Vaguinho (futebolista)
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Wagno de Freitas | |
Data de nascimento | 11 de fevereiro de 1950 (74 anos) | |
Local de nascimento | Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,70 m | |
Pé | destro | |
Informações profissionais | ||
Posição | ex-ponta-direita | |
Clubes de juventude | ||
Democrata de Sete Lagoas | ||
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1968–1971 1971–1981 1981 1982 |
Atlético Mineiro Corinthians Atlético Mineiro Santo André |
551 (110) 32 (0) | 181 (56)
Seleção nacional | ||
1968–1976 | Brasil | 8 (1) |
Wagno de Freitas (Sete Lagoas, 11 de fevereiro de 1950), mais conhecido como Vaguinho, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como ponta-direita.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Início
[editar | editar código-fonte]Nascido em Sete Lagoas, MG, Vaguinho começou sua carreira nos infantis do Democrata de Sete Lagoas.[1] Jogava como ponta-direita e era considerado um jogador rápido e técnico, com bom aproveitamento nos cruzamentos.[2]
Atlético Mineiro
[editar | editar código-fonte]Aos 18 anos profissionalizou-se no Atlético Mineiro, fazendo a torcida esquecer Lucas Miranda. Apesar do pouco tempo que ficou no clube, conquistou o Campeonato Mineiro 1970.[3]
Corinthians
[editar | editar código-fonte]No segundo semestre de 1971 foi vendido ao Corinthians. O começo no clube paulista não foi dos melhores, com uma perna quebrada em lance com Gérson, do São Paulo, no Campeonato Brasileiro 1971, em um lance em que o árbitro Armando Marques sequer marcou falta, apesar de o jogador ter tido de sair de campo carregado nos ombros.[4] Ele ficaria afastado por quatro meses, até o início da temporada de 1972.[5] Depois disso, passaria ser o titular da camisa 7 por quase uma década.[6] Passou por maus momentos, como a decisão do Campeonato Paulista 1974, perdida para o Palmeiras, mas participou de um dos grandes momentos da história corintiana: a conquista do Campeonato Paulista 1977.
Quase ficou fora do segundo jogo das finais contra a Ponte Preta. Quando soube que daria lugar a Luciano, comprou briga com o técnico Osvaldo Brandão, mas de nada adiantou e teve de ficar no banco, chateado por não sair no que poderia ser a foto do título[7] (que o Corinthians conquistaria com um empate). Com a contusão de Palhinha ainda no primeiro tempo, Vaguinho substituiu-o e abriu o placar aos 42 minutos. Se a Ponte Preta não tivesse virado o jogo no segundo tempo, ele poderia ter sido o herói da conquista, "cargo" que ficou para Basílio, autor do gol da vitória no terceiro jogo — em lance que se originou em um chute do próprio Vaguinho na trave. "Pedi para o [lateral] Zé Maria jogar a bola no segundo pau, porque havia um buraco ali", contaria em 2007 à revista Placar. "Mas ele errou o chute, a bola bateu na cabeça do Basílio e acabou sobrando para mim. Peguei quase caindo, ela veio toda quadrada, mas ainda deu para acertar a trave."[7]
Foi ainda titular na campanha em que o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista 1979, embora nas finais tenha ficado na reserva de Píter,[6] contratado junto ao Goiás justamente para motivar Vaguinho.[8]
Retorno ao Atlético Mineiro
[editar | editar código-fonte]Em 1981, voltou para o Atlético Mineiro já com mais de trinta anos, mas ainda ajudou o time a conquistar o Campeonato Mineiro 1981.[1]
Santo André
[editar | editar código-fonte]Em 1982, foi para o Santo André onde disputou o Campeonato Paulista 1982 e encerrou sua carreira.[1]
Seleção Brasileira
[editar | editar código-fonte]Em 19 de dezembro de 1968, aos 18 anos, vestiu pela primeira vez a camisa da seleção brasileira, contra a Iugoslávia, em partida no Mineirão em que foram escalados apenas jogadores do Atlético.[9] O Brasil venceu por 3 a 2 e Vaguinho marcou um gol e deu o passe para os outros dois. Dos treze jogadores que participaram daquela partida, Vaguinho foi um dos quatro que jogaram mais de uma vez com a camisa amarela, mas sua nova convocação só se daria em 15 de junho de 1971. Entrou no segundo tempo contra a Tchecoslováquia, no lugar de Paulo Cézar Caju, e foi titular no jogo seguinte, a despedida de Pelé da Seleção, assim como nos quatro jogos seguintes. Só voltaria a ser chamado uma vez mais, para um jogo contra um combinado "Resto do Mundo", em 6 de junho de 1976. No total, disputou sete jogos oficiais e um não-oficial pela Seleção, marcando um gol.[1]
Vida Pessoal
[editar | editar código-fonte]Hoje é professor de futebol para crianças em São Gotardo (Minas Gerais).[7]
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Atlético Mineiro
- Campeonato Mineiro: 1970 e 1981
- Corinthians
- Campeonato Paulista: 1977 e 1979
- Taça Governador do Estado: 1977
- Copa São Paulo: 1975
- Torneio Laudo Natel: 1973
Referências
- ↑ a b c d «Vaguinho - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 17 de agosto de 2022
- ↑ Enciclopédia do Futebol Brasileiro, Areté Editorial, 2001, pág. 362
- ↑ "Homens de preto e branco", Placar número 1.316-A, março de 2008, Editora Abril, pág. 37
- ↑ "Fratura", Fuasto Netto, Arthur Ferreira, Divino Fonseca, Carlos Libório, Carlos Maranhão, Ronildo M. Leite e José Maria de Aquino, Placar número 86, 5/11/1971, Editora Abril, pág. 8
- ↑ Celso Dario Unzelte, Almanaque do Timão Placar, Editora Abril, 2000, pág. 520
- ↑ a b Celso Dario Unzelte, Almanaque do Corinthians Placar, Editora Abril, 2005, pág. 723
- ↑ a b c "O quase herói de 1977", Celso Unzelte, Placar número 1.311-A, outubro de 2007, Editora Abril, pág. 23
- ↑ Celso Dario Unzelte, Almanaque do Timão Placar, Editora Abril, 2000, pág. 508
- ↑ Ivan Soter, André Fontenelle, Mario Levi Schwartz, Dennis Woods e Valmir Storti, Todos os Jogos do Brasil, Editora Abril, 2006, pág. 247