Afonso Perea Bernal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Afonso Perea Bernal (ou Afonso Pereira Bernal) (século XV/XVI – Coimbra, outubro de 1593) foi um compositor português do Renascimento.

Biografia[editar | editar código-fonte]

É geralmente identificado como um compositor português, contudo, existe a vaga possibilidade que Afonso Perea Bernal tenha nascido em Espanha. Mais provável, segundo Ernesto Vieira é ser descendente de espanhóis radicados em Portugal.^[1]^[2]

Em 1550 traduziu para português e acrescentou uma obra do castelhano Juan Martínez, criando uma nova versão com o nome de "Arte de Canto Chão posta & reducida em sua inteira perfeição..." que teve grande circulação e várias reedições até ao século XVII.^[1]^[2] Foi lente (professor catedrático) de música na Universidade de Coimbra desde a sua nomeação em 29 de maio de 1553 e tomada de posse em 15 de julho do mesmo ano.^[1] Morreu no princípio do mês de outubro de 1593.^[1] No ano seguinte o seu cargo foi preenchido por Pedro Correia.^[1]

Da sua vida pessoal pouco se sabe exceto que teve pelo menos duas filhas que, em resposta a uma petição, foram ajudadas economicamente pelo rei D. Filipe I após a sua morte.^[1]

Publicações[editar | editar código-fonte]

1550 - Arte de Canto Chão posta & reduzida em sua inteira perfeição (Coimbra: Oficina de João Barreira (?)) (tradução e ampliação de original de Juan Martínez) (com reedições em 1597, 1603, 1612, 1614 e 1625)^[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

Livro dos defuntos (P-Cug MM 034)
- "Missa Pro defunctis" a 4vv (Missa do [Afonso Perea] Bernal «A compassinho»)^[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Universidade de Coimbra

Referências

↑ ^a ^b ^c ^d ^e ^f Vieira, Ernesto (1900). Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes. Lisboa: Tipografia Matos Moreira e Pinheiro
↑ ^a ^b ^c Mazuela-Anguita, Ascensión (2012). «Volume I». Artes de Canto (1492-1626) y Mujeres en la Cultura Musical del Mundo Ibérico Renascentista (Tese). Universidade de Barcelona
↑ «Bernal». Portuguese Early Music Database. Consultado em 30 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2016

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

«Obras de Afonso Perea Bernal em Portuguese Early Music Database»

v d e Compositores lusófonos
Medievais	Airas Nunes (c. 1230-1293) Martim Codax (séculos XIII-XIV) Dinis de Portugal (1261-1325)
Renascentistas	Pedro de Escobar (c. 1465-depois de 1535) Vasco Pires (fl. 1481/1509) Fernão Gomes Correia (fl. 1505/1532) Gonçalo de Baena (c. 1480-dp. 1540) João de Badajoz (fl. 1523/1558) Miguel da Fonseca (?-1544) Mateus de Aranda (c. 1495-1548) Vicente Lusitano (?-c. 1561) Bartolomeu Trosilho (c. 1500-c. 1567) Cosme Delgado (c. 1500-c. 1600) Heliodoro de Paiva (c. 1502-1552) Damião de Góis (1502-1574) Ginés de Morata (?-1576) Diogo Fernandes Formoso (c.1510-?) António de Baena (fl. 1540/1562) Dom Vicente (?-1580) Dom Brás (?-1582) Francisco Velez (?-1587) Afonso Perea Bernal (?-1593) Manuel Cardoso (?-1595) António Carreira (c. 1520-c. 1597) Francisco de Santa Maria (1532/8-1597) Aires Fernandes (?-c. 1600) Dom Bento (?-1602) Lourenço Ribeiro (?-c. 1606) Estêvão de Cristo (?-1609) Manuel Mendes (1547-1605) António Carreira (c. 1550/5-1599) António Pinheiro (c. 1550-1617) António Fernandes (c. 1550-?) Pedro de Cristo (1550-1618) Manuel Rodrigues Coelho (1555-1635) Francisco Garro (c. 1556-1623) Manuel Leitão de Avilez (?-1630) Pero de Gamboa (c. 1563-1638) Pedro Talésio (c. 1563-c. 1629) Duarte Lobo (1565-1646) Gaspar Fernandes (1566-1629) António de Oliveira (?-?) Manuel Cardoso (1566-1650) Simão dos Anjos de Gouveia (fl. 1600/1622) António Carreira Mourão (?-1637) Diogo de Alvarado (c. 1570-1643) Filipe de Magalhães (1571-1652) João Leite de Azevedo (fl. 1591/1600) Estêvão de Brito (1575-1641) Esteban López Morago (c. 1575-c. 1675) Manuel Rebelo (c. 1575-1647) Gonçalo Mendes de Saldanha (c. 1580-1645)
Barrocos	Francisco de Santiago (c. 1578-1644) Manuel Tavares (c. 1585-1638) Roberto Tornar (c. 1587-c. 1629) Luís das Chagas (?-1640) Agostinho da Cruz (c. 1590-1633) Manuel Machado (c. 1590-1646) Nicolau Dias de Velasco (c. 1590-1659) Manuel Correia do Campo (1593-1645) Manuel Pousão (1594/8-1683) Pedro da Esperança (1598-1660) Manuel Correia (c. 1600-1653) João de Cristo (?-1654) Raimundo da Conversão (1601-1661) João Álvares Frovo (1602-1682) Marcos Soares Pereira (?-1655) João IV de Portugal (1603-1656) Fernando de Almeida (1603/4-1660) João Lourenço Rebelo (1610-1665) Pedro da Fonseca Luzio (c. 1610-1662/3) Francisco da Costa (?-1667) João de Figueiredo Borges (?-1674) Filipe da Madre de Deus (c. 1620-c. 1690) Francisco Martins (c. 1620/5-1680) Miguel da Natividade (c. 1630-c. 1690) Francisco Barbosa (fl. 1649/1654) Andrés Botello (fl. 1648/1672) Teodósio, Príncipe do Brasil (1634-1653) Francisco Luís (?-1693) Diogo Dias Melgás (1638-1700) António Marques Lésbio (1639-1709) António Correa Braga (?-1704) Matias de Sousa Vilalobos (c. 1643-c. 1704) Tomás Pereira (1645-1708) Pedro de Araújo (?-1715) Juan Serqueira de Lima (1655-1726) Carlos Seixas (1704-1742) António José da Silva (1705-1739) Lobo de Mesquita (1705-1805) António Teixeira (1707-c. 1769) Bárbara de Portugal (1711-1758) José de Santo António (fl. 1750/1775) António da Costa (1714-1780) Pedro António Avondano (1714-1782) João Rodrigues Esteves (1719-1751) Francisco António de Almeida (1722-1752) Luciano Xavier dos Santos (1734-1808) José Joaquim dos Santos (1747-1801) André da Silva Gomes (1752-1844)
Clássicos	Jerónimo Francisco de Lima (1743-1822) João de Sousa Carvalho (1745-1798) Francisco Gomes da Rocha (1745-1808) António Leal Moreira (1758-1819) Marcos Portugal (1762-1830) José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) João Domingos Bomtempo (1775-1842) Frei José Marques e Silva (1782-1837) João José Baldi (1770-1816)
Românticos	Francisco Manuel da Silva (1795-1865) Joaquim Casimiro (1808-1862) José Maria Xavier (1819-1887) Elias Álvares Lobo (1834-1901) Carlos Gomes (1836-1896) Francisco Raposo Pereira Lima (1845-1905) Augusto Machado (1845-1925) Brasílio Itiberê da Cunha (1846-1913) Joaquim Antônio da Silva Callado (1848-1880) Leopoldo Miguez (1850-1902) Alfredo Keil (1850-1907) Viriato Figueira da Silva (1851-1883) Henrique Oswald (1852-1931) Catulo da Paixão Cearense (1863-1946) Alexandre Levy (1864-1892) Alberto Nepomuceno (1864-1920) Anacleto de Medeiros (1866-1907) Tomás Vaz de Borba (1867-1950) Vianna da Motta (1868-1948) Antônio Francisco Braga (1868-1945) David de Souza (1880-1918) António Fragoso (1897-1918)
Contemporâneos	Francisco de Lacerda (1869-1934) Luís Costa (1879-1960) Glauco Velásquez (1884-1914) Heitor Villa-Lobos (1887-1959) Ruy Coelho (1889-1986) Luís de Freitas Branco (1890-1955) Luciano Gallet (1893-1931) Cláudio Carneyro (1895-1963) Brasílio Itiberê da Cunha Luz (1896-1967) António Fragoso (1897-1918) Oscar Lorenzo Fernández (1897-1948) Francisco Mignone (1897-1986) Mário de Sampayo Ribeiro (1898-1966) Frederico de Freitas (1902-1980) Armando José Fernandes (1906-1983) Radamés Gnattali (1906-1988) Fernando Lopes-Graça (1906-1994) Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) César Guerra-Peixe (1914-1993) Manuel Ferreira de Faria (1916-1983) Claudio Santoro (1919-1989) Gilberto Mendes (1922-2016) Artur Ribeiro (1924-1982) Joly Braga Santos (1924-1988) Carlos Paredes (1925-2004) Sequeira Costa (1929-2019) David Sequeira (1931-) Mário Ficarelli (1935-2014) Constança Capdeville (1937-1992) Marlos Nobre (1939-) Jorge Peixinho (1940-1995) António Victorino de Almeida (1940-) Emmanuel Nunes (1941-2012) José Antônio Rezende de Almeida Prado (1943-2010) Carlos Azevedo (1949-2012) Nestor de Hollanda Cavalcanti (1949-) Pedro Caldeira Cabral (1950-) António Pinho Vargas (1951-) José Carlos Amaral Vieira (1952-) Ernesto Rodrigues (1959-) Miguel Azguime (1960-) António Chagas Rosa (1960-) Isabel Soveral (1961-) João Paulo Esteves da Silva (1961-) Eurico Carrapatoso (1962-) Eugénio Amorim (1963-) Sérgio Azevedo (1968-) Bernardo Sassetti (1970-2012) Nuno Côrte-Real (1971-) Pedro Faria Gomes (1979-) Diogo da Costa Ferreira (1993-)
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