Filipe Barros

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Filipe Barros
Filipe Barros
Deputado federal pelo Paraná
Período 1º de fevereiro de 2019
até atualidade
Legislatura 56.ª, 57.ª
Vereador de Londrina
Período 1º de janeiro de 2017
até 31 de janeiro de 2019
Dados pessoais
Nome completo Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro
Nascimento 29 de maio de 1991 (32 anos)
Londrina, PR
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Estadual de Londrina
Prêmio(s)
Partido PSDB (2012-2015)
Solidariedade (2015-2016)
PRB (2016-2018)
PSL (2018-2022)
UNIÃO (2022)
PL (2022-presente)
Religião Evangélico Presbiteriano
Profissão advogado
Website https://www.filipebarros.com.br/

Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro (Londrina, 29 de maio de 1991) é um advogado e político brasileiro filiado ao Partido Liberal (PL).[2] É ligado ao movimento Direita Paraná e exerce o mandato de Deputado federal pelo Paraná. Até janeiro de 2019 exerceu o mandato de vereador na Câmara Municipal de Londrina, sendo indiciado criminalmente por injúria racial, discriminação religiosa e por calúnia e difamação.[3][4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Graduou-se em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2014, e no ano de 2012 foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da UEL.[5] Em Londrina, ganhou notoriedade como ativista pró-vida e pró-família, participando de diversas ações contra o aborto e a ideologia de gênero.[6] Também integrou o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo do qual se separou em 2018 para filiar-se ao Partido Social Liberal (PSL).[7][8]

Disputou sua primeira eleição em 2016, e foi eleito vereador em Londrina pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) com mais de 4 mil votos.[9]. Ingressou no PSL no ano de 2018 para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito com 75.326 votos.[10]

Atividade Legislativa[editar | editar código-fonte]

Integrou o governo de transição Temer-Bolsonaro, contribuindo na criação e estruturação do atual Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.[11] Foi presidente nacional da juventude do PSL, partido pelo qual também assumiu a função de primeiro vice-líder na Câmara dos Deputados; Foi membro do ParlaSul (Parlamento do Mercosul).[12]

Em julho de 2019 foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro como conselheiro e único representante do Poder Legislativo na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP),[13] órgão vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Atualmente é coordenador no Paraná da criação do Aliança pelo Brasil, novo partido do presidente Bolsonaro;[carece de fontes?]

Mesmo crítico ao fundo partidário, conforme apurou a jornalista Camila Mattoso do jornal paulista Folha de S.Paulo, Barros usou a quantia de 6.750 reais para confeccionar 500 camisetas em seu apoio.[14][15] Barros, também apoiou o presidente Jair Bolsonaro na tentativa de fundar o partido Aliança pelo Brasil colhendo assinaturas no Paraná.[14]

Desempenho eleitoral[editar | editar código-fonte]

Desempenho eleitoral de Filipe Barros
Ano Eleição Partido Cargo Votos %s Resultado Ref.
2016 Municipal de Londrina PRB Vereador 4.227 1,65% Eleito [16]
2018 Estadual do Paraná PSL Deputado Federal 75.326 1,31% Eleito [10]
2022 Estadual do Paraná PL 249.507 4,07% Eleito [17]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Suposta compra de votos[editar | editar código-fonte]

Em outubro de 2016, o Ministério Público Eleitoral (MPE) de Londrina instaurou investigação contra Filipe Barros por suposta compra de votos durante as eleições que teria ocorrido em um evento denominado "Quarta-reaça" em que supostamente haveria oferecimento e entrega de alimentos aos eleitores em troca de votos. No entanto, o processo, que foi investigado da 41ª Zona Eleitoral, foi arquivado em dezembro de 2016.[3]

Intolerância religiosa[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2016, o futuro vereador foi alvo de ação por intolerância religiosa pelo Ministério Público (MP) por ter postado um vídeo nas redes sociais em que chama de “macumba” uma apresentação da Semana da Pátria feita para estudantes da rede municipal cuja narrativa apresentava uma história ligada às religiões de matriz africanas. [18] À época, Filipe Barros afirmou que se baseava no artigo 12 do pacto de San José da Costa Rica para afirmar que educação religiosa pertence aos pais e não ao Estado.[3]

Denúncia por descumprimento de medidas sanitárias[editar | editar código-fonte]

Em 15 de março de 2020, Filipe Barros liderou manifestações a favor do governo Bolsonaro em Londrina em meio a pandemia da COVID-19, sendo por isso denunciado ao descumprir medidas sanitárias preventivas, a Procuradoria Geral da República (PGR) , entretanto, decidiu arquivar o caso. A promotora Susana Lacerda, autora da denúncia, foi ofendida pelo deputado federal, que a chamou de desequilibrada em suas redes sociais e lhe atribuiu o 'aumento exponencial dos moradores de rua, ideologia de gênero nas escolas e desemprego em massa'. Por esses comentários, a Justiça do Paraná mandou o deputado federal excluir de suas redes sociais tais publicações consideradas ofensivas. Após a decisão, o parlamentar classificou a decisão como uma tentativa de censura e que a promotora ignora a imunidade parlamentar para expressar opiniões e revela absoluta intolerância à liberdade de expressão.[19]

Informações falsas e ataques ao Supremo Tribunal Federal[editar | editar código-fonte]

Segundo o levantamento do Aos Fatos de maio de 2020, Filipe Barros e um grupo de sete deputados investigados no Inquérito das fake news publicaram em média duas postagens por dia em rede social em um período de três meses, com desinformação ou mencionando o Supremo Tribunal Federal (STF) de forma crítica.[20]

Impunidade a políticos acusados de assassinato[editar | editar código-fonte]

Em 10 de abril de 2024, Filipe Barros foi um dos deputados federais que votou no plenário da Câmara dos Deputados em favor da soltura do deputado Chiquinho Brazão que é acusado pela Polícia Federal de ser mandante do assassinato da ex-vereadora carioca Marielle Franco e, também, de possuir vínculos com organizações criminosas milicianas do Rio de Janeiro.[21]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Nº 197, quarta-feira, 14 de outubro de 2020». Imprensa Nacional. 14 de outubro de 2020. p. 9. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  2. TEMPO, O. (14 de março de 2022). «Netinho e Maurício Souza irão se filiar ao PL e integrar grupo leal a Bolsonaro». Politica. Consultado em 14 de março de 2022 
  3. a b c Silva, Auber. «Londrina: vereador eleito é denunciado criminalmente por incitar discriminação religiosa». Bonde. O seu portal. Grupo Folha de Londrina. Consultado em 30 de novembro de 2019 
  4. «Deputados com processos criminais: a lista do Paraná». G1. 28 de fevereiro de 2019. Consultado em 30 de novembro de 2019 
  5. Frey, João (10 de agosto de 2019). «Perfil: quem é Filipe Barros, deputado federal bolsonarista». Gazeta do Povo. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  6. Lima, Jônatas (20 de dezembro de 2018). «Quem é Filipe Barros, o homem de Bolsonaro no Paraná e contra a ideologia de gênero». Gazeta do Povo. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  7. «Conheça Filipe Barros, vereador do MBL em Londrina». Movimento Brasil Livre. 12 de janeiro de 2017. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  8. Galindo, Rogério (5 de agosto de 2019). «Quem é Filipe Barros, que "investigará" a ditadura». Jornal Plural. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  9. «Vereador Filipe Barros muda de partido e diz que avalia candidatura para deputado federal nas próximas eleições». CBN. 17 de outubro de 2018 
  10. a b «Confira quem são os 30 deputados federais eleitos pelo Paraná». G1. 7 de outubro de 2018. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  11. Marconi, Guilherme (13 de dezembro de 2018). «Filipe Barros é nomeado para equipe de transição do governo Bolsonaro». Folha de Londrina. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  12. Limas, Jônatas (30 de abril de 2019). «Deputado londrinense, Filipe Barros (PSL-PR) toma posse como membro do Parlamento do Mercosul». Jornal União. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  13. «Londrinense é nomeado por Bolsonaro para Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos». Folha de Londrina. 1 de agosto de 2019. Consultado em 20 de maio de 2020 
  14. a b Matoso, Camila (3 de fevereiro de 2020). «Hoje crítico do fundo partidário, deputado usou verba para bancar camisetas com seu nome». Folha de S. Paulo. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  15. «Crítico do fundo partidário, deputado do PSL usou dinheiro público para bancar camisetas com seu nome». Brasil 247. 3 de fevereiro de 2020. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  16. «Veja os 19 vereadores eleitos em Londrina». G1. 2 de outubro de 2016. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  17. «Paraná: Filipe Barros (PL) é eleito deputado federal». UOL. Consultado em 13 de outubro de 2022 
  18. Carraro, Bruno (26 de abril de 2018). «Novo pedido de cassação contra vereador Filipe Barros é protocolado na Câmara». CBN Londrina. Consultado em 22 de novembro de 2018 
  19. «Deputado Filipe Barros é obrigado a apagar mensagem contra promotora». Gazeta do Povo. 2 de maio de 2020. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  20. «Deputados investigados por 'fake news' publicam dois tweets críticos ao STF por dia em três meses». Aos Fatos. 28 de maio de 2020. Consultado em 19 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 17 de fevereiro de 2021 
  21. «Prisão de Brazão é mantida pela Câmara por 277 a 129 votos; veja como cada deputado votou». Folha de São Paulo. Consultado em 10 de abril de 2024