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Revisão das 16h06min de 8 de agosto de 2023

Drex
Desenvolvimento
Estado desenvolvimentoA ser lançada

O Digital Real X (abreviação: Drex),[1] será uma moeda digital brasileira do Banco Central do Brasil, utilizada como a versão digital do real brasileiro.[2]

De acordo com a projeção mais recente do Banco Central, é esperado que o lançamento do Real Digital ocorra para a população até o final de 2024. O teste piloto está em andamento e espera-se que seja concluído entre o final de 2023 e o primeiro semestre do próximo ano. Neste momento, o Real Digital encontra-se na segunda fase de seu projeto de desenvolvimento, onde um piloto está sendo testado em um caso de uso prático.[3] No dia 7 de agosto de 2023, foi anunciado o nome oficial da moeda digital.[4]

Ao contrário do que acontece com criptomoedas como o Bitcoin, o Real digital terá lastro do Banco Central do Brasil e valor que corresponde ao do dinheiro físico emitido atualmente. A moeda digital permite movimentar reais que não existem fisicamente, o que implicaria na diminuição de custos de emissão da moeda física e a facilitação da implementação de inovações tecnológicas como os contratos inteligentes. A previsão é que, quando a moeda receber seu lançamento, ela trabalhe com todos os métodos de pagamento já existentes, bem como se conecte a outros bancos centrais ao redor do mundo.[5]

O objetivo do desenvolvimento do real em formato digital é desenhar uma moeda digital de banco central (da sigla em inglês CBDC, Central Bank Digital Currency), que seja parte do cotidiano das pessoas, sendo empregada por quem usa contas bancárias, contas de pagamentos, cartões ou dinheiro vivo.[6]

História

Antecedentes

Em agosto de 2020, o Banco Central anunciou a criação de um grupo de estudos para avaliar a emissão de uma moeda digital equivalente ao Real sem fornecer detalhes de como funcionaria essa nova moeda.[7] Além disso, esse grupo teria como objetivo desenvolver um modelo de emissão de moeda digital que fosse capaz de identificar riscos, garantindo a segurança cibernética, a proteção dos dados e o cumprimento das normas e regulações do Banco Central.[8]

Aplicações

Contratos inteligentes

O real digital terá a capacidade de programar e automatizar diversas atividades relacionadas a transações financeiras. Isso envolve a programabilidade para operações financeiras através de algoritmos e scripts que permitem a execução automática de determinadas ações financeiras com base em condições predefinidas.[9]

Um exemplo prático que ilustra essa funcionalidade é o cenário de venda de carros usados entre pessoas físicas. Nessa situação, é comum que o vendedor tenha receio de transferir a propriedade do veículo antes de ter a certeza de ter recebido o valor acordado. Com o real digital, será possível estabelecer um contrato inteligente que automatiza o processo de pagamento e transferência de propriedade. Assim, o vendedor poderá programar as condições necessárias para que a transação seja concluída com segurança, como a verificação do pagamento na totalidade, antes de efetuar a transferência de propriedade do veículo.[10]

Tokenização

O projeto prevê uma capacidade de representar digitalmente ativos financeiros e de contratos por meio de tokens programáveis. Esses tokens podem ser utilizados para representar uma ampla gama de ativos, como moedas digitais, ações, títulos, commodities e até mesmo propriedades físicas.[11]

Benefícios e impacto

  • Rapidez nos pagamentos: A agilidade nos pagamentos é, sem dúvida, a principal vantagem de uma moeda digital, independentemente de sua funcionalidade ou origem. As transações são confirmadas em questão de segundos, permitindo que o dinheiro seja transferido de um ponto a outro sem a necessidade de intermediários, como ocorre com os cartões de crédito. O PIX já foi uma introdução dessa experiência para os consumidores e seu amplo uso em apenas um ano de existência indica sua popularidade entre a população.
  • Segurança e rapidez em transações internacionais: Realizar transações que envolvem empresas e pessoas em outros países costuma ser uma tarefa complicada para os envolvidos. Desde a simples tarefa de levar dinheiro em viagens até as complexas negociações empresariais, as transações internacionais são burocráticas e exigem muita documentação. Com a versão digital do real, isso deixará de ser um problema. Por ser totalmente digital, a moeda pode circular pela internet e chegar rapidamente ao seu destino sem qualquer fator que possa interferir no processo.[12]
  • Prevenção contra fraudes: Embora o Real Digital não seja uma criptomoeda, fará uso da tecnologia blockchain em sua estrutura. A blockchain, como o próprio nome sugere, permite que informações sejam transmitidas pela internet em blocos criptografados, que se juntam formando uma corrente. Essa tecnologia é atualmente uma das mais seguras para transações digitais, pois reduz significativamente o risco de fraudes e protege contra ataques cibernéticos. Isso elimina a preocupação das pessoas em relação às compras realizadas online, por exemplo.[13]
  • Digitalização e redução nos custos de produção de dinheiro: Há também um benefício importante para o Sistema Financeiro Nacional. A produção e circulação de cédulas e moedas em papel custam dinheiro, e não é uma quantia insignificante! Na maioria dos casos, o custo de produção é maior do que o valor que essas cédulas e moedas representam. Com o Real Digital, haverá uma redução ainda maior no uso de dinheiro físico no varejo, o que economizará recursos públicos gastos com impressão e cunhagem. Além disso, é importante lembrar que a transformação digital já é uma realidade consolidada, o que obriga o poder público a encontrar maneiras de digitalizar seus processos e oferecer mais comodidade, conforto e segurança à população.[14]
  • Incentivo a inovações: Possibilita a criação de um ambiente favorável para que os diferentes participantes do mercado possam propor inovações. Além disso, os benefícios dessas tecnologias podem ser disponibilizados para um número maior de cidadãos, sem expor seus negócios às incertezas de um ambiente financeiro não regulamentado.[15]
  • Prevenção e combate de atividades ilícitas: Permite que o banco central acompanhe com precisão a localização de cada unidade da moeda, o que desencoraja atividades ilícitas e facilita o combate a crimes financeiros.[16]
  • Inclusão financeira: Deve possuir uma estrutura que permite o controle financeiro das famílias, acesso fácil a informações financeiras e uma melhor preparação do orçamento familiar. Além disso, essa estrutura pode facilitar o investimento, especialmente em projetos específicos dentro de uma comunidade, por meio do uso do Real Digital.[17]

Riscos

A implementação da moeda do Real Digital também traz consigo alguns riscos que devem ser considerados, como:

  • Centralização: a criação de uma moeda digital vinculada ao Banco Central do Brasil pode concentrar o controle monetário nas mãos de uma única entidade. Isso levanta preocupações sobre a possibilidade de interferência governamental na política monetária e na estabilidade financeira do país. A centralização também pode resultar em uma maior vulnerabilidade a ataques cibernéticos, pois um único ponto de controle pode se tornar um alvo atrativo para hackers e outras ameaças digitais.[18]
  • Privacidade: esta é uma preocupação significativa na era do Real Digital. Por ser uma moeda digital, todas as transações podem ser rastreadas e registradas, o que pode afetar a privacidade dos usuários. Embora a tecnologia blockchain possa garantir a segurança e a integridade das transações, também levanta questões sobre a proteção dos dados pessoais e a possibilidade de vigilância governamental. Os cidadãos podem se sentir desconfortáveis ​​com a ideia de que todas as suas transações financeiras estejam sendo registradas e disponíveis para análise.[19]
  • Cancelamento financeiro: no Blockchain, o acesso aos dados é fácil e praticamente imediato, o que permite que outros órgãos, como a Receita Federal, exerçam um controle mais efetivo. Nesse contexto, é possível que o Poder Judiciário possa restringir o acesso de um indivíduo aos seus próprios recursos, uma medida que poderia ser comparada a um bloqueio financeiro.[20]

Ver também

Referências

  1. «Drex: BC anuncia nome da nova moeda digital do Brasil». UOL. 7 de agosto de 2023. Consultado em 7 de agosto de 2023 
  2. «Versão eletrônica do real deve ser lançada até 2024, estima assessor do Banco Central». Agência Senado. 1º de setembro de 2021 
  3. «Real Digital vai democratizar acesso a serviços financeiros, diz Banco Central». Exame. 6 de junho de 2023. Consultado em 9 de junho de 2023 
  4. «Drex: Banco Central divulga nome de moeda digital brasileira». TechTudo. 7 de agosto de 2023. Consultado em 8 de agosto de 2023 
  5. «Real digital está em fase avançada e pode se concretizar em 2022». 25 de Agosto de 2021 
  6. «BC apresenta diretrizes para o potencial desenvolvimento do real em formato digital». Banco Central do Brasil. 24 de maio de 2021 
  7. «Paulo Guedes confirma que Brasil terá versão digital do real». Exame. 5 de novembro de 2020. Consultado em 10 de junho de 2023 
  8. «BC cria grupo de trabalho para discutir emissão de moeda digital». Agência Brasil. 20 de agosto de 2020. Consultado em 10 de junho de 2023 
  9. «Quando o Real Digital vai ser lançado? Entenda próximos passos do projeto do BC». Exame. 25 de maio de 2023. Consultado em 9 de junho de 2023 
  10. «Qual será o nome do real digital? BC está entre duas opções, diz Campos». Valor Econômico. 25 de maio de 2023. Consultado em 10 de junho de 2023 
  11. «Sistema financeiro do futuro vai ter Real Digital e tokenização, diz BC». Exame. 25 de maio de 2023. Consultado em 9 de junho de 2023 
  12. Times, Equipe Money (8 de março de 2022). «Real Digital: Entenda 5 benefícios que você terá com a nova moeda». Money Times. Consultado em 12 de junho de 2023 
  13. PagBank (20 de maio de 2022). «Real Digital: o que é, os benefícios e como vai funcionar?». Blog PagBank. Consultado em 12 de junho de 2023 
  14. «Real Digital: o que esperar da moeda virtual brasileira». Santander | Programa Avançar. Consultado em 12 de junho de 2023 
  15. «Banco Central: Real Digital vai ajudar na transição para economia tokenizada». Exame. 2 de junho de 2023. Consultado em 12 de junho de 2023 
  16. «Moedas digitais dos BCs devem alterar a dinâmica econômica mundial». Estadão E-Investidor - As principais notícias do mercado financeiro. 16 de dezembro de 2021. Consultado em 12 de junho de 2023 
  17. «Real digital pode ajudar na inclusão financeira». Estadão. Consultado em 22 de junho de 2023 
  18. «Ciro Chagas | Devemos confiar no "real digital"?». Poder360. Consultado em 12 de junho de 2023 
  19. «Piloto do Real Digital chega para testar um sistema com transparência total e privacidade garantida - Opinião». InfoMoney. 2 de maio de 2023. Consultado em 12 de junho de 2023 
  20. null. «Projeto do Real Digital permite cancelamento financeiro de cidadãos». Gazeta do Povo. Consultado em 13 de julho de 2023