Three on a Match

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Three on a Match
Three on a Match
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Três... Ainda é Bom!
Em Portugal Three on a Match
 Estados Unidos
1932 •  p&b •  64 min 
Gênero drama criminal
Direção Mervyn LeRoy
Produção Samuel Bischoff
Raymond Griffith
Darryl F. Zanuck
Roteiro Lucien Hubbard
História Kubec Glasmon
John Bright
Elenco Joan Blondell
Warren William
Ann Dvorak
Bette Davis
Música Leo F. Forbstein
Ray Heindorf
Cinematografia Sol Polito
Direção de arte Robert Haas
Figurino Orry-Kelly
Edição Ray Curtiss
Companhia(s) produtora(s) First National Pictures
Distribuição Warner Bros.
Lançamento
  • 29 de outubro de 1932 (1932-10-29) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 135.000[2]
Receita US$ 444.000[2]

Three on a Match (bra: Três... Ainda é Bom!; prt: Three on a Match)[3][4][5] é um filme pre-Code estadunidense de 1932, do gênero drama criminal, dirigido por Mervyn LeRoy, e estrelado por Joan Blondell, Warren William, Ann Dvorak e Bette Davis. A produção também conta com Lyle Talbot, Humphrey Bogart, Allen Jenkins e Edward Arnold em papéis menores.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Três mulheres que estudaram juntas se reecontram depois de algum tempo e descobrem quais caminhos diferentes tomaram em suas vidas. Mary Keaton (Joan Blondell) é uma atriz que conseguiu se estabelecer em sua vida depois de passar algum tempo em um reformatório, já Ruth Westcott (Bette Davis) se tornou uma estenógrafa, e Vivian Revere Kirkwood (Ann Dvorak), que vive a melhor vida entre as três, casou-se com o advogado de sucesso, Robert Kirkwood (Warren William) e tem um filho pequeno, Robert Jr. (Buster Phelps). Numa reviravolta, Vivian vai viajar com seu filho e acaba conhecendo um outro homem, então, troca o marido por uma vida lasciva, enquanto Mary conquista o amor do ex-marido de Vivian e começa a cuidar de seu filho.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Joan Blondell como Mary Keaton / Mary Bernard
  • Warren William como Robert Kirkwood
  • Ann Dvorak como Vivian Revere Kirkwood
  • Bette Davis como Ruth Westcott
  • Lyle Talbot como Michael Loftus
  • Humphrey Bogart como Harve
  • Allen Jenkins como Dick
  • Edward Arnold como Ace
  • Frankie Darro como Bobby
  • Virginia Davis como Mary Keaton (jovem)
  • Dawn O'Day como Vivian Revere (jovem)
  • Betty Carse como Ruth Westcott (jovem)
  • Glenda Farrell como Sra. Black
  • Buster Phelps como Robert Jr.
  • Grant Mitchell como Sr. Gilmore, diretor da escola

Produção[editar | editar código-fonte]

Joan Blondell em fotografia promocional para o filme, banida em 1932.

Dvorak foi a última dos quatro atores principais a ser escalada.[6] Essa foi a primeira aparição de Bogart como um tipo de bandido, embora seu trabalho em "Midnight", de 1934, tenha precedido esse papel e o levou a ser escalado por LeRoy.[7]

As filmagens ocorreram em junho de 1932.[8]

Quando o filme foi lançado em outubro de 1932, o sequestro de Charles August Lindbergh, Jr. estava em todos os noticiários, e os sequestradores ainda não haviam sido pegos. O sequestro de uma criança na história do filme levantou preocupações com os censores, mas Jason Joy, do Comitê de Relações de Estúdio,[a] fez com sucesso um caso para o filme por causa dos censores em Nova Iorque, Ohio, Pensilvânia e Maryland.[9]

Joan Blondell posou para uma ousada foto de publicidade promocional para o filme em 1932, que mais tarde foi banida sob o código de produção cinematográfico.

Recepção[editar | editar código-fonte]

"Three on a Match" recebeu de críticas mornas a ruins em geral.[8][10] Mordaunt Hall, em sua crítica para o The New York Times, chamou o filme de "tedioso e desagradável", e também de "não inteligente".[11] Um revisor da revista Time sentiu que o filme não tinha muito peso, ao contrário das produções anteriores de Glasmon e Bright,[b] e que o suicídio no final era mais implausível do que trágico.[12] Kaspar Monahan, para a Pittsburgh Press, pensou que o filme começou com a esperança de ser "diferente", mas acabou se transformando em um "fio sobre gângsteres", e resumiu: "Direção boa na maior parte; atuações tão boas quanto pode ser esperado sob as circunstâncias; história errática".[13]

O Spokesman-Review de Spokane expressou admiração pela maneira como a passagem de tempo é mostrada através de várias sequências montadas, chamando-a de "uma nova abordagem e tratamento ..." e comentou que o filme "soou verdadeiro".[14]

Revisões de jornais comerciais aconselharam os exibidores a se concentrarem no elenco: "Um elenco atraente é o motivo de comparecimento para esse filme, que é surpreendente em suas escassas demandas sobre seu quarteto de pessoas em destaque", foi o comentário inicial de Sid Silverman, da revista Variety.[15] A crítica do The Film Daily também disse que o "elenco ajuda" com um enredo que tem "muitas voltas".[16] O Motion Picture Herald também aconselhou os exibidores a se concentrar na "força dos nomes de elenco" e não sequer usar a palavra "sequestro" ou aludir a isso em promoções.[17]

Décadas após seu lançamento, o filme encontrou mais popularidade entre críticos e historiadores de cinema. Em 1969, William K. Everson chamou-o de "extraordinariamente cuidadoso" e escreveu: "Esplendidamente cortado e ritmado ... e culminado por um verdadeiro choque, Three on a Match ainda é uma pequena produção vívida".[18] Wheeler Winston Dixon observou: "O filme é surpreendente para a quantidade de informação que LeRoy consegue comprimir neste conto relâmpago".[19] Foi apontado como o melhor desempenho de Dvorak para a Warner.[20]

Leonard Maltin deu ao filme 3/4 estrelas, descrevendo-o como um "belo, rápido (e surpreendentemente potente) melodrama pre-Code de três garotas que renovam a amizade de infância, apenas para encontrar suspense e tragédia. Dvorak é simplesmente maravilhosa".[21]

Em 1938, a Warner Bros. lançou "Broadway Musketeers", uma refilmagem de "Three on a Match".[1]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

De acordo com a Warner Bros., o filme arrecadou US$ 338.000 nacionalmente e US$ 106.000 no exterior, totalizando US$ 444.000 mundialmente.[2]

Notas

  1. O braço direito da Motion Picture Producers and Distributors of America, encarregado de implementar o código de produção.
  2. e.g., "The Public Enemy" (1931).

Referências

  1. a b «The First 100 Years 1893–1993: Three on a Match (1932)». American Film Institute Catalog. Consultado em 11 de março de 2022 
  2. a b c Sedgwick, John (1 de novembro de 2000). Popular Filmgoing in 1930s Britain: A Choice of Pleasures. Inglaterra: University of Exeter Press. p. 206. ISBN 978-0859896603 
  3. «Três... Ainda é Bom! (1932)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 17 de junho de 2022 
  4. «Three on a Match (1932)». Portugal: Público. Consultado em 17 de junho de 2022 
  5. «Three on a Match (1932)». Portugal: SapoMag. Consultado em 17 de junho de 2022 
  6. Ralph Wilk (27 de maio de 1932). «A Little from the 'Lots'». The Film Daily. LIX 49 ed. p. 7. Consultado em 15 de outubro de 2015 – via Internet Archive 
  7. Richard Schickel (2006). Bogie: A Celebration of the Life and Films of Humphrey Bogart. [S.l.]: St. Martin's Press. p. 99. ISBN 978-0-312-36629-2 
  8. a b Christina Rice (2013). Ann Dvorak: Hollywood's Forgotten Rebel. [S.l.]: University Press of Kentucky. pp. 83–84; 88. ISBN 978-0-8131-4440-5 
  9. Ruth Vasey (1997). The World According to Hollywood, 1918–1939. [S.l.]: Univ of Wisconsin Press. p. 110. ISBN 978-0-299-15194-2 
  10. Jeff Stafford. «Three on a Match (1932)». Turner Classic Movies. Consultado em 15 de outubro de 2015 
  11. Mordaunt Hall (29 de outubro de 1932). «Blackmail and Kidnapping». The New York Times. Consultado em 15 de outubro de 2015 
  12. «"Cinema: The New Pictures"». Time. 7 de novembro de 1932. Consultado em 18 de junho de 2022 
  13. Kaspar Monahan (4 de novembro de 1932). «The Show Stops». Pittsburgh Press. p. 48. Consultado em 15 de outubro de 2015 
  14. «Ann Dvorak Star in Film at Fox». The Spokesman-Review. 17 de novembro de 1932. p. 5. Consultado em 15 de outubro de 2015 
  15. Sid Silverman (1 de novembro de 1932). «Three on a Match». Film Reviews. Variety. 108 8 ed. p. 12. Consultado em 17 de outubro de 2015 – via Internet Archive 
  16. «Three on a Match». The Film Daily. LX 102 ed. 29 de outubro de 1932. p. 6. Consultado em 17 de outubro de 2015 – via Internet Archive 
  17. «Three on a Match». Showmen's Reviews. Motion Picture Herald. 109 1 ed. 1 de outubro de 1932. pp. 52–53. Consultado em 17 de outubro de 2015 – via Internet Archive 
  18. William K. Everson (21 de fevereiro de 1969). «Program Notes: 'Three on a Match'» (PDF). William K. Everson Archive. New York University. Consultado em 18 de outubro de 2015 
  19. Wheeler Winston Dixon (2013). «Precursors to Film Noir». In: Andre Spicer; Helen Hanson. A Companion to Film Noir. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 100. ISBN 978-1-118-52371-1 
  20. Ray Hagen; Laura Wagner (2004). Killer Tomatoes: Fifteen Tough Film Dames. [S.l.]: McFarland. p. 54. ISBN 978-0-7864-8073-9 
  21. «Three on a Match (1932) - Overview - TCM.com». Turner Classic Movies (em inglês). Consultado em 13 de junho de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]