Labirintite: diferenças entre revisões

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Evidências sugere que [[ISRS|Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina]] (ISRS) podem ser mais eficientes no tratamento de labirintite que outros [[antidepressivo]]s. Eles agem aliviando os sintomas de ansiedade e podem estimular novos crescimentos neurais dentro do ouvido interno. Alguma evidência sugere que labirintite viral deve ser tratada o mais cedo possível com [[corticosteróide]]s, e possivelmente medicação antiviral, para prevenir danos permanentes ao ouvido interno.
Evidências sugere que [[ISRS|Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina]] (ISRS) podem ser mais eficientes no tratamento de labirintite que outros [[antidepressivo]]s. Eles agem aliviando os sintomas de ansiedade e podem estimular novos crescimentos neurais dentro do ouvido interno. Alguma evidência sugere que labirintite viral deve ser tratada o mais cedo possível com [[corticosteróide]]s, e possivelmente medicação antiviral, para prevenir danos permanentes ao ouvido interno.


==Fisioterapia==
''[[Terapia de reabilitação vestibular]]'' é uma forma de eliminar ou reduzir a tontura residual decorrente da labirintite. Ela funciona ao fazer com que o cérebro utilize mecanismos neurais já existentes.

Uma das principais formas de tratamento da Labirintite é a fisioterapia. Os tratamentos típicos incluem movimentos da cabeça e dos olhos, exercícios de estabilidade do olhar, exercícios de habituação, reciclagem funcional, alterações posturais e exercícios de caminhada, podendo ser combinados com remédios e alteração na alimentação <ref name=PT2009>{{cite journal|last=Walker|first=MF|title=Treatment of vestibular neuritis.|journal=Current Treatment Options in Neurology|date=January 2009|volume=11|issue=1|pages=41–5|pmid=19094835|doi=10.1007/s11940-009-0006-8}}</ref>. Esses exercícios funcionam desafiando o sistema vestibular e a principal função por trás da repetição de uma combinação de movimentos da cabeça e dos olhos, alterações posturais e caminhada é que, através dessa repetição, alterações compensatórias pelas disfunções decorrentes das estruturas vestibulares periféricas podem ser promovidas no sistema vestibular central (tronco cerebral e cerebelo). <ref>{{Cite news|url=https://www.fisioterapialabirintica40.com.br/publicacoes|title=Physical Therapy Rehabilitation|access-date=2019-10-29|language=en}}</ref>
A ''[[Terapia de reabilitação vestibular]]'', quando realizada adequadamente e com acompanhamento fisioterapeuta especializado, é uma maneira altamente eficaz de reduzir ou eliminar substancialmente a tontura residual da labirintite. A VRT funciona fazendo com que o cérebro use mecanismos neurais já existentes para adaptação, neuroplasticidade e compensação <ref>{{Cite news|url=https://vestibular.org/understanding-vestibular-disorder/treatment/treatment-detail-page#|title=Vestibular Rehabilitation Therapy (VRT)|date=2011-12-27|work=Vestibular Disorders Association|access-date=2018-05-19|language=en}}</ref> VRT works by causing the brain to use already existing neural mechanisms for adaptation, [[neuroplasticity]], and compensation.<ref name="Burton" />.


=== Durante o episódio de vertigem ===
=== Durante o episódio de vertigem ===

Revisão das 14h33min de 1 de novembro de 2019

Labirintite
Labirintite
Simulação da sensação de vertigem, sintoma mais comum da labirintite.
Especialidade otorrinolaringologia
Classificação e recursos externos
CID-10 H83.0
CID-9 386.3
CID-11 901550793
DiseasesDB 29290
MedlinePlus 001054
eMedicine 856215
MeSH D007762
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Labirintite é uma desordem do equilíbrio do corpo humano. Tal desordem é causada por um processo inflamatório ou infeccioso que afeta os labirintos, que ficam dentro do sistema vestibular, órgão responsável pelo equilíbrio, postura e orientação do corpo e que se localiza no ouvido interno. Deve-se salientar que o termo "labirintite" é utilizado de forma equivocada para designar todas as doenças do labirinto, já que existem outras patologias que podem afetá-lo.[1]

Os sintomas mais comuns da labirintite são a tontura e a vertigem. Outros sintomas também costumam aparecer como náusea (enjoo), êmese (vômito), zumbido no ouvido, perda auditiva (parcial ou total) no ouvido afetado e sensação de desmaio.[2]

O indivíduo afetado pela labirintite pode ter um constante zumbido no ouvido, que eventualmente leva a uma perda auditiva temporária até que a infecção seja totalmente tratada. A doença geralmente é causada por uma infecção no ouvido médio ou interno.[3]

Se tratada corretamente e adequadamente com remédios, fisioterapia e alimentação saudável, e se atacado o verdadeiro mal que causa a doença, a labirintite tem cura na maioria dos casos.[4] [5]

Causas

A labirintite pode ser causada por um vírus, infecção por bactéria, lesão na cabeça, alergia ou reação a um determinado medicamento. Tanto a labirintite viral como bacteriana pode causar perda de audição permanente, embora isso seja raro. Os hipertensos costumam queixar-se desse mal. Apesar de não comprovada, mas a elevação da pressão arterial pode causar Labirintite.

Muitas vezes, a labirintite pode causar uma cinetose, caracterizada por perturbações do equilíbrio causadas por movimentação.[6]

Sintomas

O aparato vestibular, no ouvido interno, está envolvido no controle do equilíbrio corporal.

Os principais sintomas são[7]:

  • Vertigem;
  • Náusea
  • Tontura e desequilíbrio;
  • Ansiedade;
  • Movimentos involuntários dos olhos (nistagmo);
  • Zumbido no ouvido

A náusea, ansiedade e mal estar são devido aos sinais de equilíbrio distorcidos que o cérebro recebe do ouvido.

Complicações

Sintomas de possíveis complicações (raros)[7]:

  • Convulsões;
  • Visão dupla;
  • Desmaio;
  • Vomitar por semanas;
  • Fala arrastada;
  • Febre de mais de 39°C;
  • Fraqueza ou paralisia;
  • Perda de audição no ouvido afetado [8].

Labirintite e ansiedade

Ansiedade crônica é um efeito colateral comum da labirintite, o qual pode produzir tremores, palpitações do coração, ataques de pânico e depressão. Geralmente o ataque de pânico é um dos primeiros sintomas. Como em todo e qualquer momento de dificuldade, é importante ser paciente e tentar encontrar ajuda[9].

Diagnóstico

Exame do ouvido externo geralmente não é suficiente, mas é importante para eliminar outras hipóteses diagnósticas.

Apenas examinar o ouvido externo não é suficiente, é necessário exames de imagens do ouvido interno. Isso pode ser feito com[7]:

Diagnóstico diferencial

Alguns casos de labirintite podem ser confundidos com outras doenças de sintomas parecidos, como cinetose, VPPB, neuronite vestibular, hanseníase com o acometimento do nervo auricular e vestibular.

Tratamento

Alergias, medicamentos, estresse e cansaço podem aumentar a gravidade dos episódios de tontura, náusea e vertigem. Alguns minutos de relaxamento são importantes para recuperar o equilíbrio.

A recuperação de labirintite aguda geralmente leva de 1 a 6 semanas, porém não é incomum que sintomas residuais (desequilíbrio, perda de direção e/ou tontura) permaneçam por até 2 anos.[10][11][12][13][14],mas há casos em que o problema se torna crônico e dura a vida toda.

Dependendo do caso, medicação voltada para lidar com os sintomas (como anti-histamínicos e antieméticos) podem ajudar.[7] Entretanto, o problema pode ter uma causa que requeira a utilização de uma medicação antibiótica [15]. Neste caso, deve-se atentar para manutenção da flora intestinal por meio de uma dieta rica em probióticos.

É importante tratar qualquer transtorno de ansiedade e/ou depressão tão logo possível para permitir ao cérebro compensar qualquer dano vestibular. Ansiedade aguda pode ser tratada a curto prazo com benzodiazepinos, como diazepam, porém o uso a longo prazo não é recomendado por causa da característica desses medicamentos de criar dependência.

Evidências sugere que Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) podem ser mais eficientes no tratamento de labirintite que outros antidepressivos. Eles agem aliviando os sintomas de ansiedade e podem estimular novos crescimentos neurais dentro do ouvido interno. Alguma evidência sugere que labirintite viral deve ser tratada o mais cedo possível com corticosteróides, e possivelmente medicação antiviral, para prevenir danos permanentes ao ouvido interno.

Fisioterapia

Uma das principais formas de tratamento da Labirintite é a fisioterapia. Os tratamentos típicos incluem movimentos da cabeça e dos olhos, exercícios de estabilidade do olhar, exercícios de habituação, reciclagem funcional, alterações posturais e exercícios de caminhada, podendo ser combinados com remédios e alteração na alimentação [16]. Esses exercícios funcionam desafiando o sistema vestibular e a principal função por trás da repetição de uma combinação de movimentos da cabeça e dos olhos, alterações posturais e caminhada é que, através dessa repetição, alterações compensatórias pelas disfunções decorrentes das estruturas vestibulares periféricas podem ser promovidas no sistema vestibular central (tronco cerebral e cerebelo). [17] A Terapia de reabilitação vestibular, quando realizada adequadamente e com acompanhamento fisioterapeuta especializado, é uma maneira altamente eficaz de reduzir ou eliminar substancialmente a tontura residual da labirintite. A VRT funciona fazendo com que o cérebro use mecanismos neurais já existentes para adaptação, neuroplasticidade e compensação [18] VRT works by causing the brain to use already existing neural mechanisms for adaptation, neuroplasticity, and compensation.[19].

Durante o episódio de vertigem

É recomendado [7]:

  • Fique quieto e descanse enquanto você tiver sintomas;
  • Não abaixe e nem levante peso por 15 dias, mesmo se os sintomas passarem ou melhorarem. Isso adiará cada vez mais o problema continuar; basta uma abaixada longa ou levantar peso acima de 5 kg para tudo voltar a estaca zero e ter que aguardar mais 15 dias, portanto ajudas são indispensáveis;
  • Durma 10 horas por dia nestes 15 dias de tratamento;
  • Acompanhe algum medicamento por 15 dias;
  • Evite se estressar ou passar nervoso, labirintite é crise de nervosismo, portanto a ajuda de pessoas com quem convive é importantíssima;
  • Se os cuidados não forem feitos a crise demorará mais;
  • Evite movimentos bruscos ou mudanças bruscas de postura;
  • Lentamente retome suas atividades;
  • Peça ajuda para se manter em pé quando você perder o equilíbrio sem local de apoio;
  • Evite luzes brilhantes, TV e leitura durante os episódios sintomáticos. Descanse durante os episódios mais graves e aumente lentamente a sua atividade diária;
  • Evite atividades como dirigir, operar máquinas pesadas e subir escadas até uma semana após os sintomas desaparecerem. A vertigem súbita durante estas atividades pode ser muito perigosa.

Referências

  1. http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?542
  2. http://www.atm.hostmidia.com.br/labirintites_ou_tonturas.htm
  3. «Cópia arquivada». Consultado em 20 de julho de 2014. Arquivado do original em 28 de julho de 2014 
  4. http://www.who.int/lep/resources/Guide_Brasil_P1.pdf
  5. https://www.fisioterapialabirintica40.com.br/publicacoes
  6. http://www.copacabanarunners.net/labirintite-desordens-equilibrio.html
  7. a b c d e http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001054.htm
  8. http://www.ilep.org.uk/fileadmin/uploads/Documents/Learning_Guides/lg2bport_01.pdf
  9. «Cópia arquivada». Consultado em 5 de agosto de 2015. Arquivado do original em 19 de julho de 2015 
  10. «Cópia arquivada». Consultado em 26 de junho de 2010. Arquivado do original em 23 de maio de 2010 
  11. http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/prevencao-trata/labirintite-previna-se-desse-mal-394888.shtml
  12. «Cópia arquivada». Consultado em 26 de junho de 2010. Arquivado do original em 5 de agosto de 2009 
  13. http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=25473
  14. http://www.copacabanarunners.net/labirintite-tratamento.html
  15. http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/earinfections.html
  16. Walker, MF (January 2009). «Treatment of vestibular neuritis.». Current Treatment Options in Neurology. 11 (1): 41–5. PMID 19094835. doi:10.1007/s11940-009-0006-8  Verifique data em: |data= (ajuda)
  17. «Physical Therapy Rehabilitation» (em inglês). Consultado em 29 de outubro de 2019 
  18. «Vestibular Rehabilitation Therapy (VRT)». Vestibular Disorders Association (em inglês). 27 de dezembro de 2011. Consultado em 19 de maio de 2018 
  19. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Burton