Espinossauro

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Espinossauro
Intervalo temporal: Cretáceo Superior
99–93,5 Ma
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: Theropoda
Família: Spinosauridae
Tribo: Spinosaurini
Gênero: Spinosaurus
Stromer, 1915
Espécie-tipo
Spinosaurus aegyptiacus
Stromer, 1915
Sinónimos

Espinossauro[2] (nome científico: Spinosaurus; cujo nome significa Lagarto Espinho) foi um gênero de dinossauro espinosaurrídeo que viveu durante o período Cretáceo entre 99 a 93.5 milhões de anos atrás, principalmente na região que é hoje o Norte da África. Este gênero foi conhecido a partir de vestígios egípcios descobertos em 1912 e foi descrito em 1915, esses vestígios originais foram destruídos na Segunda Guerra Mundial, mas material adicional foi encontrado no início do século XXI. O S. aegyptiacus é a espécie-tipo do gênero, embora tenhamos o S. maroccanus como uma espécie em potencial. Sobre seus sinônimos, o gênero Sigilmassasaurus já foi sinonimizado por alguns autores como um S. aegyptiacus embora outros pesquisadores proponham que seja um gênero distinto, outro possível sinônimo é o Oxalaia da Formação Alcântara no Brasil como um sinônimo não totalmente crescido de S. aegyptiacus.[1]

O Spinosaurus foi um dos maiores dinossauros terópodes que já existiram, com as últimas estimativas sugerindo que adultos poderiam medir em torno de 15 metros de comprimento[3][4][5] e ter de 6,4 a 7,5 toneladas de peso.[4][5] Possuíam grandes prolongações espinhais nas vértebras de suas costas, as maiores podendo chegar a 2 metros, o que lhe conferiu o nome de "lagarto espinho". Esses prolongamentos são recobertos por uma pele fina. Os cientistas cogitam como possíveis funções (independentes, mas não mutuamente exclusivas) dessa vela dorsal a termorregulação (armazenando o calor do sol, dando-lhe a vantagem de ser mais ágil que os outros répteis), exibição (sexual ou para intimidação de rivais) ou apenas um efeito visual durante o nado. Seus braços e sua mandíbula eram extremamente longos e serviam para pegar grandes peixes.

O Spinosaurus é conhecido por ter uma alimentação piscivora, e a maioria dos cientistas acredita que ele caçava presas tanto terrestres e tanto aquáticas. As evidências sugerem que era altamente semiaquático e vivendo tanto na terra quanto na água, como fazem os crocodilianos modernos. O Spinosaurus vivia em um ambiente úmido de planícies de maré e florestas de mangue ao lado de muitos outros dinossauros, bem como peixes, crocodilomorfos, lagartos, tartarugas, pterossauros e plesiossauros da sua região.

A aparência do Espinossauro ainda está em debate entre os cientistas, o conceito da aparência da espécie já mudou algumas vezes nos últimos anos.

Gigante Perdido[editar | editar código-fonte]

Crânio reconstruído de um Spinosaurus aegyptiacus

Os primeiros restos de Spinosaurus foram descobertos na Formação Bahariya por Richard Markgraf em 1912 e descritos pelo paleontólogo alemão Ernst Stromer em 1915, que publicou um artigo atribuindo o exemplar à espécie Spinosaurus aegyptiacus.[6][7] Embora tenham sido destruídos durante Segunda Guerra Mundial, restos fragmentários adicionais foram achados em Bahariya.

Esses fragmentos incluíam vértebras e ossos dos membros posteriores, eles foram designados por Stromer em 1934 como "Spinosaurus B" por serem diferenças suficientes para pertencerem a uma outra espécie.[8] Mas futuramente é concluído que eles fragmentos pertencem a outros gêneros da região, como um Carcharodontosaurus ou um Sigilmassasaurus.[9][10]

Uma segunda espécie foi originalmente descrita por Dale Russell em 1996 como Spinosaurus maroccanus, com base no comprimento de suas vértebras cervicais, ele afirmou que a razão entre o comprimento central (corpo da vértebra) e a altura da faceta articular posterior foi de 1,1 em S. aegyptiacus e 1,5 em S. maroccanus.[10] No entanto autores futuros duvidaram neste tópico. Alguns autores observam que o comprimento das vértebras pode variar de indivíduo para indivíduo, que o espécime de holótipo foi destruído e, portanto, não pode ser comparado diretamente com o espécime de S. maroccanus, e que não se sabe quais vértebras cervicais os espécimes de S. maroccanus representam. Sendo assim, embora alguns tenham mantido a espécie como válida sem muitos comentário[11][12][13] a maioria dos pesquisadores consideram essa especie como nome duvidoso ( nomen dubium ) [14][15][16] Ou um sinomimo não totalmente crescido da espécie tipo.[17]

Em Setembro de 2014 foi encontrado no Marrocos um fóssil de Spinosaurus bem conservado, que mostrou que ele tinha adaptações para viver bem na água.[18] Isso significa que o Spinosaurus tinha uma vida semiaquática passando a maior parte de seu tempo na água.

Tamanho[editar | editar código-fonte]

Comparação do tamanho dos grandes dinossauros terópodes relacionados com o S. aegyptiacus

Desde sua descoberta o Spinosaurus foi considerado como um dos mais longos e um dos maiores terópodes que já existiram, tanto que Friedrich von Huene e Donald F. Glut em diferentes décadas haviam listado o Spinosaurus como um dos terópodes mais massivos em suas pesquisas, pesando mais de 6 toneladas de peso e 15 metros de comprimento.[19][20] Em 1988 Gregory S. Paul listou-o também como o terópode mais longo, com tamanho estimado de 15 metros de comprimento, mas deu uma estimativa de peso inferior a 4 toneladas.[21]

Comparação de tamanho entre varios Spinosaurus com um humano

Em 2005 presumiram que o Spinosaurus tinha as mesmas proporções corporais de um Suchomimus em relação ao tamanho do crânio, e com isso estimaram seu comprimento de 16 a 18 metros e o peso em 7 a 9 toneladas.[22] Mas essas estimativas foram criticadas pelo comprimento do crânio ser incerto.[23] Já em 2007 François Therrien e Donald Henderson, usando uma estimativa de tamanho baseada no comprimento do crânio, desafiaram estimativas anteriores, considerando o comprimento pequeno demais e o peso muito grande. Suas estimativas foram de 12,6 a 18 metros de comprimento e uma massa de 12 a 20,9 toneladas.[24] Esse estudo tem sido criticado pela escolha dos terópodes usados para a comparação (a maioria dos esqueletos de terópodes usados para definir as equações iniciais eram de tiranossaurídeos e carnossauros, que têm uma constituição diferente dos espinossaurídeos) e por questões relacionadas a reconstrução de sua vela dorsal. Esse estudo pode não ter fundamento, pois os Spinosaurus não tinham nenhuma semelhanças com os dinossauros comparados.[25] A resolução depende de vestígios mais completos.

Em 2022 o modelo de Sereno et al. concluiu que Spinosaurus adultos teriam um peso de ~7,4 toneladas e 14 metros de comprimento, com a coluna axial em posição neutra.[26]

Paleobiologia[editar | editar código-fonte]

Spinosaurus na água
Reconstrução de um Spinosaurus caçando dentro da agua

Desde a descoberta em 1912, as vértebras dorsais chamaram mais atenção, pois eram diferentes das dos outros terópodes. As longas vértebras com suas espinhas neurais alongadas levaram Stromer a escolher o nome Spinosaurus, vindo do latim, significa "Lagarto Espinho", sendo que as várias vértebras alongadas eram dispostas verticalmente sobre o dorso e recobertas de pele formando uma espécie de "vela" ou "barbatana". Os dentes encontrados, 20 no total, eram lisos, cônicos e não possuíam serras como nos tiranossaurídeos ou carcarodontossaurídeos, além de serem mais finos e arredondados, algo incomum em um dinossauro predador. Os primeiros fósseis não deram uma noção precisa do formato do crânio do animal, por isso as primeiras ilustrações dele o mostravam com um crânio curto similar ao de outros terópodos e assim ele foi reconstruído por muitos anos.

Depois que novos espinossaurídeos foram encontrados e alguns fósseis adicionais do próprio Spinosaurus surgiram, nossa visão sobre seu crânio mudou. Passamos a vê-lo com um crânio alongado similar ao de um crocodilo. Até agora acreditávamos que sua estrutura corporal deveria ser similar à de outros terópodos, com a diferença do crânio alongado e vela dorsal. Sempre foi retratado com pernas longas adaptadas para caminhar em terra firme, braços longos para segurar as presas, fossem dinossauros ou peixes. Imaginávamos o Spinosaurus andando em terra firme a maior parte do tempo e de vez em quando parado à beira de um lago ou rio, ou mesmo com as pernas na água rasa, procurando peixes descuidados.

Postura[editar | editar código-fonte]

Reconstrução de um Spinosaurus com uma postura tradicional de pernas longas

Embora, atualmente, a postura do Spinosaurus seja como um bípede, inicialmente ele, como só era conhecido por material fragmentário, foi retratado em reconstruções se assemelhando a um Dimetrodon. Posteriormente ele ganhou uma pose ereta.[27] Depois ele ficou como um quadrúpede ocasional,[28] o que foi reforçado com a descoberta do Barionix, que possuia braços robustos.[29] Mais tarde, a ideia de um Spinosaurus quadrúpede ficou cada vez mais caída; entretanto, espinossaurídeos poderiam ter ficado numa posição quadrúpede por questões biológicas e fisiológicas.[30]

Reconstrução esquelética de um S. aegyptiacus em uma pose de natação, baseado em Ibrahim et al. 2014.

Todavia, em 2014, Ibrahim et al., com base em novos materiais, disseram que os membros posteriores do Spinosaurus eram muito curtos e que o centro de massa estava numa posição em que era impossível ele ficar bípede em terra, fazendo do Spinosaurus um quadrúpede obrigatório enquanto estivesse na terra.[31] No entanto, a reconstrução usada nesse artigo usou diferentes espécimes para montar 1 só (inclusive com partes restauradas sem evidências fósseis) dimensionados para o que se supôs serem as proporções corretas, resultando numa quimera, e essa junção pode dar resultados imprecisos, fazendo com que o Paleontólogo John Hutchinson expressasse ceticismo em relação a reconstrução.[32] Scott Hartman também expressou críticas por causa que o ílio reconstruído no artigo é pequeno em comparação com o comprimento corporal que foi dado, tendo que aumentar em 27% para que fique proporcional.[33] Mas Mark Witton concordou com as proporções relatadas no artigo[34] (Embora tenha se corrigido anos depois[35]).

Reconstrução de um S. aegyptiacus.

Já em 2015, na re-descrição do Sigilmassasaurus, Evers e colegas argumentaram que o mesmo era de fato um gênero distinto do Spinosaurus e com isso duvidaram se o material do Spinosaurus por Ibrahim et. al. deve ser atribuído ao gênero Spinosaurus ou Sigilmassasaurus.[36] E por fim, em 2018, o Spinosaurus, através de Donald M. Henderson, ganhou novamente uma postura bípede , uma vez que seu centro de massa foi recolocado perto dos quadris e mostrando que seus membros posteriores conseguiam sustentar o peso de seu corpo.[37] A postura bípede é sustentada pelo modelo de Sereno em 2022, sugerindo que em terra o centro de massa era posicionado sobre as patas traseiras, semelhante a outros Spinosaurus como o Suchomimus.[26]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

S. aegyptiacus com animais aquáticos de sua região

Há indícios de que os Spinosaurus se alimentavam de peixes. Esse animal possuía as tradicionais características dos outro predadores, a não ser os dentes que eram retos e não curvados e os braços um pouco maiores. Em 2004 a revista Nature anunciou a descoberta de um dente de Spinosaurus embebido numa vértebra de pterossauro, o que sugere a existência de uma relação predador-presa.

Spinosaurus era na verdade um pescador, como indicado por suas maxilares alongadas, dentes cônicos e narinas levantadas. A evidência mais direta para sua dieta vem de uma espécie relacionada, o Baryonyx, que foi encontrado com os ossos de peixes e de um jovem Iguanodon em seu estômago. Quando um dente de um Spinosaurus foi encontrado nos restos de um pterossauro, foi sugerido que o Spinosaurus seria um predador generalizado e oportunista. Assemelhando-se aos grandes ursos polares, sendo inclinado para a pesca,embora nada realmente foi provado.

Um S. aegyptiacus caçando uma Mawsonia, um dos peixes que ele conviveu

Estudos realizados pelo paleontólogo Thomas R. Holtz mostram o Spinosaurus como um super predador, extremamente bem adaptado ao seu ambiente de caça, munido de eficazes armas de caça, como seus poderosos antebraços, mais longos que os de qualquer outro predador da época, além de uma mordida fatal, garantindo que a presa não se soltasse de sua mandíbula.

Outro fato intrigante é de estarem presentes na ponta do focinho do Spinosaurus, orifícios que provavelmente eram conectados ao cérebro do animal, assim como os crocodilos de hoje, o que garante ao Spinosaurus: eficiência na caça em rios e lagos.

Os paleontologistas descobriram um fossil de Spinosaurus no Marrocos em 2014, ele mostrou que o Spinosaurus tinha adaptações para passar bastante tempo debaixo d'água e assim podia pescar os enormes peixes do cretáceo e também podia ir para a terra caçar outros dinossauros. Com essa descoberta ficou claro que o Spinosaurus alternava entre seus ambientes de caça, na água competindo com enormes crocodilianos e na terra competindo com outros enormes terópodes.

Cultura Popular[editar | editar código-fonte]

Cabeça de S.aegypticus baseado na reconstrução de Dal Sasso (2005).

O Spinosaurus foi caracterizado como o antagonista principal no filme Jurassic Park III. Mostrado como maior e mais poderoso do que um tiranossauro. Em uma cena que descreve uma batalha entre os dois predadores ressuscitados, o Spinosaurus emerge vitorioso após ter quebrado o pescoço do adversário, um tiranossauro jovem. Na realidade, tal batalha só poderia ter ocorrido mesmo na ficção, pois o Spinosaurus e o Tiranossauro viveram em lugares diferentes, separados pelo oceano Atlântico e/ou o mar do Caribe(o Tyrannosaurus viveu na América do Norte; enquanto o Spinosaurus viveu no norte da África). No entanto, convém ressaltar que os animais (T-rex e Spinosaurus) que habitavam a ilha no filme eram frutos de clonagem, e na obra de ficção não há nenhum laço de contemporaneidade entre os dinossauros reais.

Após aparecer em Jurassic Park III, o Spinosaurus foi caracterizado em uma grande variedade de mercadorias relacionadas ao filme. Também foi caracterizado no documentário de televisão Os Dinossauros perdidos do Egito, no qual era visto caminhando através dos pântanos do Egito no Cretáceo. Ele também foi mostrado no documentário Criaturas Titânicas como o maior, mais terrível e estranho dinossauro terópode. Embora muitos afirmarem que ele também aparece no filme Ice Age: Dawn of the Dinosaurs, o dinossauro que atacou a doninha Buck não é o Spinosaurus, pois o mesmo não possuía a sua grande espinha. Talvez seja um Barionix, um "primo" do Spinosaurus, parecido com um crocodilo, que não era tão grande quanto um T-rex como mostrado no filme.

Além destas aparições o Spinosaurus também aparece no documentário Dinosaur Planet da BBC.

Filogenia[editar | editar código-fonte]

Os Espinosaurideos são membros da familia Spinosauridae, mesma familia do Spinosaurus, nesse grupo temos a subfamília Spinosaurinae nomeada por Sereno em 1998 e definida por Holtz e colegas em 2004 e a subfamília Baryonychinae nomeada por Charig e Milner em 1986, essas subfamílias servem para separar todos o gêneros mais próximos do Spinosaurus dos generos mais proximos do Barionix e vise-versa, mas tambem serve como uma questão evolutiva, uma vez que o Spinosaurinaes possuem adaptações caudais melhores para o ambiente semi aquatico que Baryochinaes (como visto no Spinosaurus e Ichtyovenator[38][39]). O cladograma abaixo descreve as analises filogeneticas dos espinosaurideos descobertos de Arden e colegas em 2018:[40]

Spinosauridae

Praia das Aguncheiras taxon

Baryonychinae

Baryonyx walkeri

Suchomimus tenerensis

Spinosaurinae

Siamosaurus suteethorni

Eumeralla taxon?

Ichthyovenator laosensis

Irritator challengeri

Oxalaia quilombensis?

Spinosaurini

Gara Samani taxon

Sigilmassasaurus brevicollis

Spinosaurus aegyptiacus

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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