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Elza Soares: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
== Biografia ==
Escrito por Reinaldo Juni0r = Sucess0
Produzido por Brenda Batista

Elza Soares, filha do operário e tocador de violão Avelino Gomes Soares, e da lavadeira Rosária Maria da Conceição. Nasceu na favela da Moça Bonita, em [[Padre Miguel]], que hoje é a [[Vila Vintém]], e foi criada desde que nasceu no bairro da [[Água Santa (bairro do Rio de Janeiro)|Água Santa]].<ref name="dicionariompb.com.br">[http://www.dicionariompb.com.br/elza-soares/biografia]</ref>
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Revisão das 17h54min de 23 de maio de 2012

Elza Soares

A cantora brasileira Elza Soares durante o II Encontro Afro-Latino realizado na Bahia.
Informação geral
Nome completo Elza da Conceição Soares Pereira
Também conhecido(a) como "Elzinha"
Nascimento 27 de junho de 1937 (87 anos)
Origem Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
País  Brasil
Gênero(s) Samba
MPB
Bossa Nova
Sambalanço
Hip-hop
Samba rock
Samba enredo
Ocupação(ões) Cantora, compositora e dançarina
Instrumento(s) Vocal
Outras ocupações Atriz e modelo
Gravadora(s) EMI-Odeon, Tapecar Brasil, CBS, Recarey Brasil, Som Livre, RGE Brasil, World Music Network, Tratore, Dubas Música, Luna Brasil, Universal Music e Biscoito Fino
Afiliação(ões) Nando Reis, Fernanda Abreu, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Emanuelle Araújo, Wander Pires, Arlindo Cruz, Gal Costa, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Virgínia Rodrigues, Carlinhos Brown, Zé Keti, Fred Zero Quatro e Jorge Ben Jor
Página oficial ElzaSoaresOficial.com.br

Elza da Conceição Soares, mais conhecida pelo nome artístico Elza Soares (Rio de Janeiro, 23 de julho de 1937),[1] é uma cantora e compositora brasileira de samba, bossa nova, MPB, sambalanço, samba rock e hip-hop.

Biografia

Escrito por Reinaldo Juni0r = Sucess0 Produzido por Brenda Batista

Elza Soares, filha do operário e tocador de violão Avelino Gomes Soares, e da lavadeira Rosária Maria da Conceição. Nasceu na favela da Moça Bonita, em Padre Miguel, que hoje é a Vila Vintém, e foi criada desde que nasceu no bairro da Água Santa.[2]

Em sua infância vivia a brincar na rua, soltar pipa, brincar com piões de madeira, até brigar com os meninos, era uma vida pobre, porém feliz para uma criança, apesar de ter que trabalhar, levando latas d'água na cabeça.[3]

Aos doze anos de idade foi obrigada pelo pai a largar os estudos e a casar-se com Lourdes Antônio Soares, conhecido como Alaúrdes. Aos 13 anos teve seu primeiro filho, João Carlos, que morreu de fome ainda recém-nascido. Nessa época, com seu filho ainda doente e preocupada em comprar remédio para ele, tinha o sonho de cantar, participou do programa de Ary Barroso na Rádio Tupi, e fez sua primeira apresentação ao vivo no auditório da emissora, que era a maior de seu tempo. A princípio não foi levada a sério, por seu jeito bem humilde de falar e se vestir, mas ao cantar mostrou todo seu potencial.[3]

Com 14 anos engravidou novamente e aos 15 seu segundo filho veio a falecer, também de fome, para seu desespero. Em 1957, aos 20 anos, já era mãe de cinco filhos, quatro meninos e uma menina.[2]

Vivendo uma situação desesperadora de extrema pobreza, Elza deu um de seus filhos para uma família com mais posses poder criar,[3] ficando só com 4 filhos, para sua tristeza.[3]

Para manter o lar, teve que ajudar o marido e passou a trabalhar como encaixotadora e conferente na Fábrica de Sabão Véritas, no Engenho de Dentro.[2]

Aos 18 anos estava viúva, seu marido havia morrido de tuberculose.[3] Sozinha, Elza estava com 4 filhos para criar, o que foi uma situação de extremo sofrimento em sua vida. Passou a trabalhar em todo tipo de serviço: Foi doméstica, faxineira, lavadeira, passadeira, mas seu sonho mesmo era cantar. Já fazia algumas apresentações em bares, e estava crescendo a cada dia.[2]

Elza sofreu com a miséria e com a morte de entes queridos, e isso a fez muito infeliz, mas seguiu em seu propósito de vida, que era cantar, escrever letras, tinha um dom para música que nem ela sabia explicar, já que o som e a voz sempre foram sua vida.[2]

Aos 25 anos conheceu o famoso jogador de futebol Garrincha. Ela sofreu muito para estar ao lado dele: uma cantora de início de carreira se envolve com um jogador de futebol casado, que se separou para assumir o relacionamento dos dois. Isso causou a fúria da sociedade, e Elza era xingada, ameçada de morte, sua casa era alvejada por ovos e tomates, tudo porque seu namorado quis se divorciar da esposa e todos a acusavam de ter acabado com o casamento de Garrincha.

Foram casados por 16 anos, de 1968 a 1982. Após casar-se com ele, os amigos de seu marido não aceitavam Elza como esposa, a xingavam de bruxa, pois ela rodava os bares pedindo para ninguém dar bebida alcoólica ao marido, que era alcoólatra.[3]

Elza e Garrincha tiveram um filho, que o jogador queria tanto, pois só teve filhas mulheres com a outra esposa. O menino possuía o mesmo nome de seu pai, e era apelidado de Garrinchinha. Em 1983 Garrincha morreu de cirrose, o que a fez ficar arrasada, mesmo já estando separada dele. Em 1986, outra tragédia em sua vida: Seu filho morreu em um acidente de carro aos 9 anos de idade, ao ir visitar o túmulo do pai em Magé. Ela não aguentou a perda desse filho, estava derrotada, pensava em parar com tudo, até que saiu do Brasil e ficou 9 anos morando fora, fazendo turnês com shows na Europa e EUA.[3]

Apesar de tantas atribulações, Elza é conhecida na mídia por sempre aparecer feliz e cantando, sorrindo, o que mostra um exemplo de vitória para quem passa por dificuldades como ela passou.

Hoje namora um homem bem mais jovem e tem sua familia formada por filhos e netos.

Carreira

O início de sua carreira musical se deu quando ela ainda se apresentava em show de calouros, apresentado por Ary Barroso.

Elza Soares tornou-se popular com as canções "Se Acaso Você Chegasse", "Mas Que Nada", entre outros sambas de sucesso. Recebeu indicações ao GRAMMY Awards e, foi eleita pela BBC de Londres "a cantora do milênio". Em 2007, a cantora foi convidada para cantar o Hino Nacional Brasileiro a cappella na Cerimônia de Abertura dos Jogos Panamericanos Rio 2007. Seu último álbum foi lançado em 2004, Vivo Feliz, que mistura diversos ritmos que vai do samba à música eletrônica.

Elza participou de um show de calouros apresentado pelo renomado músico brasileiro Ary Barroso, e recebeu as maiores notas. No fim da década de 1950, Elza Soares fez uma turnê de um ano pela Argentina, juntamente com Mercedes Batista. Tornou-se popular com sua primeira música "Se Acaso Você Chegasse", na qual introduziu o scat a la Louis Armstrong, adicionando um pouco de jazz ao samba. Mudou-se para São Paulo, onde se apresentou em teatros e casas noturnas. A voz rouca e vibrante tornou-se sua marca registrada. Após terminar seu segundo LP, A Bossa Negra, Elza foi ao Chile representando o Brasil na Copa do Mundo da FIFA de 1962. Seu estilo "levado" e exagerado fascinou o público no Brasil e no exterior.

Nos anos 70, Elza entrou em turnê pelos Estados Unidos e Europa. Sua carreira remonta mais de 50 anos. Em 2000, foi premiada como "Melhor Cantora do Milênio" pela BBC em Londres, quando se apresentou num concerto com Gal Costa, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues. No mesmo ano, estreou uma série de shows de vanguarda, dirigidos por José Miguel Wisnik, no Rio de Janeiro.

Autógrafo da artista.

Elza Soares teve inúmeras músicas no topo das listas de sucesso no Brasil ao longo de sua carreira; alguns dos maiores sucessos incluem: "Se Acaso Você Chegasse" (1960), "Boato" (1961), "Cadeira Vazia" (1961), "Só Danço Samba" (1963), "Mulata Assanhada" (1965) e "Aquarela Brasileira" (1974).

Alguns dos álbuns de Elza foram relançados em versões remasterizadas de CD: de 1961 – A Bossa Negra (contendo seu maior sucesso no ano, "Boato") – e de 1972, com uma grandiosa banda, Elza Pede Passagem (produzida por Dom Salvador), sendo dois dos seus mais aclamados trabalhos. Elza pede passagem não fez tanto sucesso como seus trabalhos anteriores, quando lançados originalmente no Brasil; no entanto, é considerado um clássico e representante do som "samba-soul" do início dos anos 70.

Em 2000, foi eleita a cantora do milênio pela BBC de Londres.

Em 2002, o álbum Do Cóccix Até O Pescoço garantiu-lhe uma indicação ao Grammy. O disco recebeu críticas estupendas da imprensa da música e divulgou uma espécie de quem é quem de artistas brasileiras que com ela colaboraram: Caetano Veloso, Chico Buarque, Carlinhos Brown e Jorge Ben Jor, entre outros. O lançamento impulsionou numerosas e bem-sucedidas turnês pelo mundo.

Em 2004, Elza lançou o álbum Vivo Feliz. Não tão bem-sucedido em vendas quanto suas obras anteriores, o álbum continuou a executar o tema de fazer um mix de samba e bossa com música eletrônica e efeitos modernos. O álbum apresentou colaborações de artistas inovadores como Fred Zero Quatro e Zé Keti.

Em 2007, nos Jogos Pan-americanos do Brasil, Elza interpretou o Hino Nacional Brasileiro, no início da cerimônia de abertura do evento, no Maracanã.E lançou o álbum "Beba-me" nesse álbum Elza gravou as músicas que marcaram sua carreira.

Como puxadora de samba-enredo

Elza Soares foi a primeira mulher brasileira a puxar um samba enredo. Já atuou como puxadora de samba-enredo, tendo passagens pelo Salgueiro, Mocidade[4] e Cubango.

Novos Projetos

Em 2010, Elza Soares gravou o álbum "Arrepios", em parceria com o músico e compositor, João de Aquino e produzido pela Pivetz.

Desde 2008, a vida e obra da cantora é tema do projeto de longa-metragem "http://elzasoaresavozdobrasil.blogspot.com" / www.elzasoares.com, produzido pela IT Filmes, Comunicação e Entretenimento e dirigido pela cineasta e jornalista Elizabete Martins Campos.

Ainda em 2010, gravou a faixa "Brasil" no disco tributo de George Israel ao Cazuza. O disco se chama "13 parcerias com Cazuza". Nesta faixa há a participação do saxofonista do Kid Abelha e do despojado Marcelo D2. Como grande amiga do artista, já havia gravado "Milagres" antes, inclusive apresentando-a ao vivo com o próprio Cazuza.

Em 2010 pela primeira vez a artista comandou e poxou um trio eletrico no circuito DODO ( Barra - Ondina), o trio levou o nome de " A Elza pede passagem" arastando uma grande multidão pelas ruas de Salvador- Bahia no carnaval daquele ano.

Em 2011, gravou a música "Perigosa", já cantada pelo grupo "As Frenéticas", para a minissérie "Lara com Z", da Globo. Também neste ano, gravou a música "Paciência", de Lenine, para o filme "Estamos Juntos".

Em 2012 fez uma participação na música "Samba de preto" da banda paulista Huaska, faixa título do terceiro cd da banda.

Discografia

  • Se Acaso Você Chegasse (Odeon 1960)
  • A Bossa Negra (Odeon 1961 / Universal 2003)
  • Com A Bola Branca (Odeon 1966)
  • Elza Carnaval & Samba (Odeon 1969 / EMI 2003)
  • Trajetoria (Universal 1997)
  • Elza Pede Passagem (Odeon 1972 / EMI 2004)
  • Do Cóccix Até O Pescoço (Maianga / Tratore 2002)
  • Vivo Feliz (Tratore 2004)
  • Beba-me - Ao Vivo (Biscoito Fino 2007)
  • Chega de Saudade - Trilha Sonora do Filme (Universal 2008)

Coletâneas

  • Grandes Sucessos de Elza Soares (Tapecar Brasil 1978)
  • Salve a Mocidade (Tapecar Brasil 1997)
  • Meus Momentos – Volumes 1 & 2 (EMI Brasil 1998)
  • Elza Soares – Raízes do Samba (EMI Brasil 1999)

Referências

Notas


  1. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. «Elza Soares». Consultado em 24 de junho de 2011 
  2. a b c d e [1]
  3. a b c d e f g [2]
  4. Eliane Maria (3 de outubro de 2009). «Elza Soares, madrinha da Mocidade avisa: 'A Eva vai estar na Avenida'». Jornal Extra 
Bibliografia

Ver também

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