Jorge Gerdau

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Jorge Gerdau
Jorge Gerdau
Jorge Gerdau em 2006.
Nome completo Jorge Gerdau Balbi Johannpeter
Nascimento 8 de dezembro de 1936 (87 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Fortuna Aumento 2 bilhões de reais (2013)
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Ocupação presidente da Gerdau
Profissão empresário
Prêmios

Jorge Gerdau Balbi Johannpeter ComMMComRB (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1936) é um empresário brasileiro,[3][4] atual presidente do conselho de administração da Gerdau.[carece de fontes?] Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes de 2009.[5] Em 2014, ficou em 1º lugar dentre os 100 líderes de melhor reputação no Brasil, segunda a Revista Exame.[6] Foi suplente do conselho deliberativo do time de futebol Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense com mandato de 2013 a 2019.[7]

Com forte atuação na busca pela eficiência e qualidade da gestão nos setores público e privado, Jorge foi fundador do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade e do Movimento Brasil Competitivo. É membro da Academia Internacional da Qualidade, da Academia Brasileira da Qualidade e integra o Conselho da Fundação Nacional da Qualidade.

Nas áreas de educação e cultura, foi fundador e presidiu por 10 anos o Conselho de Governança do movimento Todos pela Educação e o Conselho da Fundação Iberê Camargo, é vice-presidente do Conselho da Fundação Bienal do Mercosul e integrante do Conselho da Parceiros Voluntários.

Segundo pesquisa da consultoria europeia Merco, Jorge Gerdau foi eleito o líder de melhor reputação do Brasil em 2014. Atua também como membro do Conselho do Instituto Aço Brasil, do qual foi presidente durante duas gestões. Faz parte do Conselho Superior Estratégico da Fiesp e do Conselho Consultivo do escritório do David Rockefeller Center for Latin American Studies no Brasil, mantido pela Universidade de Harvard.

Em 1994, Johannpeter foi condecorado pelo presidente Itamar Franco com a Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1] Da mesma forma, foi admitido por Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 à Ordem de Rio Branco no mesmo grau.[2]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

É o terceiro filho de Curt Johannpeter e de sua esposa, Helda Gerdau, a filha mais velha de Hugo Gerdau. É bisneto de João Gerdau, o fundador da empresa. A família alemã era radicada no Rio Grande do Sul, onde ele cresceu e estudou. Jorge tem três irmãos: Germano, Klaus e Frederico.

Jorge Johannpeter é casado em terceiras núpcias com Maria Elena Pereira Johannpeter. Ele tem cinco filhos: Carlos, André, Beatriz, Marta e Karina Johannpeter.

Ligação com a Brasil Paralelo e atuação na CPI da Covid[editar | editar código-fonte]

Segundo uma apuração da revista Piauí, Gerdau é sócio e conselheiro da Brasil Paralelo, uma produtora de vídeos ligada ao Bolsonarismo e ao negacionismo da pandemia do Covid-19. O empresário Jorge Gerdau foi quem aconselhou os fundadores da Brasil Paralelo sobre como reagir à CPI da Covid, que investiga a gestão da pandemia pelo governo federal[8]

Investigação pela Lava Jato[editar | editar código-fonte]

Numa das etapas da Operação Zelotes, fase da Lava Jato que investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país, a Polícia Federal cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a empresa Gerdau. [1] A PF constatou que, mesmo após a deflagração da operação, o Grupo Gerdau continuou praticando os crimes de advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa e lavagem de dinheiro. O esquema se dava pela contratação de escritórios de advocacia e de consultoria, responsáveis por intermediar a negociação do suborno aos conselheiros.[2]

Proximidade com o Governo Dilma[editar | editar código-fonte]

Na condição de presidente do conselho de administração da empresa, Jorge Gerdau nunca escondeu a proximidade com a presidente Dilma. Ambos se conheceram nos anos 80, mas foi entre 2003 e 2010 que estreitaram laços. Gerdau e Dillma se reuníam vezes a portas fechadas durante o governo petista. A presidente recorria ao empresário para pedir conselhos não só na formulação de políticas industriais, mas também em outras áreas.[3]

O caminho até a presidência[editar | editar código-fonte]

Com quatorze anos, durante as férias escolares, operou na fábrica da família as máquinas de produção de pregos, convivendo com os operários. À tarde, trabalhava no escritório, aprendendo a tirar notas fiscais; à noite, estudava contabilidade. Em 1957, cursou como aluno o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre, estabelecimento de ensino do exército brasileiro. Ao final deste mesmo ano foi declarado Aspirante à Oficial da Reserva da Arma de Cavalaria. No ano de 1961, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Na década de 1960, quando auxiliava o pai na condução dos negócios, percebeu que era o momento de expandir e comprou a Fábrica de Arames São Judas, em São Paulo. A próxima compra seria a Siderúrgica Açonorte, em Pernambuco. Em 1972, adquiriu a Companhia Siderúrgica da Guanabara. A partir daquele momento, o Grupo Gerdau entendeu que era preciso sair do Rio Grande do Sul e, mais tarde, ultrapassar as fronteiras do país, a fim de não perder a competitividade.

Desde 1973, faz parte do conselho de administração. Em 1983, tornou-se o diretor-presidente da Gerdau, justamente no momento em que o grupo se tornou um dos grandes conglomerados siderúrgicos do mundo. Ocupou tal cargo até 2006.

Outras funções[editar | editar código-fonte]

  • Presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC)
  • Líder do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP)
  • Presidente do Conselho do Prêmio Qualidade do Governo Federal
  • Membro do Conselho da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade
  • Membro do Conselho-Diretor do International Iron and Steel Institute (IISI)
  • Conselheiro do Instituto do Aço Brasil
  • Presidente do Conselho de Administração de Açominas
  • Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Federal
  • Membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI)
  • Membro do Conselho de Governança do Instituto Millenium
  • Membro do Conselho de Administração da Pólo RS - Agência de Desenvolvimento
  • Presidente do Conselho Consultivo da Junior Achievement Brasil

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 29 de julho de 1994.
  2. a b BRASIL, Decreto de 12 de abril de 2006.
  3. «Jorge Gerdau Johannpeter - Tópico G1». G1. 26 de julho de 2011. Consultado em 26 de julho de 2011 
  4. «Brasil já enfrenta desindustrialização, diz Gerdau». G1. 26 de julho de 2011. Consultado em 26 de julho de 2011 
  5. «Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009». revistaepoca.globo.com. Consultado em 20 de dezembro de 2009 
  6. «Os 100 líderes de melhor reputação no Brasil em 2014». EXAME.com. Consultado em 23 de maio de 2015 
  7. «Conselho deliberativo». Sítio do Grêmio. Consultado em 23 de maio de 2015. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2009 
  8. «[esquina] Distanciamento social». revista piauí. Consultado em 4 de dezembro de 2021