Supermercado Real

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Os Supermercados Real, também conhecidos somente pelo nome Real, foi uma rede varejista fundada na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. A família Joaquim Oliveira foi quem criou e administrou esta empresa, que teve por muitos anos como parceira holding a Josapar, sendo esta a detentora das marcas de arroz Tio João e de feijão Biju.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O Real possuía lojas em diversas cidades do interior gaúcho como Pelotas, Rio Grande e Camaquã, bem como na capital Porto Alegre, sendo algumas destas sob a bandeira Kastelão. Contava também com unidades nos Estados do Paraná e de São Paulo.[2]

A rede foi adquirida pela grupo português Sonae (que já possuía a bandeira de hipermercados BIG) no início dos anos de 1990.[3] Ao final da mesma década, o citado grupo adquiriu a rede de supermercados Nacional,[4][5] empresa esta que tinha sede na cidade de Esteio e era concorrente do Real que, após isto, teve as suas unidades convertidas para a bandeira recém adquirida em todo o solo sul-rio-grandense.

Fim das atividades[editar | editar código-fonte]

No Estado do Paraná, o grupo Sonae havia adquirido a rede Mercadorama alguns meses antes de comprar a gaúcha Nacional. Com isto, as unidades Real existentes em solo paranaense, nas cidades de Curitiba e Ponta Grossa, foram todas convertidas para bandeira local recém adquirida, sendo que este mesmo processo ocorreu com os Supermercados Coletão em 1999 (a Sonae os havia adquirido no mesmo ano).[6] Neste período, o grupo português começou uma reestruturação que ocasionou a mudança de bandeira das maiores lojas Mercadorama para Hipermercado BIG,[7] ao mesmo passo no qual outras unidades menores deram lugar às primeiras unidades do Maxxi Atacado na capital paranaense.[8]

No final de 2005, a Sonae vendeu seus dez hipermercados no Estado de São Paulo para o Carrefour.[9] No mesmo período, todas as suas unidades no sul do Brasil foram adquiridas pelo grupo norte-americano Walmart.[10][11][12]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Sfredo, Marta (28 de outubro de 2016). «Real, Mobycenter, Zottis: marcas que ficarão só na história como o Big». GaúchaZH. Consultado em 5 de julho de 2018 
  2. «O Brasil na era dos supermercados». Abilio Diniz (salvo em Wayback Machine). 2012. Consultado em 5 de julho de 2018 
  3. Concha-Amin, Mônica; R. D. Aguiar, Danilo. «MUDANÇA ESTRUTURAL NO SETOR SUPERMERCADISTA BRASILEIRO» (PDF). www.sober.org.br. pp. 1, 7, 9, 10, 11, 12, 14, 15, 16. Consultado em 4 de março de 2019 
  4. Alberto de Souza, Carlos (20 de março de 1999). «Sonae compra Nacional e vira 3ª no ranking». www1.folha.uol.com.br. Folha de S. Paulo | Mercado. Consultado em 5 de julho de 2018 
  5. Concha-Amin, Mônica; Rolim Dias de Aguiar, Danilo (2006). «Concentração Industrial, Fusões e Turnover no Setor Supermercadista Brasileiro» (PDF). G&P - Gestão & Produção | Volume 13 - Número 1 - Janeiro-Abril 2006. pp. 1, 6, 7, 8. Consultado em 4 de março de 2019 
  6. «Curitiba investiga compra de supermercado». Jornal Diário do Grande ABC (salvo em Wayback Machine). 21 de abril de 1999. Consultado em 6 de julho de 2018 
  7. Murara, Carmem (10 de setembro de 1999). «Sonae muda para BIG o nome de loja do Mercadorama em Curitiba». Folha de Londrina - Economia & Negócios. Consultado em 5 de julho de 2018 
  8. «Sonae inaugura atacados em Curitiba». Folha de Londrina. 2 de agosto de 2001. Consultado em 5 de novembro de 2017 
  9. «Carrefour compra 10 hipermercados Big por R$ 317 milhões». Estadão - Economia. 8 de junho de 2005. Consultado em 5 de julho de 2018 
  10. Online, Globo (14 de dezembro de 2005). «Wal-Mart adquire supermercados da rede Sonae no Brasil». Gazeta do Povo. Consultado em 5 de novembro de 2017 
  11. «Sonae vende rede de supermercados no Brasil por 635 milhões». tvi24. 14 de dezembro de 2005. Consultado em 5 de novembro de 2017 
  12. «Wal-Mart paga R$ 1,6 bilhão por rede do Sul». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo - Varejo. 21 de novembro de 2005. Consultado em 4 de março de 2019