Usuário(a):Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho/Testes

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Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho é um policial federal brasileiro, especialista em gestão de políticas de segurança pública, pesquisador do fenômeno criminal e professor de Direito Penal. Nascido em Ponta Grossa, Paraná, é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná, onde também lecionou como professor de Direito Penal. Desde 2019 está aposentado do cargo de delegado da Polícia Federal classe especial - o ápice da carreira. Foi presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal - ADPF[1]. No Paraná, desempenhou as funções de Secretário de Segurança Pública[2], Secretário Especial de Corregedoria e Ouvidoria Geral [3] e Chefe de Gabinete do Governador do Estado. Foi Presidente do Conselho Estadual de Trânsito e Juiz-Auditor do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol. Possui vários cursos de formação e de aperfeiçoamento no Brasil e no exterior na área de gestão de segurança pública e combate à criminalidade. É advogado inscrito perante a OAB/PR[4] e diretor da RACS Consultoria

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Nascido em Ponta Grossa, no Paraná, é filho do ex-deputado Djalma de Almeida Cesar[5] e da ex-vereadora Alina de Almeida Cesar[6], ambos com reconhecida atuação na atividade política e na vida comunitária. Naquela cidade, estudou no Instituto D. Pedro II, no Instituto de Educação Cezar Prietto Martinez e foi aluno fundador da primeira turma do Colégio Solução. Com apenas quinze anos, e mesmo sem ter concluído o ensino médio, obteve aprovação no concorrido vestibular para o curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o que chamou a atenção da direção do Colégio Positivo em Curitiba. Foi convidado para ser aluno bolsista e mudou-se para a capital do Estado, onde concluiu o ensino médio. Em 1982, foi aprovado no curso de Direito da Universidade Federal do Paraná.

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Ingressou na Faculdade de Direito da UFPR no início de 1982 e formou-se no final de 1986, com a solenidade de colação de grau em março do ano seguinte. Na Faculdade de Direito foi monitor na cadeira de Direito Penal e, demonstrando forte espírito de liderança, teve destacada participação no movimento estudantil, tendo sido eleito Presidente do Centro Acadêmico Hugo Simas – CAHS.

Posteriormente, em eleição promovida pelo Diretório Central de Estudantes – DCE, foi eleito representante de todos os alunos da UFPR perante o Conselho Universitário, o que lhe permitiu somar esforços na luta pela restauração da autonomia da Faculdade de Direito, resultando na criação do Setor de Ciências Jurídicas por aquele colegiado. Em julho de 1985, na condição de presidente do CAHS, sediou e presidiu o VII ENED – Encontro Nacional dos Estudantes de Direito, o qual reuniu mais de dois mil alunos de todo o país, além de autoridades, professores e grandes nomes do mundo jurídico e da política, para a realização de relevantes debates naquele contexto da vida nacional.

À frente do CAHS, promoveu uma semana com atividades dedicadas à memória dos antigos CPC – Centro Popular de Cultura da UNE – União Nacional de Estudantes. Na ocasião, participaram o cineasta Eduardo Coutinho e o músico Carlos Lyra. No final de 1985, transmitiu o cargo de presidente do CAHS para seu sucessor Gustavo Fruet, em solenidade que contou com a presença de Ulisses Guimarães, então presidente da Câmara dos Deputados.

Após sua colação de grau como Bacharel em Direito, prestou concurso e foi admitido como Professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da UFPR, onde lecionou por mais de uma década. Nessa mesma Faculdade, foi coordenador do Curso de Especialização em Ciências Penais, Coordenador do Escritório Modelo de Assistência Judiciária Gratuita e também membro da Comissão de Orientação de Estágio. Cursou os créditos do Mestrado na PUC de São Paulo, sem dissertação.

Anos mais tarde, obteve título de pós-graduação “lato sensu” em Metodologia do Ensino Superior pela UNB – Universidade de Brasília e, posteriormente, de pós-graduação em “Gestão de Políticas de Segurança Pública” pela Academia Nacional da Polícia/Escola Superior de Polícia. Neste último curso, obteve grau máximo de avaliação na dissertação sobre “Atribuições Constitucionais da Polícia Federal”, pesquisa que integra o acervo da Biblioteca da Escola Superior de Polícia - Academia Nacional de Polícia, e aberta para consulta pública.

Pela relevância do tema e profundidade, a pesquisa foi objeto de matéria com chamada de capa na Revista Prisma nº 61 - pág 18. Na Academia Nacioal de Poícia, em Brasília, foi Instrutor nas disciplinas de “Noções de Direito Penal” e “Polícia Judiciária”, tendo sido homenageado pelas turmas nas quais ministrou aulas. Foi aluno bolsista do governo francês, obtendo o Certificat de Specialist por haver cursado o ciclo Libertés Publiques et Securité Interieur na célebre École Nationale d’Administration [7]– ENA/IIAP, em Paris. Participou também do International Visitor Leadership Program em Public Security and Safety promovido pelo Departamento de Estado Americano[8], em Washington/DC. É diplomado pela Accademia Lingua Italiana Assisi, por ter frequentado o curso “Língua e Cultura Italiana”, em Assisi, Itália. Também é certificado pela Alliance Française pela conclusão do Cours Avancé de Langue et Civilization Française, em Paris e possui Diplome de Langue Française, também expedido pela Alliance Française de Paris.

Carreira profissional[editar | editar código-fonte]

Após obter o grau de Bacharel em Direito com habilitação específica em Ciências Penais, no início de 1987, Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho ingressou nos quadros da OAB/PR. Nesse período, ocupou sua primeira função pública como chefe de gabinete do professor René Ariel Dotti[9], na Secretaria de Estado da Cultura. Em dezembro de 1990, após aprovação em concurso público, foi admitido como professor de Direito Penal do Departamento de Direito Penal da UFPR.

Durante anos, foi assistente do mesmo René Ariel Dotti, professor emérito e decano da Faculdade de Direito, a quem Reinaldo sempre considerou “um segundo pai e a quem devo tudo da minha formação acadêmica e, sobretudo, humana”. Foi paraninfo e professor homenageado em turmas nas quais lecionou. Exercia ao mesmo tempo a advocacia e o magistério superior.

Em 1996, seu pai Djalma de Almeida Cesar foi eleito vice-prefeito de Ponta Grossa, na chapa encabeçada por Jocelito Canto. Djalma não assumiu o cargo, optando por permanecer em Brasília como deputado federal. Entretanto, solicitou a Reinaldo que ajudasse na gestão da prefeitura, onde ocupou, por alguns meses, o cargo de Secretário Municipal de Administração e Negócios Jurídicos da Prefeitura de Ponta Grossa, sua cidade natal.

Vida funcional na Polícia Federal[editar | editar código-fonte]

No final de 1997, Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho foi aprovado no concurso para o cargo de Delegado de Polícia Federal. Submeteu-se com êxito ao curso de formação na Academia Nacional de Polícia[10], em Brasília (1998), em regime de semi-internato. Em janeiro de 1999, tomou posse como Delegado de Polícia Federal. Ao longo dos mais de vinte anos de sua carreira na Instituição, trabalhou como Delegado em diversos setores, como polícia fazendária, imigração, inteligência policial, segurança de dignitários, corregedoria e cooperação policial internacional. Foi designado pela direção-geral do órgão para, em momentos distintos, integrar o grupo que elaborou o Planejamento Estratégico da Polícia Federal, participar do grupo que redigiu o anteprojeto de Lei Orgânica da instituição, e atuar como assistente na CPI do Futebol[11], no Senado Federal. Foi também chefe da assessoria parlamentar da PF na gestão do diretor-geral Agílio Monteiro Filho[12], estruturando o setor e conseguindo importantes conquistas, como a aprovação no Senado do empréstimo para o programa Pró-Amazônia/Promotec, , que revolucionou a PF, modernizando-a a partir de vultoso investimento de um consórcio franco-alemão.

Reinaldo atuou na aprovação de projeto legislativo na Câmara dos Deputados criando duas mil vagas para novos concursos na PF e teve grande êxito ao instalar fisicamente a assessoria parlamentar em espaço interno nas dependências do Senado Federal. Na gestão do diretor-geral Armando de Assis Possa[12], coordenou a modernização da área de Comunicação Social do órgão, implantando nova política de informação das ações da PF e um novo molde de relacionamento com a imprensa. Foi nesse período que surgiram as megaoperações da PF, implantando novos instrumentos de investigação e adotando um nome de referência para cada operação. Os resultados passaram a ser apresentados de forma sistematizada para a mídia, sempre respeitando os princípios da dignidade da pessoa humana e da presunção de inocência.

A primeira megaoperação foi denominada “Vassourinha”[13], deflagrada em Recife (PE). Reinaldo também atuou na função de porta-voz da PF, na gestão do diretor-geral Paulo Lacerda, sem prejuízo das funções que ocupava naquele momento, como Chefe do Escritório Central Nacional da INTERPOL no Brasil. Dando sequência ao conceito de megaoperações, a PF emendou as operações: Operação Anaconda (São Paulo)[14], Operação Nicotina (São Paulo), Operação Planador (Rio de Janeiro)[15], Operação Sucuri (Foz do Iguaçu)[16], Operação Águia (Manaus), Operação Carga pesada (Goiânia)[17]; Operação Dinamite (Tocantins) e Operação Sombra (Campinas).

Outra realização foi a publicação “Polícia Federal em Revista”, da qual foi o editor-chefe.

Cooperação policial internacional[editar | editar código-fonte]

Em boa parte de sua vida funcional, Reinaldo trabalhou na área de cooperação internacional policial, articulando-se com organismos policiais de vários países e com profissionais de agências de fiscalização e controle creditados junto a Embaixadas estrangeiras no Brasil. Foi Chefe da Divisão de Cooperação Policial Internacional – INTERPOL e, anos mais tarde, Coordenador-Geral de Cooperação Policial Internacional – INTERPOL.

Cumpriu missões na França, Itália, Suíça, Alemanha, Portugal, Espanha e em países da América Latina. Integrou a delegação brasileira que participou, em Paris, das reuniões plenárias do XV e XVI GAFI/FATF (Grupo de Ação Financeira Internacional de Combate ao Terrorismo e ao Branqueamento de Capitais), quando foi avaliada a posição do Brasil frente a tais temas. Também fez parte do grupo técnico que defendeu a posição brasileira na fase de exames sobre o cumprimento da “Convenção sobre a Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais”, perante a OCDE, em Paris, como condição para ingresso do Brasil naquele importante organismo internacional.

Gabinete de Segurança Institucional - Segurança na campanha presidencial, no Congresso Nacional e no STJ[editar | editar código-fonte]

Por designação do então diretor-geral da PF, Delegado Paulo Lacerda, Reinaldo de Almeida Cesar prestou serviços junto ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, entre 2005 e 2006, no primeiro governo Luís Inácio Lula da Silva. Entre outras incumbências, representou a Polícia Federal no Gabinete de Crises da Presidência, e trabalhou no monitoramento dos temas relacionados à segurança pública, ao crime organizado e à questão indígena.

Atuou ainda nas investigações do assassinato da missionária Dorothy Stang, na concessão de asilo político a ex-Presidente da República de país estrangeiro, em situação de greves em aeroportos e na negociação para liberação de policiais federais mantidos reféns no norte do País. Foi o responsável pelo recrutamento das agentes federais que integraram as equipes de segurança da então Primeira-Dama. Um fato inusitado ocorreu nesse período. Também por designação da direção-geral da PF, deixou suas funções no Palácio do Planalto – gestão Lula – para realizar a segurança do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

Durante toda a campanha eleitoral, o delegado federal foi o responsável pela segurança aproximada do candidato e coordenou um numeroso grupo de policiais federais, cumprindo com êxito a missão recebida, sem qualquer incidente. Ao se desligar das funções junto à presidência da República, recebeu “Referência Elogiosa”. Terminada a eleição, retornou para a PF, sendo então lotado na Diretoria de Inteligência.

Em 2007, Reinaldo foi destacado pela PF para atuar junto ao gabinete da presidência do Senado Federal, auxiliando nos trabalhos de apoio e segurança de parlamentares e autoridades visitantes do Congresso Nacional. Permaneceu nessa função durante a gestão dos presidentes Renan Calheiros, Tião Viana, Garibaldi Alves e José Sarney. Anos mais tarde, voltou a trabalhar na área de segurança de dignitários, ocupando o cargo de Secretário de Segurança do Superior Tribunal de Justiça, entre os anos 2013 e 2014, na gestão do Presidente Ministro Félix Fischer. Após, regressou aos quadros da Polícia Federal, sendo merecedor de “Nota de Elogio”.

Presidência da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal - ADPF[editar | editar código-fonte]

Desde a nomeação como delegado na Polícia Federal, Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho sempre se aproximou das atividades classistas e sindicais, participando ativamente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)[18] e também da Federação -Fenadepol[19]. Teve papel de liderança e destaque na solução de um problema crucial que, naquele momento, causava enorme fissura interna na PF: o pagamento da Gratificação de Operações Especiais (GOE) somente a alguns delegados, mesmo situados na mesma classe. Por determinação do então diretor-geral da PF Agílio Monteiro Filho foi incumbido de elaborar uma exposição de motivos sobre o tema, que seria entregue pelo Ministro da Justiça José Carlos Dias ao Presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Naquela mesma semana, FHC assinou a Medida Provisória n. 2009, de 14/12/1999[20], estendendo o pagamento da gratificação a todos os policiais federais, resolvendo a injusta questão. Boa parte do texto da “Exposição de Motivos” assinada pelos ministros da Fazenda e do Planejamento da época aproveitou ipsis literis a minuta feita pelos delegados da PF Reinaldo de Almeida Cesar e Oswaldo Paiva da Costa Gomide.

Devido à atuação sempre proativa na defesa dos delegados da PF e da própria instituição, Reinaldo foi eleito Diretor Regional da ADPF no Distrito Federal, Primeiro-Secretário da ADPF Nacional e, por fim, Presidente Nacional da entidade. Em 11/05/2010, como presidente da ADPF, adotando o estilo moderado e conciliador que sempre o caracterizou, fez um vigoroso discurso na Câmara dos Deputados - na Comissão Especial que analisava o projeto de Lei Orgânica da PF -, conclamando para a união de todos os cargos que compõem a Polícia Federal.

A sua administração também foi marcada por um enorme desafio: transformar o imóvel adquirido pela gestão anterior no bairro Lago Sul, em Brasília, na sede da instituição[21]. Sem condições de uso, o imóvel demandou investimentos e muito trabalho. Com projeto do arquiteto Agildo Belerofonte, a sede foi inteiramente reformada e inaugurada em 25/11/2010, em solenidade onde também foi homenageado o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.

Secretário de Segurança Pública do Paraná[editar | editar código-fonte]

Em 6 de dezembro de 2010, Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho aceitou o convite do então governador eleito do Paraná, Beto Richa, para assumir o cargo de Secretário Estadual de Segurança Pública. Para tanto, teve que abdicar da Presidência da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal [22](APDF) e se mudar de Brasília para Curitiba (PR).

Para encarar esse novo desafio recebeu a garantia do governador  de que  teria uma blindagem para exercer uma gestão técnica, sem interferências políticas; que haveria recursos para investimento no setor e teria plena liberdade na escolha da equipe. Tomou posse no cargo de Secretário de Segurança Pública do Paraná em 01/01/2011, escolhendo e indicando pessoalmente todos os seus subordinados – incluindo o Comandante-Geral da PM e da Polícia Civil. A exceção foi o diretor-geral do Detran-PR, indicado e nomeado pelo próprio governador.

O tema da segurança pública estava dominando a pauta da mídia estadual e o secretário nunca furtou-se a atender os veículos de imprensa, por considerar que “secretário de estado é servidor público, deve prestar contas dos seus atos”. Durante sua gestão, após um gigantesco trabalho de convencimento junto às autoridades fazendárias, foi implantado o subsídio, o que elevou de forma significativa a remuneração de policiais civis e militares[23], cujos parâmetros tornaram-se referência nacional. Com a implantação do subsídio, atendeu-se à antiga reivindicação dos policiais, em face do disposto na Emenda 29, da Constituição Estadual.

Além disso, em sua gestão houve o chamamento dos excedentes de concurso, a nomeação de novos policiais, a criação e instalação da Corregedoria da PM[24], a modernização do IML[25] que passava por enorme crise, a elevação da Academia do Guatupê à condição de curso superior[26], a implantação do BO eletrônico[27], a expansão das unidades do Instituto de Identificação[28], novas bases da aviação operacional com incremento de equipamentos, a instalação dos comandos regionais da PM, entre outras medidas pontuais. Foi ainda lançado o projeto das “Delegacias Cidadãs” para a Polícia Civil[29], visando um atendimento mais digno à população, com novo conceito e padrão de edificação. Outra medida pensada e proposta por Reinaldo foi a criação do FUNESP - Fundo Estadual de Segurança Pública[30], convertido em lei estadual de caráter permanente, em votação unânime na Assembleia Legislativa do Paraná, para concentrar recursos necessários aos investimentos no setor.

Devido a complexa gestão da segurança pública no Oeste e Noroeste do Estado e, em particular, na região da “tríplice fronteira”, Reinaldo criou o BFRON – Batalhão de Fronteira da PM[31] com sede em Marechal Cândido Rondon (que veio a ser o primeiro batalhão com tais características do Brasil) e o GGIFRON – Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira [32](também inédito neste formato no país). No entanto, o maior legado da gestão foi o Programa “PARANÁ SEGURO”[33][34], criado, elaborado e colocado em execução por Reinaldo, após ouvir exaustivamente os responsáveis pelas forças de segurança que compõem a estrutura da Secretaria de Segurança Pública.

Programa PARANÁ SEGURO[editar | editar código-fonte]

Entre 2011 e 2012, enquanto Secretário de Segurança, Reinaldo de Almeida Cesar criou e pôs em execução o Programa PARANÁ SEGURO[33] , visando diminuir os altos índices de homicídios e crimes violentos que o Estado registrava à época. O Programa foi apresentado oficialmente e implementado em agosto de 2011. Por sua solidez e criatividade, foi oficializado como política permanente de gestão e é executado pelo governo estadual até os dias atuais[35].

O Paraná Seguro promoveu extraordinária redução na taxa de crimes violentos e homicídios[36]; alterou a realidade social em regiões conflagradas e vulneráveis. Considerado por especialistas como um dos mais inovadores programas para redução da violência, por atuar em diferentes áreas[37] (atendimento à população jovem em situação de vulnerabilidade e risco social, visando prevenir a violência entre os jovens; combater o crime organizado; e desenvolver/ aplicar sistema de inteligência e tecnologia em segurança), o Paraná Seguro conquistou apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento[38] (BID) - contrato de empréstimo 3137/OC-BR, aprovado pelo Senado Federal.

O programa de segurança foi idealizado para contemplar municípios e regiões previamente identificados e com altos índices de criminalidade. Possui eixos estruturantes, entre eles a recuperação e modernização da capacidade operacional das forças de segurança, com reforços de efetivos e aquisição de viaturas e tecnologia; a plena integração entre essas forças; a participação da sociedade civil na gestão da segurança pública; a aplicação dos conceitos de polícia comunitária e polícia cidadã.

Importante tópico do programa são as chamadas UPS – Unidade Paraná Seguro[39], implantadas em áreas de maior vulnerabilidade social, com presença de efetivo policial operando sob a forma de polícia de proximidade, promovendo intervenções sociais de outros setores do governo. Em razão do sucesso em sua implantação, o Paraná Seguro ocupou lugar de destaque na campanha de reeleição do governador Beto Richa, em 2014, integrando seu Plano de Governo para ações no segundo mandato (2015-2018).

O programa trouxe também a modernização das viaturas policiais e do seu grafismo. O Paraná Seguro tem uma marca institucional própria, criada pela G8 Design, de Curitiba. Os secretários estaduais de Segurança Pública que sucederam Reinaldo no cargo continuam aplicando os eixos e ações programadas para o “PARANÁ SEGURO”, executando os recursos orçamentários das fontes idealizadas para sua consecução.[40]

Polêmicas[editar | editar código-fonte]

Ao longo de mais de trinta anos no serviço público, Reinaldo de Almeida Cesar foi alvo de apenas duas exposições negativas na mídia. A primeira situação, aconteceu poucos dias antes de tomar posse na Secretaria de Segurança Pública do Paraná. O jornal Gazeta do Povo divulgou que ele respondia por desvio de verbas[41], quando foi secretário municipal de administração e negócios jurídicos da Prefeitura de Ponta Grossa, em 1997, ou seja, passados quase quinze anos. A rigor, houve uma ação judicial do Ministério Público questionando apenas as verbas rescisórias legais recebidas por Reinaldo e por mais uma centena de pessoas, quando foram exoneradas do cargo em comissão que ocupavam na prefeitura, pois as nomeações eram regidas pela CLT. No caso de Reinaldo, recebeu verbas rescisórias previstas na CLT, o que totalizou pouco mais de quatro mil reais, à época. A ação do Ministério Público foi arquivada por unanimidade no órgão especial do Tribunal de Justiça do Paraná.

Na outra ocorrência, o mesmo jornal publicou que a esposa de Reinaldo era servidora do Senado Federal, porém trabalhando em Curitiba no escritório político do então senador Roberto Requião. O fato era verdadeiro, nada havendo de ilegal, como reconhecido na matéria[42].

Palestras proferidas[editar | editar código-fonte]

Reinaldo de Almeida Cesar proferiu inúmeras palestras, versando sobre direito criminal, violência, criminalidade e gestão de segurança pública, em vários espaços: “Desafios contemporâneos da Segurança Pública frente à criminalidade organizada” (para Oficiais da Polícia Militar do Paraná, na Academia Militar do Guatupê[43]); “O que a Universidade pode fazer pela Segurança Pública” (UNIBRASIL); “Novos tipos penais – uma visão crítica do processo legislativo” (Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande/MS); “O impacto da gestão em Segurança Pública na economia formal” (Associação Comercial do Paraná; “Ato de improbidade administrativa, crimes de tortura e abuso de autoridade, no exercício da atividade policial frente à defesa social” (XI Congresso Nacional de Delegados de Polícia do Brasil); “Formas eficazes para se ter a direta tramitação dos inquéritos entre a autoridade policial e o Ministério Público: propostas e limites” (II Seminário de Justiça Criminal do Conselho Nacional de Justiça); “Gabinetes de Gestão Integrada para repressão ao crime organizado e combate ao terrorismo em áreas de fronteira”. (Conferência Nacional de Fronteiras, em Foz do Iguaçu); Homicides reduction, polices and projects to prevent and control violence and crime, (moderador no fórum sobre segurança cidadã” promovido pela UNODC e pelo BID no Rio de Janeiro); “Comentários sobre os quesitos de segurança do IEGM”. (IV Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas, promovido pelo Instituto Rui Barbosa – Tribunais de Contas, em Fortaleza); “Cumprimento dos padrões internacionais anticorrupção previstos na Convenção da OCDE e na Recomendação Revisada” (Conferência sobre a “Implementação da Convenção contra a corrupção de funcionários públicos estrangeiros em transação comerciais internacionais”, TCU, Brasília); “A Interpol e a atividade judiciária” (42. Curso de Atualização para Magistrados da Escola da Magistratura do Paraná); Palestra no 2º Seminário do Ministério Público sobre Realidade Infanto-juvenil – Desafios e Perspectivas; Participação em Painel sobre “Combate à criminalidade organizada e lavagem de dinheiro” com o então Juiz Federal Sergio Moro, no IV Congresso Nacional de Delegados de Polícia Federal; “Importância do papel da sociedade e dos Conselhos Comunitários de Segurança na gestão da Segurança Pública e Defesa Social”, palestras em eventos ocorridos nas cidades de Apucarana, Primeiro de Maio e Curitiba; Palestra na 4ª Semana Institucional da Magistratura, do Tribunal Regional do Trabalho - PR, com o tema “Segurança do Magistrado e dos órgãos do Poder Judiciário”.

Premiações e homenagens recebidas[editar | editar código-fonte]

Foram vários prêmios e homenagens ao longa de sua vida pessoal e profissional. Entre elas, estão a Medalha do Pacificador – de caráter nacional, outorgada pelo Comandante do Exército, por delegação do Presidente da República; Medalha “Coronel Sarmento”[44] – maior honraria concedida pela Polícia Militar do Paraná; Medalha “Presidente Carlos Cavalcanti” – maior honraria concedida pelo Corpo de Bombeiros do Paraná; Medalha “Heróis da Cavalaria” – maior honraria concedida pelo Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio[45], a mais antiga unidade da Polícia Militar do Paraná; Medalha do Centenário do Corpo de Bombeiros do Paraná; Homenagem Especial por ocasião dos 40 anos de fundação da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal; Homenagem Especial do Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do Paraná (à época da homenagem chamado GRAER); Homenagem “Amigo da Guarda Municipal” da Prefeitura de Curitiba; Homenagem Especial por ocasião dos 158 anos da Polícia Civil do Paraná. Em sua avaliação, porém, a maior homenagem que recebeu e, a mais tocante, foi o Título de Cidadão Benemérito de Ponta Grossa, sua cidade natal, aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores.

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  2. «Reinaldo de Almeida Cesar assume Segurança Publica». "Agência Estadual de Noticias do Paraná" 
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