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Antroponímia da língua portuguesa: diferenças entre revisões

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Os '''patronímicos''' são nomes derivados do nome próprio do pai que, há muitos séculos atrás, começou a ser utilizado como sobrenome. São os sobrenomes mais comuns nos locais onde o português é falado, como também em muitas outras línguas.
Os '''patronímicos''' são nomes derivados do nome próprio do pai que, há muitos séculos atrás, começou a ser utilizado como sobrenome. São os sobrenomes mais comuns nos locais onde o português é falado, como também em muitas outras línguas.


Na língua portuguesa, os patronímicos são sobrenomes como [[Henriques]], [[Rodrigues]], [[Lopes]], [[Nunes]], [[Mendes]], [[Fernandes]], [[Gonçalves]], [[Esteves]] e [[Álvares]], onde a terminação ''-es'' significa "filho de". O significado é o mesmo do sufixo ''-ez'' utilizado na [[língua espanhola]].
Na língua portuguesa, os patronímicos são sobrenomes como [[Henriques]], [[Rodrigues]], [[Lopes]], [[Nunes]], [[Mendes]], [[Fernandes]], [[Gonçalves]], [[Esteves]] e [[Álvares]], onde a terminação ''-es'' significa "filho de". O significado é o mesmo do sufixo ''-ez'' utilizado na [[língua espanhola]] sendo provável herança das línguas germânicas faladas (em especial o gótico, onde o genitivo singular típico assemelha-se) na península Ibérica.


Alguns sobrenomes patronímicos não terminam em ''es''. Ao invés disso, terminam em ''iz'', como ''Muniz'' (filho de Monio) e ''Ruiz'' (filho de Ruy), ou ''ins'', como ''Martins'' (filho de Martim).
Alguns sobrenomes patronímicos não terminam em ''es''. Ao invés disso, terminam em ''iz'', como ''Muniz'' (filho de Monio) e ''Ruiz'' (filho de Ruy), ou ''ins'', como ''Martins'' (filho de Martim).

Revisão das 19h52min de 29 de fevereiro de 2012

Um nome tipicamente pertencente à onomástica da língua portuguesa é composto por um ou dois prenomes (nome de batismo) e dois apelidos de família (sobrenomes). O último sobrenome é o paterno; e o primeiro é o materno. Note que esta ordem é inversa ao dos sobrenomes dos países de língua espanhola. Por questão de costume, geralmente apenas o último sobrenome é utilizado em cumprimentos formais ou na indexação de artigos científicos, mas numa lista de nomes, o primeiro nome próprio, e não o sobrenome, é usado para a classificação em ordem alfabética.

Mulheres casadas podem acrescentar o sobrenome do marido no fim do seu próprio nome, ou até mesmo substituir o seu sobrenome pelo do marido, mas tal praxe não é obrigatória. O mesmo pode acontecer com os homens, embora isso seja extremamente raro. É comum haver pessoas com até quatro apelidos (dois de cada progenitor).

A nomenclatura padrão

O sistema de nomenclatura português é bastante flexível. A lei estabelece apenas a necessidade de uma criança ter um nome e um sobrenome de um dos pais, embora um sobrenome seja bastante raro.

Em tempos antigos era uma prática comum as filhas receberem o sobrenome da mãe e os homens o do pai. Por exemplo, no casamento entre Vasco da Gama e Catarina de Ataíde, os seis filhos homens receberam o sobrenome da Gama e uma filha recebeu o sobrenome de Ataíde. Mesmo nos dias de hoje, entre a população idosa, ainda não é incomum encontrar irmãos com combinações de sobrenomes completamente diferentes.

Para finalizar este padrão básico, um segundo nome próprio ou outro sobrenome paterno ou materno são opcionais, até o limite de dois nomes próprios e quatro apelidos. Ambos os limites às vezes não são respeitados, especialmente entre a aristocracia antiga. Ao nascer, uma criança pode receber um ou dois nomes próprios e mais de quatro sobrenomes. Geralmente, as crianças recebem apelidos de ambos os pais e avós. Normalmente, o(s) sobrenome(s) da mãe precede(m) o do pai, mas o contrário também é permitido.

A estrutura do nome completo é em geral igual ao na Europa Ocidental, ou seja: o primeiro nome; seguido opcionalmente por um ou mais nomes do meio; seguidos pelo sobrenome da família da mãe, seguido pelo sobrenome da família do pai. Exemplos:

  1. José Silva: A configuração mais simples é composta de um determinado nome próprio e um sobrenome de família, ou do pai ou da mãe. Esta configuração é simples e um pouco rara hoje em dia.
  2. José Eduardo Silva: José e Eduardo são os nomes próprios e Silva o sobrenome de uma das famílias (no entanto, note que Eduardo pode ser um nome de família válido: não há nenhuma maneira de saber somente olhando-se para o nome). Novamente, esta configuração não é comum hoje, mas pode acontecer no caso em que ambos os pais da criança têm o mesmo nome de família.
  3. José Eduardo Tavares Silva: Neste caso, um segundo nome de família foi adicionado. Em teoria, o primeiro apelido (Tavares) seria materno, e o segundo (Silva) paterno, mas esta ordem pode ser reversa. Outra possibilidade é que "Tavares Silva" seria um nome composto, pois isto é relativamente comum em sobrenomes portugueses, ou seja, ambos os sobrenomes são transmitidos para todos os descendentes. Sobrenomes unidos por hífen são raros em português, como "Tavares-Silva", convenção que causaria confusão. Algumas vezes, essa convenção é artificialmente forçada pelos autores, políticos e outros que querem ser corretamente citados em outros países.
  4. José Eduardo Santos Tavares Melo Silva: Esta é a combinação mais completa de nomes possível. Neste caso, o indivíduo pode ter dois sobrenomes provenientes de cada um dos pais ou um proveniente de um e três do outro. O último caso não é tão comum, mas é impossível identificar com certeza a origem apenas olhando-se para o nome.
  5. Se o nome completo é igual ao nome de um parente, por exemplo, pai, avô ou tio, o nome pode ser acrescido de um sufixo: Júnior (abreviado Jr.), Filho, Neto ou Sobrinho. O sufixo é sempre escrito com inicial maiúscula e sem vírgula separando-o do restante do nome. Esta prática é rara em Portugal, mas é comum no Brasil. Apesar de raro, é possível encontrar até mesmo indivíduos com sufixos como Sobrinho Neto. Bisneto é raro, mas pode também ser encontrado. Esta convenção é muito menos comum em nomes femininos, mas no Brasil os sufixos Filha e Neta são utilizados. Algarismos romanos, como II, III, etc para filhos, netos e bisnetos não são utilizados, pois esta prática não é permitida por lei nem no Brasil e Portugal.[1]
  6. Preposições que podem ser utilizadas nos sobrenomes portugueses são da, das, do, dos e de, como em Luís de Sousa, Maria da Conceição, Osvaldo dos Santos, Luísa das Neves, etc. A convenção atual em português é que sejam escritos com letras minúsculas. Diferente dos sobrenomes italianos, essas conjuntivas não são geralmente parte de um nome composto, isto é, "Sousa" não é diferente de "de Sousa", e ambos estão escritos com S em ordem alfabética. Portanto, não se deve referir-se a Luís Inácio Lula da Silva como o Sr. Da Silva, mas sim como Sr. Silva. A conjunção e também é comum, por exemplo, "Maria Costa e Silva". Mais comumente este seria um apelido composto, neste caso, a pessoa deve ser tratada como "Sra. Costa e Silva", e não como Sra. Silva.

Por exemplo, se José Santos Almeida e Maria Abreu Melo têm uma filha, seu nome poderá ser simplesmente Joana Melo Almeida (nome próprio + último sobrenome da mãe + último sobrenome do pai). No entanto, eles poderiam dar-lhe dois nomes próprios, por exemplo, Joana Madalena, e combinar seus sobrenomes de várias maneiras, como Joana Madalena Melo Almeida, Joana Madalena Abreu Melo Almeida (dois apelidos maternos e um paterno), Joana Madalena Abreu Santos Almeida (um materno e dois paternos), ou ainda Joana Madalena Abreu Melo Santos Almeida (dois de cada progenitor). Também seria possível a utilização de apelidos que não fazem parte do nome oficial do pai, mas que os pais teriam direito de utilizar, ou seja, um sobrenome de um avô ou um bisavô que não foi transmitido nem ao pai ou à mãe. Essa criança provavelmente se tornaria conhecida pelo seu sobrenome final, Joana Almeida. No entanto, os pais podem decidir alterar a ordem dos apelidos e lhe dar o nome de Joana Almeida Melo, etc. Neste caso, ela provavelmente seria conhecida como Joana Melo.

É muito comum o indivíduo ser conhecido pelo sobrenome que não é o último, especialmente se este for muito comum. Por exemplo, Aníbal Cavaco Silva é comumente chamado de "Cavaco" e Ayrton Senna da Silva escolheu ser conhecido como Ayrton Senna, pois Silva é um sobrenome muito comum.

Alguns nomes de família portugueses são compostos por duas palavras, na maioria das vezes sem hífen, mas não são nomes compostos, já que não resultam da combinação de dois nomes de família de gerações anteriores e constituem uma única unidade lógica. Estes incluem topônimos (por exemplo, Castelo Branco), referências religiosas (por exemplo, Espírito Santo, Santa Rita), ou outras expressões (por exemplo, Corte Real, Mil-Homens). Neste caso, ambas as palavras devem ser citadas (por exemplo, o escritor Camilo Castelo Branco nunca é referido como Camilo Branco e, em ordem alfabética, começa com C).

Os nomes intermediários (o segundo nome próprio e os sobrenomes intermediários) e sufixos podem ser abreviados, mas geralmente o primeiro nome e o sobrenome não são abreviados. Uma notável exceção é o escritor Ruben A., cujo nome completo era Ruben Andresen Leitão. Exemplo: José E. C. Lima (Jr.). Isso difere da legislação de nomes espanhóis, que usam o nome de família materno no final. Exemplo: Norberto García C.

A nomenclatura padrão brasileira

Os nomes dos descendentes de imigrantes

No Brasil, os imigrantes recentes – especialmente italianos, alemães e japoneses – geralmente nomeiam seus filhos apenas com o sobrenome do pai. Embora não haja nenhuma restrição legal para essa prática, o padrão de sucessivas gerações mudaram para o padrão tradicional português, normalmente por causa da assimilação.

Hoje é possível encontrar pessoas que utilizam dois sobrenomes italianos (como "Rossi Bianchini") ou dois sobrenomes japoneses (como "Sugahara Uemura"), uma prática que não é comum na Itália e não existe no Japão. Ter dois sobrenomes de imigrantes não europeus também é comum, como a modelo Sabrina Sato Rahal (um sobrenome japonês e um árabe, respectivamente.

O modelo espanhol utiliza tanto o sobrenome do pai como o da mãe, mas na ordem inversa em relação ao padrão português. Quase toda a primeira geração de hispano-brasileiros foi nomeada seguindo a ordem do padrão português.

O modelo de nomenclatura imigrante no estado de São Paulo

Um padrão específico desenvolvido entre os descendentes de imigrantes do século XX é que utilizam apenas o sobrenome paterno e dois nomes próprios: o primeiro é um nome Português e o segundo é o nome original do país do pai.

Este padrão é mais utilizado entre os netos e filhos de imigrantes japoneses e sírio-libaneses. Assim, é possível encontrar nomes como "Paulo Salim Maluf" (onde Paulo é um nome próprio português, Salim é um nome próprio árabe e Maluf o sobrenome paterno) ou "Maria Heiko Sugahara" (onde Maria é um nome próprio português, Heiko um nome próprio japonês e o apelido Sugahara é paterno). Esta prática permite que a pessoa seja conhecida como "Paulo Maluf" ou "Maria Sugahara" na sociedade brasileira ou como "Salim Maluf" ou "Heiko Sugahara" na colevidade social imigrante.

Esse padrão tornou-se quase uma regra geral em São Paulo e em outros estados do sul. A miscigenação abrandou este uso, mas é comumente utilizado quando ambos os pais pertencem à mesma etnia. As gerações mais jovens tendem a utilizar tanto o nome de família paterno como o materno, dando aos filhos quatro nomes (como "Paulo Salim Maluf Lutfalla" ou "Maria Heiko Sugahara Uemura").

Nomenclatura das mulheres casadas

O costume de a mulher mudar de nome após o casamento não é uma tradição portuguesa e brasileira. Ela espalhou-se no fim do século XIX nas classes superiores, sob a influência francesa, e após a década de 40 tornou-se socialmente quase obrigatória. A não adoção da tradição era vista como prova de concubinato, em especial até a década de 1970. Hoje em dia, praticamente desapareceu.

Em Portugal, a mulher pode adotar o(s) sobrenome(s) do marido, mas mesmo assim ela sempre mantém os nomes de batismo. Por exemplo, se Maria Abreu Melo casa com José Santos Almeida, ela pode optar por se tornar Maria Abreu Melo Almeida ou Maria Abreu Melo Santos Almeida. O homem pode adotar o sobrenome de sua esposa também, embora isso seja bastante raro.

No Brasil, a mulher pode adotar o(s) sobrenome(s) do marido e optar por manter ou excluir os nomes de batismo. Por exemplo, se Maria Abreu Melo casa com José Santos Almeida, ela pode optar por se tornar Maria Abreu Melo Almeida, Maria Abreu Melo Santos Almeida, Maria Santos Almeida, Maria Almeida, etc. Normalmente, nestes casos, a mulher mantém parte de seu nome de batismo e utiliza parte do sobrenome do marido, para evitar nomes longos. Assim, a combinação mais utilizada, a partir do exemplo acima, deve ser Maria Melo Almeida.

A adoção obrigatória do novo nome leva a combinações inusitadas, como no caso (não raro) de ambos os cônjuges terem o mesmo sobrenome, quando o sobrenome da mulher era mantido. Outra situação confusa era, por exemplo, quando uma mulher chamada Ana Lima Silva casa-se com um homem chamado João Lima. Seu nome poderia ser legalmente Ana Lima Silva Lima.

Hoje em dia, poucas mulheres adotam, mesmo oficialmente, os sobrenomes do marido e, entre as que o fazem oficialmente, é bastante comum ela não utilizá-lo na sua vida profissional ou informal.

Em Portugal, desde 1977, e no Brasil, desde 1970, a mulher tem a opção de mudar ou não de nome após o casamento. Em Portugal, desde 1977, e no Brasil, desde 2002, o marido também pode adotar o sobrenome da esposa. Em Portugal, quando isso acontece, geralmente ambos os cônjuges mudam de nome após o casamento (por exemplo, José Santos Almeida e Maria Abreu Melo poderiam se tornar José Santos Melo Almeida e Maria Abreu Melo Almeida, ou mesmo José Santos Almeida Melo e Maria Abreu Melo Almeida). No Brasil, ainda não há um padrão perceptível.

Este costume está desaparecendo desde os anos 1970 e hoje é raramente encontrado,[carece de fontes?] devido à necessidade pesada de atualizar registros, documentos, etc, depois que o nome muda e volta de novo em caso de divórcio.

Número de nomes

Não é raro em Portugal uma mulher casada ter dois nomes próprios e seis apelidos: dois da família materna, dois da paterna e os dois últimos do marido. Além disso, alguns desses nomes podem ser compostos por mais de uma palavra, de modo que um nome completo feminino pode ter mais de 12 palavras. Por exemplo, o nome "Maria do Carmo Mão de Ferro e Cunha de Almeida Santa Rita Santos Abreu" não seria surpreendente para uma mulher casada. Mão de Ferro e Santa Rita (em homenagem à Santa Rita de Cássia) contam apenas como um sobrenome único. Neste caso, Santos Abreu provavelmente veio do marido dessa mulher.

Em Portugal, o costume de dar à criança quatro sobrenomes está se tornando popular, pois desta forma ela pode ter os últimos nomes de cada um dos seus avós. Em Portugal e no Brasil algumas pessoas vêem isso como um sinal de esnobismo, uma vez que as famílias nobres tinham um grande número de apelidos – por exemplo, o 4 º Duque de Lafões (1797-1851, cujo nome completo era Caetano Segismundo de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva). Por razões de simplicidade, a maioria dos portugueses tem dois sobrenomes.

Em Portugal, ter apenas um sobrenome é raro e geralmente acontece quando ambos os pais têm o mesmo sobrenome, para evitar combinações repetitivas, como em Antônio Santos e Santos. No Brasil, ter apenas um sobrenome é comum em áreas com grandes comunidades de imigrantes não portugueses.

A ortografia dos nomes

Tradicionalmente, a maioria dos nomes portugueses tem uma ortografia padrão que é utilizada de forma quase universal. Os nomes são vistos como as outras palavras, e estão, portanto, sujeitos à gramática e às regras ortográficas habituais da língua portuguesa. A grafia de muitos nomes tem evoluído ao longo dos tempos com as reformas ortográficas, e formas arcaicas de nomes são consideradas erros ortográficos e têm pouco uso em Portugal.

Em Portugal - nomes próprios têm uma ortografia padrão que é considerada como modelo (mesmo em valores não-contemporâneos). Formas mal grafadas e arcaicas são consideradas incorretas (por exemplo, Isabel e não Izabel; Luís, e não Luiz). Nomes contendo letras estrangeiras – k, y, w – não são permitidos também (Cátia e não Kátia). No entanto, pessoas mais velhas que foram registradas com uma grafia arcaica continuaram a utilizá-las (os exemplos incluem Manoel de Oliveira – a grafia moderna seria Manuel). No que diz respeito aos sobrenomes, não há restrições legais e, como tais, muita gente continua a utilizar grafias arcaicas dos nomes de família, como Athayde (Ataíde na forma moderna) e Telles (Teles na forma moderna). Isto é feito geralmente nas classes superiores, com o objetivo de tornar o apelido mais incomum ou grandioso.

No Brasil – Não existem leis para a nomenclatura, e como tal muitas grafias arcaicas e formas cognatas coexistem para um mesmo nome (Teresa é a única forma correta na ortografia atual, Thereza, Tereza). Nomes de inspiração internacional são comuns e diacríticos também são omitidos às vezes. Os pais podem criar qualquer tipo de nome, e as classes econômicas mais baixas geralmente usam sufixos para dar um ar estrangeiro aos nomes dos descendentes, como "-son" ou "-ton" para os meninos e "-elly"/-"inny" para as meninas (Deividson, Maiksson, Josieliton, Andrielly, Marcelly, Karinny etc.) Este fenômeno pode ser facilmente visto nos nomes de futebolistas brasileiros.[2].

O nome "Maria"

O nome próprio Maria (do hebraico Miryam; Maria em latim) é um nome feminino extremamente comum, até mesmo combinado com nomes masculinos. Em Portugal este nome sempre foi comum e nos últimos anos, com uma nova onda de denominações tradicionais, houve um aumento na sua popularidade.

Tradicionalmente, Maria é mais comum na primeira parte de uma combinação de dois nomes próprios; tais combinações podem ser formadas por vários elementos diferentes.

Atributos religiosos (muitas vezes honrando uma das denominações da Virgem Maria):

  • Comemorações de devoção católica: Maria da Conceição (referindo-se a Nossa Senhora da Conceição), Maria das Dores (Nossa Senhora das Dores), Maria da Assunção (Assunção), Maria da Natividade (Natividade).
  • Local de aparição mariana: Maria de Fátima (Fátima), Maria de Lurdes (Lurdes / Lourdes), Maria de la Salete (Salete/Salette), Maria Aparecida (comum no Brasil, em homenagem à Nossa Senhora Aparecida).
  • Fenômenos e elementos da natureza (muitos das quais perderam as associações religiosas hoje em dia): Maria do Céu, Maria da Luz, Maria do Mar, Maria da Graça.
  • Nomes de santos: Maria José (em homenagem a São José).

Outros tipos de combinação:

  • Com outro nome próprio independente: Maria Madalena, Maria Teresa, Maria Antônia, Maria Carolina.
  • Com um nome próprio masculino: Maria João, Maria José, Maria Manuel, Maria Luís. (Na verdade, estes são nomes femininos. Em nomes femininos e masculinos combinados, é o primeiro nome que define o gênero "real". Maria João é um nome feminino, mesmo que a mulher em questão seja referida apenas como "João" numa forma reduzida. Combinações com nomes masculinos incluem João Maria, José/Zé Maria, Manuel Maria e Luís Maria)

O nome popular Mariana significa "de ou relacionado a Maria", ou Marian, e não é uma contração entre Maria e Ana. Outras aglutinações internacionais de combinações com o nome Maria têm sido introduzidas em tempos mais recentes. Nelas incluem Marisa (do espanhol María Isabel) e Marlene (do alemão Maria Magdalene).[carece de fontes?]

Como Maria é amplamente utilizado, as mulheres são mais susceptíveis a serem conhecidas simplesmente pelo seu segundo nome: Conceição, Dores, Céu, Luz, Lurdes (Lourdes), Fátima, Salete, Aparecida, Madalena, Antônia, Teresa, etc. Uma mulher chamada Maria de Jesus seria chamada de "Jesus", apesar de seu segundo nome ser masculino.

Algo semelhante acontece com o nome Ana (Anne ou Hannah, em inglês), também muito comuns em combinações duplas de nomes, especialmente nas gerações mais jovens. Uma mulher chamada Ana Paula seria normalmente chamada de "Paula", Ana Carolina seria 'Carolina' e assim por diante.

Um procedimento semelhante ocorre com nomes masculinos, mas em ordem inversa. Não é incomum encontrar nomes masculinos como João Maria, José Maria, Manuel Maria, etc. Neste caso, Maria seria sempre o segundo nome próprio, em homenagem à Virgem Maria, e o primeiro nome seria um nome masculino. Este costume é moda entre a nobreza portuguesa e nas classes superiores, mas é considerado brega no Brasil.

A partícula "de" em nomes portugueses

As partículas de ou da, do, dos, das (preposição de + artigo o, as, os, as) não são consideradas como parte do apelido, e não devem constar em ordem alfabética em listas de nomes. João da Silva é Sr. Silva, não Sr. da Silva. Antônio de Castro é alfabetizado como Castro, Antônio de. O presidente angolano José Eduardo dos Santos deve ser tratado como Presidente Santos, não Presidente Dos Santos.

Colocação

Em listas de ordem alfabética de nomes portugueses, geralmente o nome completo é utilizado. Isso ocorre principalmente nas escolas ou em documentos oficiais, e geralmente é feito porque muitas pessoas preferem usar combinações múltiplas de sobrenomes em sua vida diária, ou não utilizar o último sobrenome. Por conseguinte, é difícil ordenar as pessoas pelo sobrenome. Uma lista em ordem alfabética típica:

  • António Borges Santos
  • António Melo Abreu Silva
  • Leonor Soares Henriques Pais
  • Sofia Matilde Almeida Pais

No entanto, em locais como listas telefônicas ou bibliografias, a prática de usar o último sobrenome é preferível. Conjunções e afixos anteriores ou posteriores, como "da" e "Filho", não são utilizados. Quando um sobrenome completo composto é conhecido, é em ordem alfabética de acordo com o primeiro nome, mesmo que não estejam separados por hífen. Quando não se sabe, o sobrenome deve ser usado. Devido a isso, muitos erros são cometidos na alfabetização de sobrenomes Português, como em uma lista telefônica. Por exemplo:

  • Chagas Filho, Carlos
  • Siqueira Campos, Luis Pereira
  • Sousa, Luís de

Essas regras podem mudar se o nome português for absorvido numa cultura diferente, como nos países anglo-saxônicos. Nos Estados Unidos, por exemplo, para onde muitos portugueses emigraram para Nova Jersey e New Hampshire desde o século XVIII, as regras de alfabetização utilizam o "da e o "de" como partes do sobrenome. O famoso autor luso-americano John Dos Passos, que é referido com o sobrenome Dos Passos, é um bom exemplo.

Hipocorismo

Apelidos português são geralmente formados pela inserção do sufixo diminutivo –inho ou -ito antes da vogal final do nome. Por exemplo, Teresa torna-se Teresinha, e Carlos torna-se Carlinhos. Em alguns casos, o apelido é formado pela adição de -zinho(a) e -zito(a) ao nome verdadeiro. Por exemplo, João se torna Joãozinho e Sofia se torna Sofiazinha.

Sufixos aumentativos podem ser utilizados também, como "Marcos" tornando-se Marcão, por exemplo.

Outras práticas incluem a repetição de uma sílaba (Nonô, de Leonor; Zezé, de José), uma simples redução do nome (Fred para Frederico, Bea ou Bia para Beatriz), a contração do nome (Manel para Manuel), ou de uma parte (Beto para Alberto e Roberto, Mila para Camila ou Emília). Uma mistura de redução e adição de um sufixo também pode ocorrer (Leco, de Leonardo). Às vezes, um apelido de língua estrangeira é usada para o nome português correspondente (Rick para Ricardo, Maggie para Margarida). A maioria dos nomes próprios têm um ou mais diminutivos padrão.

Alguns hipocorismos típicos em português (os que estão marcados com * são quase exclusivamente brasileiros):

O hipocorístico pode receber o sufixo -inho, dando uma sensação mais intensa de proteção ou intimidade, como Chiquinho (de Chico, o hipocorístico de Francisco), Xandinho (de Xando, para Alexandre), Zequinha (forma de Zeca, José).

Origem dos sobrenomes portugueses

Um único nome ou um nome seguido por um patronímico era a forma mais comum que os povos nativos pré-romanos se denominavam. Os nomes podiam ser celtas (Mantaus), lusitanos (Casae), ibéricos (Sunua) ou cónios (Alainus). Os nomes eram claramente étnicos e alguns típicos de uma tribo ou região. A lenta adoção da onomástica romana ocorreu após o final do século I a.C., com a adoção de um nome romano ou da tria nomina: praenomen (nome próprio), nomen (gentílico) e um cognome.[3][4]

A maioria dos sobrenomes portugueses têm origem patronímica, toponímica ou religiosa.

Patronímicos

Os patronímicos são nomes derivados do nome próprio do pai que, há muitos séculos atrás, começou a ser utilizado como sobrenome. São os sobrenomes mais comuns nos locais onde o português é falado, como também em muitas outras línguas.

Na língua portuguesa, os patronímicos são sobrenomes como Henriques, Rodrigues, Lopes, Nunes, Mendes, Fernandes, Gonçalves, Esteves e Álvares, onde a terminação -es significa "filho de". O significado é o mesmo do sufixo -ez utilizado na língua espanhola sendo provável herança das línguas germânicas faladas (em especial o gótico, onde o genitivo singular típico assemelha-se) na península Ibérica.

Alguns sobrenomes patronímicos não terminam em es. Ao invés disso, terminam em iz, como Muniz (filho de Monio) e Ruiz (filho de Ruy), ou ins, como Martins (filho de Martim).

Embora a maioria dos sobrenomes portugueses terminados em -es são patronímicos, alguns nomes de família terminados em es não são patronímicos, mas toponímicos, como Tavares, Pires, Cortês e Chaves.

No início da aquisição dos sobrenomes, a terminação –es não era utilizada. Assim, Joana filha de Fernando poderia ser chamada de Joana Fernando, como André João significando André filho de João.[carece de fontes?] Pode-se encontrar hoje em Portugal e no Brasil pessoas que ainda usam sobrenomes que já foram nomes próprios de outras pessoas, mas que foram passados de pais para filhos durante gerações e não têm a terminação -es, tais como Valentim, Alexandre, Fernando, Afonso (note o nome de família de Melo Afonso) e Antonio (note o de Melo Antonio). Nomes como Dinis, Duarte, Garcia e Godinho eram originalmente nomes próprios, mas hoje são utilizados no Brasil quase que exclusivamente como sobrenomes, embora Duarte e Dinis ainda são nomes próprios comuns em Portugal.

Matronímicos (sobrenomes derivados de nomes próprios femininos) quase nunca são utilizados em português, mas sobrenomes como "Catarino" (de Catarina) e "Mariano" (significado relacionado a Maria) podem ser provenientes tanto do nome da mãe verdadeira com da mãe espiritual Virgem Maria.[carece de fontes?]

Alguns patronímicos antigos não são facilmente reconhecidos, por duas razões principais. Às vezes, o nome próprio que originou o patronímico tornou-se antiquado, como Lopo (que originou Lopes), Mendo ou Mem (Mendes), Vasco (Vasques), Soeiro (Soares), Munio (Muniz), Sancho (filho de Sanches). Além disso, muitas vezes os nomes dados ou os patronímicos relacionados modificaram-se através dos séculos, embora sempre possa ser notada algumas semelhanças – como Antunes (filho de Antão, ou Antônio), Peres (filho de Pero, forma arcaica de Pedro), Alves (de Álvares, filho de Álvaro) e Eanes (do medieval Iohannes, filho de João).

Toponímicos

Um número considerável de sobrenomes é de origem toponímica, supostamente para descrever a origem geográfica de um indivíduo, como o nome de uma aldeia, vila, cidade, região ou rio. Encaixam-se nessa regra sobrenomes como Almeida, Andrada ou Andrade, Barcelos, Barros, Bastos, Castelo Branco, Cintra (de Sintra), Coimbra, Faria, Gouveia, Guimarães, Lima (nome de um rio, não a fruta), Lisboa, Pacheco (da vila de Pacheca), Porto, Portugal, Brasil, Serpa, etc. Um sobrenome como Leão pode significar que um antepassado veio do antigo reino espanhol de León (noroeste de Espanha) ou então da cidade francesa de Lyon (em português, Lião).[carece de fontes?]

Nem todas as aldeias e vilas que originaram esses sobrenomes existem, mantiveram o nome original ou são habitadas hoje.

Alguns nomes especificam a localização da casa de uma família dentro de uma aldeia: Fonte (junto à fonte), Azenha (pela azenha, moinho d’água), Eira (pelo eira), Tanque (pela cisterna da comunidade), Fundo (parte mais baixa da vila), Cimo/Cima (na parte superior da cidade), Cabo (na extremidade da aldeia)[carece de fontes?], Cabral (próximo ao campo onde as cabras pastam). Em alguns casos, o nome de família pode não ser toponímico, mas uma indicação de posse.

Alguns termos geológicos ou geográficos também foram utilizados na nomeação, como Pedroso (pedregoso ou cheios de terra), Rocha, Souza/Sousa (do latim saxa, um lugar com seixos, ou o nome de um rio português), Vale, Ribeiro (pequeno rio, córrego, riacho), Siqueira ou Sequeira (terra não irrigada), Castro (castelo ou ruínas de construções antigas), Dantas (de d'Antas, um local com antas, ou seja, monumentos de pedra pré-históricos ou dólmens), Costa (litoral), Pedreira, Barreira (pedreira de argila). Ferreira é um sobrenome toponímico, utilizado pela primeira vez por pessoas que viveram em muitas cidades e aldeias chamadas Ferreira, ou seja, um lugar onde era possível encontrar minério de ferro.

Nomes de árvores e plantações também são nomes toponímicos, supostos inicialmente para identificar um ancestral que viveu perto ou dentro de alguma fazenda, pomar ou um local com um tipo característico de vegetação. Sobreomes como Silva (uma espécie de baga; também significando mata), Silveira (local coberto por silvas), Matos (bosques, florestas), Campos (campos de grama, pradarias), Teixeira (local coberto por teixos, uma espécie de árvore), Queirós (um tipo de erva), Cardoso (local coberto por cardos, ou seja, alcachofra-brava ou espinhos), Correia (local coberto por corriolas ou correas, um tipo de planta), Macedo (um jardim de macieiras) e Azevedo (uma floresta de azevinho, ou seja, madeira de azevinho) encaixam-se neste padrão.

Nomes de árvores são sobrenomes toponímicos bastante comuns: Oliveira, Carvalho, Salgueiro, Pinheiro, Pereira, Moreira (de amoreira), Macieira, Figueira. Estes não são sobrenomes judaico-portugueses antigos, conforme explicado adiante, embora esse mito seja muitas vezes transmitido.

Religiosos

Sobrenomes com significados religiosos são comuns. É possível que alguns destes originaram-se de um ancestral que se converteu ao catolicismo e necessitou mostrar a sua nova fé. Outra possível origem para os nomes religiosos era de que órfãos foram abandonados em igrejas e criados em orfanatos católicos por padres e freiras, geralmente batizados com um nome relacionado à data mais próxima do dia que eles foram encontrados ou batizados. Ainda outra fonte possível é de nomes próprios de religiosos anteriores (que exprimem devoção especial por parte dos pais ou dos padrinhos, ou a data de nascimento da criança) foram adotados como nomes de família.

Entre os nomes religiosos, incluem-se nomes como Jesus, dos Reis (dia da Epifania do Senhor, o Dia dos Reis Magos), Ramos (Domingo de Ramos, o domingo anterior à Páscoa), Pascoal (da Páscoa), da Assunção (Assunção da Virgem Maria), do Nascimento (da Natividade da Virgem Maria ou o Nascimento de Jesus - Natal), da Visitação (Visitação da Virgem Maria), da Anunciação (Anunciação da Virgem Maria), da Conceição (Imaculada Conceição da Virgem Maria), Trindade (do Domingo da Trindade), do Espírito Santo (da Festa do Espírito Santo), das Chagas (proveniente da Festa das Cinco Chagas de Cristo), Graça (de Nossa Senhora da Graça), Patrocínio (de Nossa Senhora do Patrocínio), Paz (de Nossa Senhora Medianeira da Paz), Luz (de Nossa Senhora da Luz Divina), Neves (de Nossa Senhora das Neves), Penha (de Nossa Senhora da Penha da França, que em espanhol é chamada de Nuestra Señora de Penafrancia) das Dores (Nossa Senhora das Dores), Bonfim (de Nosso Senhor da Boa Morte), das Virgens (das virgens mártires), dos Anjos (proveniente dos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel), São João, Santana (Santa Ana), Santos (Dia de Todos os Santos ou Dia de Finados) e Cruz (o sobrenome mais comum entre os judeus de Belmonte).

Um órfão de pais desconhecidos ou um convertido (judeu, escravizado africano ou nativo americano) poderia ser batizado com o nome de um santo, como João Batista (de São João Batista), João Evangelista (de São João Evangelista), João de Deus (de São João de Deus), Antônio de Pádua (de Santo Antônio de Pádua), João Nepomuceno (de São João Nepomuceno), Francisco de Assis (de São Francisco de Assis), Francisco de Paula (de São Francisco de Paula) , Francisco de Salles (de São Francisco de Salles), Inácio de Loiola (de Santo Inácio de Loyola), Tomás de Aquino (de Santo Tomás de Aquino), José de Calanzans (de São José de Calasanz), ou José de Cupertino (de São José de Cupertino). Em seguida, eles costumavam transmitir apenas o segundo nome próprio (Batista, Evangelista, de Deus, Pádua, Nepomuceno, Assis de Paula, Sales, Loiola, Aquino, Calanzans e Cupertino) para seus filhos como um sobrenome.

Um sobrenome como Xavier poderia ter se originado a partir de alguém batizado em homenagem a São Francisco Xavier ou da antiga família portuguesa Xavier.

Característica

Alguns sobrenomes são possíveis descrições de uma característica peculiar de um ancestral, originada a partir de um apelido.

Estes incluem nomes como Peixoto ("peixe pequeno", dado a um nobre que utilizava peixes para enganar seus inimigos durante uma citação[carece de fontes?]), Peixe (o nadador, ou também pescador ou peixeiro[carece de fontes?]), Veloso (lanoso, de lã, ou seja, peludo), Ramalho (cheio de galhos de árvores; espesso, ou seja, barba espessa [carece de fontes?]), Barroso (coberto de barro, ou seja, espinhas[carece de fontes?]), Lobo (ou seja, selvagem, feroz[carece de fontes?]), Lobato (lobo pequeno, filhote de lobo), Raposo (raposa, ou seja, inteligente[carece de fontes?]), Pinto (pintinho, ou seja gentil e bondoso[carece de fontes?]), Tourinho (touro pequeno, ou seja, robusto, forte[carece de fontes?]), Vergueiro (que se dobra, ou seja, fraco), Medrado (crescido, ou seja, alto), Tinoco (curto, pequeno), Porciúncula (pequena parte, um pedaço pequeno), Magro, Magriço (muito magro), Gago, Galhardo (galante, cavalheiro), Terrível, Penteado (apelido de uma linhagem da família alemã Werneck, cujos membros usavam perucas), Romero (de romeiro, peregrino, ou seja, alguém que fez uma viagem religiosa para Roma, Santiago de Compostela ou Jerusalém).

Ocupação e profissão

São poucos os sobrenomes portugueses que se originaram de profissões ou ocupações, como Serrador, Pastorinho, Monteiro (caçador de montes ou guarda-madeira), Caldeira (de caldeirão, por exemplo), Cubas (barris de madeira, ou seja, fabricantes de barris e tanoeiros), Peixe (para um pescador ou dono de peixaria).

Um erro comum é dizer que o sobrenome Ferreira significa ferreiro, uma vez que existem sobrenomes similares em muitas línguas com este significado (Smith em inglês, Schmidt em alemão, Bittar em árabe, etc.). Ferreira é o nome de um rio e de muitas aldeias e vilas de Portugal.

Sobrenomes de origem estrangeira

Alguns sobrenomes portugueses são provenientes de estrangeiros que vieram morar em Portugal ou no Brasil há muitos séculos atrás. Eles são tão antigos que, apesar de sua origem estrangeira conhecida, são uma parte integrante das culturas portuguesa e brasileira.

A maioria desses sobrenomes é espanhola, como Toledo (uma cidade da Espanha), Ávila ou Dávila (cidade da Espanha) e Padilha. Outros nomes "estrangeiros" comuns são Bettencourt ou Bittencourt (de Béthencourt, francês), Goulart, Goulard ou Gullar (francês, significando originalmente glutão), Fontenele ou Fontenelle (francês, de fonte), Rubim (de Robin, francês), Alencastro, Lencastre (de Lancaster, inglês), Drummond (escocês), Werneck, Vernek ou Berneque (sul da Alemanha; nome da cidade bávara de Werneck), Wanderley (de van der Ley, flamenco), Dutra (de Ultra, um nome latino que significa "do além", adotado pela família flamenca Van Hurtere), Brum (de Bruyn, flamenco), Bulcão (de Bulcamp, flamenco), Dulmo (de van Olm, flamenco),[5] Acioli (italiano), Doria (italiano), Cavalcanti (italiano), Mota ou Motta (italiano), Netto ou Neto (italiano; não confundir com o sufixo "Neto", que é utilizado para distinguir neto e avô que possuem o mesmo nome).

A questão dos sobrenomes judaico-portugueses

Costuma-se dizer que os judeus que viveram em Portugal até 1497, quando foram obrigados a escolher entre a conversão ou a expulsão, substituíram seus sobrenomes originais por nomes de árvores que não produzem frutos comestíveis, como Carvalho e Junqueira (cana-de-açúcar, bambu, junco). Outros dizem que os judeus normalmente escolhem nomes de árvores, tais como Pereira e Oliveira – neste caso, árvores frutíferas. No entanto, esses nomes já foram utilizados para designar cristãos durante a Idade Média.

Outro nome de família geralmente apontado como indicador de ascendência judaica é o Espírito Santo. A explicação é que os judeus adotariam como nome de família uma palavra (aparentemente) cristã por engano. Na verdade, eles estavam escolhendo a pessoa que mais incorporasse a Trindade, isto é, aquele que ofendeu sua fé judaica (secreta). Esta teoria não é totalmente fundamentada, uma vez que existem provas de que o culto ao Espírito Santo cresceu após 1496, especialmente entre cristãos-novos. Isso não exclui que o Espírito Santo também foi adotado pelos cristãos fiéis, seguindo a lógica de outros sobrenomes religiosos.

Os judeus portugueses que viveram em Portugal até 1497 tinham nomes próprios que poderiam distingui-los da população cristã. A maioria desses nomes são traduções em português dos antigos nomes semíticos (árabe, hebraico, aramaico) como Abenazo, Aboab, Abravanel, Albarrux, Azenha, Benafull, Benafaçom, Benazo, Caçez, Cachado, Çaçom/Saçom, Carraf, Carilho, Cide/Cid, Çoleima, Faquim, Faracho, Faravom, Fayham/Fayam, Focem, Çacam/Sacam, Famiz, Gadim, Gedelha, Labymda, Latam/Latão, Loquem, Lozora, Maalom, Maçon, Maconde, Mocatel, Molaão, Montam, Motaal, Rondim, Rosall, Samaia/Çamaya, Sanamel, Saraya, Tarraz, Tavy/Tovy, Toby, Varmar, Zaaboca, Zabocas, Zaquim, Zaquem, Zarco. Alguns nomes são toponímicos, como Catelaão/Catalão, Castelão/Castelhão (castelhano), Crescente (da Turquia), Medina, Romano, Romão, Romeiro, Tolledam/Toledano (de Toledo), Valencia e Vascos (Basco). Alguns eram patronímicos de nomes bíblicos, como Abraão, Lázaro, Barnabé, Benjamim, Gabriel, Muça (Moisés) e Natam (Natã). Alguns são nomes oriundos de profissões, como Caldeirão, Martelo, Peixeiro, Chaveirol (serralheiro) e Prateiro (ourives). Alguns são apelidos, como Calvo (careca), Dourado (ouro, como o alemão Goldfarb), Ruivo (cabeça vermelha), Crespo, Querido e Parente (parente da família). Poucos nomes não são diferentes dos antigos sobrenomes portugueses, como Camarinha, Castro, Crespim.[6].

Alguns estudiosos revelaram que os judeus naturalizados portugueses em geral escolheram patronímicos como novos sobrenomes, e, quando a conversão não foi obrigatória, eles costumavam escolher o sobrenome do padrinho.[6]

Apesar disso, a comunidade judaico-portuguesa que floresceu na Holanda e em Hamburgo, na Alemanha, após serem expulsos de Portugal, utilizaram sobrenomes que eram comuns entre os antigos cristãos portugueses, como Camargo, Costa, Fonseca, Dias e Pinto. Talvez a sua maioria tivesse pais ou avós que foram obrigados a se converter em Portugal, e após a emigração para a Holanda, eles receberam a fé judaica do país de braços abertos, mas continuaram utilizando os sobrenomes dos seus padrinhos.

Alguns dos mais famosos descendentes de judeus portugueses que viveram fora de Portugal são o filósofo Bento de Espinosa (Baruch Spinoza) e o economista clássico David Ricardo. Outros membros famosos da Sinagoga Portuguesa de Amsterdã deram nomes como Uriel da Costa (ou Uriel Acosta, Isaac Aboab da Fonseca, Isaac de Pinto e Menasseh ben Israel (cujo sobrenome original era Soeiro).

Os judeus de Belmonte (cripto-judeus da região de Belmonte, em Portugal) também têm sobrenomes que não podem ser utilizados para distingui-los das mais antigas famílias católicas portuguesas. Utilizar nomes de árvore como sobrenome não era uma prática comum tanto entre os judeus portugueses convertidos como os não convertidos, nem antes e após a sua expulsão em 1497.

Os nomes próprios mais comuns em Portugal e no Brasil

De acordo com o jornal Público,[7] os nomes próprios mais comuns em Portugal, em 105 mil crianças nascidas em 2008, foram:

Masculinos Femininos
João (3189) Maria (4497)
Rodrigo (3074) Beatriz (2897)
Martim (2443) Ana (2897)
Diogo (2128) Leonor (2374)
Tiago (2088) Mariana (2374)
Tomás (2043) Matilde (2131)

De acordo com o site Cartórios Associados Website, os nomes próprios mais comuns no Brasil durante os últimos dois anos (janeiro de 2008 a novembro de 2009) foram:

Nome Incidents
1. Maria 1621
2. Ana 1274
3. João 1057
4. Gabriel 590
5. Pedro 548
6. Lucas 506
7. Mateus 427
8. Guilherme 344
9. Júlia 337
10. Luís 333
11. Vítor 266
12. Gustavo 262
13. Yasmin 262
14. Kauã 249
15. Víctor 243
16. Rafael 230
17. Vinícius 230
18. Artur 228
19. Miguel 226
20. David 221
21. Vitória 218
22. Filipe/Felipe 215
23. Carlos 209
24. Samuel 202
25. Letícia 198
26. Beatriz 192
27. Mariana 189
28. Daniel 183
29. Nicolas 183
30. José 181

A nomenclatura brasileira

Sobrenomes brasileiros

Sobrenomes portugueses no Brasil

Devido ao fato de algumas famílias portuguesas não terem enviado imigrantes ou de alguns imigrantes não terem descendentes no seu novo país, os sobrenomes portugueses no Brasil têm uma variação menor do que em Portugal. Há sobrenomes em Portugal que não são encontrados de forma alguma no Brasil.

Portugueses de classes inferiores, que não tinham sobrenomes e migraram para o Brasil durante a corrida do ouro do século XVII, em geral adotaram como sobrenome o nome da cidade, vila ou aldeia de onde vieram (Almeida, Braga, Barros, Faria, Guimarães, Junqueira, Lisboa,magalhaes, Serpa).[carece de fontes?].

Sobrenomes portugueses versus afro-brasileiros e índios

Até a abolição da escravatura, os escravos não tinham sobrenomes, apenas nomes próprios.[carece de fontes?]. Eles eram até proibidos de usar seus nomes originais africanos e nomes indígenas, e foram batizados com um nome próprio português. Enquanto a escravidão persistiu, era necessário os escravos terem nomes distintos só na fazenda ou no engenho ao qual pertenciam.

Era comum batizar os escravos libertos em homenagem aos seus ex-proprietários, para que todos os seus descendentes tivessem os sobrenomes portugueses dos seus proprietário.[carece de fontes?].

Os povos indígenas que não foram escravizados também optaram pela adoção dos sobrenomes de seus proprietários.[carece de fontes?].

Nomes religiosos também são mais comuns entre descendentes de indígenas e africanos no Brasil do que entre descendentes de europeus. Um escravo que tinha apenas um nome próprio, como Francisco de Assis, poderia utilizar o nome parcial de Assis como um sobrenome, uma vez que o conectivo faz o nome parecer um sobrenome.

A prática de batizar-se afro-brasileiros com sobrenomes religiosos foi comprovada até mesmo em algumas abordagens indiretas. Médicos pesquisadores demonstraram que existe uma correlação estatística entre nomes religiosos e doenças genéticas relacionadas com a ascendência africana, tais como a doença falciforme. Devido à miscigenação, a correlação existe até mesmo entre povos brancos que carregam nomes religiosos.[carece de fontes?]

Era comum também batizar povos indígenas e escravos libertos com apelidos de família que já eram bastante comuns, como Silva ou Costa. É por isso que Silva é o sobrenome mais comum no Brasil.[carece de fontes?]

Sobrenomes originários de palavras indígenas

Nos anos seguintes à independência do Brasil, algumas antigas famílias brasileiras mudaram seus sobrenomes para nomes derivados de línguas tupi-guaranis, como uma forma patriótica de enfatizar a nova pátria. Alguns destes nomes ainda são escritos na grafia portuguesa antiga, mas alguns já são escritos segundo as novas regras. Entre eles, seguindo a ortografia antiga, estão incluídos:

  • Povos e tribos indígenas nativos: Tupinambá, Tabajara, Carijó, Goytacaz (Goitacazes), Guarany, Tamoyo (nome de uma confederação de várias tribos que lutaram contra os primeiros colonizadores portugueses);
  • Árvores nativas brasileiras: Jatobá, Mangabeira, Pitanguy (árvore da pitanga),[carece de fontes?], Sarahyba, Palmeira,[carece de fontes?] Goiabeira;
  • Frutas tipicamente brasileiras: Pitanga, Muricy, Guaraná (uma família brasileira descendente de holandeses mudou seu sobrenome de Van Ness para Guaraná)[carece de fontes?];
  • Caciques indígenas famosos: Cayubi, Tibiriçá, Paraguaçu ("rio grande", "mar", na língua tupi), Piragibe ("braço de peixe", em tupi).

Devido à emigração, hoje em dia é possível encontrar esses apelidos mesmo em Portugal.

Sobrenomes toponímicos brasileiros

Alguns sobrenomes brasileiros, assim como alguns antigos sobrenomes portugueses, são apelidos toponímicos que denotam o local onde do primeiro ancestral que o utilizou nasceu ou viveu. Assim como os sobrenomes que se originaram de palavras comuns, esta prática começou nos anos seguintes à Independência do Brasil.

Alguns desses sobrenomes são: Brasil, Brasiliense ou Brasileiro, América, Americano, Bahiense (da cidade da Bahia, hoje Salvador), Cearense (do estado do Ceará) e Maranhão (do estado do Maranhão).

Alguns são topônimos derivados do tupi, tais como:

  • Rios brasileiros: Capibaribe ("rio das capivaras", em tupi), Jaguaribe ("rio das onças"), Parahyba (do rio Paraíba do Sul, que não tem relação com o rio Paraíba do Norte, o estado da Paraíba ou a cidade da Paraíba, hoje João Pessoa);
  • Montanhas: Araripe;
  • Localidades indígenas: Suassuna ("cervo negro", em tupi), Pirassununga ("ronco de peixe", em tupi), Piratininga ("peixe seco", em tupi), Carioca (do Rio de Janeiro; o significado original é "casa do homem branco", em tupi ).

Devido à imigração, hoje em dia é possível encontrar esses apelidos mesmo em Portugal.

Sobrenomes não-portugueses no Brasil

Apesar da menor variação de apelidos portugueses, a imigração de outros países (Itália, Alemanha, Espanha, Polônia, Ucrânia, Síria, Líbano, Japão e outros) aumentou a diversidade de apelidos no Brasil.

Alguns sobrenomes estrangeiros foram grafados incorretamente durante muitas gerações e hoje não podem ser reconhecidos nos seus países de origem (é o caso do sobrenome franco-suíço Magnan, alterado para Manhães após algumas décadas). Alguns sobrenomes estrangeiros mal grafados dificilmente são reconhecidos pelos falantes da língua original, como Collor (do alemão Koeller), Chamareli (do italiano Sciammarelli) e Branquini (do italiano Bianchini). Às vezes, regras diferentes de latinização foram aplicadas aos nomes japoneses e árabes (como Nacamura e Nakamura, Yamaguchi e Iamaguti, Sabag e Sappak, Bukhalil e Bucalil).

Desta forma, há sobrenomes estrangeiros que foram amplamente adaptados ou mal grafados, utilizados por brasileiros descendentes de imigrantes não portugueses. Devido à emigração, hoje em dia é possível encontrar essas variações de sobrenomes mesmo nos países de origem.

Os sobrenomes imigrantes

Apesar de não ser um costume tão amplo como nos Estados Unidos, os imigrantes costumam mudar a grafia de seus sobrenomes para demonstrar a assimilação com o português ou para evitar discriminação social no Brasil.

Esta prática foi muito comum entre imigrantes italianos durante a Segunda Guerra Mundial, já que a Itália não era aliada do Brasil na guerra.[carece de fontes?] Como os italianos são católicos e foram facilmente assimilados na sociedade brasileira, a prática não foi percebida e logo foi abandonada após uma única geração.

O novo sobrenome era geralmente escolhido com base no significado original do sobrenome estrangeiro – Olivetto, Olivetti ou Oliva por vezes mudou para Oliveira. Às vezes o novo nome tinha apenas semelhanças fonéticas com o original (os nomes italianos Livieiro e Salviani por vezes foram mudados para Oliveira e Silva.[carece de fontes?]

É possível encontrar poucos sobrenomes traduzidos entre as antigas famílias judaico-brasilieras, como por exemplo: Monteverde, Bento (de "Baruch", que significa abençoado em hebraico), Luz (de "Licht", forma reduzida de Lichtenstein), Lobo Filho, Diamante e Dourado (pode ser uma tradução do sobrenome asquenaze Goldfarb ou de um antigo sobrenome judaico-português).[carece de fontes?]

Tratamento respeitoso com hipocorísticos

No Brasil, até a primeira metade do século XX, pessoas de altas classes sociais podiam ser tratadas de uma forma muito respeitosa – mas não formal – usando um título social ou militar e um hipocorístico infantil de seu nome próprio, como "Coronel Tonico", "Comendador Paulinho", "Dona Chica", "Sinhá Mariquinha". Embora alguns presidentes americanos fossem chamados de Bill e Jimmy pela imprensa (Bill Clinton e Jimmy Carter, respectivamente), esta prática foi utilizada no Brasil como um tratamento muito mais respeitoso, nunca de uma maneira formal.

Alguns sociólogos[quem?] sugeriram que membros das classes superiores brasileiras muitas vezes recebiam honras de escravas que os chamavam com hipocorísticos, e esses nomes "infantis" continuaram sendo utilizados, porém de maneira respeitosa.

Hoje, esta prática não é tão difundida, mas pode-se encontrar pessoas sendo chamadas informalmente, mas respeitosamente, de "Seu Zé" ou "Dona Ritinha".

Nomes próprios como sobrenomes

No Brasil, descendentes de pessoas famosas às vezes utilizam um sobrenome composto tanto pelo nome próprio como pelo sobrenome do ascendente, como Ruy Barbosa, Vital Brasil, Miguel Pereira e a família Lafayette Rodrigues.[carece de fontes?] Tal prática permite que eles sejam facilmente identificados como descendentes do ancestral famoso. Esta prática é rara.

Nomes próprios

Nomes próprios de origem estrangeira

Em Portugal, os recém-nascidos só podem ser batizados com nomes de uma lista de nomes próprios permitida pelo Direito Civil.[8] É obrigatório os nomes serem escritos de acordo com as regras da ortografia da língua portuguesa e participarem da onomástica da língua portuguesa (nomes tradicionais em Portugal foram baseados no calendário de santos). Assim, em Portugal os nomes próprios apresentam pouca variação, já que nomes tradicionais têm prioridade sobre os "modernos". Exemplos de nomes populares em Portugal: António, João, José, Francisco, Pedro, Manuel, Maria, Ana, Isabel, Teresa, Joana. Nas últimas décadas tem havido um aumento de popularidade de nomes históricos antigos como Gonçalo, Bernardo, Vasco, Afonso, Leonor, Catarina e Beatriz. Se um dos cônjuges não é português ou tem dupla cidadania, nomes estrangeiros são permitidos, contanto que os pais apresentem um documento comprovativo de que o nome desejado é permitido no país de origem. No passado, os filhos de imigrantes que nasciam no exterior eram obrigados a adotar um nome português, a fim de se tornarem cidadãos portugueses. Um exemplo é a tenista Michelle de Brito, cujo nome português é Micaela. Esta prática não se aplica mais.

No Brasil, não há restrição legal sobre o batismo de recém-nascidos, a não ser que o nome próprio tenha um significado que pode humilhar ou constranger o indivíduo no futuro.

Os brasileiros que vivem longe das grandes cidades ou que pertencem a classes sociais inferiores são propensos a criar novos nomes próprios, unindo nomes dos pais ou clássicos, mudando a grafia de nomes estrangeiros ou mesmo utilizando sufixos estrangeiros que, acreditam eles, dão um som sofisticado ou moderno para o novo nome (Mauren, de Maureen; Deivid - de David; Robson, de Robinson).

Sobrenomes estrangeiros também são amplamente utilizados como nomes próprios, como Wagner, Mozart, Donizetti, Lamartine, Danton, Anderson, Emerson, Edison, Franklin, Nelson, Wilson, Washington, Jefferson, Jensen, Kennedy, Lenin, Newton, Nobel e Rosenberg. Originalmente, esses nomes revelam admiração política, artística ou científica dos pais que os utilizam, como no caso do patriarca da República brasileira Benjamin Constant Botelho de Magalhães.

Nomes próprios de origem indígena

Durante o reinado do imperador D. Pedro II, o índio foi utilizado como símbolo do Império. A partir daí, os brasileiros começaram a utilizar nomes indígenas como nomes próprios. Alguns deles estão entre os mais populares hoje.

Estre eles estão: Araci, Caubi, Guaraci, Iara, Iberê, Iona, Jaci, Janaína, Jandira, Juçara, Juraci, Jurema, Maiara, Moacir, Moema, Ubiratã, Ceci, Iracema, Peri e Ubirajara (os quatro últimos foram retirados das obras de José de Alencar).

Recentemente, os brasileiros começaram a utilizar outros nomes próprios de origem indígena, como Rudá (amor), Cauã (sol) e Cauê (sol).

Ver também

Referências

Referências

  1. On the other side, the Sobrinho (nephew) can also be an actual and very old surname that is transmitted through generations. The Netto surname should not be confused with the Neto (grandson) suffix. The first (Netto) is an old surname of Italian origin very common in Brazil that is sometimes spelled with just one "t".
  2. A vingança de José sobre Taílson
  3. Ferreira, Ana Paula Ramos ; Epigrafia funerária romana da Beira Interior: inovação ou continuidade?;II Parte - Catalogo epigráfico [1]
  4. Principais nomes, patronímicos, derivados e apelidos usados pelos povos da Lusitânia e nações aliadas
  5. CLAEYS, André. "Vlamingen op de Azoren in de 15de eeuw"; pp. 2. Brugge 2007.
  6. a b Subsídios para o estudo genealógico dos judeus e cristãos-novos e a sua relação com as famílias portuguesas
  7. Público of July 5, 2009, p. 6
  8. See a List of Portuguese Given Names in the Portuguese language Wikipedia

Ligações externas