Henrique II do Sacro Império Romano-Germânico
Santo Henrique, Obl.S.B. | |
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Henrique II e a esposa Santa Cunegunda | |
Imperador do Sacro Império Romano Germânico; Confessor | |
Nascimento | 6 de maio de 973 Baviera |
Morte | 13 de julho de 1024 (51 anos) Castelo de Grona |
Veneração por | Igreja Católica |
Canonização | Julho de 1147 por Papa Clemente II |
Principal templo | Catedral de Bamberg, Bamberg |
Festa litúrgica | 13 de julho |
Atribuições | Coroa; espada |
Padroeiro | Oblatos beneditinos; Basileia, na Suíça |
Portal dos Santos |
Henrique II | |
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Sacro Imperador Romano-Germânico | |
Berengário, retratado como rei em manuscrito do século XII | |
Nascimento | 6 de maio de 973 |
Morte | 13 de julho de 1024 (51 anos) |
Henrique II (em latim: Henricus II; Alemanha, 973 - Bamberg, 13 de julho de 1024), foi duque da Baviera e mais tarde imperador do Sacro Império Romano Germânico. Foi coroado rei dos alemães em 1002 e rei da Itália em 1004. Foi o único rei alemão canonizado pela Igreja Católica.
Biografia
Era filho de Henrique II da Baviera. Como seu pai rebelou-se contra dois imperadores, passou parte da vida no exílio, tendo encontrado refúgio junto ao Bispo de Frisinga e sido educado na escola da Catedral de Hildesheim, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã[1].
Estava a caminho de Roma para ajudar seu primo, o imperador Otão III quando soube da morte dele a janeiro de 1002. Prevendo que haveria oposição a sua posse, rapidamente tomou as insígnias imperiais. Com a ajuda do arcebispo de Mogúncia, assegurou sua eleição e coroação em 7 de Junho desse mesmo ano de 1002, mas ainda sem a reconhecimento universal.
Teve que organizar batalhas contra Boleslau I, da Reino da Polónia, e Arduíno de Ivrea, que havia sido coroado rei da Itália. Foi coroado rei da Itália em 15 de maio de 1004, em Pávia, pelo arcebispo de Milão, com a famosa coroa de ferro.
Como duque da Baviera, foi coroado imperador do Sacro Império Romano Germânico em 1014 pelo papa Bento VIII.
Ao lado da sua esposa, Santa Cunegunda, princesa de Luxemburgo, enquanto santo, Henrique inspirou sua vida num alto modelo de religiosidade e integridade de costumes. Reinou solícito ao bem-estar de seu povo, preocupando-se sempre em promover-lhe a elevação humana e cristã.
Suas contribuições mais importantes, como imperador, são relacionadas a consolidação das relações entre o estado e a igreja. Apoiou os bispos contra clérigos monásticos e ajudou-os a estabelecer seus poderes temporais sobre os territórios que governavam, ajudando-os a manter a ordem contra nobres rebeldes e familiares ambiciosos. Foi grande apoiador do celibato e fundou a diocese de Bamberga.
Por sua insistência, o papa Bento VIII prescreveu o uso do credo niceno-constantinopolitano aos domingos na missa em 1014. Tentava organizar, junto com o papa, um concílio para clarificar as relações político-eclesiais quando morreu inesperadamente.
Faleceu em Bamberga, na Alemanha, aos 13 de junho de 1024. Segundo se conta, ele e sua esposa fizeram votos de castidade e por isto não deixaram filhos.
Veneração
Henrique foi canonizado em julho de 1147 pelo papa Clemente II e sua esposa, Cunigundes, no ano de 1200 pelo papa Inocêncio III. Suas relíquias foram carregadas em campanhas contra exércitos heréticos em 1160. Sua tumba está na catedral de Bamberg.