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Infeções por ancilostomídeos: diferenças entre revisões

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=== Ciclo de vida ===
=== Ciclo de vida ===


Os ovos têm 60 micrómetros e são eliminados nas fezes humanas.<ref name=merck/> Na terra quente e úmida, os ovos eclodem, depois de terem incubado um ou dois dias<ref name=merck/>, liberando larvas (em estágio L1), que sofrerão mudas (ou ecdises), até atingir a forma L3, denominada filarioide ou infectante. As larvas rabditoides (L1 e L2) levam por volta de uma semana para tornarem-se filarioide, a qual é capaz de viver por mais de um mês, procurando encontrar um hospedeiro humano. Se conseguirem, elas são capazes de penetrar na [[pele]] intacta, por exemplo através dos pés.<ref name=merck/> Dentro do organismo, invade os vasos linfáticos e sanguíneos e migram pelas [[veia]]s para os [[pulmão|pulmões]], via [[coração]].<ref name=merck/> Permanece nos alvéolos e depois migram (ou é tossida) pelos [[brônquio]]s até à [[faringe]], onde é deglutida inconscientemente para o [[esôfago]]. Após passar pelo [[estômago]] (a sua [[cutícula]] resistente permite-lhe suportar o ambiente ácido) passa ao [[duodeno]] ([[intestino]]). No intestino se fixa por meio de sua boca com ganchos.<ref name=merck/> É aí que se desenvolvem e acasalam as formas adultas, produzindo mais de 100000.000 ovos por dia. É importante ressaltar que também ocorre infecção passiva por via oral. Nesse caso, a larva infectante é ingerida em água ou alimentos contaminados e percorre todo o trato gastrointestinal, até atingir o duodeno, habitat do parasito. Durante esse percurso, sofre as mudas necessárias à formação do verme adulto.
Os ovos têm 60 micrómetros e são eliminados nas fezes humanas.<ref name=merck/> Na terra quente e seca, os ovos eclodem, depois de terem incubado um ou dois dias<ref name=merck/>, liberando larvas (em estágio L1), que sofrerão mudas (ou ecdises), até atingir a forma L3, denominada filarioide ou infectante. As larvas rabditoides (L1 e L2) levam por volta de uma semana para tornarem-se filarioide, a qual é capaz de viver por mais de um mês, procurando encontrar um hospedeiro humano. Se conseguirem, elas são capazes de penetrar na [[pele]] intacta, por exemplo através dos pés.<ref name=merck/> Dentro do organismo, invade os vasos linfáticos e sanguíneos e migram pelas [[veia]]s para os [[pulmão|pulmões]], via [[coração]].<ref name=merck/> Permanece nos alvéolos e depois migram (ou é tossida) pelos [[brônquio]]s até à [[faringe]], onde é deglutida inconscientemente para o [[esôfago]]. Após passar pelo [[estômago]] (a sua [[cutícula]] resistente permite-lhe suportar o ambiente ácido) passa ao [[duodeno]] ([[intestino]]). No intestino se fixa por meio de sua boca com ganchos.<ref name=merck/> É aí que se desenvolvem e acasalam as formas adultas, produzindo mais de 100000.000 ovos por dia. É importante ressaltar que também ocorre infecção passiva por via oral. Nesse caso, a larva infectante é ingerida em água ou alimentos contaminados e percorre todo o trato gastrointestinal, até atingir o duodeno, habitat do parasito. Durante esse percurso, sofre as mudas necessárias à formação do verme adulto.


== Progressão e sintomas ==
== Progressão e sintomas ==

Revisão das 21h30min de 24 de maio de 2013

Ancilostomíase - Matador
,
Especialidade infecciologia, parasitologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B76.0
CID-9 126.9
CID-11 1542252776
MedlinePlus 000629
eMedicine 218805
MeSH D000724
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A Ancilostomíase (também designada Ancilostomose) e a Necatoríase são duas doenças semelhantes causadas pelos nemátodes relacionados Ancylostoma duodenale e Necator americanus.[1]. É conhecida popularmente como amarelão.

O "Ancylostoma duodenale" é encontrado na zona do Mediterrâneo, Índia, China e Japão; já o Necator americanus é típico das zonas tropicais de África, da Ásia e do continente americano.[1]

Ancilostoma e Necator ou Matador

O Ancylostoma duodenale e o Necator americanus (Matador) são espécies aparentadas de vermes parasitas nematelmintos, com corpos filiformes e fêmeas até um centímetro maiores que machos. As suas extremidades anteriores têm a forma de um gancho, especialmente nos Necator, e possuem boca armada com placas ou espinhos duros e bastante resistentes.

Ciclo de vida

Os ovos têm 60 micrómetros e são eliminados nas fezes humanas.[1] Na terra quente e seca, os ovos eclodem, depois de terem incubado um ou dois dias[1], liberando larvas (em estágio L1), que sofrerão mudas (ou ecdises), até atingir a forma L3, denominada filarioide ou infectante. As larvas rabditoides (L1 e L2) levam por volta de uma semana para tornarem-se filarioide, a qual é capaz de viver por mais de um mês, procurando encontrar um hospedeiro humano. Se conseguirem, elas são capazes de penetrar na pele intacta, por exemplo através dos pés.[1] Dentro do organismo, invade os vasos linfáticos e sanguíneos e migram pelas veias para os pulmões, via coração.[1] Permanece nos alvéolos e depois migram (ou é tossida) pelos brônquios até à faringe, onde é deglutida inconscientemente para o esôfago. Após passar pelo estômago (a sua cutícula resistente permite-lhe suportar o ambiente ácido) passa ao duodeno (intestino). No intestino se fixa por meio de sua boca com ganchos.[1] É aí que se desenvolvem e acasalam as formas adultas, produzindo mais de 100000.000 ovos por dia. É importante ressaltar que também ocorre infecção passiva por via oral. Nesse caso, a larva infectante é ingerida em água ou alimentos contaminados e percorre todo o trato gastrointestinal, até atingir o duodeno, habitat do parasito. Durante esse percurso, sofre as mudas necessárias à formação do verme adulto.

Progressão e sintomas

As larvas de ancilostomídeos podem provocar, no local da penetração, lesões traumáticas, seguidas por fenômenos vasculares após alguns minutos, aparecem os primeiros sinais e sintomas: uma sensação de picada, hipertermia, prurido e edema resultante do processo inflamatório ou dermatite urticariforme pode, no entanto, haver prurido e exantema (pele inflamada). Também podem provocar tosse, febre e respiração ofegante ao passar pelos pulmões.[1] O período de incubação até surgirem os sintomas intestinais é de um ou dois meses.

A hemorragia intestinal leva a uma anemia por causa da deficiência de ferro e baixos valores de proteínas no sangue. Nas crianças, o sangramento crônico pode provocar atraso de crescimento, insuficiência cardíaca e tumefacção generalizada dos tecidos.[1] Eles tem laminas cortantes em volta da "boca"

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por exames de fezes, e em casos agudos a infestação pode ser detectada também por exame de sangue. Ambos são feitos através da observação, com auxílio de microscópio, pelos profissionais responsáveis.

  • Utilização de calçados (sapato ou sandália)
  • Evitar o contato direto com o solo contaminado;
  • Fornecimento de infra-estrutura básica para a população
  • Proporcionar saneamento básico e condições adequadas de higienização;
  • Ter o máximo de cuidado quanto ao local destinado ao lazer das crianças, pois acabam brincando com terra;
  • Educação da comunidade
  • O tratamento das pessoas doentes. ou contaminadas pela mesma doença

Referências

  1. a b c d e f g h i «Ancilostomíase». Manual Merck. Consultado em 23 jan 2013 
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