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IMBEL IA2: diferenças entre revisões

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Adição sobre o IA-2 no jogo Call Of Duty Ghosts.
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== Na cultura ==
== Na cultura ==
No jogo [[Warface]], o IA2 é uma arma de GP disponível para a classe dos Fuzileiros.<ref>{{citar web|url=http://warface.uol.com.br/noticias/promocoes/imbel-ia2-vendida-diretamente-por-gp.lhtml|titulo=IMBEL IA2 vendida diretamente por GP|data=07/07/2016|acessodata=15/07/2016|obra=Level Up|publicado=Warface|ultimo=|primeiro=}}</ref> {{referências|col=3}}
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No jogo Call Of Duty Ghosts (2012), é uma das armas principais do game, sendo utilizada uma versão 7.62 semi-automática. {{referências|col=3}}
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[[Categoria:Fuzis do Brasil]]
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Revisão das 23h39min de 30 de outubro de 2016

IMBEL A2
Tipo Fuzil de assalto
Local de origem  Brasil
História operacional
Em serviço 2012 - presente
Utilizadores Ver Utilizadores
Histórico de produção
Criador Paulo Augusto Capetti Porto
Data de criação 2009
Fabricante IMBEL
Custo unitário R$ 5,500
Período de
produção
2012–presente
Especificações
Peso (Fuzil 5.56) 3,4 kg (descarregado)
Comprimento 920 mm (Fuzil 7.62)
850 mm (Fuzil 5.56)
800 mm (Carabina 7.62)
850 mm (Carabina 5.56)
Comprimento 
do cano
350 mm (Fuzil 5.56)
490 mm (Fuzil 7.62)
350 mm (Carabina 5.56)
265 mm (Carabina 7.62)
Calibre 5.56x45 mm NATO

7.62x51 mm NATO

Ação 5.56 mm: A gás, com ferrolho rotativo

7.62 mm: A gás, com ferrolho basculante

Cadência de tiro 650 a 750 disparos por minuto
Velocidade de saída 850 a 920 m/s (dependendo da munição)
Alcance efetivo 600 m (Fuzil 5,56)
Sistema de suprimento Carregador de 30 munições 5.56x45 mm NATO

Carregador de 20 munições 7.62x51 mm NATO

Mira Massa de mira configurada para 150 ou 300 metros; várias lunetas.

IMBEL A2 (IA2) é um fuzil de assalto fabricado pela IMBEL com o intuito de substituir o IMBEL M964 FAL no Exército Brasileiro e na Marinha do Brasil e o SIG SG 550 e o Heckler & Koch HK33 na Força Aérea Brasileira. É o primeiro fuzil de assalto 100% produzido no Brasil.

História

O IA2 foi criado pelo Tenente-Coronel Paulo Augusto Capetti Rodrigues Porto,[1] da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) para substituir o FN FAL e suas variantes nas fileiras do Exército Brasileiro. Após o Exército constatar que o IMBEL MD-97 não poderia suprir os requisitos básicos para substituir o FAL, a IMBEL começou a modernizar o projeto do MD-97, porém, a simples modernização do projeto, que usava muitas peças do FAL, não era suficiente para suprir as necessidades do Exército.

Com isso, começou o projeto de uma arma totalmente nova, inicialmente nomeada como MD-97 Mk.II, mesmo não se tratando de uma simples modernização do MD-97, e sim de um fuzil totalmente novo.[2] O fuzil, que usa componentes do FAL e do M16,[3] veio ao público em 2010, quando começou a ser testado no Centro de Avaliações de Exército (CAEx), no Campo de Provas de Marambaia, Rio de Janeiro. Em 2012, o exército fez a encomenda inicial de 1.500 fuzis IA-2, no modelo 5.56×45mm NATO e 7.62×51mm NATO, para serem distribuídas para teste entre várias unidades do Exército, como a Brigada de Operações Especiais, a Brigada de Infantaria Paraquedista e as Brigadas de Infantaria de Selva.[2]

O produto final realizou mais de 70 mil tiros, em testes de resistência, submetido a areia, poeira, altas e baixas temperaturas, bem como imersão em água, seguida de disparo. O desempenho em testes em ambiente em selva provou sua confiabilidade, assim como seu tempo de escoamento de 15 segundos após submersão.[4] Também foi testado seu desempenho em paraquedismo, caatinga, operações especiais e etc. Estaria sendo produzida uma coronha retrátil.[5]

A partir de 2012, foram realizados testes para a avaliação operacional de 20 fuzis pelo Corpo de Fuzileiros Navais através do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, do Batalhão de Operações Ribeirinhas e 3º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais, sob a coordenação da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM) e do Comando do Material de Fuzileiros Navais (CMatFN). Foi avaliado o desempenho do fuzil em condições operativas, onde se verificou, por exemplo, sua compatibilidade com os equipamentos individuais do militar e a sua resistência a impactos e ao contato com areia, água ou lama.[6]

Em Dezembro de 2013, o Exército fez uma encomenda de 20.000 fuzis 5.56.[7] Em 2016, foi divulgado que o CAEx estaria para testar cinco protótipos da versão Fz 7.62.[8]

Descrição

O IA2 é um fuzil de fogo seletivo, que, dependendo da versão, pode ter mecanismos diferentes:

  • Fuzil 5,56 e outras variantes em 5.56x45 mm NATO: Sistema de ferrolho rotativo, com sete ressaltos;
  • Fuzil 7,62: Sistema de ferrolho basculante, similar ao utilizado no FAL.

Mesmos com sistemas de ferrolho diferentes, ambos os fuzis tem características similares, como o sistema por acionamento de gases (na qual os gases resultantes do disparo são desviados para um tubo acima do cano, que empurram um pistão, localizado no tubo, que empurra o kit do ferrolho, liberando o estojo e carregando a câmara com outra munição), detalhes da mecânica foram alterados (como por exemplo, o extrator que teve seu desenho modificado para melhorar o processo de ejeção dos cartuchos deflagrados e o posicionamento do percussor foi modificado).

Seu seletor de modo de disparo possui 3 posições: Segurança (S), Fogo Semi-Automático (SA) e Fogo Automático (A).

Características

IA2 com coronha rebatida.

O fuzil teve sua ergonomia melhorada, tendo seu tamanho diminuído e sua empunhadura melhorada, quebrando uma das principais similaridades do MD-97 com o FAL, a empunhadura. A coronha, inicialmente, na versão 5.56, foi projetada com uma coronha telescópica, em polímero, de desenho moderno, muito similar à utilizada no fuzil FN SCAR, e na versão 7.62, foi projetada uma coronha de polímero rebatível muito similar à do M964A1 Para-FAL, com desenho moderno. Com o tempo, a coronha do 5.56 foi abandonada, sendo suplantada pela coronha da versão 7.62, mais barata e fácil de fabricar. A chapa da soleira tem borracha de alta resistência para amenizar o impacto.[9]

Mantiveram-se duas características do FAL e do MD97, que é a alavanca de acionamento do ferrolho, posicionada no lado esquerdo do fuzil, não ambidestra, não podendo ser trocada sua posição e seu seletor de modo de disparo, que é posicionado no lado esquerdo do conjunto do gatilho da arma (dificultando a operação por atiradores canhotos).

O IA2 usa componentes do FAL e do M16.[3]

Ficheiro:ROTA POLICIAL.jpg
O IMBEL A2 sendo utilizado por um policial da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar em São Paulo.

O carregamento do fuzil se faz depender sua variante. As variantes em 5.56×45mm NATO são carregadas com um carregador STANAG 4179, com capacidade de 30 munições, padrão em todas as forças da OTAN, já a versão 7.62×51mm NATO são carregadas com um carregador padrão do FAL, com capacidade de 20 munições.

O IA2 utiliza a mesma mira do Para-FAL, alça de mira do tipo rampa deslizante, com as posições de 150 e 250 metros, sendo regulável manualmente no plano horizontal.[9] A massa de mira também é a mesma de seu irmão mais velho, regulável em altura.

O guarda-mão tem uma placa de alumínio interna defletora de calor, o que permite até 200 tiros em sequência sem aquecimento,[9] ao contrário do FAL, que não passava dos 60. Os zarelhos são fixos, enquanto o de seu irmão mais velho, solto, o que provocava ruídos.[9]

Contrário ao FAL, os disparos do IA2 não têm a tendência de subir e a arma tem melhor desempenho em ambientes urbanos e próximos, com um tamanho cerca de 30 cm e peso de 2 kg menores do que os anteriores.

Acessórios

Por ter sua caixa de culatra e seu guarda-mão repleto de trilhos picatinny, o IA2 pode ser equipado com uma vasta gama de acessórios, que incluem lunetas, miras RDS (Red Dot Sight), miras holográficas, intensificadores de imagem, lanternas táticas, Lança-Granadas M203, unidades de controle de tiro, designadores a laser, entre outros acessórios. O cano é equipado com um quebra-chamas padrão da OTAN, podendo ser equipado com granadas de bocal. O fuzil pode ser equipado com uma baioneta IA2 ou AMZ, fabricados pela IMBEL.

Criticas

O IA2 vem sendo duramente criticado por especialistas e usuários. Entre as críticas, estão o fato da alavanca de manejo do ferrolho não ser solidáriar e estar em má posição, além de ter o mesmo desenho do FAL. Não há botão de trancamento da câmara e a tampa da culatra não é fixa ao guarda-mão superior, fazendo com que ela vibre; os trilhos não são fixos e não cobrem toda a extensão da arma e o fuzil tem 200 partes, o que dificulta o trabalho. Além disso, o sistema de tiro é idêntico ao MD97.

Embora seja também criticado o fato de ser um fuzil 100% destro (segundo o Exército Brasileiro, apenas 10% da tropa é canhota), o IA2 é tido como seguro para canhotos.

Variantes

IA2[10]
Nome Comprimento do Cano Comprimento (Coronha Estendida) Comprimento (Coronha Rebatida) Peso Notas
Fuzil de Assalto 5.56 350 mm 850 mm 600 mm 3.38 kg Carregador OTAN com capacidade de 30 tiros
Carabina 5.56 350 mm 850 mm 600 mm 3.38 kg Carregador OTAN com capacidade de 30 tiros
Fuzil de Assalto 7.62 389 mm 920 mm 670 mm 4.03 kg Carregador padrão do FAL com capacidade de 20 tiros
Carabina 7.62 265 mm 800 mm 550 mm 3.76 kg Carregador padrão do FAL com capacidade de 20 tiros

Utilizadores

Soldado do Exército Brasileiro em exposição com o IA2.

 Brasil

Segundo Alte Zyberberg, diretor industrial da Imbel, haveria um negócio "praticamente fechado" com um país da América do Sul e uma proposta da Arábia Saudita.[3]

Na cultura

No jogo Warface, o IA2 é uma arma de GP disponível para a classe dos Fuzileiros.[37]

No jogo Call Of Duty Ghosts (2012), é uma das armas principais do game, sendo utilizada uma versão 7.62 semi-automática.

Referências

  1. «Patente BR 10 2013 013820 7 A2». Pedido de Patente de Fuzil de Assalto Aperfeiçoado. INPI. 5 de junho de 2013. Consultado em 21 de agosto de 2016 
  2. a b c «Processo de produção do fuzil IA2 da IMBEL». Tecnodefesa. 26 de janeiro de 2016. Consultado em 11 de maio de 2016 
  3. a b c Souza, Marcos de Moura e (10 de setembro de 2013). «Novo fuzil é aposta da Imbel para recuperação financeira». DefesaNet. Consultado em 11 de setembro de 2016 
  4. Machado, Miguel (19 de novembro de 2011). «OS PROGRAMAS DE MODERNIZAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO». Operacional.pt. Consultado em 11 de maio de 2016 
  5. a b c d Stochero, Tahiane (5 de novembro de 2014). «Exército testa novo fuzil que substituirá o adotado há 50 anos». G1. Consultado em 11 de maio de 2016 
  6. Poggio, Guilherme (13 de setembro de 2012). «Curso de instrução sobre Fuzil 5,56m IA2 no CTecCFN». Forças Terrestres - ForTe. Consultado em 11 de setembro de 2016 
  7. a b «Exército adquire 20.000 fuzis de assalto 5,56MM IA2 IMBEL». Defesa Aérea & Naval. Consultado em 11 de maio de 2016 
  8. Barreira, Victor (11 de outubro de 2016). «Brazilian Army eyes new 7.62 mm IA2 rifles» [Exército Brasileiro busca por novos fuzis 7.62 mm IA2]. IHS Jane's 360. Consultado em 12 de outubro de 2016 
  9. a b c d e f g h Valente, Rubens (13 de março de 2015). «Fuzil da ditadura dá lugar a modelo nacional». Folha de S. Paulo. Consultado em 11 de setembro de 2016 
  10. Queiroz, Claudio (15 de julho de 2014). «Fuzil IMBEL IA2». ForTe - Forças Terrestres. Consultado em 12 de outubro de 2016 
  11. a b c Chrispim, José Augusto (15 de março de 2014). «Polícia Militar recebe novas viaturas e 'armamento de guerra'». Jornal O Imparcial. Consultado em 11 de maio de 2016 
  12. «FAB & Indústria de Defesa apresenta processo produtivo do fuzil IA2». Agência Força Aérea. FAB. 25 de janeiro de 2016. Consultado em 11 de maio de 2016 
  13. «IA-2 no Corpo de Fuzileiros Navais». Portal Defesa. 2 de dezembro de 2013. Consultado em 11 de setembro de 2016 
  14. Padilha, Luiz (15 de maio de 2015). «Entrevista com o AE Leal Ferreira - "Fuzileiros Navais"». Defesa Aérea & Naval. Consultado em 11 de setembro de 2016 
  15. «FNSP». Flickr - Photo Sharing!. Consultado em 19 de junho de 2016 
  16. «Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul». 7 de outubro de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  17. «Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul». 27 de janeiro de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  18. «Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul». 22 de outubro de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  19. «Diário Oficial do Estado de Alagoas». 12 de julho de 2016. Consultado em 10 de outubro de 2016 
  20. «Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul». 8 de janeiro de 2016. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  21. «Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul». 29 de setembro de 2016. Consultado em 10 de outubro de 2016 
  22. «Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul». 29 de julho de 2016. Consultado em 10 de outubro de 2016 
  23. «Diário Oficial do Estado do Ceará». 18 de dezembro de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  24. Campos, Fernanda (22 de junho de 2016). «CPE E GATE TÊM NOVOS COMANDANTES (Foto)». Aspra/PMBM. Consultado em 27 de julho de 2016 
  25. Bessa, Marcelo Nascimento (2 de dezembro de 2015). «Diário Oficial do Estado de Rondônia». Consultado em 9 de outubro de 2016 
  26. «Diário Oficial do Estado de Santa Catarina». 2 de dezembro de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  27. «Diário Oficial do Estado de Santa Catarina». 10 de junho de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  28. Milanez, Cinthia (19 de junho de 2015). «PM se arma contra crime organizado». JCNET.com.br. Consultado em 10 de julho de 2016 
  29. Foto - Exercício conjunto de enfrentamento ao terrorismo (Ministério da Defesa, Flickr)
  30. «Primeiro fuzil de tecnologia brasileira é produzido em Itajubá, MG». G1. 28 de dezembro de 2013. Consultado em 15 de julho de 2016 
  31. «Dinheiro apreendido com organizações criminosas é utilizado para adquirir armamento». Jornal Circuito Mato Grosso. 12 de agosto de 2015. Consultado em 10 de julho de 2016 
  32. «Diário Oficial do Estado do Mato Grosso». 12 de agosto de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  33. Jarbas, Roger Elizandro (24 de maio de 2016). «Diário Oficial do Estado do Mato Grosso». Consultado em 10 de outubro de 2016 
  34. «Diário Oficial do Estado do Pará». Consultado em 15 de dezembro de 2014 
  35. Poggio, Guilherme (11 de maio de 2015). «População arrecada dinheiro para compra de fuzil IA2 da Imbel». Forças de Defesa. ForTe - Forças Terrestres. Consultado em 15 de julho de 2016 
  36. «Diário Oficial do Estado do Piauí». 2 de dezembro de 2015. Consultado em 9 de outubro de 2016 
  37. «IMBEL IA2 vendida diretamente por GP». Level Up. Warface. 7 de julho de 2016. Consultado em 15 de julho de 2016