Born to Be Bad (1934)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre o filme com Loretta Young. Para o filme com Joan Fontaine, veja Born to Be Bad (1950).
Born to Be Bad
Born to Be Bad (1934)
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Nascida para o Mal
Nascida para Ser Má
 Estados Unidos
1934 •  p&b •  62 min 
Gênero drama romântico
Direção Lowell Sherman
Produção Darryl F. Zanuck
Joseph M. Schenck
Roteiro Ralph Graves
Harrison Jacobs
História Ralph Graves
Elenco Loretta Young
Cary Grant
Música Alfred Newman
Cinematografia Barney McGill
Direção de arte Richard Day
Joseph C. Wright
Figurino Gwen Wakeling
Edição Maurice Wright
Companhia(s) produtora(s) 20th Century-Fox
Distribuição United Artists
Lançamento
  • 18 de maio de 1934 (1934-05-18) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 250.000[2]

Born to Be Bad (bra: Nascida para o Mal ou Nascida para Ser Má)[3][4][5] é um filme pre-Code estadunidense de 1934, do gênero drama romântico, dirigido por Lowell Sherman, e estrelado por Loretta Young e Cary Grant. O roteiro de Ralph Graves e Harrison Jacobs foi baseado em uma história do próprio Graves.[1]

A trama retrata a história de uma mãe imoral que chantageia um empresário rico depois que ele acidentalmente atinge seu filho delinquente com seu caminhão.[6][7]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

A mãe solteira Letty Strong (Loretta Young) foi criada em um ambiente familiar saudável, mas engravidou aos quinze anos e fugiu de casa. Para proteger seu filho Mickey (Jackie Kelk) da mesma vida difícil que ela enfrenta, Letty o ensina habilidades de sobrevivência, incluindo mentir, roubar e enganar.

Um dia, um caminhão de leite dirigido por Malcolm "Mal" Trevor (Cary Grant), um empresário rico, atropela Mickey enquanto ele andava de patins na rua. Vendo uma chance de ganhar dinheiro, Letty elabora um plano para chantagear o homem. No entanto, seu plano dá errado quando Mickey é tirado dela após um juiz considerá-la uma mãe inadequada.

Mal e sua esposa Alyce (Marion Burns), incapazes de ter filhos biológicos, acolhem o garoto, proporcionando-lhe amor e um lar estável. Letty, consumida por ciúmes e ganância, tenta seduzir Mal, o que pode mudar a vida de todos os envolvidos.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Loretta Young como Letty Strong
  • Cary Grant como Malcolm "Mal" Trevor
  • Jackie Kelk como Mickey Strong
  • Marion Burns como Alyce Trevor
  • Henry Travers como Fuzzy
  • Paul Harvey como Brian
  • Russell Hopton como Steve Karns
  • Harry Green como Adolph, o advogado de Letty
  • Charles Coleman como Mordomo
  • Geneva Mitchell como Srta. Crawford, a secretária de Malcolm
  • Etienne Girardot como J. K. Brown
  • Guy Usher como Juiz McAffee
  • Wade Boteler como Guarda

Produção[editar | editar código-fonte]

O Escritório Hays rejeitou o roteiro duas vezes antes de finalmente aprová-lo. A personagem de Loretta Young, uma mãe solteira que entretém compradores em massa para garantir contratos para sua amiga, teve que ser reescrita e refilmada, de modo que sua ocupação fosse apenas insinuada. Por causa da censura crescente em produções cinematográficas, Darryl F. Zanuck teve que cortar o máximo possível de cenas de Young de lingerie e com as pernas expostas até os quadris.[8]

As refilmagens não foram dirigidas por Lowell Sherman, o diretor original, que naquele momento estava dirigindo outra produção na Universal. Sidney Lanfield assumiu a direção do filme quando Sherman entrou de férias na época.[1]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Kingsley Grace, em sua crítica para o jornal Los Angeles Times, escreveu que o filme "é uma falha de bom gosto e dificilmente esperada", e observou que o "caso extraconjugal" entre Letty e Mal havia sido mal explorado.[9]

Mae Tinee, para o Chicago Daily Tribune, observou como a personagem Letty ensina seu filho a quebrar as leis, fazendo o filme ser definido como inspiração para uma campanha contra a decência. Tinee afirmou que "este filme é completamente repreensível e nunca deveria ter sido transformado em um longa-metragem".[10][11]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

O retorno do filme foi fraco, sendo considerado o único fracasso financeiro da 20th Century-Fox.[1] A produção fez o estúdio perder dinheiro, com um prejuízo de US$ 50.000.[2]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «The First 100 Years 1893–1993: Born to Be Bad (1934)». American Film Institute Catalog. Consultado em 26 de março de 2024 
  2. a b Solomon, Aubrey (2002). Twentieth Century Fox: A Corporate and Financial History. Col: The Scarecrow Filmmakers Series. Lanham, Maryland: Scarecrow Press. p. 21. ISBN 978-0810842441. Consultado em 26 de março de 2024 – via Google Livros 
  3. «Diário Carioca (RJ) – 1930 a 1939 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 14 de outubro de 1934. p. 18. Consultado em 26 de março de 2024 
  4. «Gazeta Popular (SP) – 1931 a 1938 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 4 de abril de 1935. p. 7. Consultado em 26 de março de 2024 
  5. «Nascida para Ser Má (1934)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 26 de março de 2024 
  6. Erickson, Hal. «Born to Be Bad (1934)». AllMovie. Consultado em 26 de março de 2024 
  7. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  8. «Born to Be Bad (1934) – Notes». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 26 de março de 2024 
  9. Eliot, Marc (2004). Cary Grant: A Biography. Nova Iorque: Crown Publishing Group. ISBN 978-0-307-20983-2 
  10. «Critic Protests This Film as Blot on Movies: Mother Teaches Son to Break Laws.». Chicago Daily Tribune. 30 de junho de 1934. p. 13 – via ProQuest 
  11. Lanckman, Lies; Hutchinson, Pamela. «Born to Be Bad (dir. Lowell Sherman, 1934)». Cary Comes Home Festival. Consultado em 26 de março de 2024