Pombal (Praça dos Três Poderes)

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O Pombal, de Oscar Niemeyer, com o Panteão da Pátria e da Liberdade ao fundo.

O Pombal é um monumento localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, Distrito Federal. Devido ao seu formato, é chamado de "prendedor de roupa" pela população local.

O projeto do Pombal foi feito por Oscar Niemeyer a pedido da então primeira-dama Eloá Quadros. Foi o único monumento construído na cidade durante o mandato de Jânio Quadros e a primeira adição a praça desde a sua inauguração em 1960.

História[editar | editar código-fonte]

O monumento nos anos 1960, com o Palácio do Congresso Nacional ao fundo.

O Pombal foi inaugurado em 1961, durante o governo de Jânio Quadros, o primeiro presidente a assumir o mandato em Brasília.[1] Segundo fontes históricas, esta obra foi uma encomenda da primeira-dama de Jânio, Eloá Quadros, justificando-se que todas as praças deveriam possuir pombos, inspirada pela presença deles em praças famosas como a Praça de São Pedro, no Vaticano.[2]

O Pombal tornou-se a primeira escultura erguida após a inauguração da Praça dos Três Poderes, em 1960, e também foi o único monumento feito em Brasília pelo presidente Jânio, que afirmava que não gostava da cidade.[3]

Características[editar | editar código-fonte]

O projeto foi concebido por Oscar Niemeyer a contragosto, pois o arquiteto não queria mais elementos na praça, que propositalmente é seca para apreciação dos prédios monumentais do entorno. Entretanto, ele acatou o pedido da primeira-dama.[3]

O Pombal possui cerca de 25 metros de altura e representa dois pombais virados para dentro. Vistos de fora, são dois blocos limpos de concreto, mas os dois volumes tem três reentrâncias curvas para permitir a entrada dos pombos. Niemeyer se inspirou nas brechas e locas das formações rochosas para o desenho, locais onde os pombos procuram fazer seus ninhos. O espaço funciona bem para os animais, tendo seu interior com variações de luz e sombra, abrigado das intempéries.[4]

Proliferação dos pombos[editar | editar código-fonte]

O monumento cumpriu seu propósito, ajudando os pombos a se proliferarem na praça e no seu entorno. As aves usam o local até hoje, fazendo ninhos também nos outros prédios ao redor depois de superlotação do pombal. A proliferação dos animais se tornou um problema para a cidade, mas o Pombal, como boa parte das obras de Oscar Niemeyer, é uma obra tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e portanto, não pode ser retirada ou derrubada do local.[5][6]

Referências

  1. «Quem construiu o Pombal da Praça dos Três Poderes?». Visite Brasília. Consultado em 21 de julho de 2020 
  2. «Por que isso é assim: conheça a história do Pombal na Praça dos Três Poderes». G1. Consultado em 21 de julho de 2020 
  3. a b «Quem construiu o pombal da Praça dos Três Poderes?». R7. Consultado em 21 de julho de 2020 
  4. «Visão Lateral: O Pombal da Praça dos Três Poderes». Revista AE. 30 de janeiro de 2020. Consultado em 29 de julho de 2020 
  5. «Arquitetura de Brasília favorece procriação de pombos, trazendo riscos à saúde dos moradores». R7. 3 de agosto de 2013. Consultado em 29 de julho de 2020 
  6. «Iphan tomba obras de Niemeyer». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 7 de dezembro de 2007. Consultado em 29 de julho de 2020 
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