Omnipotência: diferenças entre revisões

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Não se pode associar onipotência a fazer o mal, o que cria uma situação relativa entre euteístas e disteístas.
Não se pode associar onipotência a fazer o mal, o que cria uma situação relativa entre euteístas e disteístas.

== Na Psicologia ==
Previamente à Psicanálise, [[Sigmund Freud|Freud]] enxergava a onipotência como algo intrínseco a primeira infância. 'Como Freud e Ferenczi compartilharam, a criança vive em uma espécie de megalomania por um grande período...a " ficção da onipotência".<ref>{{Citar periódico|ultimo=Moran|primeiro=E.|data=1975-09|titulo=The Psychology of Gambling. Edited by Jon Halliday and Peter Fuller. Allen Lane. 1974. Pp. 310. Price £4.50.|url=http://dx.doi.org/10.1192/bjp.127.3.297-a|jornal=British Journal of Psychiatry|volume=127|numero=3|paginas=297–297|doi=10.1192/bjp.127.3.297-a|issn=0007-1250}}</ref> Ao nascer "o bebê é tudo tudo o que ele conhece - "todo poderoso"... cada paço que ele dá em direção a estabilizar seus próprios limites será doloroso pois ele terá que perder esse sentimento de onipotência como se fosse Deus'. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Skynner|primeiro=Robin|data=1984-08|titulo=Institutes and how to Survive Them|url=http://dx.doi.org/10.1177/053331648401700203|jornal=Group Analysis|volume=17|numero=2|paginas=91–107|doi=10.1177/053331648401700203|issn=0533-3164}}</ref>

Freud considerou que em um [[Neurose|Neurótico]] 'atribui a onipotência a seus pensamentos e sentimentos... é um reconhecimento franco de uma relíquia da antiga megalomania da infância'.<ref>{{Citar web|titulo=Studies on Hysteria (1893-1895). Chapter II. Case histories: 2. Frau Emmy von N. (Freud)|url=http://dx.doi.org/10.1037/e417472005-072|obra=PsycEXTRA Dataset|data=1971|acessodata=2020-06-18|primeiro=Sigmund|ultimo=Freud}}</ref> Para alguns [[Narcisismo|Narcisistas]], o 'período primário do narcisismo que subjetivamente acredita não necessitar de nenhum objeto inteiramente independente... talvez reteu ou regrediu progressivamente o... "comportamento onipotente". <ref>{{Citar periódico|ultimo=Fenichel|primeiro=Otto|data=2006-01-16|titulo=The Psychoanalytic Theory Of Neurosis|url=http://dx.doi.org/10.4324/9780203981580|doi=10.4324/9780203981580}}</ref>

[[Donald Woods Winnicott|D. W. Winnicott]] teve um olhar mais positivo na crença da onipotência inicial, enxergava como essencial para o bem-estar infantil; e que possuir uma mãe "suficientemente boa" seria essencial para habilitar o 'aprendizado com o imenso choque da perda da onipotência' - oposto a qualquer 'força prematura que o faça sair de seu universo narcisista'.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Gladwell|primeiro=Stephen|data=1994-02|titulo=On Kissing, Tickling and Being Bored. By Adam Phillips. London: Faber and Faber.
1993. 143 pp. £14.99.|url=http://dx.doi.org/10.1192/s0007125000051072|jornal=British Journal of Psychiatry|volume=164|numero=2|paginas=278–279|doi=10.1192/s0007125000051072|issn=0007-1250}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=In psychology, what is infantile omnipotence?|url=https://www.enotes.com/homework-help/psychology-what-infantile-omnipotence-469009|obra=eNotes|acessodata=2020-06-18|lingua=en}}</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==

Revisão das 02h51min de 18 de junho de 2020

Omnipotência (português europeu) ou Onipotência (português brasileiro)[1] é a qualidade de um ser que tem a capacidade ilimitada de fazer qualquer coisa.

A onipotência é um dos atributos incomunicáveis do ser divino. Diz-se "incomunicável" pois refere-se a um atributo exclusivo, constituinte da natureza mesma de Deus e, portanto, diferente dos chamados "atributos comunicáveis", tais como amor, sabedoria, santidade etc., que podem ser compartilhados entre suas criaturas.

Não se pode associar onipotência a fazer o mal, o que cria uma situação relativa entre euteístas e disteístas.

Na Psicologia

Previamente à Psicanálise, Freud enxergava a onipotência como algo intrínseco a primeira infância. 'Como Freud e Ferenczi compartilharam, a criança vive em uma espécie de megalomania por um grande período...a " ficção da onipotência".[2] Ao nascer "o bebê é tudo tudo o que ele conhece - "todo poderoso"... cada paço que ele dá em direção a estabilizar seus próprios limites será doloroso pois ele terá que perder esse sentimento de onipotência como se fosse Deus'. [3]

Freud considerou que em um Neurótico 'atribui a onipotência a seus pensamentos e sentimentos... é um reconhecimento franco de uma relíquia da antiga megalomania da infância'.[4] Para alguns Narcisistas, o 'período primário do narcisismo que subjetivamente acredita não necessitar de nenhum objeto inteiramente independente... talvez reteu ou regrediu progressivamente o... "comportamento onipotente". [5]

D. W. Winnicott teve um olhar mais positivo na crença da onipotência inicial, enxergava como essencial para o bem-estar infantil; e que possuir uma mãe "suficientemente boa" seria essencial para habilitar o 'aprendizado com o imenso choque da perda da onipotência' - oposto a qualquer 'força prematura que o faça sair de seu universo narcisista'.[6][7]

Ver também

Referências

  1. «omnipotência». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 9 de dezembro de 2014 
  2. Moran, E. (setembro de 1975). «The Psychology of Gambling. Edited by Jon Halliday and Peter Fuller. Allen Lane. 1974. Pp. 310. Price £4.50.». British Journal of Psychiatry. 127 (3): 297–297. ISSN 0007-1250. doi:10.1192/bjp.127.3.297-a 
  3. Skynner, Robin (agosto de 1984). «Institutes and how to Survive Them». Group Analysis. 17 (2): 91–107. ISSN 0533-3164. doi:10.1177/053331648401700203 
  4. Freud, Sigmund (1971). «Studies on Hysteria (1893-1895). Chapter II. Case histories: 2. Frau Emmy von N. (Freud)». PsycEXTRA Dataset. Consultado em 18 de junho de 2020 
  5. Fenichel, Otto (16 de janeiro de 2006). «The Psychoanalytic Theory Of Neurosis». doi:10.4324/9780203981580 
  6. Gladwell, Stephen (fevereiro de 1994). «On Kissing, Tickling and Being Bored. By Adam Phillips. London: Faber and Faber. 1993. 143 pp. £14.99.». British Journal of Psychiatry. 164 (2): 278–279. ISSN 0007-1250. doi:10.1192/s0007125000051072  line feed character character in |titulo= at position 82 (ajuda)
  7. «In psychology, what is infantile omnipotence?». eNotes (em inglês). Consultado em 18 de junho de 2020 
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