Benjamin Disraeli

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O Muito Honorável
O Conde de Beaconsfield
KG PC FRS
Benjamin Disraeli
Disraeli, fotografado por Cornelius Jabez Hughes em 1878
Primeiro-Ministro do Reino Unido
Período 20 de fevereiro de 1874
a 21 de abril de 1880
Monarca Vitória
Antecessor(a) William Ewart Gladstone
Sucessor(a) William Ewart Gladstone
Período 27 de fevereiro de 1868
a 1 de dezembro de 1868
Monarca Vitória
Antecessor(a) O Conde de Derby
Sucessor(a) William Ewart Gladstone
Chanceler do Tesouro
Período 6 de julho de 1866
a 29 de fevereiro de 1868
Antecessor(a) William Ewart Gladstone
Sucessor(a) George Ward Hunt
Período 26 de fevereiro de 1858
a 11 de junho de 1859
Antecessor(a) Sir George Lewis, Bt.
Sucessor(a) William Ewart Gladstone
Período 27 de fevereiro de 1852
a 17 de dezembro de 1852
Antecessor(a) Sir Charles Wood, Bt.
Sucessor(a) William Ewart Gladstone
Dados pessoais
Nome completo Benjamin Disraeli
Nascimento 21 de dezembro de 1804
Londres, Reino Unido
Morte 19 de abril de 1881 (76 anos)
Londres, Reino Unido
Progenitores Mãe: Maria Basevi
Pai: Isaac D'Israeli
Esposa Mary Anne Evans (1839–1872)
Partido Conservador
Religião Judaísmo (1804–1816)
Anglicanismo (1816–1881)
Assinatura Assinatura de Benjamin Disraeli

Benjamin Disraeli, 1.º Conde de Beaconsfield KG, PC, FRS (Londres, 21 de dezembro de 1804 – Londres 19 de abril de 1881) foi um político Conservador britânico, escritor, aristocrata e Primeiro-Ministro do Reino Unido em duas ocasiões. Ele teve papel central na criação do Partido Conservador moderno, definindo suas políticas e ampla divulgação. Disraeli é mais lembrado por sua influência em assuntos internacionais, suas batalhas políticas com William Ewart Gladstone, líder do Partido Liberal, e seu conservadorismo. Ele fez com que seu partido ficasse mais identificado com a glória e poder do Império Britânico.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Disraeli nasceu em Londres. Seu pai deixou o judaísmo depois de uma disputa com a sinagoga e o jovem Disraeli converteu-se ao anglicanismo com 12 anos. Depois de várias tentativas mal-sucedidas, ele entrou na Câmara dos Comuns em 1837. Quando os Conservadores chegaram ao poder em 1841, o primeiro-ministro Sir Robert Peel não deu a Disraeli um cargo. Peel brigou com o partido em 1846 sobre sua proposta para repelir as Leis dos Grãos, que colocava um imposto nos grãos importados. Disraeli atacou Peel pesadamente nos comuns. Os Conservadores que brigaram com Peel eram importantes no parlamento e Disraeli tornou-se uma figura importante no partido, apesar de muitos não serem a favor dele. Quando Edward Smith-Stanley, 14.º Conde de Derby e líder do partido, formou três governos nas décadas de 1850 e 1860, Disraeli serviu como Chanceler do Tesouro e Líder da Câmara dos Comuns. Ele também criou uma rivalidade com William Ewart Gladstone, líder do Partido Liberal.

Depois de Derby se aposentar em 1868 por motivos de saúde, Disraeli brevemente foi primeiro-ministro antes de perder as eleições daquele ano. Ele voltou para a oposição antes de levar o partido a uma grande vitória nas eleições de 1874. Manteve uma relação próxima com a rainha Vitória, que lhe criou em 1876 o título de Conde de Beaconsfield. Seu segundo mandato foi dominado pela Questão Oriental – o lento declínio do Império Otomano e o desejo de certos países, como a Rússia, de ganhar as custas. Disraeli negociou a compra britânica de parte da Companhia do Canal de Suez. Com vitórias russas sobre os otomanos em 1878, ele trabalhou no Congresso de Berlim para manter a paz nos Balcãs e criar termos favoráveis ao Reino Unido enfraquecendo a Rússia. Sua vitória diplomática o estabeleceu como um dos maiores estadistas da Europa.

Eventos mundiais conspiraram contra os conservadores. Guerras no Afeganistão e na África do Sul minaram seu apoio público. Ele enfureceu fazendeiros britânicos ao reinstituir a Lei dos Grãos em respostas às colheitas ruins e os grãos americanos baratos. Com Gladstone realizando uma grande campanha de discursos, com seus liberais ganhando dos conservadores de Disraeli na eleição de 1880. Ele liderou os conservadores em sua oposição durante seus últimos anos. Ele escreveu romances durante toda sua carreira começando em 1826, com seu último, Endymion, sendo publicado pouco antes de sua morte.

Romances[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • The Revolutionary Epick (1834)

Drama[editar | editar código-fonte]

  • The Tragedy of Count Alarcos (1839)

Não-ficção[editar | editar código-fonte]

  • An Inquiry into the Plans, Progress, and Policy of the American Mining Companies (1825)
  • Lawyers and Legislators: or, Notes, on the American Mining Companies (1825)
  • The present state of Mexico (1825)
  • England and France, or a Cure for the Ministerial Gallomania (1832)
  • What Is He? (1833)
  • The Vindication of the English Constitution (1835)
  • The Letters of Runnymede (1836)
  • Lord George Bentinck (1852)

Obras (Versões Gutenberg)[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Principal[editar | editar código-fonte]

Adicional[editar | editar código-fonte]

  • Anonymous (1873). Cartoon Portraits and Biographical Sketches of Men of the Day. Illustrated by Frederick Waddy. London: Tinsley Brothers. pp. 38–45. Consultado em 13 de Setembro de 2013 
  • Bright, J. Franck. A History Of England. Period 4: Growth Of Democracy: Victoria 1837-1880 (1893)online 608pp; narrativa política detalhada
  • Carter, Nick (Junho de 1997). «Hudson, Malmesbury and Cavour: British Diplomacy and the Italian Question, February 1858 to June 1859». The Historical Journal. 40 (2): 389–413. doi:10.1017/S0018246X97007218 
  • Cline, C L (Outubro de 1943). «Disraeli and Thackeray». The Review of English Studies. 19 (76): 404–408. doi:10.1093/res/os-XIX.76.404 
  • Endelman, Todd M (Maio de 1985). «Disraeli's Jewishness Reconsidered». Modern Judaism. 5 (2): 109–123. doi:10.1093/mj/5.2.109 
  • Ghosh, P R (Abril de 1984). «Disraelian Conservatism: A Financial Approach». The English Historical Review. 99 (391): 268–296. doi:10.1093/ehr/XCIX.CCCXCI.268 
  • Hurd, Douglas; Young, Edward (2013). Disraeli or The Two Lives. London: Weidenfeld & Nicholson 
  • Ković, Miloš (2011). Disraeli and the Eastern Question. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-957460-5 
  • Mahajan, Sneh (2002). British Foreign Policy, 1874–1914. [S.l.]: Routledge. ISBN 0-415-26010-8 
  • Martin, Arthur Patchett (1889). «Lord Beaconsfield and Young Australia». Australia and the Empire (em English) 1 ed. Edinburgh: David Douglas. pp. 63–75 
  • Matthew, H. C. G. (Setembro de 1979). «Disraeli, Gladstone, and the Politics of Mid-Victorian Budgets». The Historical Journal. 22 (3): 615–643. JSTOR 2638657. doi:10.1017/S0018246X00017015 
  • Monypenny, William Flavelle and George Earle Buckle, The Life of Benjamin Disraeli, Earl of Beaconsfield (2 vol. London: John Murray, 1929), clássico famoso; inclui os volumes de 1 a 4 e 5 a 6 da edição original Life of Benjamin Disraeli volume 1 1804-1837, Volume 2 1837-1846, Volume 3 1846-1855, Volume 4 1855-1868, Volume 5 1868-1876, Volume 6 1876-1881. Volumes 1 a 6 estão disponíveis em Google Books: vol 1; vol 2; vol 3; vol 4; vol 5; e vol 6
  • Morley, John (1922). The Life of William Ewart Gladstone, Volume 2. London: Macmillan 
  • O'Kell, Robert P. (2014). Disraeli: The Romance of Politics. [S.l.: s.n.]  looks at close links between his fiction and his politics.
  • Parry, J. P. (Setembro de 2000). «Disraeli and England». The Historical Journal. 43 (3): 699–728. doi:10.1017/S0018246X99001326 
  • Seton-Watson, R. W. (1972). Disraeli, Gladstone, and the Eastern Question. New York: W. W. Norton & Company 
  • Shannon, Richard. The crisis of imperialism, 1865-1915 (1976), pp 101–41.
  • Vincent, John (ed.) (1978). Disraeli, Derby and the Conservative Party: Journals and memoirs of Edward Henry, Lord Stanley 1849-1869. [S.l.]: Hassocks, Sussex 
  • Winter, James (Janeiro de 1966). «The Cave of Adullam and Parliamentary Reform». The English Historical Review. 81 (318): 38–55. doi:10.1093/ehr/LXXXI.CCCXVIII.38 

Historiografia[editar | editar código-fonte]

  • St. John, Ian. The Historiography of Gladstone and Disraeli (Anthem Press, 2016) 402 pp excerto

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Benjamin Disraeli