Animismo: diferenças entre revisões

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Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: [[sentimento]]s, [[emoções]], [[vontade]]s ou [[desejo]]s e até mesmo [[inteligência]]. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "''Todas as coisas são vivas''", "''Todas as coisas são conscientes''", ou "Todas as coisas têm ânima''".
Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: [[sentimento]]s, [[emoções]], [[vontade]]s ou [[desejo]]s e até mesmo [[inteligência]]. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "''Todas as coisas são vivas''", "''Todas as coisas são conscientes''", ou "Todas as coisas têm ânima''".


O '''Animismo''' possui três simples regras:
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* Tudo no Cosmo tem ânima;
* Tudo no Cosmo tem ânima;
* Todo o ânima é transferível;
* Todo o ânima é transferível;

Revisão das 12h59min de 15 de abril de 2013

Xamã dos Urarinas, 1988.

O termo "animismo" aparenta ter sido desenvolvido inicialmente pelo cientista alemão Georg Ernst Stahl, por volta de 1720, para se referir ao "conceito de que a vida animal é produzida por uma alma imaterial"[1]. Uma das redefinições mais famosas do termo foi feita pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva)[2].

Pelo termo Animismo, Tylor designou a manifestação religiosa imanente a todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite); é um princípio vital e pessoal, chamado de ânima, o qual apresenta significados variados:

  • cosmocêntrica significa energia;
  • antropocêntrica significa espírito;
  • teocêntrica significa alma;

Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são vivas", "Todas as coisas são conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".

O Animismo possui três simples regras:não assista redtube

  • Tudo no Cosmo tem ânima;
  • Todo o ânima é transferível;
  • Tudo ou todo que transfere ânima não perde a totalidade de seu ânima, mas quem ou que o recebe perde parte ou a totalidade de seu ânima, o qual será tomado pelo ânima doador.

A partir da década de 1950, o termo deixa de ser utilizado pela Antropologia por ser considerado muito genérico, uma vez que se aceita que elementos animistas estão presentes em quase todas as religiões.

Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.

Uso do termo no espiritismo

Na literatura espírita, o termo animismo é usado para designar um tipo de fenômeno produzido pelo próprio espírito encarnado, sem que este seja um instrumento mediúnico da ação espiritual e sim o artífice dos fenômenos em questão. De forma mais específica, outros autores, a citar Therezinha Oliveira, costumam utilizar-se desta nomeação para designar o fenômeno em que o médium revive suas próprias recordações do pretérito, expressando-as muitas vezes nas próprias reuniões mediúnicas. Por ser ele o autor das palavras ditas, este fenômeno anímico muitas vezes é mal visto devido à possibilidade de mistificação e pela ausência do espírito comunicante, não sendo, desta forma, um fenômeno mediúnico.

Para melhor entendimento desse fenômeno, podem-se usar as denominações utilizadas pelo estudioso espírita Hermínio Miranda, quais sejam, a de chamarmos o espírito, que, segundo o Espiritismo, em sua existência infinita, tem um número incontável de experiências na matéria, de individualidade, enquanto cada uma das existências do mesmo é uma personalidade.

Dessa forma, admitida a pluralidade das existências, conclui-se que a individualidade deve possuir um conhecimento imensamente superior ao de cada uma de suas personalidades, pois soma ao conhecimento da atual personalidade tudo o que aproveitou das que representou nas existências pregressas. Todavia, estas palavras não devem ser interpretadas como sendo uma personalidade isolada, diversa em cada existência física. O espírito é artífice de si mesmo, e progride continuamente, a partir das experiências encarnatórias, apresentando uma ascensão moral e intelectual contínua que soma-se a cada encarnação.

Desse modo, na manifestação anímica, o médium pode expressar muitos conhecimentos que ele, enquanto encarnado, não possui. Daí decorre, muitas vezes, que não há como se saber se uma manifestação é anímica ou realmente mediúnica, ocorrendo esta última tão somente quando o espírito que se comunica não é o que está encarnado, ou seja, não é o médium, e sim uma individualidade desencarnada, um espírito. Os fenômenos espíritas (produzidos por um espírito) podem ser divididos em dois grupos: os fenômenos anímicos (quando é produzido pelo encarnado, com suas próprias faculdades espirituais, sem o uso dos sentidos físicos, graças à expansão de seu perispírito; os fenômenos mediúnicos, produzidos por um espírito por intermédio do médium. Ainda segundo Therezinha de Oliveira, quanto maior o grau de expansão do perispírito, mais expressivo poderá ser o fenômeno anímico, pois o encarnado poderá desfrutar mais de maior liberdade em relação ao corpo, passando a atuar mais como um espírito liberto.

Entretanto, mostra-se difícil separar o fenômeno anímico do mediúnico, pois: 1 - São as próprias capacidades anímicas dos médiuns que os fazem instrumentos para a atuação dos espíritos; 2 - Nem sempre podemos definir, com precisão, se o fenômeno está ou não sendo provocado ou coadjuvado por espíritos. Na grande maioria das vezes, o que ocorre é um estado intermediário com maior ou menor participação do espírito encarnado no médium em relação ao espírito desencarnado que por ele se expressa.

Religiões e crenças baseadas no animismo

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Referências

  1. http://www.etymonline.com/index.php?term=animism
  2. Tylor, Edward Burnett (1832). «Internet Archive». Encyclopædia Britannica. Volume XXVII XI edição ed. New York: Encyclopædia Britannica. pp. pág. 498. Consultado em 11 de fevereiro de 2011 

Ligações externas

Ver também

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