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Almadina
  Município do Brasil  
Ponte de acesso ao município de Almadina
Ponte de acesso ao município de Almadina
Ponte de acesso ao município de Almadina
Hino
Gentílico almadinense
Localização
Localização de Almadina na Bahia
Localização de Almadina na Bahia
Localização de Almadina na Bahia
Almadina está localizado em: Brasil
Almadina
Localização de Almadina no Brasil
Mapa
Mapa de Almadina
Coordenadas 14° 42' 18" S 39° 38' 13" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ibicuí, Itapitanga
Distância até a capital 450 km
História
Fundação 1 de setembro de 1934 (89 anos)
Administração
Prefeito(a) Milton Cerqueira (PODE, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 246,894 km²
População total (estatísticas IBGE/2018[2]) 5 366 hab.
Densidade 21,7 hab./km²
Clima Tropical Quente Úmido (Frio, no meio do ano) (TQ)
Altitude 870 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 45640-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,563 baixo
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 23 177,725 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 3 437,81
Sítio www.almadina.ba.gov.br (Prefeitura)

Almadina é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população estimada em 2020 era de 5.366 habitantes.[5]Almadina é uma cidade hospitaleira, onde nos meses de junho e julho acontecem as festividades juninas, São Pedro e São João. Almadina é uma cidade muito fria que chega a menos de 10°C no mês de junho e julho. A cidade é cercada por lindas serras típicas da Mata Atlântica; a economia almadinense antes cacaueira, hoje é baseada na produção de pequenos agricultores e um comércio mediano. Fica perto das cidades de Coaraci, Itajuípe, Itabuna e Ilhéus, onde a estrada é asfaltada e 80% em ótimo estado. Fica próxima também às cidades de Floresta Azul, Ibicaraí e Ibicuí, onde a estrada é de chão e trechos da ligação encontram-se em péssimo estado.[6]

Praça Basílio Oliveira.
Antigo sindicato dos trabalhadores rurais, atual CAPS.

O rio Almada nasce em Almadina e passa pelas cidades vizinhas, chegando a desaguar em Ilhéus; hoje o rio passa por um profundo estado de poluição, sendo submetido a despejo de lixo e esgoto, como também ao desmatamento nas suas matas ciliares e proximidades. A cidade de Almadina, antes chamada de Pouso Alegre, chegou no auge do cacau a ter 16.000 habitantes, hoje com o êxodo da população para metrópoles, a população não chega a 7.000 habitantes. O município tem escolas municipais e estaduais bem conservadas e com um bom ensino, apesar de a nota geral da cidade no ENEM ter sido muito baixa. Possui uma boa população moradora universitária, com alunos nas principais faculdades da região, como UESC, UFSBA, UNIME e FTC. A população de Almadina também é relativamente muito pobre, dependendo até da importação de frutas, verduras, mercadorias, entre outros produtos. Os almadinenses recorrem a cidades vizinhas para muitas coisas.

O lazer dos habitantes fica por conta dos bares, lanchonetes, boate. A menos de 100 quilômetros encontra-se também as praias de Ilhéus, onde muitos optam por esta possibilidade. O incentivo e a oferta ao esporte é relativamente baixo, possuindo 4 quadras poliesportivas e um estádio municipal em condições ruins.

Atualmente a cidade conta com dois provedores locais de internet, a rádio e a cabo, com velocidades que variam entre 2 Mbps e 8 Mbps, além da Velox, da Operadora Oi.

Também conta com sinal de celular GSM e 3G da Operadora Claro.

A viação Rota liga Almadina a Coaraci, Itajuípe, Itabuna, Ilhéus, Floresta Azul e Ibicaraí.

História[editar | editar código-fonte]

O descobrimento das terras onde se encontra a nascente do Rio Almada iniciou-se por volta da segunda década do século XX. Portanto, em meados de 1910, o ciclo de expansão da economia cacaueira no sul da Bahia fez com que os primeiros exploradores se interessassem por essas faixas de terras jamais exploradas. Marcado pelo período de grande influência do coronelismo na política nacional. A exploração das faixas de terras localizadas próximas as nascentes do rio Almada, tinham como objetivo aumentar as fronteiras agrícolas do cacau[7]

Como um dos primeiros desbravadores dessas terras, Cel. Basílio Oliveira, que junto a seus homens decidiu deslocar a sua linha central de atuação que se encontrava nos terrenos do município de Itabuna, com intenção de ocupar as terras as margens do rio Almada. Alguns dos nomes mais importantes nesse processo de desbravamento são: Francisco Santos, Abílio Tavares, Gustavo Oliveira, Firmino Caldas, Agapito Lemos, Euzébio Ferreira e Domingos Brandão, dentre outros.[7] Como retratado no livro “Terras do Sem Fim” do escritor Jorge Amado, Horácio da Silveira pseudônimo de Cel. Basílio Oliveira teria como motivo de seu deslocamento e mudança de foco econômico, vários conflitos com a família Badaró principalmente ao seu grande inimigo Juca Badaró, envolvendo disputas de terra perto da cidade de Itajuípe.[8]

O Cel. Basílio Oliveira junto a seu grande amigo João Xavier da Costa, apelidado de João Branco, foram os responsáveis pelo desbravamento das terras que hoje chamamos de Almadina. Após a chegada nas terras o Cel. Basílio se estabeleceu em uma fazenda próxima à Pedra do Corcovado, localizada no quinto quilômetro da rodovia que hoje liga Almadina ao município de Coaraci. Com a decisão de se estabelecer nas terras conquistadas, Durval Francisco de Oliveira, filho de Cel. Basílio, se vê em um romance com Clotildes Xavier da Costa, filha de João Branco, ocasião que levou ao casamento dos dois e a união das duas famílias mais poderosas da região.[7]

Busto de Cel. Basílio Oliveira reconstruída na nova administração em 1984

Com a união do casamento, foi destinado a João Branco as terras que hoje delimitam o perímetro urbano de Almadina. Com a apropriação dessas terras a “fazenda de João Branco” se tornou parada obrigatória aos tropeiros que transportavam cacau, por ter uma localização estratégica para aqueles que seguissem caminho, muitas vezes da região do Rio Novo, atual município de Ipiaú, com destino a Itabuna. Para levar maior comodidade aos viajantes, uma pousada com a intenção de abrigar pessoas que se dedicavam ao transporte comercial foi criada, motivo que mais tarde daria origem ao arraial de Pouso Alegre. Observando aquela oportunidade, Idalina Caldas, segunda esposa de João Branco idealizou e incentivou a criação de outros estabelecimentos comerciais em suas propriedades, onde posteriormente ao redor desse estabelecimento começou a se desenvolver um pequeno arraial, chamado de Povoado de Pouso Alegre.[7]

Rua Eusébio Ferreira.

Com o desenvolvimento econômico das principais fazendas da região e com a alta disponibilidade de terrenos, pessoas de outras regiões, principalmente aqueles que fugiam das regiões mais áridas do sertão baiano, chegavam em Pouso Alegre buscando novas oportunidades, motivo que levou o povoado crescer cada vez mais e consequentemente se tornar vila em 30 de dezembro de 1953, após deixar de fazer parte do terreno de Ilhéus, para se integrar ao recém criado município de Coaraci. Pela Lei Estadual nº 628 é criado o Distrito de Almadina (ex-povoado de Pouso Alegre) é anexado ao Município de Coaraci, aderindo o nome de Vila de Almadina.[9] Impulsionado pelo crescente aumento nas produções de cacau, várias oportunidades surgiram nas novas fazendas rurais, porém a vila não possuía uma série de serviços fundamentais, por exemplo, a falta de água potável. Muitos moradores insatisfeitos com a situação, começaram a interligar esses problemas ao descaso na administração de Coaraci. Por esse motivo e pelas notícias de outros distritos estarem se emancipando de suas sedes, um desejo comum surgiu em meio a vila, as lideranças locais de Almadina perceberam que a sua vila poderia seguir o mesmo caminho, com o intuito de melhorar a condição de vida precária causada por problemas de infraestruturas que seus moradores viviam.[7]

Observando o cenário favorável, foi dado início ao processo de emancipação da vila, com conclusão no dia 15 de março do ano de 1962, pelo governador Juracy Magalhães pela Lei Estadual nº 1641.[6] Com a emancipação política e a consequente desintegração de Coaraci, o distrito de Almadina passou a ser a sede do novo governo municipal, que até hoje mantém a referida estrutura territorial e administrativa.[7]

Economia[editar | editar código-fonte]

Tendo em vista o desenvolvimento econômico do município de Almadina, a principal dinâmica associada à economia seria às atividades agrícolas, uma das forças impulsionadoras do desenvolvimento e distribuição da população no município. Atualmente, a economia da cidade concentra-se em atividades relacionadas ao governo e aos serviços. Atividades agrícolas, principalmente agricultura, atividades industriais, de menor escala, também fazem parte da dinâmica da cidade.[6]

No Produto Interno Bruto (PIB) de Almadina, destaca-se o setor agrícola e comercial. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2018, o PIB do município era de R$ 9.017,12 mil.[10] Almadina possui vários estabelecimentos de setores do varejo, alimentação, agricultura e construção, dentre outros. Abaixo podemos ver algumas das maiores empresas registradas de Almadina:

Ranking das 10 maiores empresas de Almadina
Mercado barbosa - I alves comecio de alimentos e bebidas eireli
Mercado acupe - Comercial de alimentos acupe ltda
Bio sul agricola - Importacao e exportacao - bio sul agricola - comercio de importacao e exportacao ltda
Posto almada - Posto almada combustível ltda
Portal almada - Danilo Barros Santos e cia ltda
Construtora alfa - Contrutora alfa de Almadina ltda
Drogaria farias - K T Lima Alves produtos farmacêuticos
Baby Dhudha - Eleson de Santana Oliveira e cia ltda
Farmacia liz - Farmacia liz ltda
Pamac agrovet - Pablo Oliveira Rocha e cia ltda

Fonte: Econodata[11]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (30 de agosto de 2018). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 30 de Agosto de 2018» (PDF). Consultado em 27 de abril de 2018 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «População estimada [2020]». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 31 de maio de 2021 
  6. a b c «Plano Setorial de Abastecimento de Água e EsgotamentoSanitário do Município Almadina» 
  7. a b c d e f Santos, Jackson Novaes (2015). Estrutura analítica para avaliação da efetividade dos conselhos municipais como instrumento de controle das políticas públicas sociais (PDF). [S.l.]: (Dissertação (mestrado)) 
  8. Amado, Jorge (2013). The Violent Land. Samuel Putnam, Alfred J. Mac Adam. New York, New York: [s.n.] OCLC 795168342 
  9. «Historia de Coaraci». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 3 de junho de 2021 
  10. «Almadina (BA) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 1 de junho de 2021 
  11. «Lista de Empresas em Almadina, BA - Econodata». www.econodata.com.br. Consultado em 1 de junho de 2021 
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