Neville Chamberlain
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Maio de 2012) |
O Muito Honorável Neville Chamberlain FRS | |
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Neville chamberlain1921.jpg | |
Primeiro-Ministro do Reino Unido | |
Período | 28 de maio de 1937 a 10 de maio de 1940 |
Monarca | Jorge VI |
Antecessor(a) | Stanley Baldwin |
Sucessor(a) | Winston Churchill |
Chanceler do Tesouro | |
Período | 5 de novembro de 1931 a 28 de maio de 1937 |
Monarcas | Jorge V (1931–1936) Eduardo VIII (1936) Jorge VI (1936–1937) |
Antecessor(a) | Philip Snowden |
Sucessor(a) | Sir John Simon |
Período | 27 de agosto de 1923 a 22 de janeiro de 1924 |
Monarca | Jorge V |
Antecessor(a) | Stanley Baldwin |
Sucessor(a) | Philip Snowden |
Ministro da Saúde | |
Período | 25 de agosto de 1931 a 5 de novembro de 1931 |
Monarca | Jorge V |
Antecessor(a) | Arthur Greenwood |
Sucessor(a) | Hilton Young |
Período | 6 de novembro de 1924 a 4 de junho de 1929 |
Monarca | Jorge V |
Antecessor(a) | John Wheatley |
Sucessor(a) | Arthur Greenwood |
Período | 7 de março de 1923 a 27 de agosto de 1923 |
Monarca | Jorge V |
Antecessor(a) | Sir Arthur Griffith-Boscawen |
Sucessor(a) | William Joynson-Hicks, |
Dados pessoais | |
Nome completo | Arthur Neville Chamberlain |
Nascimento | 18 de março de 1869 Birmingham, Warwickshire, Reino Unido |
Morte | 9 de novembro de 1940 (71 anos) Heckfield, Hampshire, Reino Unido |
Progenitores | Mãe: Florence Kenrick Pai: Joseph Chamberlain |
Alma mater | Mason Science College |
Esposa | Anne de Vere Cole (1911–1940) |
Partido | Conservador |
Religião | Unitarismo |
Profissão | Empresário |
Assinatura |
Arthur Neville Chamberlain FRS[1] (Birmingham, 18 de Março de 1869 – Heckfield, 9 de Novembro de 1940) foi um político britânico do Partido Conservador, Primeiro-Ministro do Reino Unido entre Maio de 1937 e Maio de 1940. Chamberlain ficou conhecido pela sua política externa de apaziguamento, e, em particular, por ter assinado o Acordo de Munique, em 1938, o qual concedia a Região dos Sudetos da Checoslováquia à Alemanha. Quando Adolfo Hitler continuou com a sua agressão ao invadir a Polónia, os britânicos declararam guerra à Alemanha a 3 de Setembro de 1939, e Chamberlain liderou o Reino Unido nos primeiros oito meses da Segunda Guerra Mundial.
Depois de ter trabalhado em negócios e no governo local, e após uma curta passagem como Director do Serviço Nacional em 1916 e 1917, Chamberlain seguiu os passos do seu pai, Joseph Chamberlain, e de um meio-irmão mais velho, Austen Chamberlain, ao tornar-se Membro do Parlamento nas eleições gerais de 1918 aos 49 anos de idade. Recusou um cargo ministerial secundário, mantendo-se um simples deputado, até 1922. Rapidamente foi promovido a Secretário-de-Estado da Saúde, em 1923, e, a seguir, Chanceler do Tesouro. Depois de um governo trabalhista, regressou como Ministro da Saúde, introduzindo uma série de medidas reformistas, entre 1924 e 1929. Em 1931, foi nomeado Chanceler do Tesouro no Governo Nacional em 1931.
Quando Stanley Baldwin se retirou em Maio de 1937, Chamberlain ocupou o seu lugar como Primeiro-ministro. O seu governo foi dominado pela atitude política tomar em relação ao aumento de agressividade por parte da Alemanha, e a sua acção em Munique foi bem vista entre os britânicos, naquela época. Quando Hitler continuou a sua agressão, Chamberlain comprometeu-se em defender a independência da Polónia, se esta fosse atacada, uma promessa que levou o Reino Unido a entrar em guerra quando a Alemanha atacou a Polónia em 1939.
Chamberlain demitiu-se de Primeiro-Ministro no dia 10 de Maio de 1940, depois de os Aliados terem sido forçados a retirar da Noruega, pois acreditava ser essencial um governo constituído por todos, e os partidos Trabalhista e Liberal não se juntariam a um governo por ele liderado. Sucedeu-lhe Winston Churchill, e manteve-se bem visto no Parlamento, em particular entre os Conservadores. Antes de a sua saúde o forçar a abandonar o governo, foi um membro importante do Gabinete de Guerra de Churchill, chefiando-o na ausência deste. Chamberlain morreu de câncer no intestino seis meses depois de deixar a liderança do governo, em 9 de novembro de 1940.[2] Seu funeral ocorreu na Abadia de Westminster (devido a preocupações de segurança em tempo de guerra, a data e a hora não foram amplamente divulgadas), e suas cinzas foram enterradas no mesmo local, junto de Andrew Bonar Law.[3]
A reputação de Chamberlain mantém-se controversa entre historiadores. A sua boa imagem é deitada abaixo por alguns trabalhos como Guilty Men, publicado em Julho de 1940, o qual culpava Chamberlain e os seus associados pelo acordo de Munique, e por alegadamente não ter preparado convenientemente o país para a guerra. Muitos historiadores da geração posterior de Chamberlain também têm a mesma opinião, incluindo-se o próprio Churchill em The Second World War. Alguns historiadores mais recentes têm uma perspectiva mais favorável de Chamberlain e das suas políticas, citando documentos publicados sob a Regra dos Trinta Anos.
Biografia
Chamberlain Acreditava que fazendo concessões a Hitler seria possível evitar uma nova guerra entre a Alemanha e o Reino Unido. Em Londres, logo após chegar da Alemanha, declarou sobre o recém-assinado Acordo de Munique:
"I believe it is peace in our time"Original {{{{{língua}}}}}: "Acredito que ele é a paz em nosso tempo"— 30 de Setembro de 1938.
Menos de um ano após a assinatura do acordo, em 1 de Setembro de 1939, a Wehrmacht invadiu a Polônia não restando à Chamberlain outra alternativa senão declarar guerra ao Reich, dando início assim à Segunda Guerra Mundial na Europa.
Em 10 de maio de 1940, Chamberlain renunciou ao cargo de primeiro-ministro, sendo substituído por Winston Churchill.
“ | Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra. | ” |
Referências
- ↑ Hadley 1941.
- ↑ http://www.biography.com/people/neville-chamberlain-9243721#british-prime-minister. Página visitada em 24/05/2015
- ↑ SELF, Robert. Neville Chamberlain: A Biography. Ashgate, 2006. Pág. 447-448.
Bibliografia
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- Craig, F.W.S. (1977). British Parliamentary Election Results 1918–1949 revised ed. [S.l.]: The Macmillan Press Ltd
- Daniell, Raymond (13 de novembro de 1940). «Commons tribute paid Chamberlain». The New York Times. Consultado em 6 de Novembro de 2009
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- Dutton, David (2001). Neville Chamberlain. [S.l.]: Hodder Arnold. ISBN 978-0-340-70627-5
- Englefield, Dermot (1995). Facts About the British Prime Ministers. [S.l.]: H. W. Wilson Co. ISBN 978-0-8242-0863-9
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- Feiling, Keith (1970). The Life of Neville Chamberlain Second ed. [S.l.]: Archon Books
- Halsall, Paul, ed. (August 1997). «Modern History Sourcebook: The Molotov-Ribbentrop Pact, 1939.». Internet Modern History Sourcebook. [S.l.]: Fordham University. Consultado em 22 de outubro de 2009 Verifique data em:
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- Taylor, A. J. P. (1965). English History, 1914–1945. [S.l.]: Oxford University Press
Fontes online
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(ajuda) - «Purchasing Power of British Pounds 1264–2008». MeasuringWorth. Consultado em 11 de Dezembro de 2009
Leitura adicional
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- Crozier, Andrew (1988). Appeasement and Germany's Last Bid for Colonies. [S.l.]: Macmillan Press. ISBN 978-0-312-01546-6
- Gilbert, Martin (1966). The Roots of Appeasement. [S.l.]: New American Library
- Goldstein, Erik (1999). «Neville Chamberlain, The British Official Mind and the Munich Crisis». In: Mommsen, Wolfgang; Kettenacker, Lothar. The Munich Crisis 1938: Prelude to World War II. [S.l.]: Frank Cass. pp. 276–92. ISBN 978-0-7146-8056-9
- Greenwood, Sean (1999). «The Phantom Crisis: Danzig, 1939». In: Martel, Gordon. The Origins of the Second World War Reconsidered: A.J.P. Taylor and the Historians. [S.l.]: Routledge. pp. 225–46. ISBN 978-0-415-16325-5
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- McDonough, Frank (2001). Hitler, Chamberlain and Appeasement. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-00048-2
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- Watt, D.C. (1989). How War Came: The Immediate Origins of the Second World War, 1938–1939. [S.l.]: Heinemann. ISBN 978-0-394-57916-0
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- Wheeler-Bennett, John (1948). Munich: Prologue to Tragedy. [S.l.]: Duell, Sloan and Pearce
Ver também
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