Física computacional

A Física computacional é uma área de pesquisa interdisciplinar que envolve o uso de conceitos e técnicas da física e da ciência da computação.
Abordagem tradicional[editar | editar código-fonte]
Um assunto tradicional da física computacional é o uso de métodos computacionais para a solução de problemas para os quais já existe uma teoria quantitativa.[1] Esse estudo é importante pois muitos sistemas físicos são descritos por equações que não podem ser resolvidas por meio da álgebra.
As técnicas desenvolvidas permitem a solução de várias classes de problemas em diversas áreas da física. São utilizados métodos de integração numérica para a solução de equações diferenciais ordinárias, métodos estatísticos como o método de Monte Carlo, métodos matriciais para a solução de problemas de autovalores e autovetores, entre outros.
Abordagem moderna[editar | editar código-fonte]
Atualmente, a física computacional possui atuação muito mais abrangente que a tradicional. O conhecimento em Ciência e Engenharia da Computação é utilizado como ferramenta para os avanços tanto em física teórica como experimental, ao mesmo tempo em que conceitos da Física são aplicados à Teoria da computação.[2]
São desenvolvidos métodos para a mineração de dados,[3][4] conhecida também pelo termo inglês data mining, com o objetivo de reconhecer padrões e auxiliar a formulação de hipóteses a respeito de dados obtidos por meio da Física experimental. Para essa tarefa, são muito utilizadas técnicas de Estatística, Inteligência artificial e Processamento de sinais.
É estudada também a visualização computacional,[5] com o objetivo de facilitar a interpretação dos dados, cada vez mais complexos, por parte do físico. Ela é utilizada tanto durante o processo de simulação, no trabalho de Física teórica, como no processo de Mineração de dados.
Integração com outras Ciências[editar | editar código-fonte]
Os profissionais da física computacional, por possuírem uma formação de natureza interdisciplinar, muitas vezes participam de pesquisas envolvendo outras áreas do conhecimento além da Física e da Ciência da computação.
Neurociência[editar | editar código-fonte]

A neurociência é uma área de pesquisa que conta com o auxílio de físicos computacionais,[6][7] que contribuem com seus conhecimentos nas áreas[8] de Física teórica, utilizando conceitos da física e técnicas computacionais para modelar o cérebro, e de física experimental e construção de hardware e software para laboratório, com o objetivo de coletar os dados experimentais necessários.
Linguística[editar | editar código-fonte]
Alguns[9] físicos computacionais, interessados na linguística computacional, trabalham em áreas de pesquisa relacionadas à interação humano-computador por meio de linguagem natural. Um dos objetivos é beneficiar a pesquisa em física e outras ciências, fornecendo maior integração entre linguagem matemática e linguagem natural.[10]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Conteúdo da disciplina de Física Computacional I (IFSC-USP).
- ↑ Tópicos da I Escola de Física Computacional Moderna Arquivado em 17 de março de 2008, no Wayback Machine..
- ↑ Descoberta e classificação de padrões[ligação inativa].
- ↑ Computational Physics at Carnegie Mellon Arquivado em 21 de junho de 2007, no Wayback Machine..
- ↑ Visualização científica[ligação inativa].
- ↑ DipteraLab - Links sobre Neurobiofísica.
- ↑ Computational Neurophysics Lab at UNC Chapel Hill Arquivado em 6 de outubro de 2008, no Wayback Machine..
- ↑ DipteraLab - Áreas do conhecimento Arquivado em 17 de março de 2008, no Wayback Machine..
- ↑ Linhas de pesquisa - IFSC-USP Arquivado em 26 de julho de 2007, no Wayback Machine..
- ↑ As linguagens do conhecimento[ligação inativa].