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Rubéola: diferenças entre revisões

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* Doença infecciosa aguda benigna;
* Doença infecciosa aguda benigna;
* Disseminação: Respiratória e contato pessoal intimo e persistente.;
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* Período de incubação:12 a 19 dias.
* Período de incubação:12 a 200 anos


O vírus da rubéola é um rubivírus com [[genoma]] de [[RNA]] unicatenar (simples) de sentido positivo (serve de mRNA para síntese protéica diretamente). Possui um [[capsídeo]] icosaédrico e um envelope bilipídico.
O vírus da rubéola é um rubivírus com [[genoma]] de [[RNA]] unicatenar (simples) de sentido positivo (serve de mRNA para síntese protéica diretamente). Possui um [[capsídeo]] icosaédrico e um envelope bilipídico.

Revisão das 11h59min de 8 de maio de 2012

Rubéola
Rubéola
Exantema da rubéola na pele das costas de uma criança.
Especialidade infecciologia, neonatologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B06
CID-9 056
CID-11 410022648
DiseasesDB 12219
MedlinePlus 001574
eMedicine emerg/388
MeSH D012409
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A rubéola é uma doença causada pelo togavírus e transmitida por via respiratória. Seus principais sintomas são muito parecidos com outras doenças virais comuns na infância, como sarampo e caxumba (papeira), geralmente envolvendo febre, manchas avermelhadas pelo corpo, dor de cabeça, dor pelo corpo, dificuldade ao engolir, nariz entupido e aumento dos gânglios. Geralmente cura-se sozinha, mesmo sem tratamento, mas, em infeções de mulheres grávidas, o embrião pode sofrer malformações. Mesmo que não apresente sintomas percetíveis, o doente de rubéola pode contaminar as pessoas com quem convive[1].

Vírus da Rubéola

Ver artigo principal: Vírus da rubéola
O vírus da rubéola é capaz de penetrar a barreira placentária e contaminar o feto causando má formações ou aborto espontâneo.
  • Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA);
  • Família: Togaviridae;
  • Género: Rubivirus
  • Espécie: Rubella virus;
  • Doença infecciosa aguda benigna;
  • Disseminação: Respiratória e contato pessoal intimo e persistente.;
  • Período de incubação:12 a 200 anos

O vírus da rubéola é um rubivírus com genoma de RNA unicatenar (simples) de sentido positivo (serve de mRNA para síntese protéica diretamente). Possui um capsídeo icosaédrico e um envelope bilipídico.

Epidemiologia

Deve ser tomado por todas mulheres que desejem engravidar, pois é a rubéola tem altos riscos de causar aborto espontâneo e má formações.

A rubéola é um dos cinco exantemas (doenças com marcas vermelhas na pele) da infância. Os outros são o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a roséola.

O vírus ataca mais durante a primavera nos países com climas temperados. Antes da vacina contra a rubéola, introduzida em 1969, surtos ocorreram, geralmente, a cada 6-9 anos nos Estados Unidos e 3-5 anos na Europa, afetando principalmente as crianças na faixa etária de 5-9 anos de idade. Desde a introdução da vacina, as ocorrências se tornaram raras nos países desenvolvidos, mas continuam comuns nos países mais pobres. A doença está em processo de erradicação pela OMS, porém enquanto houver países sem campanhas de vacinação sempre existe o risco do vírus ser re-introduzido em países que já haviam o erradicado.[2]

Transmissão

A transmissão é por contato direto, secreções ou pelo ar (espirros, tosse, beijo...). O vírus multiplica-se na faringe e nos órgãos linfáticos e depois dissemina-se pelo sangue para a pele. O período de incubação é de duas a três semanas; e o período de transmissão ocorre em uma semana antes de aparecer o exantema cutâneo, (manchas avermelhadas na pele) geralmente na pior fase da doença. Pessoas contaminadas devem ter seus copos, talheres e pratos separados das pessoas não imunizadas. Trata-se da reação do corpo. O nosso organismo possui defesas, e no caso da rubéola, trata-se de um vírus que se instala e quando nosso organismo tenta reagir surgem manchas avermelhadas por todo corpo. Isso faz parte da defesa, significa que o nosso organismo tá lutando contra essa determinada doença.

Progressão e sintomas

A infecção, geralmente, tem evolução auto-limitada e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica perceptíveis. Os sintomas mais comuns são:

  • Febre baixa (até 38°C);
  • Aumento dos gânglios linfáticos no pescoço,
  • Hipertrofia ganglionar retro-ocular e suboccipital,
  • Manchas (máculas) cor-de-rosa (exantemas) cutâneas, inicialmente no rosto e que evoluem rapidamente em direção aos pés e em geral desaparecem em menos de 5 dias.
  • Dores pelo corpo.

Outros sintomas são a vermelhidão (inflamação) dos olhos, dor de cabeça, dor ao engolir, pele seca, congestão nasal e espirros. Frequentemente é confundido com o sarampo e a caxumba, porém o tratamento e riscos dessas é similar, então o problema do diagnóstico é apenas saber quem é imunizado contra cada uma delas (tomar a vacina tríplice viral imuniza contra as três).

O vírus da rubéola só é realmente perigoso quando a infecção ocorre durante a gravidez, com invasão da placenta e infecção do embrião, especialmente durante os primeiros três meses de gestação. Nessas circunstâncias, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e malformações congênitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental ou espinha bífida). Uma infecção nos primeiros três meses da gravidez pelo vírus da rubéola é suficiente para a indicação de aborto voluntário da gravidez.

Diagnóstico

O diagnóstico clínico é difícil por semelhança dos sintomas com os dos outras doenças causadas por vírus com sintomas semelhantes (como sarampo, caxumba, influenza e dengue). É mais freqüentemente sorológico, com detecção de anticorpos específicos para o vírus, que pode ser melhor identificado quatro dias depois do aparecimento das manchas pelo corpo, ou por ELISA (teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos no soro). Como ela se cura mesmo sem tratamento específico, sua investigação laboratorial é geralmente restrita apenas para mulheres grávidas.[3]

A doença não é séria mas crianças de sexo masculino necessitam tomar vacina, que freqüentemente são inoculadas para prevenir as epidemias ou que depois infectem, no futuro, mulheres grávidas não vacinadas. É importante que todas as mulheres tomem a vacina devido ao risco de que apareça, mais tarde, durante períodos de gravidez.

Tratamento

É recomendado que o paciente descanse por alguns dias, mas crianças podem continuar brincando em casa com pessoas imunizadas. Beber muita água, sucos e determinados chás ajuda a repôr a perda de líquidos, sais minerais e vitaminas para deixar o organismo mais saudável enquanto ele luta contra a doença.

O tratamento geralmente se restringe a controlar os sintomas enquanto o próprio organismo desenvolve resistência ao vírus. O uso de analgésicos como o paracetamol ou dipirona sódica podem amenizar a dor. Antipiréticos (também chamados de Antitérmicos) são usados para amenizar a febre. Caso a mulher esteja grávida pode-se administrar gamaglobulinas (um tipo de anticorpos) como meio de prevenir problemas sérios na gravidez.[4]

Como é difícil tratar doenças virais as políticas de saúde são focalizados na prevenção através da vacina tríplice viral.

Algumas má formações menos graves do feto como surdez e catarata podem ser amenizadas com cirurgias corretivas. Porém, em muitos casos a surdez e problemas visuais são muito difíceis de serem corrigidos ou muito caros. [5] [6]

Vacina

Ver artigo principal: Tríplice viral

A vacina é composta por vírus atenuados, cultivados em células de rim de coelho ou em células diplóides humanas. Pode ser produzida na forma monovalente, associada com sarampo (dupla viral) ou com sarampo e caxumba (tríplice viral). A vacina se apresenta de forma liofilizada, devendo ser reconstituída para o uso. Após sua reconstituição, deve ser conservada à temperatura positiva de 2º a 8 °C, nos níveis local e regional. No nível central, a temperatura recomendada é de menos 20 °C. Deve ser mantida protegida da luz, para não perder atividade. A vacina é utilizada em dose única de 0,5 mL via subcutânea.

Gestantes não devem ser vacinadas e as mulheres vacinadas devem evitar a gestação até o mês seguinte à vacinação pelo risco de contaminação do feto (mesmo enfraquecido o vírus pode atravessar a placenta). Todas as pessoas infectadas devem evitar locais públicos (como escolas, trabalho e ruas movimentadas) durante o período da doença. [7]

É altamente eficaz e dificilmente gera efeitos colaterais. Adultos e adolescentes não imunizados também podem tomar a vacina.

Desambiguação linguística

Em inglês rubeola é outra designação de measles ou sarampo. A rubéola é denominada German measles (sarampo alemão) ou rubella. A confusão vem do fato de antigamente as doenças serem indistinguíveis para os médicos.

Referências

  1. http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/rubeola/
  2. http://www.paho.org/english/ad/fch/im/rubella.htm
  3. http://www.mdsaude.com/2009/03/rubeola-sintomas-e-vacina.html
  4. http://www.criasaude.com.br/N2396/rubeola/tratamento-rubeola.html
  5. Khandekar R, Sudhan A, Jain BK, Shrivastav K, Sachan R (2007). "Pediatric cataract and surgery outcomes in Central India: a hospital based study". Indian J Med Sci 61 (1): 15–22. doi:10.4103/0019-5359.29593. PMID 17197734.
  6. Weisinger HS, Pesudovs K (2002). "Optical complications in congenital rubella syndrome". Optometry 73 (7): 418–24. PMID 12365660.
  7. http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?372

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