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Lythronax: diferenças entre revisões

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'''''Lythronax''''' (''"Rei do sangue"'', a partir de palavras gregas ''lythron'' significa "sangue" e ''anax'' que significa "rei") é um gênero extinto de [[dinossauro]] [[terópode]] [[Tyrannosauridae]] que viveu há cerca de 80,6-79.9 milhões de anos atrás no que hoje é o sul de [[Utah]]. O Lythronax foi um [[carnívoro]] [[bípede]] de grande porte, com uma estrutura moderadamente desenvolvida que poderia chegar até 8 m (26,2 pés) de comprimento e pesava 2,5 toneladas (5.500 lb). É conhecido a partir de uma amostra de um único indivíduo adulto, que consiste de um crânio quase completo, ambos os ossos púbicos, uma tíbia, perônio e metatarso II e IV a partir do membro posterior esquerdo, bem como uma variedade de outros ossos. L. Argestes é o mais antigo Tyrannosauridae conhecido, com base em sua [[Estratigrafia|posição estratigráfica]]. Sua anatomia do crânio indica que, como o [[Tiranossauro]], o Lythronax tinha ambos os olhos voltados para a frente, dando-lhe a percepção de profundidade.<ref>{{citar web|título=Denominado 'rei do sangue', novo dino é o primo mais velho do T.rex|url=http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2013/11/06/denominado-rei-do-sangue-novo-dino-e-o-primo-mais-velho-do-trex.htm|acessodata=13 de novembro de 2013}}</ref>
'''''Lythronax''''' (''"Rei do sangue"'', a partir de palavras gregas ''lythron'' significa "sangue" e ''anax'' que significa "rei") é um gênero extinto de [[dinossauro]] [[terópode]] [[Tyrannosauridae]] que viveu há cerca de 80,6-79.9 milhões de anos atrás no que hoje é o sul de [[Utah]]. O ''Lythronax'' foi um [[carnívoro]] [[bípede]] de grande porte, com uma estrutura moderadamente desenvolvida que poderia chegar até 8 m (26,2 pés) de comprimento e pesava 2,5 toneladas (5.500 lb). É conhecido a partir de uma amostra de um único indivíduo adulto, que consiste de um crânio quase completo, ambos os ossos púbicos, uma tíbia, perônio e metatarso II e IV a partir do membro posterior esquerdo, bem como uma variedade de outros ossos. '''''L. argestes''''' é o mais antigo Tyrannosauridae conhecido, com base em sua [[Estratigrafia|posição estratigráfica]]. Sua anatomia do crânio indica que, como o [[Tiranossauro]], o ''Lythronax'' tinha ambos os olhos voltados para a frente, dando-lhe a percepção de profundidade.<ref>{{citar web|título=Denominado 'rei do sangue', novo dino é o primo mais velho do T.rex|url=http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2013/11/06/denominado-rei-do-sangue-novo-dino-e-o-primo-mais-velho-do-trex.htm|acessodata=13 de novembro de 2013}}</ref>

O [[holótipo]] foi encontrado na [[Formação Wahweap]], datada do [[andar (estratigrafia)|estágio]] [[Campaniano]] do [[Cretáceo]]. Lythronax é, portanto, o membro mais antigo conhecido da família Tyrannosauridae, e acredita-se que tenha sido mais basal que o Tyrannosaurus. Devido à sua idade, Lythronax é importante para a compreensão das origens evolutivas dos tiranossaurídeos, incluindo o desenvolvimento de suas especializações anatômicas. Os olhos voltados para a frente de Lythronax lhe deram percepção de profundidade, o que pode ter sido útil durante a perseguição ou predação de emboscada.

==Descoberta e nomeação==
[[Arquivo:Nipple Butte area of Grand Staircase-Escalante National Monument.png|thumb|esquerda|upright=1.5|alt=Mapa que mostra local dos fósseis|Mapa mostrando a região de Nipple Butte (<span style="color:#FF0000">★</span>) do [[Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante]], onde o ''Lythronax'' foi encontrado na [[Formação Wahweap]]]]
Em 2009, Scott Richardson do [[Departamento do Interior dos Estados Unidos#Unidades|US Bureau of Land Management]] (BLM) estava procurando fósseis com um colega de trabalho na [[Formação Wahweap]] do [[Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante]], sul de Utah, quando encontraram uma perna e [[osso nasal]] de um dinossauro [[terópode]] na área de Nipple Butte. Richardson entrou em contato com uma equipe de [[paleontólogos]] da [[Universidade de Utah]], que estavam animados, mas inicialmente céticos, já que fósseis de terópodes não haviam sido descobertos na área antes. Eles receberam uma foto do osso nasal do qual o identificaram como pertencente a um tiranossauro, que provavelmente era uma nova espécie porque vinha de uma época sem membros conhecidos desse grupo. Os restos fósseis foram cuidadosamente escavados ao longo de um ano por uma equipe conjunta do BLM e do Museu de História Natural de Utah (UMNH). A localidade, que é terra pública, foi designada como '''UMNH VP 1501'''.<ref name="King of Gore">{{citar jornal |ultimo1=Raloff |primeiro1=J. |titulo=King of Gore |url=https://www.sciencenewsforstudents.org/article/king-gore |acessodata=5 de fevereiro de 2020 |jornal=Science News for Students |data=2013}}</ref><ref name=natgeolythronax/><ref name=lythronaxargestes/><ref name="zanno2013"/> Antes da descrição formal do dinossauro, ele era referido como o "Tiranossauro de Butte de mamilo" ou "Tiranossaurídeo Wahweap".<ref name="Ceratopsids">{{citar livro |ultimo1=DeBlieux |primeiro1=D.D. |ultimo2=Kirkland |primeiro2=J.I. |ultimo3=Gates |primeiro3=T.A. |ultimo4=Eaton |primeiro4=J.G. |ultimo5=Getty |primeiro5=M.A. |ultimo6=Sampson |primeiro6=S.D. |ultimo7=Loewen |primeiro7=M.A. |ultimo8=Hayden |primeiro8=M.C. |ano=2013 |titulo=At the Top of the Grand Staircase: The Late Cretaceous of Southern Utah |capitulo=Paleontological overview and taphonomy of the Middle Campanian Wahweap Formation in Grand Staircase–Escalante National Monument |publicado=Indiana University Press |isbn=978-0-253-00883-1 |paginas=563–577 |editor-sobrenome1=Titus |editor-nome1=A. |editor-sobrenome2=Loewen |editor-nome2=M. |local=Bloomington|idioma=en}}</ref><ref name="zanno2013"/>

O [[espécime]], '''UMNH VP 20200''' (com o prefixo denotando seu armazenamento na UMNH), é considerado o holótipo do novo [[género (biologia)|gênero]] e espécie ''Lythronax argestes'' pelo paleontólogo Mark A. Loewen e colegas em 2013. O nome genérico é derivado das palavras gregas ''lythron'' (λύθρον), que significa "sangue", e ''anax'' (ἄναξ), que significa "rei". O nome específico ''argestes'' (ἀργεστής) é um nome grego usado pelo poeta [[Homero]] para o vento do sudoeste, em referência ao local onde o espécime foi encontrado na [[América do Norte]].<ref name="loewen2013"/> Na íntegra, o nome científico pode ser traduzido como "rei gore (ou "rei de gore") do sudoeste". Loewen afirmou que o sufixo que significa "rei" no nome de ''Lythronax'' pretendia aludir ao seu parente posterior e semelhante, o ''[[Tyrannosaurus rex]]''. O prefixo que significa "sangue" foi escolhido para exemplificar "seu estilo de vida presumido como um predador com a cabeça coberta pelo sangue de um animal morto".<ref name=natgeolythronax>{{citar jornal|ultimo=Vergano |primeiro=D. |data=6 de novembro de 2013 |titulo=Newfound 'King of Gore' dinosaur ruled before ''T. rex'' |jornal=National Geographic |url=http://news.nationalgeographic.com/news/2013/11/131106-king-gore-tyrannosaurus-dinosaur |acessodata=22 de novembro de 2013}}</ref><ref name=lythronaxargestes>{{citar web |data=6 de novembro de 2013 |titulo='Gore King of the Southwest', ''Lythronax argestes'' |website=Natural History Museum of Utah |url=http://nhmu.utah.edu/gore-king-southwest-lythronax-argestes |acessodata=22 de novembro de 2013}}</ref><ref name=discoverynewsnov6>{{citar jornal |data=6 de novembro de 2013 |titulo=Toothy dino terrorized Utah before ''T. rex'' |jornal=Discovery NEWS |primeiro=J. |ultimo=Viegas |url=http://news.discovery.com/animals/dinosaurs/toothy-dino-terrorized-utah-before-t-rex-131106.html |acessodata=16 de novembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150508081249/http://news.discovery.com/animals/dinosaurs/toothy-dino-terrorized-utah-before-t-rex-131106.htm |arquivodata=8 de maio de 2015}}</ref>

[[Arquivo:Journal.pone.0079420.g001.tif|thumb|upright=1.5|alt=Reconstrução de esqueletos de tiranossauros sobreposto um sobre o outro, com ossos conhecido destacados em amarelo; fotografia de vários fósseis aparecem abaixo|Diagramas do esqueleto mostrando os restos do [[holótipo]] do ''Lythronax'' (A) e do espécime ''[[Teratophoneus]]'' (B). Adjacentes ao diagrama mostra ossos selecionados do primeiro]]
O holótipo e único espécime conhecido de ''Lythronax'' consiste em um [[crânio]] e esqueleto parcial, que inclui a [[maxila]] direita, ambas as nasais, o frontal direito, o [[osso jugal|jugal]] esquerdo, o quadrado esquerdo, o laterosfenóide direito, o [[Osso palatino|palatino]] direito, o [[Arcada dentária|dentário]] esquerdo, o esplenial esquerdo, o [[osso surangular|surangular]] esquerdo, o pré-articular esquerdo, uma costela dorsal, um [[chevron]] caudal, ambos os ossos púbicos, a tíbia e a fíbula esquerdas e o segundo e quarto metatarsos esquerdos.<ref name="loewen2013"/> No artigo que nomeou ''Lythronax'', os autores também descreveram um novo espécime do tiranossauro geologicamente mais jovem ''[[Teratophoneus]]'' (que havia sido nomeado em 2011); este gênero é conhecido da [[Formação Kaiparowits]] de Grand Staircase–Escalante, e os dois tiranossauros foram usados para investigar as origens evolutivas e geográficas da família Tyrannosauridae.<ref name="loewen2013">{{citar periódico |ultimo1=Loewen |primeiro1=M.A. |ultimo2=Irmis |primeiro2=R.B. |ultimo3=Sertich |primeiro3=J.J.W. |ultimo4=Currie |primeiro4=P.J. |ultimo5=Sampson |primeiro5=S.D. |editor-sobrenome=Evans |editor-nome=D.C |ano=2013 |titulo=Tyrant dinosaur evolution tracks the rise and fall of Late Cretaceous oceans |periódico=[[PLoS ONE]] |doi=10.1371/journal.pone.0079420 |volume=8 |número=11 |pages=e79420 |ref={{sfnRef |Loewen ''et al.''|2013}} |pmid=24223179 |pmc=3819173 |bibcode=2013PLoSO...879420L|idioma=en }}</ref><ref name="Teratophoneus">{{citar periódico |ultimo1=Carr |primeiro1=T.D. |ultimo2=Williamson |primeiro2=T.E. |ultimo3=Britt |primeiro3=B.B. |ultimo4=Stadtman |primeiro4=K. |titulo=Evidence for high taxonomic and morphologic tyrannosauroid diversity in the Late Cretaceous (Late Campanian) of the American Southwest and a new short-skulled tyrannosaurid from the Kaiparowits formation of Utah |periódico=Naturwissenschaften |data=2011 |volume=98 |número=3 |paginas=241–246 |doi=10.1007/s00114-011-0762-7 |pmid=21253683 |bibcode=2011NW.....98..241C|s2cid=13261338|idioma=en }}</ref> Com base nas conclusões do artigo, a UMNH, em seu site, se referiu a ''Lythronax'' como um "tio-avô" do ''Tyranosaurus''.<ref name=lythronaxargestes/>

Em 2017, o governo dos EUA anunciou planos para reduzir os monumentos Grand Staircase–Escalante (para pouco mais da metade de seu tamanho) e Bears Ears para permitir a mineração de carvão e outros desenvolvimentos de energia na terra; esta foi a maior redução de monumentos nacionais dos EUA na história.<ref name="NPR">{{citar jornal |ultimo1=Gonzales |primeiro1=R. |ultimo2=Siegler |primeiro2=K. |ultimo3=Dwyer |primeiro3=C. |titulo=Trump orders largest national monument reduction In U.S. history |url=https://www.npr.org/sections/thetwo-way/2017/12/04/567803476/trump-dramatically-shrinks-2-utah-national-monuments |acessodata=25 de junho de 2019 |jornal=[[NPR]] |data=4 de dezembro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190705180146/https://www.npr.org/sections/thetwo-way/2017/12/04/567803476/trump-dramatically-shrinks-2-utah-national-monuments |arquivodata=5 de julho de 2019 |urlmorta=no}}</ref><ref name="LA"/> ''Lythronax'' em si era um dos dois dinossauros do antigo monumento mencionado na proclamação presidencial, junto com ''[[Diabloceratops]]''.<ref name="Trump">{{citar web |ultimo1=Trump |primeiro1=D.J. |titulo=Presidential proclamation modifying the Grand Staircase–Escalante National Monument |url=https://trumpwhitehouse.archives.gov/presidential-actions/presidential-proclamation-modifying-grand-staircase-escalante-national-monument/ |acessodata=6 de fevereiro de 2020 |via=[[NARA|National Archives]] |website=[[whitehouse.gov]] |data=2017}}</ref> O paleontólogo americano [[Scott D. Sampson]] (um co-descritor de ''Lythronax''), que supervisionou grande parte da pesquisa inicial no monumento, expressou medo de que tal movimento pudesse ameaçar novas descobertas.<ref name="LA">{{citar jornal |ultimo1=Finnegan |primeiro1=M. |titulo=Remarkable dinosaur discoveries under threat with Trump plan to shrink national monument in Utah, scientists say |url=https://www.latimes.com/nation/la-na-pol-trump-national-monuments-20171026-htmlstory.html |acessodata=24 de junho de 2019 |jornal=[[Los Angeles Times]] |data=25 de junho de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190625024132/https://www.latimes.com/nation/la-na-pol-trump-national-monuments-20171026-htmlstory.html |arquivodata=25 de junho de 2019 |urlmorta=no}}</ref><ref name="loewen2013"/> Os meios de comunicação enfatizaram a importância das descobertas de fósseis da área - incluindo mais de 25 novos táxons - enquanto alguns destacaram ''Lythronax'' como uma das descobertas significativas.<ref name="Guardian">{{citar jornal |ultimo1=Wiles |primeiro1=T. |titulo=How Trump's cuts to public lands threaten future dinosaur discoveries |url=https://www.theguardian.com/environment/2018/jan/30/public-lands-dinosaurs-trump |acessodata=6 de fevereiro de 2020 |jornal=[[The Guardian]] |data=30 de janeiro de 2018}}</ref><ref>{{citar jornal |ultimo1=Gramling |primeiro1=C. |titulo=Science and politics collide over Bears Ears and other national monuments |url=https://www.sciencemag.org/news/2017/04/science-and-politics-collide-over-bears-ears-and-other-national-monuments |acessodata=26 de junho de 2019 |jornal=Science AAAS |data=27 de abril de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190626075700/https://www.sciencemag.org/news/2017/04/science-and-politics-collide-over-bears-ears-and-other-national-monuments |arquivodata=26 de junho de 2019 |urlmorta=no}}</ref><ref name="Smithsonian">{{citar web |ultimo1=Wei-Haas |primeiro1=M. |titulo=What shrinking fossil-rich national monuments means for science |url=https://www.smithsonianmag.com/science-nature/what-shrinking-fossil-rich-national-monuments-means-for-science-180967584/ |website=[[Smithsonian (magazine)|Smithsonian]] |acessodata=24 de junho de 2019 |data=18 de dezembro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190624144329/https://www.smithsonianmag.com/science-nature/what-shrinking-fossil-rich-national-monuments-means-for-science-180967584/ |arquivodata=24 de junho 2019 |urlmorta=no}}</ref> O governo dos EUA foi posteriormente processado por um grupo de cientistas, ambientalistas e nativos americanos; o processo está em andamento.<ref name="NPR"/><ref name="Smithsonian"/><ref name="NRDC">{{citar web |titulo=The Wilderness Society et al.v. Trump et al. (Grand Staircase–Escalante) |url=https://www.nrdc.org/court-battles/wilderness-society-et-v-trump-et-grand-staircase-escalante |website=NRDC |acessodata=19 de abril de 2020 |data=10 de abril de 2020}}</ref>

==Descrição==
[[Arquivo:Lythronax Scale.svg|thumb|esquerda|alt=Diagrama de um tiranossauro virado para a esquerda, em uma silhueta vermelha, em comparação com um humano em azul à sua esquerda |Tamanho comparado ao humano]]
No momento em que ''Lythronax'' foi anunciado, sites de notícias relataram estimativas de tamanho de cerca de 7,3 a 8 m de comprimento e cerca de 2,5 toneladas de peso, com base em comparações com o ''Tyrannosaurus'' relativo muito maior; Loewen afirmou que pode ter crescido ainda mais.<ref name="King of Gore"/><ref name=natgeolythronax/> O paleontólogo americano [[Gregory S. Paul]] deu uma estimativa mais baixa de 5 m de comprimento e um peso de apenas 500 kg em 2016.<ref name="paul2016">{{citar livro |ultimo=Paul |primeiro=G.S. |ano=2016 |titulo=The Princeton Field Guide to Dinosaurs |edição=Second |publicado=Princeton University Press |paginas=108–109, 113 |isbn=978-0-691-16766-4}}</ref> ''Lythronax'' era um tiranossaurídeo relativamente robusto. Como outros membros do grupo, ele possuía membros anteriores pequenos, com dois dedos, membros posteriores grandes e fortes, mandíbulas largas e um crânio muito robusto.<ref name="paul2016"/> Embora os membros anteriores de corpo pequeno da [[superfamília]] [[Tyrannosauroidea]] possuíssem protopenas, sua presença poderia ter variado entre as espécies ou a idade de um indivíduo.<ref name="zanno2013">{{citar livro |ultimo1=Zanno |primeiro1=L.E. |ultimo2=Loewen |primeiro2=M.A. |ultimo3=Farke |primeiro3=A.A. |ultimo4=Kim |primeiro4=G.-S. |ultimo5=Claessens |primeiro5=L.P. A.M. |ultimo6=McGarrity |primeiro6=C.T. |capitulo=Late Cretaceous theropod dinosaurs of Southern Utah |editor-sobrenome=Titus |editor-nome=A.L. |editor-sobrenome2=Loewen |editor-nome2=M.A. |ano=2013 |titulo=At the Top of the Grand Staircase: The Late Cretaceous of Southern Utah |publicado=Indiana University Press |isbn=978-0-253-00883-1 |paginas=540–525|local=Bloomington}}</ref>
[[Arquivo:Lythronax 3D reconstruction.tiff|thumb|Holótipo do crânio reconstruído a partir de escaneamentos 3D mostrados em múltiplas visualizações]]
''Lythronax'' tinha um focinho relativamente curto e um crânio largo (largura superior a 40% do comprimento), como em outros tiranossaurídeos. Os ossos nasais ao longo do topo do focinho eram muito mais largos na frente do que no meio, ao contrário de outros tiranossaurídeos. Visto de cima, as margens externas do crânio (formadas pelos ossos maxilar e jugal) eram fortemente em forma de sigmóide (ou em forma de s). Juntamente com a largura do osso frontal (um osso no topo do crânio), isso parecia ter tornado a parte traseira do crânio de ''Lythronax'' muito larga, com órbitas (oculares) voltadas quase para a frente. Essas características são conhecidas apenas em ''[[Tarbosaurus]]'' e ''Tyrannosaurus''; os tiranossaurídeos divergentes anteriores tinham órbitas menos voltadas para a frente, e as partes traseiras de seus crânios eram mais estreitas.<ref name="loewen2013"/>

''Lythronax'' também era distinto, pois as superfícies do osso frontal que contatavam os ossos pré-frontal e pós-orbital em seus lados anterior e posterior eram separadas apenas por um sulco estreito. As maxilas de ''Lythronax'' eram robustas e fortemente convexas ao longo de suas margens externas, como em todos os outros tiranossaurídeos conhecidos, mas diferiam em suas margens em forma de sigmóide. ''Lythronax'' tinha 11 alvéolos (alvéolos dentários) em cada maxila, uma característica compartilhada com nenhum tiranossauro além de ''Teratophoneus'' e ''[[Bistahieversor]]'' (outros tiranossauros tinham 12 ou mais alvéolos maxilares). Os dentes maxilares eram heterodontes (diferenciados), sendo os cinco primeiros muito maiores que os seguintes.<ref name="loewen2013"/> Alguns dos dentes da frente tinham quase 13 cm de comprimento.<ref name="King of Gore"/> Os dentes eram semelhantes a bananas em forma, robustos e serrilhados.<ref name=teeth>{{citar jornal |data=6 de novembro de 2013 |titulo=King of gore dinosaur was the 'bad grandpa' of tyrannosaurs |jornal=[[Los Angeles Times]] |primeiro=G. |ultimo=Mohan |url=http://www.latimes.com/science/sciencenow/la-sci-sn-king-of-gore-dinosaur-20131106,0,1561347.story#axzz2k5rKEHjU |acessodata=8 de novembro de 2013}}</ref> Como no ''Tyrannosaurus'', a plataforma do palato foi bem desenvolvida.<ref name="loewen2013"/>


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Revisão das 16h36min de 13 de fevereiro de 2022

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLythronax
Ocorrência: Cretáceo Superior, 800 Ma
Reconstrução do esqueleto do Lythronax (A) e Teratophoneus (B).
Reconstrução do esqueleto do Lythronax (A) e Teratophoneus (B).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Superordem: Dinosauria
Ordem: Saurischia
Subordem: Theropoda
Superfamília: Tyrannosauroidea
Família: Tyrannosauridae
Subfamília: Tyrannosaurinae
Género: Lythronax
Loewen et al., 2013
Espécie: Lythronax argestes
Nome binomial
''Lythronax argestes
Loewen et al., 2013
Distribuição geográfica

Lythronax ("Rei do sangue", a partir de palavras gregas lythron significa "sangue" e anax que significa "rei") é um gênero extinto de dinossauro terópode Tyrannosauridae que viveu há cerca de 80,6-79.9 milhões de anos atrás no que hoje é o sul de Utah. O Lythronax foi um carnívoro bípede de grande porte, com uma estrutura moderadamente desenvolvida que poderia chegar até 8 m (26,2 pés) de comprimento e pesava 2,5 toneladas (5.500 lb). É conhecido a partir de uma amostra de um único indivíduo adulto, que consiste de um crânio quase completo, ambos os ossos púbicos, uma tíbia, perônio e metatarso II e IV a partir do membro posterior esquerdo, bem como uma variedade de outros ossos. L. argestes é o mais antigo Tyrannosauridae conhecido, com base em sua posição estratigráfica. Sua anatomia do crânio indica que, como o Tiranossauro, o Lythronax tinha ambos os olhos voltados para a frente, dando-lhe a percepção de profundidade.[1]

O holótipo foi encontrado na Formação Wahweap, datada do estágio Campaniano do Cretáceo. Lythronax é, portanto, o membro mais antigo conhecido da família Tyrannosauridae, e acredita-se que tenha sido mais basal que o Tyrannosaurus. Devido à sua idade, Lythronax é importante para a compreensão das origens evolutivas dos tiranossaurídeos, incluindo o desenvolvimento de suas especializações anatômicas. Os olhos voltados para a frente de Lythronax lhe deram percepção de profundidade, o que pode ter sido útil durante a perseguição ou predação de emboscada.

Descoberta e nomeação

Mapa que mostra local dos fósseis
Mapa mostrando a região de Nipple Butte () do Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante, onde o Lythronax foi encontrado na Formação Wahweap

Em 2009, Scott Richardson do US Bureau of Land Management (BLM) estava procurando fósseis com um colega de trabalho na Formação Wahweap do Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante, sul de Utah, quando encontraram uma perna e osso nasal de um dinossauro terópode na área de Nipple Butte. Richardson entrou em contato com uma equipe de paleontólogos da Universidade de Utah, que estavam animados, mas inicialmente céticos, já que fósseis de terópodes não haviam sido descobertos na área antes. Eles receberam uma foto do osso nasal do qual o identificaram como pertencente a um tiranossauro, que provavelmente era uma nova espécie porque vinha de uma época sem membros conhecidos desse grupo. Os restos fósseis foram cuidadosamente escavados ao longo de um ano por uma equipe conjunta do BLM e do Museu de História Natural de Utah (UMNH). A localidade, que é terra pública, foi designada como UMNH VP 1501.[2][3][4][5] Antes da descrição formal do dinossauro, ele era referido como o "Tiranossauro de Butte de mamilo" ou "Tiranossaurídeo Wahweap".[6][5]

O espécime, UMNH VP 20200 (com o prefixo denotando seu armazenamento na UMNH), é considerado o holótipo do novo gênero e espécie Lythronax argestes pelo paleontólogo Mark A. Loewen e colegas em 2013. O nome genérico é derivado das palavras gregas lythron (λύθρον), que significa "sangue", e anax (ἄναξ), que significa "rei". O nome específico argestes (ἀργεστής) é um nome grego usado pelo poeta Homero para o vento do sudoeste, em referência ao local onde o espécime foi encontrado na América do Norte.[7] Na íntegra, o nome científico pode ser traduzido como "rei gore (ou "rei de gore") do sudoeste". Loewen afirmou que o sufixo que significa "rei" no nome de Lythronax pretendia aludir ao seu parente posterior e semelhante, o Tyrannosaurus rex. O prefixo que significa "sangue" foi escolhido para exemplificar "seu estilo de vida presumido como um predador com a cabeça coberta pelo sangue de um animal morto".[3][4][8]

Reconstrução de esqueletos de tiranossauros sobreposto um sobre o outro, com ossos conhecido destacados em amarelo; fotografia de vários fósseis aparecem abaixo
Diagramas do esqueleto mostrando os restos do holótipo do Lythronax (A) e do espécime Teratophoneus (B). Adjacentes ao diagrama mostra ossos selecionados do primeiro

O holótipo e único espécime conhecido de Lythronax consiste em um crânio e esqueleto parcial, que inclui a maxila direita, ambas as nasais, o frontal direito, o jugal esquerdo, o quadrado esquerdo, o laterosfenóide direito, o palatino direito, o dentário esquerdo, o esplenial esquerdo, o surangular esquerdo, o pré-articular esquerdo, uma costela dorsal, um chevron caudal, ambos os ossos púbicos, a tíbia e a fíbula esquerdas e o segundo e quarto metatarsos esquerdos.[7] No artigo que nomeou Lythronax, os autores também descreveram um novo espécime do tiranossauro geologicamente mais jovem Teratophoneus (que havia sido nomeado em 2011); este gênero é conhecido da Formação Kaiparowits de Grand Staircase–Escalante, e os dois tiranossauros foram usados para investigar as origens evolutivas e geográficas da família Tyrannosauridae.[7][9] Com base nas conclusões do artigo, a UMNH, em seu site, se referiu a Lythronax como um "tio-avô" do Tyranosaurus.[4]

Em 2017, o governo dos EUA anunciou planos para reduzir os monumentos Grand Staircase–Escalante (para pouco mais da metade de seu tamanho) e Bears Ears para permitir a mineração de carvão e outros desenvolvimentos de energia na terra; esta foi a maior redução de monumentos nacionais dos EUA na história.[10][11] Lythronax em si era um dos dois dinossauros do antigo monumento mencionado na proclamação presidencial, junto com Diabloceratops.[12] O paleontólogo americano Scott D. Sampson (um co-descritor de Lythronax), que supervisionou grande parte da pesquisa inicial no monumento, expressou medo de que tal movimento pudesse ameaçar novas descobertas.[11][7] Os meios de comunicação enfatizaram a importância das descobertas de fósseis da área - incluindo mais de 25 novos táxons - enquanto alguns destacaram Lythronax como uma das descobertas significativas.[13][14][15] O governo dos EUA foi posteriormente processado por um grupo de cientistas, ambientalistas e nativos americanos; o processo está em andamento.[10][15][16]

Descrição

Diagrama de um tiranossauro virado para a esquerda, em uma silhueta vermelha, em comparação com um humano em azul à sua esquerda
Tamanho comparado ao humano

No momento em que Lythronax foi anunciado, sites de notícias relataram estimativas de tamanho de cerca de 7,3 a 8 m de comprimento e cerca de 2,5 toneladas de peso, com base em comparações com o Tyrannosaurus relativo muito maior; Loewen afirmou que pode ter crescido ainda mais.[2][3] O paleontólogo americano Gregory S. Paul deu uma estimativa mais baixa de 5 m de comprimento e um peso de apenas 500 kg em 2016.[17] Lythronax era um tiranossaurídeo relativamente robusto. Como outros membros do grupo, ele possuía membros anteriores pequenos, com dois dedos, membros posteriores grandes e fortes, mandíbulas largas e um crânio muito robusto.[17] Embora os membros anteriores de corpo pequeno da superfamília Tyrannosauroidea possuíssem protopenas, sua presença poderia ter variado entre as espécies ou a idade de um indivíduo.[5]

Holótipo do crânio reconstruído a partir de escaneamentos 3D mostrados em múltiplas visualizações

Lythronax tinha um focinho relativamente curto e um crânio largo (largura superior a 40% do comprimento), como em outros tiranossaurídeos. Os ossos nasais ao longo do topo do focinho eram muito mais largos na frente do que no meio, ao contrário de outros tiranossaurídeos. Visto de cima, as margens externas do crânio (formadas pelos ossos maxilar e jugal) eram fortemente em forma de sigmóide (ou em forma de s). Juntamente com a largura do osso frontal (um osso no topo do crânio), isso parecia ter tornado a parte traseira do crânio de Lythronax muito larga, com órbitas (oculares) voltadas quase para a frente. Essas características são conhecidas apenas em Tarbosaurus e Tyrannosaurus; os tiranossaurídeos divergentes anteriores tinham órbitas menos voltadas para a frente, e as partes traseiras de seus crânios eram mais estreitas.[7]

Lythronax também era distinto, pois as superfícies do osso frontal que contatavam os ossos pré-frontal e pós-orbital em seus lados anterior e posterior eram separadas apenas por um sulco estreito. As maxilas de Lythronax eram robustas e fortemente convexas ao longo de suas margens externas, como em todos os outros tiranossaurídeos conhecidos, mas diferiam em suas margens em forma de sigmóide. Lythronax tinha 11 alvéolos (alvéolos dentários) em cada maxila, uma característica compartilhada com nenhum tiranossauro além de Teratophoneus e Bistahieversor (outros tiranossauros tinham 12 ou mais alvéolos maxilares). Os dentes maxilares eram heterodontes (diferenciados), sendo os cinco primeiros muito maiores que os seguintes.[7] Alguns dos dentes da frente tinham quase 13 cm de comprimento.[2] Os dentes eram semelhantes a bananas em forma, robustos e serrilhados.[18] Como no Tyrannosaurus, a plataforma do palato foi bem desenvolvida.[7]

Referências

  1. «Denominado 'rei do sangue', novo dino é o primo mais velho do T.rex». Consultado em 13 de novembro de 2013 
  2. a b c Raloff, J. (2013). «King of Gore». Science News for Students. Consultado em 5 de fevereiro de 2020 
  3. a b c Vergano, D. (6 de novembro de 2013). «Newfound 'King of Gore' dinosaur ruled before T. rex». National Geographic. Consultado em 22 de novembro de 2013 
  4. a b c «'Gore King of the Southwest', Lythronax argestes». Natural History Museum of Utah. 6 de novembro de 2013. Consultado em 22 de novembro de 2013 
  5. a b c Zanno, L.E.; Loewen, M.A.; Farke, A.A.; Kim, G.-S.; Claessens, L.P. A.M.; McGarrity, C.T. (2013). «Late Cretaceous theropod dinosaurs of Southern Utah». In: Titus, A.L.; Loewen, M.A. At the Top of the Grand Staircase: The Late Cretaceous of Southern Utah. Bloomington: Indiana University Press. pp. 540–525. ISBN 978-0-253-00883-1 
  6. DeBlieux, D.D.; Kirkland, J.I.; Gates, T.A.; Eaton, J.G.; Getty, M.A.; Sampson, S.D.; Loewen, M.A.; Hayden, M.C. (2013). «Paleontological overview and taphonomy of the Middle Campanian Wahweap Formation in Grand Staircase–Escalante National Monument». In: Titus, A.; Loewen, M. At the Top of the Grand Staircase: The Late Cretaceous of Southern Utah (em inglês). Bloomington: Indiana University Press. pp. 563–577. ISBN 978-0-253-00883-1 
  7. a b c d e f g Loewen, M.A.; Irmis, R.B.; Sertich, J.J.W.; Currie, P.J.; Sampson, S.D. (2013). Evans, D.C, ed. «Tyrant dinosaur evolution tracks the rise and fall of Late Cretaceous oceans». PLoS ONE (em inglês). 8 (11): e79420. Bibcode:2013PLoSO...879420L. PMC 3819173Acessível livremente. PMID 24223179. doi:10.1371/journal.pone.0079420 
  8. Viegas, J. (6 de novembro de 2013). «Toothy dino terrorized Utah before T. rex». Discovery NEWS. Consultado em 16 de novembro de 2013. Cópia arquivada em 8 de maio de 2015 
  9. Carr, T.D.; Williamson, T.E.; Britt, B.B.; Stadtman, K. (2011). «Evidence for high taxonomic and morphologic tyrannosauroid diversity in the Late Cretaceous (Late Campanian) of the American Southwest and a new short-skulled tyrannosaurid from the Kaiparowits formation of Utah». Naturwissenschaften (em inglês). 98 (3): 241–246. Bibcode:2011NW.....98..241C. PMID 21253683. doi:10.1007/s00114-011-0762-7 
  10. a b Gonzales, R.; Siegler, K.; Dwyer, C. (4 de dezembro de 2017). «Trump orders largest national monument reduction In U.S. history». NPR. Consultado em 25 de junho de 2019. Cópia arquivada em 5 de julho de 2019 
  11. a b Finnegan, M. (25 de junho de 2017). «Remarkable dinosaur discoveries under threat with Trump plan to shrink national monument in Utah, scientists say». Los Angeles Times. Consultado em 24 de junho de 2019. Cópia arquivada em 25 de junho de 2019 
  12. Trump, D.J. (2017). «Presidential proclamation modifying the Grand Staircase–Escalante National Monument». whitehouse.gov. Consultado em 6 de fevereiro de 2020 – via National Archives 
  13. Wiles, T. (30 de janeiro de 2018). «How Trump's cuts to public lands threaten future dinosaur discoveries». The Guardian. Consultado em 6 de fevereiro de 2020 
  14. Gramling, C. (27 de abril de 2017). «Science and politics collide over Bears Ears and other national monuments». Science AAAS. Consultado em 26 de junho de 2019. Cópia arquivada em 26 de junho de 2019 
  15. a b Wei-Haas, M. (18 de dezembro de 2017). «What shrinking fossil-rich national monuments means for science». Smithsonian. Consultado em 24 de junho de 2019. Cópia arquivada em 24 de junho 2019 
  16. «The Wilderness Society et al.v. Trump et al. (Grand Staircase–Escalante)». NRDC. 10 de abril de 2020. Consultado em 19 de abril de 2020 
  17. a b Paul, G.S. (2016). The Princeton Field Guide to Dinosaurs Second ed. [S.l.]: Princeton University Press. pp. 108–109, 113. ISBN 978-0-691-16766-4 
  18. Mohan, G. (6 de novembro de 2013). «King of gore dinosaur was the 'bad grandpa' of tyrannosaurs». Los Angeles Times. Consultado em 8 de novembro de 2013 


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