Illicit

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Illicit
Illicit
James Rennie e Natalie Moorhead em cena do filme.
No Brasil Mulher Sem Algemas
 Estados Unidos
1931 •  p&b •  79 min 
Gênero drama romântico
Direção Archie Mayo
Produção Darryl F. Zanuck
Roteiro Harvey F. Thew
História Edith Fitzgerald
Robert Riskin
Elenco Barbara Stanwyck
James Rennie
Ricardo Cortez
Natalie Moorhead
Música Ernö Rapée
Louis Silvers
Cinematografia Robert Kurrle
Figurino Earl Luick
Edição William Holmes
Companhia(s) produtora(s) Warner Bros.
Distribuição Warner Bros.
Lançamento
  • 14 de fevereiro de 1931 (1931-02-14) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês

Illicit (bra: Mulher Sem Algemas)[2] é um filme pre-Code estadunidense de 1931, do gênero drama romântico, dirigido por Archie Mayo, e estrelado por Barbara Stanwyck, James Rennie, Ricardo Cortez e Natalie Moorhead. Baseado em uma peça teatral de Edith Fitzgerald e Robert Riskin, o filme é sobre um jovem casal que vive junto, mas não trocam votos porque a mulher não acredita em casamento. Quando eles finalmente se casam, ambos se tornam infiéis um ao outro. "Illicit" foi produzido e distribuído pela Warner Bros.[1]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Richard "Dick" Ives II (James Rennie), um advogado bem-sucedido de Nova Iorque, e Anne Vincent (Barbara Stanwyck), uma jovem com ideias originais sobre a vida e o casamento em particular, vivem juntos, abertamente e solteiros, há vários anos. Ambos estão felizes com seu relacionamento até que os pais conservadores de Dick pressionam pela legalização da situação, visando a troca de votos. Dick convence Anne a desistir de sua oposição ao casamento, mas a moça ainda possui grandes preocupações. Em sua opinião, o casamento significa automaticamente o fim do romance e da paixão. Horas antes do casamento, o ex-amante de Anne, Price Baines (Ricardo Cortez), aparece e exige que Anne fuja com ele. Anne o rejeita, enquanto Price promete esperar por ela.

Após um ano de casamento, Dick e Anne estão presos à rotina e à falta de amor. Entediado, Dick começa a ter uma relação extraconjugal com Margie True (Natalie Moorhead) e, ao descobrir, Anne se choca e confronta seu marido. Ele mente descaradamente, e ela então o abandona. Embora o casal agora viva em apartamentos separados, eles não conseguem ficar muito tempo separados e continuam a se ver, dessa vez menos regularmente. Uma noite, Dick encontra Anne e Price juntos, o que enfraquece novamente a relação. Agora, os dois, repletos de dúvidas, lutam contra o orgulho e tentam achar uma nova razão para continuarem juntos.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Barbara Stanwyck como Anne Vincent
  • James Rennie como Richard "Dick" Ives II
  • Ricardo Cortez como Price Baines
  • Natalie Moorhead como Margie True
  • Charles Butterworth como Georgie Evans
  • Claude Gillingwater como Sr. Ives
  • Joan Blondell como Helen "Duckie" Childers
  • Lucille Ward como Susan, empregada de Annie
  • Barbara Weeks como Garota no Chá de Panela

Produção[editar | editar código-fonte]

Dois anos depois, o estúdio fez uma refilmagem da produção, dessa vez chamada "Ex-Lady", e estrelada por Bette Davis.

Trilha sonora[editar | editar código-fonte]

  • "When Love Comes in the Moonlight" – tocada durante os créditos (do musical da Warner Bros. "Oh, Sailor, Behave!").
  • "Maybe It's Love" – cantada por James Rennie e Barbara Stanwyck (do musical da Warner Bros. "Maybe It's Love").
  • "Looking for the Lovelight in the Dark" – tocada no rádio (do musical da Warner Bros. "Top Speed").
  • "Pretty Little You" – tocada no rádio (do filme da Warner Bros. "Son of the Gods").
  • "In the Land of Let's Pretend" – utilizado na trilha (do musical da Warner Bros. "On with the Show!").
  • "Get Happy" – tocada em boate noturna.

Recepção[editar | editar código-fonte]

Mourdant Hall, do The New York Times, declarou que o filme é "muito inteligente e divertido ...", mas achou a história implausível às vezes. "O diálogo corre bem e a atuação é altamente competente. Não é esmagadoramente sutil, e o final alegre ou satisfatório é um pouco repentino demais". Seu argumento é que, "se um jovem casal está vivendo em um casamento de companheirismo ou em um casamento convencional, eles só são mantidos juntos pelo amor. Embora superficialmente este seja o caso nesta narrativa, parece que os personagens poderiam ter uma desculpa para se separar para sempre, se não estivessem ligados pelos laços do casamento ... A história começa com Richard Ives e Anne Vincent morando juntos ... são expoentes do casamento de companheirismo, e só quando se hospedam juntos em hotéis é que a sociedade começa a observar essa 'violação' da lei social. Isso faz pensar que a maioria dos amigos dos dois amantes anda com os olhos vendados. Então, são oferecidos na tela trechos de um jornal que evidentemente não está preocupado com as leis de difamação. A partir de então, a crônica começa a se tornar divertida, apesar de sua falta de suspense. Anne e Richard são casados ... eles são felizes por um ano, e então a inevitável briga ocorre. Aí vem a desculpa convencional ... a descoberta de que ele está, afinal, interessado em uma loira atraente ... Anne encontra sua antiga paixão, que diz a ela que espera que seu casamento seja um fracasso, e que se ela se separar ou se divorciar de Richard, ele estará esperando por ela. Barbara Stanwyck e James Rennie são completamente humanos em seus papéis. A passagem mais leve é expressa por Charles Butterworth em sua maneira admirável e peculiar. Claude Gillingwater está estrondoso como pai de Richard, que é responsável por fazer Anne consentir com o casamento".[3]

Dennis Schwartz observou: "Este melodrama ousado e atrevido ... envelheceu mal e quando visto hoje parece um arco. Se não fosse pelo bom desempenho de Barbara Stanwyck, de 24 anos, em seu primeiro papel de protagonista, o filme daria um verdadeiro sono. Archie Mayo ... faz um péssimo trabalho em manter esse conto de moralidade vivo, pois é muito falador, os personagens permanecem clichês não desenvolvidos, e não tem cartas na manga para nos manter sintonizados ... Neste choro trivial e tedioso que carece de muitos socos e ação, depois que os dois separados buscam consolo em outras pessoas, eles conseguem se despertar depois de buscarem suas almas, e então se reúnem para um final feliz. Assim, eles reforçam as tradições do casamento sobre viver uma vida sexualmente livre, e o filme tira o foco de quaisquer argumentos que oferecesse em contrário. Dois anos depois, o estúdio fez uma refilmagem exata chamada Ex-Lady, estrelada por Bette Davis. Pelo menos esse fracasso tinha Stanwyck".[4]

Preservação[editar | editar código-fonte]

O filme sobrevive intacto e é exibido em canais de televisão e TV a cabo. Uma cópia é mantida na coleção da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.[5]

Referências

  1. a b «The First 100 Years 1893–1993: Illicit (1931)». American Film Institute Catalog. Consultado em 5 de julho de 2023 
  2. «Mulher Sem Algemas (1931)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 28 de junho de 2022 
  3. Hall, Mordaunt (25 de janeiro de 1931). «THEIR MASTER'S VOICE; An Author Supervisor. Queer Shadows. Illicit." Raking Up the Past. A Would-Be Blood-Curdler. In the Foreign Legion. Le Petit Cafe."» (em inglês). The New York Times. ISSN 0362-4331. Consultado em 17 de julho de 2021 
  4. «ILLICIT – Dennis Schwartz Reviews» (em inglês). Consultado em 17 de julho de 2021 
  5. Catalog of Holdings The American Film Institute Collection and the United Artists collection at the Library of Congress. Washington, D.C.: American Film Institute. 1978. p. 87