Economia política: diferenças entre revisões

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[[File:Rousseau - Discours sur l'oeconomie politique, 1758 - 5884558.tif|thumb|[[Jean-Jacques Rousseau]], ''Discours sur l'oeconomie politique'', 1758]]
[[File:Rousseau - Discours sur l'oeconomie politique, 1758 - 5884558.tif|thumb|[[Jean-Jacques Rousseau]], ''Discours sur l'oeconomie politique'', 1758]]
'''<big>Resumo</big>'''

'''Economia política'''<ref>{{Citar web|url=https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/manual/01.htm|titulo=Capítulo I - Objeto da Economia Política|acessodata=2017-11-21|obra=www.marxists.org}}</ref> é a ciência que estuda as relações sociais de [[produção]], circulação e distribuição de [[Bem (economia)|bens materiais]] que visam atender as necessidades humanas, identificando as leis que regem tais relações.<ref>LANGE, Oskar. Economia Política. In: Economia.(Org. Lenina Pomeranz, Coleção Grandes Cientistas Sociais). São Paulo, 1981.</ref> O termo foi originalmente introduzido por [[Antoine de Montchrestien]] em 1615 em seu livro "Tratado de Economia Política", com o objetivo de transpor para a atividade estatal as ideias e os princípios da Economia. Nesse livro o autor aborda temas como [[Monopólio]], proteção para a industria, trabalho, etc..<ref> PREVIDELLO, Adhemar - DUTRA, Ivan - Elementos de Economia - Editora Jalovi - Bauru, São Paulo - pg. 10 </ref> O nome passou a ser utilizado para o estudo das relações de produção, especialmente entre as três classes principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e latifundiários. Em contraposição com as teorias do [[mercantilismo]], e, posteriormente, da [[fisiocracia]], nas quais o comércio e a terra, respectivamente, eram vistos como a origem de toda a riqueza, a economia política propôs (primeiro com [[Adam Smith]]) a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o trabalho é a fonte real do valor. No final do [[século XIX]], o termo ''economia política'' foi paulatinamente trocado por ''[[economia]]'', usado por aqueles que buscavam abandonar a visão classicista da sociedade, repensando-a pelo ponto de vista matemático, axiomático e valorizador dos estudos económicos actuais e que concebiam o valor originado na utilidade que o bem gerava no indivíduo.
'''Economia política'''<ref>{{Citar web|url=https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/manual/01.htm|titulo=Capítulo I - Objeto da Economia Política|acessodata=2017-11-21|obra=www.marxists.org}}</ref> é a ciência que estuda as relações sociais de [[produção]], circulação e distribuição de [[Bem (economia)|bens materiais]] que visam atender as necessidades humanas, identificando as leis que regem tais relações.<ref>LANGE, Oskar. Economia Política. In: Economia.(Org. Lenina Pomeranz, Coleção Grandes Cientistas Sociais). São Paulo, 1981.</ref> O termo foi originalmente introduzido por [[Antoine de Montchrestien]] em 1615 em seu livro "Tratado de Economia Política", com o objetivo de transpor para a atividade estatal as ideias e os princípios da Economia. Nesse livro o autor aborda temas como [[Monopólio]], proteção para a industria, trabalho, etc..<ref> PREVIDELLO, Adhemar - DUTRA, Ivan - Elementos de Economia - Editora Jalovi - Bauru, São Paulo - pg. 10 </ref> O nome passou a ser utilizado para o estudo das relações de produção, especialmente entre as três classes principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e latifundiários. Em contraposição com as teorias do [[mercantilismo]], e, posteriormente, da [[fisiocracia]], nas quais o comércio e a terra, respectivamente, eram vistos como a origem de toda a riqueza, a economia política propôs (primeiro com [[Adam Smith]]) a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o trabalho é a fonte real do valor. No final do [[século XIX]], o termo ''economia política'' foi paulatinamente trocado por ''[[economia]]'', usado por aqueles que buscavam abandonar a visão classicista da sociedade, repensando-a pelo ponto de vista matemático, axiomático e valorizador dos estudos económicos actuais e que concebiam o valor originado na utilidade que o bem gerava no indivíduo.


Actualmente o termo ''economia política'' é utilizado comummente para referir-se a estudos interdisciplinares que se apoiam na [[economia]], [[sociologia]], [[direito]] e [[ciências políticas]] para entender como as instituições e os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da [[ciência política]], o termo se refere principalmente às teorias [[liberais]] e [[marxistas]], que estudam as relações entre a economia e o poder político dentro dos Estados. Economia política internacional é um ramo da economia que estuda como o [[comércio]], as [[finanças internacionais]] e as políticas estatais afetam o intercâmbio internacional e a [[política monetária]] e fiscal.
Actualmente o termo ''economia política'' é utilizado comummente para referir-se a estudos interdisciplinares que se apoiam na [[economia]], [[sociologia]], [[direito]] e [[ciências políticas]] para entender como as instituições e os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da [[ciência política]], o termo se refere principalmente às teorias [[liberais]] e [[marxistas]], que estudam as relações entre a economia e o poder político dentro dos Estados. Economia política internacional é um ramo da economia que estuda como o [[comércio]], as [[finanças internacionais]] e as políticas estatais afetam o intercâmbio internacional e a [[política monetária]] e fiscal.


A economia política foi criticada por [[Karl Marx]] em ''Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política''<ref>{{Citar web|url=https://www.marxists.org/portugues/marx/1859/contcriteconpoli/introducao.htm|titulo=Karl Marx: Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política|acessodata=2017-11-21|obra=www.marxists.org}}</ref>
A economia política recebeu tem grande contribuição de [[Karl Marx]] em ''Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política''<ref>{{Citar web|url=https://www.marxists.org/portugues/marx/1859/contcriteconpoli/introducao.htm|titulo=Karl Marx: Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política|acessodata=2017-11-21|obra=www.marxists.org}}</ref>. Mas sua visão não é a única para interpretar o fenômeno da Economia Política.

{{referências}}
'''<big>Introdução</big>'''

A economia política surgiu em meados do século XVIII e XIX em meio ao processo da primeira revolução industrial em contrapartida ao processo de declínio do sistema Mercantilista<ref>SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788595026254. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021..- Página 13 </ref>.Os primeiros estudos teóricos da economia apareceram como ramo da filosofia política<ref>KISHTAINY et al., 2013 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. – pág 16 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021</ref>, portanto a filosofia é precursora do pensamento econômico, que em seus campos da moral e política, fazia estudos sobre a produção de bens pela sociedade buscando satisfazer necessidades humanas em uma sociedade que começava a dar origem ao pensamento capitalista. A economia era nomeada de economia política nesta época<ref>SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>.No entanto o século XIX foi responsável pela ascensão da economia como ciência e esta, assim como leis da matemática e da física, procuram encontrar padrões e prever comportamentos. A economia busca por meio de estudos estabelecer padrões que regem o comportamento social formulando assim leis<ref>SANDRONI, 2005 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. : Porto Alegre Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>. Portanto a política econômica é um ramo da economia. A economia política estuda as relações humanas em meio a produção de riqueza e como estas são distribuídas socialmente, buscando entender como o fenômeno da escassez de recursos é enfrentado pelas sociedades. Se destacam nesse estudo a Macroeconomia e a Microeconomia, a primeira estuda os grandes agregados econômicos e a interligações destes sistemas agregados em relação ao contexto nacional e internacional, já a segunda estuda agentes econômicos individuais e sua interligação com os consumidores, destacando empresas e indústrias em concomitância com a mão de obra e os consumidores. São exemplos de macroeconomia o estudo da produção de um país relacionada com seu PIB, o consumo em relações, as consequências inflacionárias e gastos públicos com alguma política adotada por algum estado ou governo. Os exemplos de microeconomia são o estudo de um determinado setor da economia como o mercado de carros ou sorvetes e como os agentes consumidores e empregadores se contrabalanceiam neste mercado. A análise econômica floresce em duas vias de interpretação: a análise positiva e a normativa. A primeira faz modelos teóricos econômicos visando ressaltar e prever relações de causa e efeito no mercado econômico, subsequentemente, a análise normativa sugere a intervenção de algum fator econômico visando alcançar algum objetivo.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015.- pág 7 9788522498802. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

<big>'''Etimologia'''</big>

A palavra economia é proveniente do grego ‘’oikonomos’’ e a tradução mais próxima de refere a alguém responsável por administrar um lar, aquele que decide as ações que uma família deve executar a fim de tornar o lar mais eficiente, alguns exemplos são o encarregado por lavar a roupa, o responsável por cozinhar e o responsável por adquirir recursos financeiros, a priori pode parecer equivocada a comparação da administração de um lar com ao palavra economia mas ambos tem naturezas afins<ref>MANKIW, N. G. Introdução à economia – Tradução da 8ª edição norte-americana. : Cengage Learning Brasil, 2019. 9788522127924. – pág 2 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127924/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>.A expressão “economia política” é proveniente das palavras gregas “oikos” e “nomos”. Como já explicado o significado anteriormente, “oikos” vem de casa e “nomos” vem de norma, conduta e administração, o acréscimo política vem de polis que significa cidade estado-grega. Alguns exemplos de cidades-estados são Esparta e Atenas. No período renascentista houve as retomada do uso de termos gregos e o crescimento das economias provenientes das nações originou o termo economia política como responsável pela administração social e pública. O mercantilista francês Antoine de Montchrestien (1575-1621), em seu livro Tratado de economia política(1615), foi precursor do termo para o uso enquanto o sistema mercantilista estava vigente. A posteriori, James Steuart (“An Inquiry Into Principles of Political Economy”, 1767) usou o termo “economia política”, e alguns autores como David Ricardo, Jean-Baptiste Say, James Mill fizeram uso deste nome. Mas é importante ressaltar que Adam Smith e os fisiocratas não fizeram uso desse termo. Muitas denominações foram criadas com o intuito de abarcar todas as multifaces observadas nesta ciência como economia nacional, economia pública, economia social entre outras fragmentos que buscavam nomear esta gama de estudos. A nomeação de Economia Nacional tem sua origem na Alemanha (National Oekonomie) no final do século XIX em concomitância com Zollverein, inventado pelos políticos nacionalistas e a autarquia do Chanceler Bismarck. Alguns pioneiros da escola marginalista usaram o termo “economia política”, como William Stanley Jevons e Léon Walras. Na atualidade a partir de 1890, graças a obra de Alfred Marshall “Principles of Economics”, o termo “Economics” é mais amplamente utilizado mas também foi utilizado por Alfred e Mary Marshall em sua obra “Economics of Industry” (1879)<ref>NUNES, A.J. A. Noção e Objecto da Economia Política - 4ª Edição. [Coimbra]: Grupo Almedina (Portugal), 2020. 9789724085470.- pág 18 e 19 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9789724085470/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>.

<big>'''Uma Breve síntese a respeito da história e pensamento político econômico'''</big>

'''<big>Período da antiguidade</big>'''

Na Grécia o termo economia foi usado por Aristóteles (384-322 a.C.) onde faz referência a estudos provenientes sobre administração pública e privada. Todavia o termo também aparece em escritos de Xenofonte (440-335 a.C.) e Platão (427-347 a.C.). Houve também escritos sobre economia em Roma que buscavam interligar os campos da justiça e moral com o setor econômico. Alguns escritos tratavam sobre aspectos de juros altos, lucro justo e a lei da usura.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. – Pág 18 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

'''<big>Período Mercantilista</big>'''

No século XVI o pensamento era envolto na acumulação de riquezas por uma nação. O princípio de acúmulo de metais preciosos pelo fomento do comércio exterior e o estimo por conquistas provenientes de guerra eram assuntos pertinentes ao Estado.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki> pág 20. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

'''<big>Fisiocratas</big>'''

Pensadores provenientes da escola Francesa, atuantes no século XVIII se opunham ao mercantilismo, estes pregavam que a riqueza era proveniente da posse de terras e eram incentivadores de práticas como lavoura, pesca e mineração. Eram avessos ao grande número de comerciantes e praticantes de artes financeiras. Eles defendiam que a riqueza provinha da terra e não apoiavam grandes intervenções governamentais, pois defendiam a lei suprema da natureza como responsável pela regulamentação econômica.  Autor de destaque: Dr. François Quesnay, autor da obra “Tableau Économique”.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança: São Paulo Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>  - pág 19. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>


'''Adam Smith (1723- 1790)'''

Autor da obra “A Riqueza das nações” (1776), é formulador de algumas ideias liberais como a pouca intervenção estatal na economia, sendo somente necessária para defesa em caso de guerra e manutenção de instituições fundamentais. Termos como “laissez-faire”, “Mão Invisível” e “Teoria do valor-trabalho” compõem termos influentes na contribuição do autor. Ele é precursor de ideias de divisão do trabalho e progressões tecnológicas visando o melhor desenvolvimento econômico.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 20 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki> Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

'''David Ricardo (1772-1823)'''

Pioneiro que buscou estudar o comércio entre nações refletindo sobre o produto a ser comercializado, este dissertou sobre a hipótese de vantagem comparativas e foi importante no setor de comércio internacional. Ele representa ideias do período Neoclássico.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

'''John Stuart Mill (1806-1873)'''

Organizou alguns estudos sobre seus antecessores e acrescentou elementos institucionais, além de ampliar a explicação das vantagens e restrições do funcionamento do mercado na economia.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

'''Thomas Malthus (1766-1835)'''

Foi um economista britânico, considerado o pai da demografia. Foi também o primeiro economista a fazer uma teoria geral sobre o controle populacional. Nela, Malthus explica que o crescimento da população dependia diretamente da oferta de alimentos a causa de todos os males da sociedade residia no excesso populacional: enquanto a população crescia em progressão geométrica, a produção de alimentos seguia em progressão aritmética, ou seja, a população cresceria tanto que em algum momento faltaria alimentos para algumas pessoas.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 22 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

'''John Maynard Keynes (1883-1946)'''

O renomado acadêmico ficou conhecido pela Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, publicado em 1936. Neste período, a economia mundial passava por uma crise conhecida como a Grande Depressão. Ao contrário da ordem vigente, Keynes acreditava que não existiam forças auto reguladoras na economia, sendo assim, o Estado deveria intervir através de uma política de gastos públicos.<ref>Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 24 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.</ref>

'''Karl Marx (1818-1883)'''

Karl Marx foi um sociólogo e economista alemão. Estruturou as bases da teoria comunista por ele criada, onde ele introduz conceitos como mais-valia e faz críticas ao capitalismo, à sociedade burguesa e aos modos de produção. Em 1847, juntamente com Friedrich Engels, ele escreveu o “Manifesto Comunista”, livro onde construiu duas ideias de luta de classe e materialismo histórico, e termina com um apelo para que todos os operários do mundo todo se unissem. Até então, os estudos de Marx se voltavam à filosofia, política e história. A partir de sua estadia em Paris, ele deu início ao “estudo crítico sério da economia política”, pois via contradições nas leis e na política que não podiam ser resolvidas no âmbito de sua própria esfera e da incapacidade de ambas em fornecer soluções para os problemas sociais. Além disso, a obra “Esboço de uma Crítica da Economia Política”, de Engels também o influenciou no estudo da Economia Política.<ref>https://www.ebiografia.com/karl_marx/</ref>.

{{referências}}5. ↑SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788595026254. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021..- Página 13

6.↑ KISHTAINY et al., 2013 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. – pág 16 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

7.↑SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

8.↑SANDRONI, 2005 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. [Digite o Local: Porto Alegre Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

9.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015.- pág 7 -9788522498802. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

10.↑MANKIW, N. G. Introdução à economia – Tradução da 8ª edição norte-americana. : Cengage Learning Brasil, 2019. 9788522127924. – pág 2 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127924/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

11.↑ NUNES, A.J. A. Noção e Objecto da Economia Política - 4ª Edição. Coimbra: Grupo Almedina (Portugal), 2020. 9789724085470.- pág 18 e 19 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9789724085470/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

12.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. – Pág 18 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

13.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki> pág 20. Acesso em: 23 set. 2021.

14.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança: São Paulo Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885↑22498802/</nowiki>  - pág 19. Acesso em: 23 set. 2021.

15.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança: São Paulo Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>  - pág 19. Acesso em: 23 set. 2021.

16.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 20 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki> Acesso em: 23 set. 2021.

17.↑ Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

18.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

19.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 22 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

20.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 24 Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>. Acesso em: 23 set. 2021.

21.↑https://www.ebiografia.com/karl_marx/
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;Bibliografia
;Bibliografia
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* HUNT, E. K.. ''História do pensamento econômico.'' tradução de José Ricardo Brandão Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989 (ISBN 85-7001-421-X).
* HUNT, E. K.. ''História do pensamento econômico.'' tradução de José Ricardo Brandão Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989 (ISBN 85-7001-421-X).
* MARTINS, Alexandre Lyra. ''Fundamentos de economia política marxista.'' 2a. edição - João Pessoa : Editora Universitária UFPB, 1999 (ISBN 85-237-0150-8).
* MARTINS, Alexandre Lyra. ''Fundamentos de economia política marxista.'' 2a. edição - João Pessoa : Editora Universitária UFPB, 1999 (ISBN 85-237-0150-8).
*SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788595026254. Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/</nowiki>.
*Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015.- 9788522498802.
*MANKIW, N. G. Introdução à economia – Tradução da 8ª edição norte-americana. : Cengage Learning Brasil, 2019. 9788522127924. – Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127924/</nowiki>.
*NUNES, A.J. A. Noção e Objecto da Economia Política - 4ª Edição. [Coimbra]: Grupo Almedina (Portugal), 2020. 9789724085470.- Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9789724085470/</nowiki>.
*Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Disponível em: <nowiki>https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/</nowiki>.
*https://www.ebiografia.com/karl_marx/


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Revisão das 17h38min de 20 de outubro de 2021

Jean-Jacques Rousseau, Discours sur l'oeconomie politique, 1758

Resumo

Economia política[1] é a ciência que estuda as relações sociais de produção, circulação e distribuição de bens materiais que visam atender as necessidades humanas, identificando as leis que regem tais relações.[2] O termo foi originalmente introduzido por Antoine de Montchrestien em 1615 em seu livro "Tratado de Economia Política", com o objetivo de transpor para a atividade estatal as ideias e os princípios da Economia. Nesse livro o autor aborda temas como Monopólio, proteção para a industria, trabalho, etc..[3] O nome passou a ser utilizado para o estudo das relações de produção, especialmente entre as três classes principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e latifundiários. Em contraposição com as teorias do mercantilismo, e, posteriormente, da fisiocracia, nas quais o comércio e a terra, respectivamente, eram vistos como a origem de toda a riqueza, a economia política propôs (primeiro com Adam Smith) a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o trabalho é a fonte real do valor. No final do século XIX, o termo economia política foi paulatinamente trocado por economia, usado por aqueles que buscavam abandonar a visão classicista da sociedade, repensando-a pelo ponto de vista matemático, axiomático e valorizador dos estudos económicos actuais e que concebiam o valor originado na utilidade que o bem gerava no indivíduo.

Actualmente o termo economia política é utilizado comummente para referir-se a estudos interdisciplinares que se apoiam na economia, sociologia, direito e ciências políticas para entender como as instituições e os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da ciência política, o termo se refere principalmente às teorias liberais e marxistas, que estudam as relações entre a economia e o poder político dentro dos Estados. Economia política internacional é um ramo da economia que estuda como o comércio, as finanças internacionais e as políticas estatais afetam o intercâmbio internacional e a política monetária e fiscal.

A economia política recebeu tem grande contribuição de Karl Marx em Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política[4]. Mas sua visão não é a única para interpretar o fenômeno da Economia Política.

Introdução

A economia política surgiu em meados do século XVIII e XIX em meio ao processo da primeira revolução industrial em contrapartida ao processo de declínio do sistema Mercantilista[5].Os primeiros estudos teóricos da economia apareceram como ramo da filosofia política[6], portanto a filosofia é precursora do pensamento econômico, que em seus campos da moral e política, fazia estudos sobre a produção de bens pela sociedade buscando satisfazer necessidades humanas em uma sociedade que começava a dar origem ao pensamento capitalista. A economia era nomeada de economia política nesta época[7].No entanto o século XIX foi responsável pela ascensão da economia como ciência e esta, assim como leis da matemática e da física, procuram encontrar padrões e prever comportamentos. A economia busca por meio de estudos estabelecer padrões que regem o comportamento social formulando assim leis[8]. Portanto a política econômica é um ramo da economia. A economia política estuda as relações humanas em meio a produção de riqueza e como estas são distribuídas socialmente, buscando entender como o fenômeno da escassez de recursos é enfrentado pelas sociedades. Se destacam nesse estudo a Macroeconomia e a Microeconomia, a primeira estuda os grandes agregados econômicos e a interligações destes sistemas agregados em relação ao contexto nacional e internacional, já a segunda estuda agentes econômicos individuais e sua interligação com os consumidores, destacando empresas e indústrias em concomitância com a mão de obra e os consumidores. São exemplos de macroeconomia o estudo da produção de um país relacionada com seu PIB, o consumo em relações, as consequências inflacionárias e gastos públicos com alguma política adotada por algum estado ou governo. Os exemplos de microeconomia são o estudo de um determinado setor da economia como o mercado de carros ou sorvetes e como os agentes consumidores e empregadores se contrabalanceiam neste mercado. A análise econômica floresce em duas vias de interpretação: a análise positiva e a normativa. A primeira faz modelos teóricos econômicos visando ressaltar e prever relações de causa e efeito no mercado econômico, subsequentemente, a análise normativa sugere a intervenção de algum fator econômico visando alcançar algum objetivo.[9]

Etimologia

A palavra economia é proveniente do grego ‘’oikonomos’’ e a tradução mais próxima de refere a alguém responsável por administrar um lar, aquele que decide as ações que uma família deve executar a fim de tornar o lar mais eficiente, alguns exemplos são o encarregado por lavar a roupa, o responsável por cozinhar e o responsável por adquirir recursos financeiros, a priori pode parecer equivocada a comparação da administração de um lar com ao palavra economia mas ambos tem naturezas afins[10].A expressão “economia política” é proveniente das palavras gregas “oikos” e “nomos”. Como já explicado o significado anteriormente, “oikos” vem de casa e “nomos” vem de norma, conduta e administração, o acréscimo política vem de polis que significa cidade estado-grega. Alguns exemplos de cidades-estados são Esparta e Atenas. No período renascentista houve as retomada do uso de termos gregos e o crescimento das economias provenientes das nações originou o termo economia política como responsável pela administração social e pública. O mercantilista francês Antoine de Montchrestien (1575-1621), em seu livro Tratado de economia política(1615), foi precursor do termo para o uso enquanto o sistema mercantilista estava vigente. A posteriori, James Steuart (“An Inquiry Into Principles of Political Economy”, 1767) usou o termo “economia política”, e alguns autores como David Ricardo, Jean-Baptiste Say, James Mill fizeram uso deste nome. Mas é importante ressaltar que Adam Smith e os fisiocratas não fizeram uso desse termo. Muitas denominações foram criadas com o intuito de abarcar todas as multifaces observadas nesta ciência como economia nacional, economia pública, economia social entre outras fragmentos que buscavam nomear esta gama de estudos. A nomeação de Economia Nacional tem sua origem na Alemanha (National Oekonomie) no final do século XIX em concomitância com Zollverein, inventado pelos políticos nacionalistas e a autarquia do Chanceler Bismarck. Alguns pioneiros da escola marginalista usaram o termo “economia política”, como William Stanley Jevons e Léon Walras. Na atualidade a partir de 1890, graças a obra de Alfred Marshall “Principles of Economics”, o termo “Economics” é mais amplamente utilizado mas também foi utilizado por Alfred e Mary Marshall em sua obra “Economics of Industry” (1879)[11].

Uma Breve síntese a respeito da história e pensamento político econômico

Período da antiguidade

Na Grécia o termo economia foi usado por Aristóteles (384-322 a.C.) onde faz referência a estudos provenientes sobre administração pública e privada. Todavia o termo também aparece em escritos de Xenofonte (440-335 a.C.) e Platão (427-347 a.C.). Houve também escritos sobre economia em Roma que buscavam interligar os campos da justiça e moral com o setor econômico. Alguns escritos tratavam sobre aspectos de juros altos, lucro justo e a lei da usura.[12]

Período Mercantilista

No século XVI o pensamento era envolto na acumulação de riquezas por uma nação. O princípio de acúmulo de metais preciosos pelo fomento do comércio exterior e o estimo por conquistas provenientes de guerra eram assuntos pertinentes ao Estado.[13]

Fisiocratas

Pensadores provenientes da escola Francesa, atuantes no século XVIII se opunham ao mercantilismo, estes pregavam que a riqueza era proveniente da posse de terras e eram incentivadores de práticas como lavoura, pesca e mineração. Eram avessos ao grande número de comerciantes e praticantes de artes financeiras. Eles defendiam que a riqueza provinha da terra e não apoiavam grandes intervenções governamentais, pois defendiam a lei suprema da natureza como responsável pela regulamentação econômica.  Autor de destaque: Dr. François Quesnay, autor da obra “Tableau Économique”.[14]


Adam Smith (1723- 1790)

Autor da obra “A Riqueza das nações” (1776), é formulador de algumas ideias liberais como a pouca intervenção estatal na economia, sendo somente necessária para defesa em caso de guerra e manutenção de instituições fundamentais. Termos como “laissez-faire”, “Mão Invisível” e “Teoria do valor-trabalho” compõem termos influentes na contribuição do autor. Ele é precursor de ideias de divisão do trabalho e progressões tecnológicas visando o melhor desenvolvimento econômico.[15]

David Ricardo (1772-1823)

Pioneiro que buscou estudar o comércio entre nações refletindo sobre o produto a ser comercializado, este dissertou sobre a hipótese de vantagem comparativas e foi importante no setor de comércio internacional. Ele representa ideias do período Neoclássico.[16]

John Stuart Mill (1806-1873)

Organizou alguns estudos sobre seus antecessores e acrescentou elementos institucionais, além de ampliar a explicação das vantagens e restrições do funcionamento do mercado na economia.[17]

Thomas Malthus (1766-1835)

Foi um economista britânico, considerado o pai da demografia. Foi também o primeiro economista a fazer uma teoria geral sobre o controle populacional. Nela, Malthus explica que o crescimento da população dependia diretamente da oferta de alimentos a causa de todos os males da sociedade residia no excesso populacional: enquanto a população crescia em progressão geométrica, a produção de alimentos seguia em progressão aritmética, ou seja, a população cresceria tanto que em algum momento faltaria alimentos para algumas pessoas.[18]

John Maynard Keynes (1883-1946)

O renomado acadêmico ficou conhecido pela Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, publicado em 1936. Neste período, a economia mundial passava por uma crise conhecida como a Grande Depressão. Ao contrário da ordem vigente, Keynes acreditava que não existiam forças auto reguladoras na economia, sendo assim, o Estado deveria intervir através de uma política de gastos públicos.[19]

Karl Marx (1818-1883)

Karl Marx foi um sociólogo e economista alemão. Estruturou as bases da teoria comunista por ele criada, onde ele introduz conceitos como mais-valia e faz críticas ao capitalismo, à sociedade burguesa e aos modos de produção. Em 1847, juntamente com Friedrich Engels, ele escreveu o “Manifesto Comunista”, livro onde construiu duas ideias de luta de classe e materialismo histórico, e termina com um apelo para que todos os operários do mundo todo se unissem. Até então, os estudos de Marx se voltavam à filosofia, política e história. A partir de sua estadia em Paris, ele deu início ao “estudo crítico sério da economia política”, pois via contradições nas leis e na política que não podiam ser resolvidas no âmbito de sua própria esfera e da incapacidade de ambas em fornecer soluções para os problemas sociais. Além disso, a obra “Esboço de uma Crítica da Economia Política”, de Engels também o influenciou no estudo da Economia Política.[20].

Referências

  1. «Capítulo I - Objeto da Economia Política». www.marxists.org. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  2. LANGE, Oskar. Economia Política. In: Economia.(Org. Lenina Pomeranz, Coleção Grandes Cientistas Sociais). São Paulo, 1981.
  3. PREVIDELLO, Adhemar - DUTRA, Ivan - Elementos de Economia - Editora Jalovi - Bauru, São Paulo - pg. 10
  4. «Karl Marx: Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política». www.marxists.org. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  5. SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788595026254. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021..- Página 13
  6. KISHTAINY et al., 2013 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. – pág 16 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021
  7. SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021.
  8. SANDRONI, 2005 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. : Porto Alegre Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021.
  9. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015.- pág 7 9788522498802. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.
  10. MANKIW, N. G. Introdução à economia – Tradução da 8ª edição norte-americana. : Cengage Learning Brasil, 2019. 9788522127924. – pág 2 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127924/. Acesso em: 23 set. 2021.
  11. NUNES, A.J. A. Noção e Objecto da Economia Política - 4ª Edição. [Coimbra]: Grupo Almedina (Portugal), 2020. 9789724085470.- pág 18 e 19 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9789724085470/. Acesso em: 23 set. 2021.
  12. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. – Pág 18 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.
  13. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/ pág 20. Acesso em: 23 set. 2021.
  14. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança: São Paulo Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/  - pág 19. Acesso em: 23 set. 2021.
  15. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 20 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/ Acesso em: 23 set. 2021.
  16. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.
  17. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.
  18. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 22 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.
  19. Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 24 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.
  20. https://www.ebiografia.com/karl_marx/

5. ↑SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788595026254. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021..- Página 13

6.↑ KISHTAINY et al., 2013 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. – pág 16 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021.

7.↑SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021.

8.↑SANDRONI, 2005 apud SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. [Digite o Local: Porto Alegre Grupo A, 2018. 9788595026254. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/. Acesso em: 23 set. 2021.

9.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015.- pág 7 -9788522498802. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.

10.↑MANKIW, N. G. Introdução à economia – Tradução da 8ª edição norte-americana. : Cengage Learning Brasil, 2019. 9788522127924. – pág 2 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127924/. Acesso em: 23 set. 2021.

11.↑ NUNES, A.J. A. Noção e Objecto da Economia Política - 4ª Edição. Coimbra: Grupo Almedina (Portugal), 2020. 9789724085470.- pág 18 e 19 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9789724085470/. Acesso em: 23 set. 2021.

12.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. – Pág 18 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.

13.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/ pág 20. Acesso em: 23 set. 2021.

14.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança: São Paulo Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885↑22498802/  - pág 19. Acesso em: 23 set. 2021.

15.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança: São Paulo Grupo GEN, 2015. 9788522498802. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/  - pág 19. Acesso em: 23 set. 2021.

16.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 20 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/ Acesso em: 23 set. 2021.

17.↑ Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.

18.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 21 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.

19.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 22 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.

20.↑Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 9788522498802. - Pág 24 Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522498802/. Acesso em: 23 set. 2021.

21.↑https://www.ebiografia.com/karl_marx/

Bibliografia
  • HUNT, E. K.. História do pensamento econômico. tradução de José Ricardo Brandão Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989 (ISBN 85-7001-421-X).
  • MARTINS, Alexandre Lyra. Fundamentos de economia política marxista. 2a. edição - João Pessoa : Editora Universitária UFPB, 1999 (ISBN 85-237-0150-8).
  • SILVA, F.P.M. D.; SILVA, D.F. D.; ABEL, H.; AL., E. Economia política. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788595026254. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026254/.
  • Matias-Pereira, José. Curso de Economia Política: Foco na Política Macroeconômica e nas Estruturas de Governança. São Paulo: Grupo GEN, 2015.- 9788522498802.
  • MANKIW, N. G. Introdução à economia – Tradução da 8ª edição norte-americana. : Cengage Learning Brasil, 2019. 9788522127924. – Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127924/.
  • NUNES, A.J. A. Noção e Objecto da Economia Política - 4ª Edição. [Coimbra]: Grupo Almedina (Portugal), 2020. 9789724085470.- Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9789724085470/.
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  • https://www.ebiografia.com/karl_marx/
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