Organização Indiana de Pesquisa Espacial: diferenças entre revisões
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'''Organização Indiana de Pesquisa Espacial''' ({{lang-en|''Indian Space Research Organisation'' - '''ISRO'''}}) é a [[agência espacial]] |
'''Organização Indiana de Pesquisa Espacial''' ({{lang-en|''Indian Space Research Organisation'' - '''ISRO'''}}) é a [[agência espacial]] nacional da [[Índia]], com sede em [[Bangalore]]. Ele opera sob o Departamento de Espaço (DOS), que é supervisionado diretamente pelo [[primeiro-ministro indiano]], enquanto o presidente da ISRO também atua como executivo do DOS. A ISRO é a principal agência na Índia para realizar tarefas relacionadas a aplicações espaciais, [[exploração espacial]] e desenvolvimento de tecnologias relacionadas.<ref name="isro_aboutus">{{cite web|url = http://www.isro.gov.in/about-isro/vision-and-mission-statements|title = ISRO – Vision and Mission Statements|publisher = ISRO|access-date = 27 de agosto de 2015|archive-url = https://web.archive.org/web/20150904080053/http://www.isro.gov.in/about-isro/vision-and-mission-statements|archive-date = 4 de setembro de 2015}}</ref> É uma das seis agências espaciais governamentais no mundo que possuem capacidade total de lançamento, implantam motores criogênicos, lançam missões extraterrestres e operam grandes frotas de satélites artificiais.ref name="Cryo14">{{Cite news|author=TE Narasimhan|date=2014-01-07|title=ISRO on cloud nine as India joins "cryo club"|url=https://wap.business-standard.com/article/current-affairs/isro-on-cloud-nine-as-india-joins-cryo-club-114010700023_1.html|newspaper=Business Standard|location=Chennai|access-date=2021-03-12}}</ref>{{sfn|Harvey|Smid|Pirard|2011|pp=144–}} |
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O Comitê Nacional Indiano para Pesquisa Espacial (INCOSPAR) foi estabelecido por [[Jawaharlal Nehru ]]sob o Departamento de Energia Atômica (DAE) em 1962, por insistência do cientista [[Vikram Sarabhai]], reconhecendo a necessidade da [[pesquisa espacial]]. O INCOSPAR cresceu e se tornou ISRO em 1969, dentro do DAE.<ref name="DAE">{{Cite web |url=http://www.dae.nic.in/?q=node%2F394 |title=Government of India Atomic Energy Commission | Department of Atomic Energy |access-date=21 de setembro de 2019 |archive-url=https://web.archive.org/web/20190829222918/http://dae.nic.in/?q=node%2F394 |archive-date=29 de agosto de 2019 }}</ref> Em 1972, o [[Governo da Índia]] estabeleceu a Comissão Espacial e o Departamento de Espaço (DOS), trazendo a ISRO sob o domínio do DOS. O estabelecimento da ISRO institucionalizou assim as atividades de pesquisa espacial na Índia.{{sfn|Bhargava|Chakrabarti|2003|pp=39}}{{sfn|Sadeh|2013|pp=303-}} Desde então, tem sido administrado pelo DOS, que governa várias outras instituições na Índia no domínio da [[astronomia]] e [[tecnologia espacial]].<ref name="DOSHQ">{{Cite web |url=https://www.isro.gov.in/about-isro/department-of-space-and-isro-hq |title=Department of Space and ISRO HQ - ISRO |access-date=28 de março de 2019 |archive-url=https://web.archive.org/web/20190328053630/https://www.isro.gov.in/about-isro/department-of-space-and-isro-hq |archive-date=28 de março de 2019}}</ref> |
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A ISRO construiu o primeiro satélite da Índia, [[Aryabhata (satélite)|Aryabhata]], que foi [[Intercosmos|lançado pela União Soviética]] em 19 de abril de 1975.<ref name="Aryabhatta">{{cite web|url=https://www.isro.gov.in/Spacecraft/aryabhata-1|title=Aryabhata – ISRO|website=www.isro.gov.in|access-date=15 de agosto de 2018|archive-url=https://web.archive.org/web/20180815200808/https://www.isro.gov.in/Spacecraft/aryabhata-1|archive-date=15 de agosto de 2018}}</ref> Em 1980, a ISRO lançou o satélite [[RS-1]] a bordo de seu próprio [[Satellite Launch Vehicle|SLV-3]], tornando a Índia o sexto país capaz de realizar lançamentos orbitais. O SLV-3 foi seguido pelo [[Augmented Satellite Launch Vehicle|ASLV]], que foi posteriormente sucedido pelo desenvolvimento de muitos [[Veículo de lançamento médio|veículos de lançamento de médio porte]], motores de foguete e sistemas e redes de satélites, o que permitiu que a agência lançasse centenas de satélites nacionais e estrangeiros e várias missões espaciais para exploração espacial. |
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A ISRO possui a maior constelação de satélites de sensoriamento remoto do mundo e opera os dois [[Sistema de navegação por satélite|sistemas de navegação por satélite]] [[GAGAN]] e [[NAVIC]]. Ele enviou duas missões para a [[Lua]] ([[Chandrayaan-1]] e [[Chandrayaan-2]]) e [[Mars Orbiter Mission|uma para Marte]]. Os objetivos no futuro próximo incluem expandir a frota de satélites, pousar um [[Astromóvel|rover]] na Lua, [[Voo espacial tripulado|enviar humanos ao espaço]], desenvolvimento de um [[SCE-200|motor semi-criogênico]], enviar mais missões não tripuladas à [[Exploração da Lua|Lua]], [[Exploração de Marte|Marte]], [[Exploração de Vênus|Vênus]] e [[Sol]], além da implantação de mais telescópios espaciais em órbita para observar fenômenos cósmicos e do [[espaço sideral]] além do [[Sistema Solar]]. Os planos de longo prazo incluem o desenvolvimento de [[Sistema de lançamento reutilizável|lançadores reutilizáveis]], veículos de lançamento [[Veículo de lançamento pesado|pesados]] e [[Veículo de lançamento superpesado|superpesados]], implantação de uma [[estação espacial]], envio de missões de exploração para [[Planeta externo|planetas externos]], como [[Exploração de Júpiter|Júpiter]], [[Exploração de Urano|Urano]], [[Netuno (planeta)|Netuno]], e asteroides e missões tripuladas para luas e planetas. Os programas da ISRO desempenharam um papel significativo no desenvolvimento socioeconômico da Índia e apoiaram os domínios civil e militar em vários aspectos, incluindo gerenciamento de desastres, [[telemedicina]] e missões de navegação e reconhecimento. As tecnologias derivadas da ISRO também fundaram muitas inovações cruciais para as indústrias médica e de engenharia da Índia. |
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==Histórico== |
==Histórico== |
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[[Imagem:TERLS-03.jpg|thumb|esquerda|[[ARCAS (foguete)|Foguete Arcas]] sendo carregado no tubo de lançamento na [[Estação de Lançamento de Foguetes Equatorial de Tumba|Estação de Lançamento de Tumba]]. Nos primeiros dias da ISRO, as peças de foguetes eram frequentemente transportados em bicicletas e carros de boi<ref>{{Cite web|url=https://www.indiatoday.in/fyi/story/india-first-rocket-launched-from-a-church-isro-vssc-nike-apache-15606-2016-06-22|title=Transported on a bicycle, launched from a church: The fascinating story of India's first rocket launch|date=22 de junho de 2016|website=India Today|language=en|access-date=12 de outubro de 2019}}</ref>]] |
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Formada em 1969, a ISRO substituiu o antigo Comitê Nacional Indiano de Pesquisas Espaciais (INCOSPAR), que foi criado em 1962 pelos esforços de primeiro-ministro [[Jawaharlal Nehru]] e seu assessor próximo e cientista Vikram Sarabhai. O estabelecimento de ISRO institucionalizou as atividades espaciais no país.<ref name="Sadeh2013">{{citar livro|author=Eligar Sadeh|title=Space Strategy in the 21st Century: Theory and Policy|url=https://books.google.com/books?id=u4nXqDvgGrIC&pg=PA303|date=11 de fevereiro de 2013|publisher=Routledge|isbn=978-1-136-22623-6|pages=303–}}</ref> Ele é gerenciado pelo Departamento Espacial, que se reporta ao [[primeiro-ministro indiano]]. |
Formada em 1969, a ISRO substituiu o antigo Comitê Nacional Indiano de Pesquisas Espaciais (INCOSPAR), que foi criado em 1962 pelos esforços de primeiro-ministro [[Jawaharlal Nehru]] e seu assessor próximo e cientista Vikram Sarabhai. O estabelecimento de ISRO institucionalizou as atividades espaciais no país.<ref name="Sadeh2013">{{citar livro|author=Eligar Sadeh|title=Space Strategy in the 21st Century: Theory and Policy|url=https://books.google.com/books?id=u4nXqDvgGrIC&pg=PA303|date=11 de fevereiro de 2013|publisher=Routledge|isbn=978-1-136-22623-6|pages=303–}}</ref> Ele é gerenciado pelo Departamento Espacial, que se reporta ao [[primeiro-ministro indiano]]. |
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⚫ | A ISRO construiu o primeiro satélite da Índia, o [[Aryabhata (satélite)|Aryabhata]], que foi lançado pela [[União Soviética]] em 19 de abril em 1975. Em 1980, [[Rohini (família de satélites)|Rohini]] se tornou o primeiro satélite a ser colocado em [[órbita]] por um [[veículo de lançamento]] indiano, o [[Satellite Launch Vehicle|SLV-3]]. A ISRO, posteriormente, desenvolveu dois outros foguetes: o [[Polar Satellite Launch Vehicle]] (PSLV), para lançamento de satélites em [[órbitas polares]], e o [[Geosynchronous Satellite Launch Vehicle]] (GSLV), para colocar satélites em [[órbitas geoestacionárias]]. Estes [[Foguete espacial|foguetes]] lançaram vários [[Satélite de comunicação|satélites de comunicações]] e de [[Satélite de observação da Terra|observação da Terra]]. Sistemas de navegação por satélite, como [[GPS-aided geo-augmented navigation|GAGAN]] e [[Indian Regional Navigation Satellite System|IRNSS]], também foram implantados. Em janeiro de 2014, a ISRO utilizou com sucesso um motor criogênico em um lançamento do GSAT-14 em um GSLV-D5.<ref name="Indian Space Research Organisation">{{citar web|title = GSLV-D5 - Indian cryogenic engine and stage|url = http://www.isro.org/gslv-d5/pdf/brochure.pdf|format = PDF|obra = Official ISRO website|publisher = Indian Space Research Organisation|accessdate = 29 de setembro de 2014|arquivourl = https://web.archive.org/web/20130902172546/http://www.isro.org/gslv-d5/pdf/brochure.pdf|arquivodata = 2013-09-02|urlmorta = yes}}</ref><ref name="spaceflightnow.com">{{citar web|url = http://spaceflightnow.com/gslv/d5/140105launch/#.VCkkxuOSzlY|title = GSLV soars to space with Indian cryogenic engine|website = Spaceflight Now|date = 5 de janeiro de 2014|accessdate = 29 de setembro de 2014}}</ref> |
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[[Imagem:Mars Orbiter Mission - India - ArtistsConcept.jpg|thumb| |
[[Imagem:Mars Orbiter Mission - India - ArtistsConcept.jpg|thumb|esquerda|[[Mars Orbiter Mission]], [[sonda espacial]] indiana que orbita [[Marte (planeta)|Marte]] desde 2014]] |
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A ISRO enviou um [[orbitador]] [[Lua|lunar]], o [[Chandrayaan-1]], em 22 de outubro de 2008, e um veículo orbital marciano, o [[Mars Orbiter Mission]], que entrou com sucesso na órbita de [[Marte (planeta)|Marte]] em 24 de setembro de 2014, evento que tornou a ISRO a quarta agência espacial no mundo, bem como a primeira agência espacial na [[Ásia]] a alcançar com sucesso a órbita marciana.<ref>{{citar notícia|last1=Thomas|first1=Arun|title=Mangalyan|url=http://edition.cnn.com/2014/09/23/world/asia/mars-india-orbiter/index.html?hpt=hp_c2|agency=CNN}}</ref> |
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⚫ | A ISRO construiu o primeiro satélite da Índia, o [[Aryabhata (satélite)|Aryabhata]], que foi lançado pela [[União Soviética]] em 19 de abril em 1975. Em 1980, [[Rohini (família de satélites)|Rohini]] se tornou o primeiro satélite a ser colocado em [[órbita]] por um [[veículo de lançamento]] indiano, o [[Satellite Launch Vehicle|SLV-3]]. A ISRO, posteriormente, desenvolveu dois outros foguetes: o [[Polar Satellite Launch Vehicle]] (PSLV), para lançamento de satélites em [[órbitas polares]], e o [[Geosynchronous Satellite Launch Vehicle]] (GSLV), para colocar satélites em [[órbitas geoestacionárias]]. Estes [[ |
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Os planos futuros incluem o desenvolvimento do [[Geosynchronous Satellite Launch Vehicle Mk III|GSLV Mk III]] (para o lançamento de satélites mais pesados), o desenvolvimento de um [[Avatar (espaçonave)|veículo de lançamento reutilizável]], [[voo espacial tripulado]], outras missões de exploração lunar, sondas interplanetárias, etc.<ref>{{citar web|title = About ISRO - Future Programme|url = http://www.isro.org/scripts/futureprogramme.aspx|obra = ISRO official website|publisher = Indian Space Research Organisation|accessdate = 29 de setembro de 2014}}</ref> |
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A ISRO realizou 75 missões espaciais, 46 missões de lançamento e 51 satélites estrangeiros foram lançados através dos veículos lançadores da agência indiana.<ref>{{citar web|url=http://online.wsj.com/articles/india-launches-five-foreign-satellites-1404126863|title=India Launches Five Foreign Satellites|author=Santanu Choudhury And Niharika Mandhana|date=30 Junho 2014|work=WSJ|accessdate=12 de junho de 2015}}</ref> Em outubro de 2015, a ISRO concordou em lançar 23 satélites estrangeiros de nove países diferentes, como [[Argélia]], [[Canadá]], [[Alemanha]], [[Indonésia]], [[Japão]], [[Singapura]] e [[Estados Unidos]].<ref>{{citar notícia|url=http://gadgets.ndtv.com/science/news/isro-to-launch-6-singapore-satellites-in-december-753689|title=ISRO to launch 6 Singapore satellites in December|work=NDTV}}</ref> |
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== Veículos de lançamento == |
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[[Ficheiro:Indian carrier rockets.svg|thumb|300px|Comparação de foguetes espaciais indianos. Da esquerda para direita: [[Satellite Launch Vehicle|SLV]], [[Augmented Satellite Launch Vehicle|ASLV]], [[Polar Satellite Launch Vehicle|PSLV]], [[Geosynchronous Satellite Launch Vehicle|GSLV]], [[GSLV Mark III]]]] |
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Durante as décadas de 1960 e 1970, a Índia iniciou seus próprios veículos de lançamento devido a considerações geopolíticas e econômicas. Nas décadas de 1960 e 1970, o país desenvolveu um [[foguete de sondagem]] e, na década de 1980, a pesquisa produziu o [[Satellite Launch Vehicle-3]] e o mais avançado [[Augmented Satellite Launch Vehicle ]](ASLV), completo com infra-estrutura de apoio operacional.[87] A ISRO aplicou ainda mais suas energias no avanço da tecnologia de veículos lançadores, resultando na realização dos bem-sucedidos veículos [[Polar Satellite Launch Vehicle|PSLV]], [[Geosynchronous Satellite Launch Vehicle|GSLV]]. |
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=== Satellite Launch Vehicle === |
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{{AP|Satellite Launch Vehicle}} |
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O [[Satellite Launch Vehicle]] (conhecido como SLV-3) foi o primeiro foguete espacial a ser desenvolvido pela Índia. O lançamento inicial em 1979 foi um fracasso seguido por um lançamento bem-sucedido em 1980, abrindo caminho para a Índia no clube de países com capacidade de [[lançamento orbital]]. O desenvolvimento de foguetes maiores foi levado adiante.<ref name="SLVFlipbook">{{cite web|url=https://www.isro.gov.in/sites/default/files/flipping_book/58-SI-Jul-Sep-05/files/assets/common/downloads/publication.pdf|title=First Successful Launch of SLV-3 - Silver Jubilee|publisher=ISRO|access-date=2021-03-15}}</ref> |
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=== Augmented Satellite Launch Vehicle === |
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{{AP|Augmented Satellite Launch Vehicle}} |
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O [[Augmented Satellite Launch Vehicle]] (ASLV) foi outro pequeno veículo lançador realizado na década de 1980 para desenvolver tecnologias necessárias para colocar satélites em órbita geoestacionária. A ISRO não tinha fundos adequados para desenvolver ASLV e PSLV de uma só vez. Como o ASLV sofreu repetidos fracassos, foi abandonado em favor de um novo projeto.<ref name="bharat-rakshak.com">{{cite web|url=http://www.bharat-rakshak.com/SPACE/space-launchers-aslv.html |title=Archived copy |access-date=2009-07-19 |url-status=dead |archive-url=https://web.archive.org/web/20090829151541/http://www.bharat-rakshak.com/SPACE/space-launchers-aslv.html |archive-date=2009-08-29 }}</ref><ref name=ITASLV>{{cite news|last=Menon|first=Amarnath|title=Setback in the sky|url=http://indiatoday.intoday.in/story/failure-of-aslv-mission-comes-a-major-blow-to-india-ambitious-space-programme/1/336942.html|access-date=18 de janeiro de 2014|newspaper=India Today|date=15 de abril de 1987}}</ref> |
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=== Polar Satellite Launch Vehicle === |
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{{AP|Polar Satellite Launch Vehicle}} |
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[[Imagem:PSLV-C11_launch2.jpg|thumb|PSLV-C11 decola carregando [[Chandrayaan-1]], primeira missão indiana à [[Lua]].]] |
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O [[Polar Satellite Launch Vehicle]] (PSLV) é o primeiro [[veículo de lançamento médio]] da Índia que permitiu ao país lançar todos os seus satélites de sensoriamento remoto em [[órbita heliossíncrona]]. O PSLV teve uma falha em seu lançamento inaugural em 1993. Além de outras duas falhas parciais, PSLV tornou-se o principal cavalo de batalha para ISRO com mais de 50 lançamentos colocando centenas de satélites indianos e estrangeiros em órbita.<ref>{{cite web|title=PSLV (1)|url=http://space.skyrocket.de/doc_lau_det/pslv_1.htm|publisher=Gunter's Space Page|access-date=21 de março de 2021}}</ref> |
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=== Geosynchronous Satellite Launch Vehicle === |
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{{AP|Geosynchronous Satellite Launch Vehicle}} |
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O [[Geosynchronous Satellite Launch Vehicle]] (GSLV) foi concebido na década de 1990 para transferir cargas úteis significativas para a órbita geoestacionária. A ISRO inicialmente teve um grande problema no desenvolvimento do GSLV, pois o desenvolvimento do [[CE-7.5]] na Índia levou uma década. Os [[Estados Unidos]] impediram a Índia de obter tecnologia criogênica da [[Rússia]], o que induziu a Índia a desenvolver seus próprios motores criogênicos.<ref name=flGSLVQuest>{{cite news| last=Subramanian| first=T S| title=The GSLV Quest| url=http://www.frontline.in/navigation/?type=static&page=flonnet&rdurl=fl1806/18060820.htm |access-date=16 de março de 2021| newspaper=Frontline| date=17-31 de março de 2001}}</ref> |
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=== GSLV Mark III === |
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{{AP|GSLV Mark III}} |
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O veículo de lançamento de satélite geossíncrono Mark III (GSLV Mk III), também conhecido como LVM3, é o foguete mais pesado em serviço operacional com a ISRO. Equipado com um motor criogênico e boosters mais potentes que o GSLV, ele tem uma capacidade de carga significativamente maior e permite que a Índia lance todos os seus satélites de comunicação.<ref>{{cite web|date=2018-11-15|url=https://www.hindustantimes.com/india-news/india-masters-rocket-science-with-isro-sucessfully-launching-gsat-29-satellite/story-m72QQBzx7fxEYLyyoMRgPI.html|title='India masters rocket science': Here's why the new ISRO launch is special|newspaper=Hindustan Times|access-date=2021-03-19}}</ref> Espera-se que o LVM3 leve a [[Gaganyaan|primeira missão tripulada da Índia ao espaço]]<ref>{{cite news|title=Gaganyaan: Isro's unmanned space mission for December 2020 likely to be delayed |url=https://wap.business-standard.com/article-amp/current-affairs/gaganyaan-isro-s-unmanned-space-mission-for-dec-2020-likely-to-be-delayed-120081600635_1.html|newspaper=Business Standard|date=2020-08-16 |access-date=2021-03-19|via=Press Trust of India}}</ref> e será o banco de testes para o motor SCE-200 que alimentará os foguetes de carga pesada da Índia no futuro.<ref name="Episode 90">{{Cite web|title = Episode 90 – An update on ISRO's activities with S Somanath and R Umamaheshwaran|url = https://astrotalkuk.org/episode-90-an-update-on-isros-activities-with-s-somanath-and-r-umamaheshwaran/|date = 2019-10-24|access-date = 2021-03-19|publisher = AstrotalkUK}}</ref> |
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{{panorama|GSLV F11 GSAT-7A campaign- Vehicle roll out 01.jpg|800px|Panorama do [[Centro Espacial Satish Dhawan]] em [[Sriharikota]], [[Andra Pradexe]], com destaque para o [[Geosynchronous Satellite Launch Vehicle]] (centro)}} |
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== Ver também == |
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{{Referências}} |
{{Referências}} |
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=== Bibliografia === |
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* {{Cite journal|last1=Bhaskarnarayana|first1=A.|last2=Bhatia|first2=B.S.|last3=Bandyopadhyay|first3=K.|last4=Jain|first4=P.K.|year=2007|title=Applications of space communication|url=https://www.jstor.org/stable/24102068|journal=Current Science|volume=93|issue=12|pages=1737–1746|location=Bangalore|publisher=Academia Indiana de Ciências|jstor=24102068}} |
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* {{Cite book|last=Burleson|first=D.|year=2005|title="India", ''Space Programmes Outside the United States: All Exploration and Research Efforts, Country by Country''|pages=136–146|location=United States of America|isbn=0-7864-1852-4}} |
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* {{Cite journal|last=Daniel|first=R.R.|year=1992|title=Space Science in India|journal=Indian Journal of History of Science|volume=27|issue=4|location=New Delhi|pages=485–499|publisher=Academia Indiana de Ciências}} |
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* {{Cite journal|last1=Gupta|first1=S.C.|last2=Suresh|first2=B.N.|last3=Sivan|first3=K.|year=2007|title=Evolution of Indian launch vehicle technologies|url=http://www.currentscience.ac.in/Downloads/article_id_093_12_1697_1714_0.pdf|pages=1697–1714|journal=Current Science|volume=93|issue=12|location=Bangalore|publisher=Academia Indiana de Ciências}} |
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* {{Cite book|last=Ojha|first=N.N.|year=|title="India in Space ", Science & Technology|publisher=Chronicle Books|pages=110–143|isbn=|location=New Delhi}} |
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* {{Cite book|last1=Mistry|first1=Dinshaw|last2=Wolpert|first2=Stanley|year=2006|title="Space Programme", Encyclopedia of India|volume=4|pages=93–95|isbn=0-684-31353-7|publisher=[[Gale (publisher)|Thomson Gale]]}} |
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* {{Cite journal|last=Narasimha|first=Roddam|year=2002|title=Satish Dhawan|url=https://www.currentscience.ac.in/Downloads/article_id_082_02_0222_0225_0.pdf|journal=Current Science|volume=82|issue=2|pages=222–225|location=Bangalore|publisher=Academia Indiana de Ciências}} |
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* {{Cite journal|last=Sen|first=Nirupa|year=2003|title=Indian success stories in use of Space tools for social development|url=|journal=Current Science|volume=84|issue=4|pages=489–90|location=Bangalore|publisher=Academia Indiana de Ciências}} |
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* {{Cite book|last1=Suri|first=R.K.|last2=Rajaram|first2=Kalpana|year=|title="Space Research", Science and Technology in India|pages=411–448|isbn=81-7930-294-6|location=New Delhi|publisher=Spectrum}} |
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* {{citation|last=Aliberti|first=Marco|title=India in Space: Between Utility and Geopolitics|url=https://books.google.com/books?id=NYtHDwAAQBAJ&pg=PA12|year=2018|publisher=Springer|bibcode=2018isbu.book.....A|isbn=978-3-319-71652-7}} |
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* {{citation|last=D. Launius|first=Roger|title=The Smithsonian History of Space Exploration: From the Ancient World to the Extraterrestrial Future|url=https://books.google.com/books?id=4j9wDwAAQBAJ&pg=PA196|year=2018|publisher=Smithsonian Institution|isbn=978-1-58834-637-7}} |
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* {{citation|last1=Narayanan|first1=Nambi|last2=Ram|first2=Arun|title=Ready To Fire: How India and I Survived the ISRO Spy Case|url=https://books.google.com/books?id=Ks1SDwAAQBAJ&pg=PT59|date= 2018|publisher=Bloomsbury Publishing|isbn=978-93-86826-27-5}} |
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* {{cite book|last1=Harvey|first1=Brian|last2=Smid|first2=Henk H. F.|last3=Pirard|first3=Theo|title=Emerging Space Powers: The New Space Programs of Asia, the Middle East and South-America|url=https://books.google.com/books?id=XD1ZaYbiWwMC&pg=PA144|year= 2011|publisher=Springer Science & Business Media|isbn=978-1-4419-0874-2|pages=144–}} |
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* {{cite book|last1=Bhargava|first1=Pushpa M.|last2=Chakrabarti|first2=Chandana|title=The Saga of Indian Science Since Independence: In a Nutshell|url=https://books.google.com/books?id=g7crHmSeI5kC&pg=PA39|year=2003|publisher=Universities Press|isbn=978-81-7371-435-1|pages=39–|access-date=15 de novembro de 2015|archive-url=https://web.archive.org/web/20160513184438/https://books.google.com/books?id=g7crHmSeI5kC&pg=PA39|archive-date=13 de maio de 2016}} |
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* {{cite book|last=Sadeh|first=Eligar|year=2013|title=Space Strategy in the 21st Century: Theory and Policy|url=https://books.google.com/books?id=u4nXqDvgGrIC&pg=PA303|date=2013|publisher=Routledge|isbn=978-1-136-22623-6|access-date=19 de fevereiro de 2021|archive-url=https://web.archive.org/web/20160306161252/https://books.google.com/books?id=u4nXqDvgGrIC&pg=PA303|archive-date=6 de março de 2016}} |
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* {{cite book|last1=Rajagopalan|last2=Prasad|first1=Rajeshwari Pillai|first2=Narayan|title=Space India 2.0: Commerce, Policy, Security and Governance Perspectives|url=https://books.google.com/books?id=iwtNDwAAQBAJ&pg=PA72|year=2017|publisher=[[Observer Research Foundation]]|isbn=978-81-86818-28-2}} |
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{{refend}} |
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== Ligações externas == |
== Ligações externas == |
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* [http://indiandefenceboard.com/threads/isro-news-and-events.1676/page-2#post-15063 Indian Defense Board - ISRO to test indigenous cryogenic engine today] |
* [http://indiandefenceboard.com/threads/isro-news-and-events.1676/page-2#post-15063 Indian Defense Board - ISRO to test indigenous cryogenic engine today] |
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{{esboço-espaço}} |
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{{Agências Espaciais}} |
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{{controle de autoridade}} |
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{{Portal3| |
{{Portal3|Astronomia|Cosmologia|Índia}} |
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[[Categoria:Programa espacial indiano]] |
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Revisão das 03h15min de 31 de janeiro de 2022
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Organização Indiana de Pesquisa Espacial (em inglês: Indian Space Research Organisation - ISRO) é a agência espacial nacional da Índia, com sede em Bangalore. Ele opera sob o Departamento de Espaço (DOS), que é supervisionado diretamente pelo primeiro-ministro indiano, enquanto o presidente da ISRO também atua como executivo do DOS. A ISRO é a principal agência na Índia para realizar tarefas relacionadas a aplicações espaciais, exploração espacial e desenvolvimento de tecnologias relacionadas.[1] É uma das seis agências espaciais governamentais no mundo que possuem capacidade total de lançamento, implantam motores criogênicos, lançam missões extraterrestres e operam grandes frotas de satélites artificiais.ref name="Cryo14">TE Narasimhan (7 de janeiro de 2014). «ISRO on cloud nine as India joins "cryo club"». Business Standard. Chennai. Consultado em 12 de março de 2021</ref>[2]
O Comitê Nacional Indiano para Pesquisa Espacial (INCOSPAR) foi estabelecido por Jawaharlal Nehru sob o Departamento de Energia Atômica (DAE) em 1962, por insistência do cientista Vikram Sarabhai, reconhecendo a necessidade da pesquisa espacial. O INCOSPAR cresceu e se tornou ISRO em 1969, dentro do DAE.[3] Em 1972, o Governo da Índia estabeleceu a Comissão Espacial e o Departamento de Espaço (DOS), trazendo a ISRO sob o domínio do DOS. O estabelecimento da ISRO institucionalizou assim as atividades de pesquisa espacial na Índia.[4][5] Desde então, tem sido administrado pelo DOS, que governa várias outras instituições na Índia no domínio da astronomia e tecnologia espacial.[6]
A ISRO construiu o primeiro satélite da Índia, Aryabhata, que foi lançado pela União Soviética em 19 de abril de 1975.[7] Em 1980, a ISRO lançou o satélite RS-1 a bordo de seu próprio SLV-3, tornando a Índia o sexto país capaz de realizar lançamentos orbitais. O SLV-3 foi seguido pelo ASLV, que foi posteriormente sucedido pelo desenvolvimento de muitos veículos de lançamento de médio porte, motores de foguete e sistemas e redes de satélites, o que permitiu que a agência lançasse centenas de satélites nacionais e estrangeiros e várias missões espaciais para exploração espacial.
A ISRO possui a maior constelação de satélites de sensoriamento remoto do mundo e opera os dois sistemas de navegação por satélite GAGAN e NAVIC. Ele enviou duas missões para a Lua (Chandrayaan-1 e Chandrayaan-2) e uma para Marte. Os objetivos no futuro próximo incluem expandir a frota de satélites, pousar um rover na Lua, enviar humanos ao espaço, desenvolvimento de um motor semi-criogênico, enviar mais missões não tripuladas à Lua, Marte, Vênus e Sol, além da implantação de mais telescópios espaciais em órbita para observar fenômenos cósmicos e do espaço sideral além do Sistema Solar. Os planos de longo prazo incluem o desenvolvimento de lançadores reutilizáveis, veículos de lançamento pesados e superpesados, implantação de uma estação espacial, envio de missões de exploração para planetas externos, como Júpiter, Urano, Netuno, e asteroides e missões tripuladas para luas e planetas. Os programas da ISRO desempenharam um papel significativo no desenvolvimento socioeconômico da Índia e apoiaram os domínios civil e militar em vários aspectos, incluindo gerenciamento de desastres, telemedicina e missões de navegação e reconhecimento. As tecnologias derivadas da ISRO também fundaram muitas inovações cruciais para as indústrias médica e de engenharia da Índia.
Histórico
Formada em 1969, a ISRO substituiu o antigo Comitê Nacional Indiano de Pesquisas Espaciais (INCOSPAR), que foi criado em 1962 pelos esforços de primeiro-ministro Jawaharlal Nehru e seu assessor próximo e cientista Vikram Sarabhai. O estabelecimento de ISRO institucionalizou as atividades espaciais no país.[9] Ele é gerenciado pelo Departamento Espacial, que se reporta ao primeiro-ministro indiano.
A ISRO construiu o primeiro satélite da Índia, o Aryabhata, que foi lançado pela União Soviética em 19 de abril em 1975. Em 1980, Rohini se tornou o primeiro satélite a ser colocado em órbita por um veículo de lançamento indiano, o SLV-3. A ISRO, posteriormente, desenvolveu dois outros foguetes: o Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV), para lançamento de satélites em órbitas polares, e o Geosynchronous Satellite Launch Vehicle (GSLV), para colocar satélites em órbitas geoestacionárias. Estes foguetes lançaram vários satélites de comunicações e de observação da Terra. Sistemas de navegação por satélite, como GAGAN e IRNSS, também foram implantados. Em janeiro de 2014, a ISRO utilizou com sucesso um motor criogênico em um lançamento do GSAT-14 em um GSLV-D5.[10][11]
A ISRO enviou um orbitador lunar, o Chandrayaan-1, em 22 de outubro de 2008, e um veículo orbital marciano, o Mars Orbiter Mission, que entrou com sucesso na órbita de Marte em 24 de setembro de 2014, evento que tornou a ISRO a quarta agência espacial no mundo, bem como a primeira agência espacial na Ásia a alcançar com sucesso a órbita marciana.[12]
Os planos futuros incluem o desenvolvimento do GSLV Mk III (para o lançamento de satélites mais pesados), o desenvolvimento de um veículo de lançamento reutilizável, voo espacial tripulado, outras missões de exploração lunar, sondas interplanetárias, etc.[13]
A ISRO realizou 75 missões espaciais, 46 missões de lançamento e 51 satélites estrangeiros foram lançados através dos veículos lançadores da agência indiana.[14] Em outubro de 2015, a ISRO concordou em lançar 23 satélites estrangeiros de nove países diferentes, como Argélia, Canadá, Alemanha, Indonésia, Japão, Singapura e Estados Unidos.[15]
Veículos de lançamento
Durante as décadas de 1960 e 1970, a Índia iniciou seus próprios veículos de lançamento devido a considerações geopolíticas e econômicas. Nas décadas de 1960 e 1970, o país desenvolveu um foguete de sondagem e, na década de 1980, a pesquisa produziu o Satellite Launch Vehicle-3 e o mais avançado Augmented Satellite Launch Vehicle (ASLV), completo com infra-estrutura de apoio operacional.[87] A ISRO aplicou ainda mais suas energias no avanço da tecnologia de veículos lançadores, resultando na realização dos bem-sucedidos veículos PSLV, GSLV.
Satellite Launch Vehicle
O Satellite Launch Vehicle (conhecido como SLV-3) foi o primeiro foguete espacial a ser desenvolvido pela Índia. O lançamento inicial em 1979 foi um fracasso seguido por um lançamento bem-sucedido em 1980, abrindo caminho para a Índia no clube de países com capacidade de lançamento orbital. O desenvolvimento de foguetes maiores foi levado adiante.[16]
Augmented Satellite Launch Vehicle
O Augmented Satellite Launch Vehicle (ASLV) foi outro pequeno veículo lançador realizado na década de 1980 para desenvolver tecnologias necessárias para colocar satélites em órbita geoestacionária. A ISRO não tinha fundos adequados para desenvolver ASLV e PSLV de uma só vez. Como o ASLV sofreu repetidos fracassos, foi abandonado em favor de um novo projeto.[17][18]
Polar Satellite Launch Vehicle
O Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV) é o primeiro veículo de lançamento médio da Índia que permitiu ao país lançar todos os seus satélites de sensoriamento remoto em órbita heliossíncrona. O PSLV teve uma falha em seu lançamento inaugural em 1993. Além de outras duas falhas parciais, PSLV tornou-se o principal cavalo de batalha para ISRO com mais de 50 lançamentos colocando centenas de satélites indianos e estrangeiros em órbita.[19]
Geosynchronous Satellite Launch Vehicle
O Geosynchronous Satellite Launch Vehicle (GSLV) foi concebido na década de 1990 para transferir cargas úteis significativas para a órbita geoestacionária. A ISRO inicialmente teve um grande problema no desenvolvimento do GSLV, pois o desenvolvimento do CE-7.5 na Índia levou uma década. Os Estados Unidos impediram a Índia de obter tecnologia criogênica da Rússia, o que induziu a Índia a desenvolver seus próprios motores criogênicos.[20]
GSLV Mark III
O veículo de lançamento de satélite geossíncrono Mark III (GSLV Mk III), também conhecido como LVM3, é o foguete mais pesado em serviço operacional com a ISRO. Equipado com um motor criogênico e boosters mais potentes que o GSLV, ele tem uma capacidade de carga significativamente maior e permite que a Índia lance todos os seus satélites de comunicação.[21] Espera-se que o LVM3 leve a primeira missão tripulada da Índia ao espaço[22] e será o banco de testes para o motor SCE-200 que alimentará os foguetes de carga pesada da Índia no futuro.[23]
Ver também
Referências
- ↑ «ISRO – Vision and Mission Statements». ISRO. Consultado em 27 de agosto de 2015. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2015
- ↑ Harvey, Smid & Pirard 2011, pp. 144–.
- ↑ «Government of India Atomic Energy Commission | Department of Atomic Energy». Consultado em 21 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 29 de agosto de 2019
- ↑ Bhargava & Chakrabarti 2003, pp. 39.
- ↑ Sadeh 2013, pp. 303-.
- ↑ «Department of Space and ISRO HQ - ISRO». Consultado em 28 de março de 2019. Cópia arquivada em 28 de março de 2019
- ↑ «Aryabhata – ISRO». www.isro.gov.in. Consultado em 15 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2018
- ↑ «Transported on a bicycle, launched from a church: The fascinating story of India's first rocket launch». India Today (em inglês). 22 de junho de 2016. Consultado em 12 de outubro de 2019
- ↑ Eligar Sadeh (11 de fevereiro de 2013). Space Strategy in the 21st Century: Theory and Policy. [S.l.]: Routledge. pp. 303–. ISBN 978-1-136-22623-6
- ↑ «GSLV-D5 - Indian cryogenic engine and stage» (PDF). Official ISRO website. Indian Space Research Organisation. Consultado em 29 de setembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 2 de setembro de 2013
- ↑ «GSLV soars to space with Indian cryogenic engine». Spaceflight Now. 5 de janeiro de 2014. Consultado em 29 de setembro de 2014
- ↑ Thomas, Arun. «Mangalyan». CNN
- ↑ «About ISRO - Future Programme». ISRO official website. Indian Space Research Organisation. Consultado em 29 de setembro de 2014
- ↑ Santanu Choudhury And Niharika Mandhana (30 Junho 2014). «India Launches Five Foreign Satellites». WSJ. Consultado em 12 de junho de 2015
- ↑ «ISRO to launch 6 Singapore satellites in December». NDTV
- ↑ «First Successful Launch of SLV-3 - Silver Jubilee» (PDF). ISRO. Consultado em 15 de março de 2021
- ↑ «Archived copy». Consultado em 19 de julho de 2009. Cópia arquivada em 29 de agosto de 2009
- ↑ Menon, Amarnath (15 de abril de 1987). «Setback in the sky». India Today. Consultado em 18 de janeiro de 2014
- ↑ «PSLV (1)». Gunter's Space Page. Consultado em 21 de março de 2021
- ↑ Subramanian, T S (17–31 de março de 2001). «The GSLV Quest». Frontline. Consultado em 16 de março de 2021
- ↑ «'India masters rocket science': Here's why the new ISRO launch is special». Hindustan Times. 15 de novembro de 2018. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «Gaganyaan: Isro's unmanned space mission for December 2020 likely to be delayed». Business Standard. 16 de agosto de 2020. Consultado em 19 de março de 2021 – via Press Trust of India
- ↑ «Episode 90 – An update on ISRO's activities with S Somanath and R Umamaheshwaran». AstrotalkUK. 24 de outubro de 2019. Consultado em 19 de março de 2021
Bibliografia
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