «María Victoria Moreno homenaxeada no II Día das Galegas nas Letras» (em galego). município de Oleiros 
  12. a b c d e f Aleixandre, M.; Casalderrey, F. (2018). «Figuras homenaxeadas» (em galego). Real Academia Galega 
  13. a b Moreno, M. V. (1992). «M.V.M., una profesora feliz de serlo». CLIJ (em galego) (41): 48-50 
  14. a b c «Monbus celebra o Día das Letras Galegas» (em galego). Monbus. 16 de maio de 2018 
  15. a b «Mª Victoria Moreno Márquez» (em galego). Biblioteca da Tradução Galega. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2017 
  16. Xesús Alonso Montero e Xosé M. Salgado. «Actas do I congreso» (em galego). ISBN 84-7154-922-0 
  17. Moreno, María Victoria (1985). «"Danza da lúa en Santiago". Suxerencias para unha aproximación a Federico García Lorca, poeta galego». Madrygal. Revista de estudios gallegos (em galego) (18): 163-173 
  18. «Lembranza de María Vitoria Moreno» (em galego). Editorial Galaxia. 17 de julho de 2009 
  19. Hermida, María (26 de maio de 2018). ««Nosoutras» amosa o interese de María Victoria Moreno por dignificar as mulleres». La Voz de Galicia (em galego) 
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