O Retorno do Rei

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Nota: Se procura o filme baseado no livro de J. R. R. Tolkien, veja The Lord of the Rings: The Return of the King
The Return of the King
O Regresso do Rei (PT)
O Retorno do Rei (BR)
O Retorno do Rei
Capa de 1994 do livro da edição brasileira.
Autor(es) J. R. R. Tolkien
Idioma Inglês
País  Reino Unido
Gênero Literatura fantástica
Série O Senhor dos Anéis
Localização espacial Terra-média
Lançamento 1955
Edição portuguesa
Editora Artenova
Edição brasileira
Tradução Ronald Kyrmse
Editora HarperCollins
Lançamento 2019
Páginas 528
ISBN 978-85-95084-77-3
Cronologia
As Duas Torres

The Return of the King (O Retorno do Rei, no Brasil, e O Regresso do Rei, em Portugal), é o terceiro e último volume da trilogia O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, seguindo A Sociedade do Anel e As Duas Torres. Foi primeiro publicado em 1955.

Título e publicação[editar | editar código-fonte]

Tolkien concebeu O Senhor dos Anéis como uma única obra composta por seis "livros", mais extensos apêndices. Em 1953, ele propôs títulos para os seis livros a seu editor, Rayner Unwin; o Livro V se chamaria: "The War of the Ring"[nota 1], enquanto o Livro VI seria: "The End of the Third Age"[nota 2][1]. Rayner Unwin, no entanto, dividiu o trabalho em três volumes, publicando o quinto e o sexto livros com os apêndices no volume final com o título "The Return of the King". Tolkien sentiu que o título escolhido revelava muito da história e indicou que preferia "The War of the RIng" como título para o volume[2].

O Retorno do Rei foi finalmente publicado como o terceiro e último volume de O Senhor dos Anéis, em 20 de outubro de 1955 no Reino Unido[3].

Conteúdo[editar | editar código-fonte]

Algumas edições contêm um resumo para leitores que não leram os volumes anteriores. O corpo do volume consiste no Livro V, Livro VI e seis apêndices[4].

Livro V[editar | editar código-fonte]

A história começa no reino de Gondor, que está prestes a ser atacado por Sauron. Denethor, enganado por Sauron, cai em desespero. Ele se queima vivo em uma pira; Pippin e Gandalf resgatam seu filho Faramir do mesmo destino[5].

Aragorn sai em busca do exército perdido dos perjuros mortos-vivos. As hostes de Mordor rompem os portões de Minas Tirith. A sobrinha de Théoden, Éowyn, que se juntou ao exército disfarçada, mata o Senhor dos Nazgûl com a ajuda de Merry; ambos estão feridos. Juntos, Gondor e Rohan derrotam o exército de Sauron na Batalha dos Campos de Pelennor, embora com grande custo; Théoden está entre os mortos[5].

O mago Gandalf e Aragorn decidem tirar as hostes de Mordor com um ataque ao Portão Negro, proporcionando uma distração para que os dois hobbits, Frodo e Sam, possam ter a chance de alcançar a Montanha da Perdição e destruir o Um Anel, sem serem vistos pelo Olho de Sauron[5].

Livro VI[editar | editar código-fonte]

Enquanto isso, Sam resgata Frodo da torre de Cirith Ungol. Eles partem através de Mordor. Quando alcançam a borda das Fendas da Perdição, Frodo não consegue mais resistir ao Anel. Ele o reivindica para si mesmo e o veste. Gollum reaparece de repente. Ele luta com Frodo e arranca o dedo de Frodo com o Anel ainda nele. Comemorando loucamente, Gollum perde o equilíbrio e cai no fogo, levando o Anel com ele. Quando o Anel é destruído, Sauron perde seu poder para sempre. Tudo o que ele criou desmorona, os Nazgûl perecem e seus exércitos são jogados em tal desordem que as forças de Aragorn saem vitoriosas[5].

Aragorn é coroado Rei de Arnor e Gondor, e se casa com Arwen, filha de Elrond. Théoden é enterrado e Éomer é coroado Rei de Rohan. Sua irmã Éowyn está noiva de Faramir, agora Regente de Gondor e Príncipe de Ithilien. Galadriel, Celeborn e Gandalf se encontram e se despedem de Barbárvore e de Aragorn[5].

Os quatro hobbits voltam para o Condado, apenas para descobrir que ele foi dominado por homens comandados por Charcoso (que mais tarde eles descobrem ser Saruman). Os hobbits, liderados por Merry, levantam uma rebelião. Gríma Língua-de-Cobra ataca Saruman e o mata na frente de Bolsão, a casa de Frodo. Gríma, por sua vez, é morto por arqueiros hobbit. Merry e Pippin são celebrados como heróis. Sam se casa com Rosa e usa os presentes de Galadriel para ajudar a curar o Condado. Frodo ainda está ferido no corpo e no espírito, tendo carregado o Anel por tanto tempo. Alguns anos depois, na companhia de Bilbo e Gandalf, Frodo navega dos Portos Cinzentos a oeste sobre o mar até as Terras Imortais para encontrar a paz[5].

Apêndices[editar | editar código-fonte]

Os seis apêndices descrevem mais detalhes da história, culturas, genealogias e idiomas que Tolkien imaginou para os povos da Terra Média. Eles fornecem detalhes de fundo para a narrativa, com muitos detalhes para os fãs de Tolkien que desejam saber mais sobre as histórias[5].

Recepção crítica[editar | editar código-fonte]

Em uma revisão ao The New York Times, W. H. Auden elogiou O Retorno do Rei e encontrou em O Senhor dos Anéis uma "obra-prima do gênero."[6] Anthony Boucher elogiou o volume como "uma narração magistral de enormes e terríveis eventos climáticos", embora ele também observou que a prosa de Tolkien "parece por vezes, ser prolongada para seu próprio bem."[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. "A Guerra do Anel", em tradução livre.
  2. "O Fim da Terceira Era", em tradução livre.

Referências

  1. «Why Lord of the Rings is Actually 6 Books, Not 3» 
  2. Carpenter, Humphrey, ed. (1981). The Letters of J. R. R. Tolkien. Boston: Houghton Mifflin. ISBN 978-0-395-31555-2.
  3. «60th Anniversary of The Return of the King» 
  4. TOLKIEN, J. R. R. (2019). O Retorno do Rei. [S.l.]: HarperCollins. ISBN 978-85-95084-77-3 
  5. a b c d e f g TOLKIEN, J. R. R. (1955). The Return of the King. [S.l.: s.n.] 
  6. Auden, W.H. (22 de janeiro de 1956). «At the end of the Quest, Victory». The New York Times. Consultado em 6 de março de 2014 
  7. "Recommended Reading," F&SF, Julho de 1956, p.92.