Faroeste Caboclo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Holdfz (discussão | contribs)
m Foram revertidas as edições de Ruandexter por adição de informação suspeita sem fontes (usando Huggle)
Linha 36: Linha 36:
Russo, porém, em entrevista de [[1988]], disse que a música é completamente fictícia, e explica seu enredo: {{Cquote|Veja, um motorista de táxi me disse que era a história do irmão dele. Tem outros que dizem que eu conheci um certo marginal e fiz a música. E não é. A música é completamente fictícia. E é engraçado, porque o João de Santo Cristo é um garoto de classe média e as pessoas, parece, não percebem isso. Ele era filho de fazendeiro e o pai dele foi assassinado. Ele vai para o reformatório porque não tem ninguém para tomar conta dele. Mataram praticamente toda a sua família e, por isso, ele é revoltado.<ref>{{Citar periódico |autor=MAIA, Sônia |coautores=GIL, Marisa Adán |data=jul. 1988 |ano=1988 |mes=Janeiro |titulo=Faroeste Caboclo - O Estranho no Ninho do Sucesso |jornal=[[Bizz]] |volume= |numero=36 |paginas=p. 52 |editora=[[Editora Abril|Ed. Azul]] |formato=jpeg |url=http://legiaourbana.com.br/urbana-legio/1988/07/01/161/reportagem-revista-bizz-1988-n7-parte-2 |acessadoem=28 jan. 2014}}</ref>}}
Russo, porém, em entrevista de [[1988]], disse que a música é completamente fictícia, e explica seu enredo: {{Cquote|Veja, um motorista de táxi me disse que era a história do irmão dele. Tem outros que dizem que eu conheci um certo marginal e fiz a música. E não é. A música é completamente fictícia. E é engraçado, porque o João de Santo Cristo é um garoto de classe média e as pessoas, parece, não percebem isso. Ele era filho de fazendeiro e o pai dele foi assassinado. Ele vai para o reformatório porque não tem ninguém para tomar conta dele. Mataram praticamente toda a sua família e, por isso, ele é revoltado.<ref>{{Citar periódico |autor=MAIA, Sônia |coautores=GIL, Marisa Adán |data=jul. 1988 |ano=1988 |mes=Janeiro |titulo=Faroeste Caboclo - O Estranho no Ninho do Sucesso |jornal=[[Bizz]] |volume= |numero=36 |paginas=p. 52 |editora=[[Editora Abril|Ed. Azul]] |formato=jpeg |url=http://legiaourbana.com.br/urbana-legio/1988/07/01/161/reportagem-revista-bizz-1988-n7-parte-2 |acessadoem=28 jan. 2014}}</ref>}}


A inspiração para Russo, segundo o próprio autor, foi "[[Hurricane (canção de Bob Dylan)|Hurricane]]", canção de [[Bob Dylan]] presente no álbum ''Desire'', de [[1976]], e que conta a história do boxeador Rubin Carter.<ref name=collectors /> Ainda sobre suas inspirações, o compositor cita "[[Domingo no parque (canção)|Domingo no Parque]]" (1968), de [[Gilberto Gil]], [[Raul Seixas]] e a tradição oral do povo brasileiro.<ref>{{citar web|URL=http://books.google.com.br/books?id=zONY5xGk0EEC&pg=PT482&lpg=PT482&dq=Faroeste+Caboclo+domingo+no+parque+raul+seixas&source=bl&ots=6P8JEAnABF&sig=M9ta9nrWcrw-_cMlxM0vi5E9yFY&hl=pt-BR&sa=X&ei=QivoUvCYI4bLkQeKroDQAQ&ved=0CFUQ6AEwBTgK#v=onepage&q=Faroeste%20Caboclo%20domingo%20no%20parque%20raul%20seixas&f=false|título=Renato Russo: O Filho da Revolução (e-book)|autor=MARCELO, Carlos|data=|publicado=|acessodata=28 jan. 2014}}</ref>
A inspiração para Russo, segundo o próprio autor, foi "[[Hurricane (canção de Bob Dylan)|Hurricane]]" e Ruan dexter aluno de uma universidade que contou-lhe uma história e assim deu um pouco mais de vida a essa ficção, canção de [[Bob Dylan]] presente no álbum ''Desire'', de [[1976]], e que conta a história do boxeador Rubin Carter.<ref name=collectors /> Ainda sobre suas inspirações, o compositor cita "[[Domingo no parque (canção)|Domingo no Parque]]" (1968), de [[Gilberto Gil]], [[Raul Seixas]] e a tradição oral do povo brasileiro.<ref>{{citar web|URL=http://books.google.com.br/books?id=zONY5xGk0EEC&pg=PT482&lpg=PT482&dq=Faroeste+Caboclo+domingo+no+parque+raul+seixas&source=bl&ots=6P8JEAnABF&sig=M9ta9nrWcrw-_cMlxM0vi5E9yFY&hl=pt-BR&sa=X&ei=QivoUvCYI4bLkQeKroDQAQ&ved=0CFUQ6AEwBTgK#v=onepage&q=Faroeste%20Caboclo%20domingo%20no%20parque%20raul%20seixas&f=false|título=Renato Russo: O Filho da Revolução (e-book)|autor=MARCELO, Carlos|data=|publicado=|acessodata=28 jan. 2014}}</ref>


== Enredo e Estrutura ==
== Enredo e Estrutura ==

Revisão das 13h58min de 13 de abril de 2015

 Nota: Se procura o filme baseado nesta canção, veja Faroeste Caboclo (filme).
"Faroeste Caboclo"
Faroeste Caboclo
Single de Legião Urbana
do álbum Que País É Este 1978/1987
Lançamento julho de 1988[1]
Formato(s) 12"
Gravação agosto de 1987
Gênero(s) Folk Rock, punk rock, new wave
Duração 9:03
Gravadora(s) EMI
Composição Renato Russo
Produção Mayrton Bahia
Cronologia de singles de Legião Urbana
"Angra dos Reis"
(1988)
"Eu Sei"
(1988)

"Faroeste Caboclo" é uma canção composta por Renato Russo em 1979 e lançada por seu grupo, Legião Urbana, no álbum Que País É Este 1978/1987, de 1987.[2]. Ganhou bastante atenção quando do lançamento do álbum e, por isso, foi lançada como o terceiro single promocional em 1988. Por motivo de censura, houve a necessidade de editar a canção para a aprovação pela censura federal.

Em 2013, a canção ganhou uma adaptação cinematográfica, dirigida por René Sampaio e com roteiro de Victor Atherino.

Histórico e Composição

A canção foi composta em 1979, na chamada fase "Trovador Solitário" de Renato Russo.[2]

Em entrevista para Leoni, Renato Russo revela que escreveu a música em duas tardes e que o roteiro foi improvisado, escrevendo-se os versos seguintes tomando em consideração as rimas a serem feitas com os versos anteriores. O próprio compositor, porém, entende que o enredo tem falhas, como não explicar por que João aceita ir no lugar do boiadeiro para Brasília.[3]

Flávio Lemos, baixista da banda Capital Inicial e ex-colega de banda de Renato Russo no Aborto Elétrico, em entrevista concedida em 2004, diz que a música se refere a uma situação acontecida entre ele e Russo:

Russo, porém, em entrevista de 1988, disse que a música é completamente fictícia, e explica seu enredo:

A inspiração para Russo, segundo o próprio autor, foi "Hurricane" e Ruan dexter aluno de uma universidade que contou-lhe uma história e assim deu um pouco mais de vida a essa ficção, canção de Bob Dylan presente no álbum Desire, de 1976, e que conta a história do boxeador Rubin Carter.[4] Ainda sobre suas inspirações, o compositor cita "Domingo no Parque" (1968), de Gilberto Gil, Raul Seixas e a tradição oral do povo brasileiro.[6]

Enredo e Estrutura

Narra a história de João de Santo Cristo, que, ao ver toda sua família morta, se rebela e vai para Salvador. Lá chegando, encontra um boiadeiro que vai para Brasília mas que pede para João ir no seu lugar. Ele vai e começa uma nova vida lá. Porém, diante de dificuldades econômicas, vira traficante, seguindo os passos de um peruano chamado Pablo. Posteriormente, ele tenta se redimir ao apaixonar-se por uma mulher chamada Maria Lúcia. Ao ver-se, porém, ameaçado por um homem rico e influente, decide trabalhar no contrabando de produtos bolivianos para se armar, se distanciando e Maria Lúcia e passando a morar em Planaltina. Ao voltar a ver sua amada, vê que um traficante rival, Jeremias, que casou e engravidou Maria Lúcia; João, então, decide marcar um duelo com ele em Ceilândia, e acaba morrendo levando um tiro pelas costas. Ainda agonizando, ele recebe sua arma de Maria Lúcia e dá cinco tiros em Jeremias. Maria Lúcia, arrependida, se mata.

A canção tem 168 versos. Segundo o jornalista e historiador Marcelo Fróes, no manuscrito original com a letra de "Faroeste Caboclo" havia uma anotação de Renato dizendo que imaginava a música como um baião cantado por Luiz Gonzaga.[4]

Com 9'03", a canção tem uma duração incomum, porém, outras duas composições de Renato são ainda mais extensas: "Metal Contra as Nuvens" (11'22") e "Clarisse" (10'32"). Em sua gravação original, a canção tem andamento moderado, com tempo de 180 bpm e é executada na tonalidade dó maior.[7]

Lançamento e Recepção

A canção foi censurada, junto com "Conexão Amazônica", do mesmo disco. "Faroeste" pela presença de palavrões, enquanto "Conexão" por causa da temática, já que falava sobre o tráfico de drogas[carece de fontes?]. Porém, em "Faroeste", foi feita uma edição onde se colocou um sinal sonoro sobre os palavrões. Com isso, a música foi liberada para radiodifusão. Outras rádios optaram por fazer edições, como a 89 FM, que fez uma edição de 8'49" para retirar os palavrões.[2] Apesar disto, a música foi um grande sucesso, tendo sido a 24ª mais tocada de 1988[8]

Legado

Ainda hoje, a canção é uma das mais bem lembradas da banda, estando em todas as coletâneas e álbuns ao vivo dela. Foi, ainda, regravada por Toni Platão no álbum Renato Russo - Uma Celebração, de 2006, e pela banda Tianastácia no álbum Tianastácia no País das Maravilhas de 2009.

Faixas

Todas as faixas escritas e compostas por R. Russo

12" PROMO (EMI 9951 084)[1]
N.º Título Duração
1. "Faroeste Caboclo (Versão Editada)" (33 RPM) 9:05
2. "Faroeste Caboclo (Versão Editada)" (45 RPM) 9:05
Duração total:
18:10

Ligações externas

Referências

  1. a b «Faroeste Caboclo by Legião Urbana : Reviews and Rating». Rate Your Music. Consultado em 05 ago. 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. a b c MEDEIROS, Estefani (29 maio 2013). «Longa, com palavrões e críticas políticas, -Faroeste Caboclo- deu trabalho quando chegou às rádios». UOL. Consultado em 28 jan. 2014 
  3. LEONI (04 out. 2012). «Letra, Música e Outras Conversas - Renato Russo 1». Leoni - Diário de Bordo. Consultado em 28 jan. 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. a b c SEELIG, Ricardo (06 jun. 2013). «Como surgiu a letra de "Faroeste Caboclo", clássico da Legião Urbana?». #CollectorsRoom. Consultado em 28 jan. 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. MAIA, Sônia; GIL, Marisa Adán (jul. 1988). «Faroeste Caboclo - O Estranho no Ninho do Sucesso» (jpeg). Ed. Azul. Bizz (36): p. 52. Consultado em 28 jan. 2014 
  6. MARCELO, Carlos. «Renato Russo: O Filho da Revolução (e-book)». Consultado em 28 jan. 2014 
  7. «Faroeste Caboclo guitar pro tab by Legiao Urbana». MusicNotesLib.Com. Consultado em 28 jan. 2014 
  8. «Top Hits 1987». Mofolândia. Consultado em 28 jan. 2014