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Violência: diferenças entre revisões

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'''Violência''' é um [[comportamento]] que causa intencionalmente dano ou intimidação [[moral]] a outra pessoa ou ser vivo. Tal comportamento pode invadir a autonomia, integridade física ou psicológica e até mesmo a [[vida]] de outro. É o uso excessivo de [[força]], além do necessário ou esperado.<ref>{{citar web |url=http://www.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/violencia.htm |título=Violência |acessodata=18 de janeiro de 2012 |autor=SerasExperian }}</ref> O [[termo]] deriva do [[língua latina|latim]] ''violencia'' (que por sua vez o amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de deriva de ''vis'', força, vigor); aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa.
'''Violência''' é um disturbio do psicopátila aua au [[comportamento]] que causa intencionalmente dano ou intimidação [[moral]] a outra pessoa ou ser vivo. Tal comportamento pode invadir a autonomia, integridade física ou psicológica e até mesmo a [[vida]] de outro. É o uso excessivo de [[força]], além do necessário ou esperado.<ref>{{citar web |url=http://www.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/violencia.htm |título=Violência |acessodata=18 de janeiro de 2012 |autor=SerasExperian }}</ref> O [[termo]] deriva do [[língua latina|latim]] ''violencia'' (que por sua vez o amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de deriva de ''vis'', força, vigor); aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa.
Assim, a violência diferencia-se de ''[[força]]'',<ref>{{citar web |url= http://devocionais.amoremcristo.com/devocionais_texto.asp?id=226 |título=Não pela força, nem pela violência |acessodata=18 de janeiro de 2012 |autor=Devocionais amor em Cristo }}</ref> palavras que costuma estar próximas na língua e pensamento quotidiano. Enquanto que força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou "firmeza" de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na [[ira]], que convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride.
Assim, a violência diferencia-se de ''[[força]]'',<ref>{{citar web |url= http://devocionais.amoremcristo.com/devocionais_texto.asp?id=226 |título=Não pela força, nem pela violência |acessodata=18 de janeiro de 2012 |autor=Devocionais amor em Cristo }}</ref> palavras que costuma estar próximas na língua e pensamento quotidiano. Enquanto que força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou "firmeza" de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na [[ira]], que convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride.

Revisão das 19h52min de 5 de novembro de 2013

O tema da violência tem sido muito constante nas artes. Exemplo de uma pintura de Domenico Zampieri

Violência é um disturbio do psicopátila aua au comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidação moral a outra pessoa ou ser vivo. Tal comportamento pode invadir a autonomia, integridade física ou psicológica e até mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado.[1] O termo deriva do latim violencia (que por sua vez o amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de deriva de vis, força, vigor); aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa.

Assim, a violência diferencia-se de força,[2] palavras que costuma estar próximas na língua e pensamento quotidiano. Enquanto que força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou "firmeza" de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na ira, que convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride.

Existe violência explícita quando há ruptura de normas ou moral sociais estabelecidas a esse respeito: não é um conceito absoluto, variando entre sociedades. Por exemplo, rituais de iniciação podem ser encaradas como violentos pela sociedade ocidental, mas não pelas sociedades que o praticam.

Violência e artes

Literatura

Na literatura a representação da violência é rica e variada.[3] Merecem destaques as obras de alguns escritores.

Internacionalmente, a violência encontra representação quase que em toda a obra de Fiodor Dostoiévski. Franz Kafka ilustra um tipo de violência psicológica peculiar em O Processo (Der Prozeß, 1925). Ernest Hemingway é apenas um dos escritores a publicar obras sobre guerras, conquanto seu Por Quem os Sinos Dobram (For Whom the Bells Tolls, 1940) seja um bom retrato de um conflito real, a guerra civil espanhola.

Na literatura portuguesa, a violência sempre esteve presente, embora nas tendências modernas foram muito mais explícitos os modos variados e verossímeis de violência.

Há um exemplo interessante em Euclides da Cunha (que fez Os Sertões um relato primoroso da Guerra dos Canudos), e destaca-se a obra do chamado regionalismo nordestino, de José Lins do Rego, Jorge Amado e Graciliano Ramos. Em Capitães de areia (1936), Jorge Amado mostra com ternura a violência de um grupo de meninos abandonados nas ruas de Salvador; em Jubiabá (1935), ele mostra a trajetória de Antônio Balduíno, menino de rua que pratica atos criminosos menores, boxeador, assassino (quando "o olho da piedade vazou"), vagabundo e finalmente grevista, que aprende o caminho da razão justamente quando confrontado com a violência política.

Mas é Graciliano Ramos que, na literatura do Brasil, se compara à Dostoiévski na presença constante da violência. Suas obras trazem quase invariavelmente o conflito do homem que sofre alguma restrição, alguma coação ou alguma rejeição social, econômica ou cultural e tenta inutilmente reverter esse quadro. Em seus livros de memórias, como Infância (1945) e Memórias do Cárcere (1953) Graciliano documenta sua própria convivência com o mundo violento e cruel.

Já o romance Angústia (1936) gira em torno de um assassinato, justificado pelo narrador-protagonista como necessário e impositivo. O crime perturba definitivamente o criminoso, antes e depois do ato propriamente dito: antes, nas constantes paranóias sobre enforcamento, e depois, na convalescença de um mês e na necessidade de escrever o livro para exorcizar-se, eximir-se da culpa.

Cinema

Muitos filmes apresentam cenas de violência. Foto do ator Sam Shepard em Stealth

O cinema é um veículo que tem uma grande infiltração mundial. Muitos dos filmes apresentam cenas de extrema e exagerada violência. A vida humana é por vezes tratada como algo banal. Existem diversos relatos de contraventores que ao praticar seus atos, se inspiraram em cenas e personagens considerados heróis. Trata-se também, de um tipo de violência cultural, na medida em que são estabelecidos novos valores incompatíveis com a conduta humana.[4]

Televisão

A televisão tem sido tema de muita discussão em relação as cenas de violência realísticas. Muitas vezes, quase simultaneamente, expõe em suas programações, nos telejornais, telenovelas e seriados. A grande infiltração da televisão em todos os lares pode rapidamente difundir alguns dos tipos de violência. Existem em vários programas uma forma de violência explícita, entre elas, a violência verbal, a que costuma ser mais encontrada na mídia. Há vários contraditores quanto a este tipo de programas televisivos serem expostos no horário nobre, e, os ditos cujos sempre tem almejado o aumento da censura para estes eventos que possuam palavras de baixo calão.[5]

Bíblia e violência

A Bíblia, para alguns especialistas, apresenta uma vasta coleção de eventos violentos. Nela encontram-se, ao lado de exemplos de virtude, desde assassinatos fratricidas e estupros até periódicas demonstrações de ira divina (dilúvio, pragas do Egito). A história de Adão e Eva em si pode ser vista como uma história de violência: Deus propondo normas de obediencia e preceitos com base em sua autoridade; preceitos desobedecidos por Eva; punição na forma de expulsão do paraíso e conhecimento do mal.[6][7]

Tipos de violência

Violência Física

A violência física é o uso da força com o objectivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns, murros, estalos e agressões com diversos objetos e queimaduras. A violência física pode ser agravada quando o agressor está sob o efeito do álcool, ou quando possui uma Embriagues Patológica ou um Transtorno Explosivo.

Violência Psicológica

A violência psicológica ou agressão emocional, tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. É uma violência que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente provoca cicatrizes para toda a vida. Existem várias formas de violência psicológica, como a mobilização emocional da vítima para satisfazer a necessidade de atenção, carinho e de importância, ou como a agressão dissimulada, em que o agressor tenta fazer com que a vítima se sinta inferior, dependente e culpada. A atitude de oposição e aversão também é um caso de violência psicológica, em que o agressor toma certas atitudes com o intuito de provocar ou menosprezar a vítima. As ameaças de mortes também são um caso de violência psicológica.

Violência verbal

A violência verbal não é uma forma de violência psicológica. A violência verbal normalmente é utilizada para oportunar e incomodar a vida das outras pessoas. Pode ser feita através do silêncio, que muitas vezes é muito mais violento que os métodos utilizados habitualmente, como as ofensas morais (insultos), depreciações e os questionários infindáveis.

Violência sexual

Violência na qual o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem violência física. A violência sexual acaba por englobar o medo, a vergonha e a culpa sentidos pela vítima, mesmo naquelas que acabam por denunciar o agressor, por essa razão, a ocorrência destes crimes tende a ser ocultada.

Negligência

A negligência é o acto de omissão do responsável pela criança/idoso/outra (pessoa dependente de outras) em proporcionar as necessidades básicas, necessárias para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento. Os danos causados pela negligência podem ser permanentes e graves.

Violência nos esportes

Existe violência praticada entre esportistas e entre torcedores de determinadas categorias. Existem diversos esportes que são considerados violentos, tais como: boxe, futebol, rugby, entre outros. Na copa FIFA de 2006 o jogador de futebol Zidane, ao sofrer uma ofensa verbal, agrediu fisicamente um outro jogador em pleno jogo da final, demonstrando uma atitude não adequada aos esportes.[8]

O Bullying

Bullying num filme.
Ver artigo principal: Bullying

Este termo veio a partir da palavra bully, que em inglês significa valentão. É o conceito de todos os tipos de agressão verbal e física, que acontecem com frequência e sem motivo. Sua concentração é no ambiente escolar.E causa distúrbios mentais e psicológicos.[9]

Ver também

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Bibliografia

  • ECHENIQUE, M. Filosofia das Artes Marciais Belo Horizonte: Edições Nova Acrópole, 1995
  • DADOUN, R. A violência: ensaio acerca do "homo violens". Rio de Janeiro: Difel, 1998.
  • FROMM, E. Medo à Liberdade. Rio de Janeiro : Zahar, 1977.
  • GALVÃO JR, J. C. . Dialectique de la violence et rapports de force/ Dialética da violência e relações de força (edição bilíngüe francês/ português) Rio de Janeiro/ São Paulo: NPL/ Vida e Conciência, 2007.
  • GODOI, C. Os sentidos da violência: TV, celular e novas mídias. Santos, São Paulo: Realejo Edições, 2008.
  • ODÁLIA, N. Que é Violência. São Paulo : Brasiliense, 1983.
  • MARCONDES FILHO, C.J. Violência Política. São Paulo : Moderna, 1987.
  • MORAIS, R. Que é Violência Urbana. São Paulo : Brasiliense, 1985.
  • PINHEIRO, P.S. & ALMEIDA, G.A. Violência Urbana. São Paulo: Publifolha, 2003. Folha Explica.
  • PINKER, S. Tábula Rasa: a Negação Contemporânea da Natureza Humana Companhia das Letras, 2004.

Referências

  1. SerasExperian. «Violência». Consultado em 18 de janeiro de 2012 
  2. Devocionais amor em Cristo. «Não pela força, nem pela violência». Consultado em 18 de janeiro de 2012 
  3. Portal Cronópios. «Literatura Contemporânea Brasileira». Consultado em 18 de janeiro de 2012 
  4. Área de Sociedade e Cultura. «Violência no Cinema». Consultado em 18 de janeiro de 2012 
  5. Dr. Drauzio Varella. «Violência na TV e comportamento agressivo». Consultado em 18 de janeiro de 2012 
  6. Jesus Voltará. «Violência - O que a Bíblia diz?». Consultado em 18 de janeiro de 2012 
  7. Bíblia Online. «Versículos de Violência». Consultado em 18 de janeiro de 2012 
  8. Folha UOL. «Zidane dá cabeçada em italiano e é 4º expulso em finais da Copa». Consultado em 09 de julho de 2006  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. Orson Camargo. «Bullying». Brasil Escola. Consultado em 18 de janeiro de 2012 

Ligações externas