Martim Codax
Martim Codax | |
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Nascimento | século XIII Vigo |
Morte | século XIV |
Cidadania | Reino da Galiza |
Ocupação | jogral, poeta, escritor político, compositor, letrista |
Prêmios |
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Obras destacadas | Ondas do Mar de Vigo, Mandadei comigo, Mia yrmana fremosa treides comigo, Ay Deus se sab'ora meu amado, Quantas sabedes amar amigo, Eno sagrado, en Vigo, Ai ondas que eu vin veer |
Martim Codax ou Martín Codax (meados do século XIII - início do XIV) foi um jogral (artista itinerante de origem popular, típico da Idade Média) galego.
Pouco se conhece acerca da sua biografia, a começar pela sua origem. Acredita-se que seja oriundo do sul da Galiza — de Vigo, uma vez que, em seus poemas, há numerosas referências a esta cidade — ou da ilha de São Simão, em Redondela.
Obra
[editar | editar código-fonte]As suas composições são consideradas das mais importantes da lírica trovadoresca galaico-portuguesa, embora o corpus literário a ele atribuído se limite a sete cantigas de amigo[1] que figuram em dois dos três cancioneiros da lírica galego-portuguesa: o Cancioneiro da Vaticana e o Cancioneiro da Biblioteca Nacional, e ainda no pergaminho Vindel, onde figura o seu nome como autor das composições. A descoberta desse pergaminho foi casual: em 1914, o bibliógrafo Pedro Vindel, em princípios do século XX encontrou-o em sua biblioteca, servindo de folha de guarda a um volume do De officiis de Cícero. Os poemas de Martim Codax que figuram no pergaminho não têm título, sendo citados pelo seu primeiro verso. São os seguintes:
- "Ondas do mar de Vigo"
- "Mandad'ey comigo"
- "Mia yrmana fremosa treides comigo"
- "Ay Deus se sab'ora meu amado"
- "Quantas sabedes amar amigo"
- "'En o sagrad' em Vigo"
- "Ay ondas que eu vin veer"
No pergaminho Vindel, conserva-se também a notação musical destas cantigas. Durante largo tempo foi este o único testemunho conservado da música dos trovadores galego-portugueses.[2]
Em 1990, a estas músicas veio juntar-se um outro testemunho musical, o das sete cantigas de amor de D. Dinis conservadas no chamado Pergaminho Sharrer, encontrado pelo professor H. Sharrer na Torre do Tombo, em Lisboa.[3]
Na Galiza dedicou-se-lhe o prémio do "Dia das Letras Galegas" do ano 1998 (junto com Joam de Cangas e Meendinho).
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Rip Cohen. 500 Cantigas d’ Amigo: Edição Crítica / Critical Edition. Porto: Campo das Letras, 2003, pp. 513-519
- ↑ Ferreira, Manuel Pedro (1986), O Som de Martim Codax, Imprensa Nacional Casa da Moeda.
- ↑ Ferreira, Manuel Pedro (2005), Cantus Coronatus: 7 Cantigas D'El-Rei Dom Dinis, Edition Reichenberger, Kassel.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Portal de Martin Codax». na Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, incluindo a audição das cantigas.
- Áudio: