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Francesco Matarazzo

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Francesco Matarazzo
O Muito Honorável
O Conde de Matarazzo
OCIOSMMOCS
Francesco Matarazzo, c. 1920.
Nome completoFrancesco Antonio Maria Matarazzo
Conhecido(a) por
  • Francisco Matarazzo
  • Conde Francisco Matarazzo
  • Conde Matarazzo
  • Conde Francesco
Nascimento
Morte
10 de fevereiro de 1937 (82 anos)

Causa da morteCrise de uremia[1]
Etniaítalo-brasileiro
FortunaUS$ 27 bilhões em valores de 1937 (valor estimado, com diferentes metodologias de conversão para valores atuais)[2][3]
ProgenitoresMãe: Mariangela Jovane[4]
Pai: Costabile Matarazzo[4]
CônjugeFilomena Sansivieri (c. 1873–1937)
Filho(a)(s)
Lista
OcupaçãoIndustrial, empresário, banqueiro, investidor e filantropo
Principais trabalhosFundador das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo
ReligiãoCatolicismo

Francesco Antonio Maria Matarazzo (Castellabate, 9 de março de 1854São Paulo, 10 de fevereiro de 1937) foi um industrial, empresário e banqueiro ítalo-brasileiro, fundador e presidente das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), o maior conglomerado industrial da América Latina e um dos maiores do mundo em seu tempo. Sua biografia é um estudo de caso sobre a acumulação de capital, o desenvolvimento da indústria brasileira e as complexas relações de poder que moldaram o Brasil na transição do século XIX para o XX.

Figura de estatura quase mitológica na história econômica do Brasil, Matarazzo personificou o arquétipo do imigrante bem-sucedido, mas sua trajetória transcendeu o sucesso individual, influenciando diretamente a urbanização, a política e a sociedade de São Paulo.[5] Ao falecer, sua fortuna era estimada em 20 bilhões de dólares americanos de 1937,[2] um montante que o colocava como o homem mais rico do Brasil e um dos mais ricos do mundo. O poderio econômico das IRFM era tal que seu faturamento superava o orçamento da maioria dos estados brasileiros, rivalizando com o do próprio estado de São Paulo, e empregando diretamente mais de 30.000 pessoas, o que representava cerca de 6% da população da capital paulista.[6] Por sua influência e pioneirismo, é frequentemente comparado ao Visconde de Mauá, sendo considerado um dos pilares da modernização capitalista do país.[5]

Origens e contexto da migração

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Palazzo Matarazzo, em Castellabate, onde nasceu o Conde Matarazzo.

Francesco Matarazzo nasceu em 9 de março de 1854, em Castellabate, uma comuna costeira na província de Salerno, então parte do Reino das Duas Sicílias. Era o primogênito de Costabile Matarazzo e Mariangela Jovane.[4] Ao contrário do mito do imigrante miserável, a família Matarazzo pertencia a uma classe de pequenos proprietários de terras e comerciantes com certo prestígio local, embora sem grande fortuna.[7]

O contexto de sua partida foi a "Questione meridionale" (a Questão Meridional), o profundo fosso econômico e social que se abriu entre o norte industrializado e o sul agrário da Itália após a Unificação Italiana de 1861. A imposição de novas políticas fiscais pelo governo de Piemonte-Sardenha e a concorrência com os produtos do norte arruinaram muitas economias locais do sul, gerando desemprego e desesperança.[8] Foi nesse cenário de crise que Matarazzo, aos 27 anos, casado com Filomena Sansivieri e já com filhos para sustentar, decidiu emigrar em 1881, atraído pela propaganda do governo brasileiro, que buscava mão de obra europeia para substituir o trabalho escravo, recém-abolido.[7]

O episódio do naufrágio na chegada ao Rio de Janeiro, onde perdeu sua carga de banha de porco, tornou-se a gênese de sua lenda pessoal: a do homem que se ergueu da adversidade absoluta. Contudo, mais do que o infortúnio, o episódio revela sua resiliência e capacidade de mobilizar recursos, pois, em vez de se dar por vencido, utilizou o crédito do consulado italiano para se reerguer e se dirigir a Sorocaba, um estratégico entroncamento comercial movido pela cultura do tropeirismo.[6]

A construção do império: O "Sistema Matarazzo"

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Carta de Francesco Matarazzo para Júlio Prestes, então presidente do estado de São Paulo, em 1928. O documento ilustra sua influência e acesso direto aos mais altos escalões do poder.
(APESP)

A genialidade de Matarazzo não residiu na invenção de novas tecnologias, mas na aplicação sistemática e em escala sem precedentes de um modelo de negócios autossuficiente e integrado. Em Sorocaba, ele rapidamente passou de mascate a proprietário de um armazém e, em seguida, de uma pequena fábrica de banha em latas, um produto com forte demanda e pouca concorrência padronizada.

A lógica da integração vertical

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Ao se mudar para São Paulo em 1890, Matarazzo aplicou e expandiu essa lógica. A fundação da "Companhia Matarazzo S.A." em 1891, com capital aberto mas controle familiar, foi o passo decisivo para a grande expansão.[9] O ponto de inflexão foi a construção do Moinho Matarazzo em 1900, na Água Branca. A partir dele, Matarazzo criou um ecossistema industrial, o "Sistema Matarazzo", regido pelo lema "uma coisa puxa a outra".

Logotipo das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.

Este sistema consistia em controlar todas as etapas da cadeia produtiva, do insumo ao consumidor, eliminando intermediários e maximizando lucros. Cada nova fábrica era criada para suprir uma necessidade da anterior ou para aproveitar um de seus subprodutos. A tecelagem produzia os sacos para a farinha do moinho; a metalúrgica fabricava as latas para o óleo extraído do caroço do algodão usado na tecelagem; a caixa de previdência e o banco da companhia financiavam a expansão e os clientes; a frota de navios e caminhões garantia a logística. O resultado foi um conglomerado que operava como um "estado dentro do estado", imune a crises de fornecedores e com enorme poder de barganha.[7]

Consolidação e gestão

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Em 1911, a criação da holding Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM) formalizou essa estrutura. A gestão era extremamente centralizada na figura do Conde. Nenhuma decisão estratégica era tomada sem seu aval. Seu estilo era patriarcal e autoritário, estendendo o modelo da família italiana para a administração de um império com mais de 300 fábricas de gêneros alimentícios, tecidos, produtos químicos, material de construção, entre outros.[9] Essa centralização, embora eficaz durante a fase de construção do império, provaria ser uma de suas maiores vulnerabilidades no futuro.

O "Coronel Industrial": Relações de poder e influência

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A Mansão Matarazzo, na Avenida Paulista, em sua primeira versão, no estilo eclético. A residência era um símbolo do poder e da riqueza da família, palco de grandes eventos sociais e políticos que reuniam a elite industrial e a aristocracia. Foto da década de 1910.

Matarazzo compreendeu que o poder econômico precisava ser convertido em capital social e político. Ele se tornou uma espécie de "coronel industrial" urbano, exercendo influência não pela posse de terras, mas pelo controle do emprego e do capital.[10]

A busca por legitimação: Títulos e casamentos

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O título de Conde, concedido pelo Rei da Itália em 1917 por sua ajuda durante a Primeira Guerra, foi o ápice de sua busca por reconhecimento. Não era apenas uma honraria, mas uma ferramenta de legitimação que o elevava acima de outros "novos-ricos". Essa estratégia foi complementada pelos casamentos de suas filhas, Claudia e Olga, com príncipes da alta nobreza italiana. Tais uniões eram transações simbólicas que trocavam a imensa fortuna da nova burguesia industrial pelo prestígio e pela linhagem da aristocracia europeia em declínio.[4]

Relações com a política e o fascismo

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Sua relação com a política era de um pragmatismo absoluto. Foi um dos fundadores do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) em 1928, usando a instituição para defender os interesses da classe industrial.[11] Manteve-se próximo de todos os presidentes, de Washington Luís a Getúlio Vargas, garantindo que seus negócios não fossem afetados pelas turbulências políticas, como demonstrou sua calculada neutralidade durante a Revolução de 1932.

Seu apoio ao fascismo de Benito Mussolini deve ser entendido neste contexto. Para Matarazzo e grande parte da elite ítalo-brasileira, Mussolini representava a ordem contra o "perigo vermelho" do anarquismo e do comunismo, que agitava o movimento operário em São Paulo. Era também uma figura que restaurava o orgulho nacional italiano. O apoio de Matarazzo, portanto, foi financeiro e de prestígio, uma aliança estratégica com o poder na Itália que, entre outros benefícios, lhe garantiu a hereditariedade de seu título de nobreza.[12]

A contradição fundamental: Paternalismo e repressão operária

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Casa das Caldeiras, na Água Branca, foi parte do maior complexo industrial da América Latina, em 1920.

A imagem pública de Matarazzo era a do benfeitor, cujo maior exemplo foi a construção do Hospital Matarazzo em 1904. A filantropia, no entanto, funcionava como uma ferramenta de controle social e uma forma de paternalismo, criando uma relação de dependência e gratidão que visava a desmobilizar as reivindicações da classe trabalhadora.[13]

A realidade dentro de suas fábricas era outra. As condições de trabalho eram duras, as jornadas exaustivas e os salários baixos, em linha com a exploração característica da primeira fase da industrialização. O conglomerado Matarazzo foi o epicentro de grandes lutas operárias, organizadas principalmente por lideranças anarquistas e socialistas. A Greve geral no Brasil em 1917, que paralisou São Paulo, teve um de seus momentos mais trágicos em frente à Tecelagem Mariângela, quando a Força Pública matou a tiros o operário anarquista José Martinez. A repressão violenta era a resposta padrão do Estado, atuando em consonância com os interesses dos grandes industriais, para qualquer tentativa de organização sindical autônoma.[14] Essa dualidade entre o paternalismo e a repressão é a contradição central do legado social de Matarazzo.

O declínio do império: O dilema do fundador

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Mausoléu da Família Matarazzo, no Cemitério da Consolação.

Francesco Matarazzo faleceu em 10 de fevereiro de 1937, aos 82 anos.[1] A sucessão recaiu sobre seu filho, Francisco "Chiquinho" Matarazzo II, já que o primogênito e herdeiro natural, Ermelino Matarazzo, havia morrido em 1920. A derrocada do império nas décadas seguintes é um caso clássico do "dilema do fundador": as mesmas qualidades que permitiram a um homem construir um império do zero — centralização, controle absoluto, desconfiança de estranhos, decisões baseadas na intuição — foram as que o tornaram incapaz de sobreviver em um mundo mais complexo e competitivo.

As causas do declínio foram multifatoriais:

  • Sucessão e Gestão: Chiquinho não tinha o foco nem a frugalidade do pai. Sua gestão permitiu que o conglomerado perdesse competitividade.[15]
  • Modelo Obsoleto: A integração vertical tornou o grupo lento e pouco inovador, incapaz de competir com as multinacionais que chegaram ao Brasil a partir dos anos 1950, com gestão profissionalizada e foco em produtos específicos.
  • Perda de Visão Estratégica: A recusa ao convite de Juscelino Kubitschek para se associar à Volkswagen é o exemplo mais notório da incapacidade de se adaptar aos novos rumos da economia.[2]
  • Conflitos Familiares: Brigas entre os herdeiros levaram à descapitalização da empresa para pagar as partes dos dissidentes, sangrando o caixa do grupo.[9]

O império ruiu até a concordata nos anos 1980. A anedota do alfaiate, na qual Francesco diz ao filho: "Eu não tenho pai rico, você tem", resume profeticamente a dinâmica da destruição da fortuna.

Família e descendência

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Brasão de Armas do Conde de Matarazzo, símbolo da nobreza adquirida e do poder dinástico da família.

Francesco Matarazzo e Filomena Sansivieri (c. 1850-1940) tiveram treze filhos, que formaram uma das mais influentes dinastias do Brasil:[4]

  1. Giuseppe Matarazzo (1877-1972), casado com Anna de Notaristefani dei Duchi di Vastogirardi.
  2. Andrea Matarazzo (1881-1958), casado com Amália Cintra Ferreira.
  3. Ermelino Matarazzo (1883-1920), herdeiro original, morto em acidente automobilístico na Itália, sem deixar descendentes.
  4. Teresa Matarazzo (1885-1960), casada com Gaetano Comenale.
  5. Mariangela Matarazzo (1887-1958), casada com Mario Comi.
  6. Attilio Matarazzo (1889-1985), nascido em Sorocaba, casado com Adele dall'Aste Brandolini.
  7. Carmela Matarazzo (1891-1991), casada com Antonio Campostano.
  8. Lydia Matarazzo (1892-1946), casada com Giulio Pignatari.
  9. Olga Matarazzo (1894-1994), casada com o Príncipe Dom Giovanni Alliata Di Montereale.
  10. Ida Matarazzo (1895-1983), que se tornou uma importante mecenas das artes.
  11. Claudia Matarazzo (1899-1935), casada com Dom Francesco Ruspoli, 8º Príncipe de Cerveteri.
  12. Francisco Matarazzo Júnior (1900-1977), o "Conde Chiquinho", seu sucessor, casado com sua prima Mariangela Matarazzo.
  13. Luís (Luigi) Eduardo Matarazzo (1902-1958), casado com Bianca Troise.

Legado e debate historiográfico

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Estátua de bronze do Conde Matarazzo, obra de Giandomenico de Marchis (1939), na Praça Raízes da Pompeia. A obra imortaliza a imagem do patriarca industrial.

O legado de Francesco Matarazzo é objeto de intenso debate. Para uma corrente, ele é o "capitão de indústria" por excelência, um herói empreendedor cuja visão e trabalho foram fundamentais para a modernização do Brasil. Nessa perspectiva, ele simboliza o sucesso do projeto imigratório e a força do capitalismo como motor do progresso.

Para outra, ele é a encarnação do "barão ladrão" (robber baron), cuja imensa fortuna foi construída sobre a exploração da mão de obra, a manipulação de mercados e a proximidade com o poder, independentemente de sua ideologia. Essa visão crítica enfatiza o alto custo social de seu modelo de acumulação.

Independentemente do julgamento, seu impacto é inegável. Ele deixou marcas físicas na paisagem urbana — como o Edifício Matarazzo (hoje sede da prefeitura paulistana) e o complexo Cidade Matarazzo — e um legado imaterial como figura central no estudo da industrialização, das relações de trabalho e da formação da elite no Brasil. Sua vida permanece como a saga monumental sobre as promessas e os perigos do capitalismo em uma nação em formação.

Representações na cultura

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Títulos e honrarias

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Ver também

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Referências

  1. a b «Profundo pesar em toda a Itália pela morte do Conde Francisco Matarazzo». Correio Paulistano. 14 de fevereiro de 1937. p. 3. Consultado em 26 de outubro de 2024 – via Hemeroteca Digital Brasileira 
  2. a b c «Francesco Matarazzo foi de mascate a 5° mais rico do mundo». Terra Economia. 15 de outubro de 2013. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  3. «O mito do imigrante de sucesso». Pioneiros & Empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil. FEA-USP. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  4. a b c d e Franco Cenni. «MATARAZZO, Francesco». Dizionario Biografico degli Italiani - Volume 72 (2008) (em italiano). Treccani. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  5. a b Luiz C. Bresser-Pereira (Abril/Junho de 2004). «Matarazzo: a travessia». Revista de Administração de Empresas - RAE. FGV. Consultado em 26 de outubro de 2024  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. a b «Francisco Matarazzo». Pioneiros & Empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil. FEA-USP. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  7. a b c Couto, Ronaldo Costa (2004). Matarazzo: A travessia. [S.l.]: Editora Planeta. ISBN 978-8576650201 
  8. Alvim, Zuleika (1986). Imigrantes: a vida privada dos pobres do campo. [S.l.]: Editora Brasiliense 
  9. a b c Martins, José de Souza (1973). Conde Matarazzo, o empresário e a empresa: estudo de sociologia do desenvolvimento. [S.l.]: Hucitec. ISBN 978-8527103287 Verifique |isbn= (ajuda) 
  10. Beiguelman, Paula (1977). Os companheiros de São Paulo. [S.l.]: Símbolo 
  11. «História». CIESP. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  12. Bertonha, João Fábio (2001). O Fascismo e os Imigrantes Italianos no Brasil. [S.l.]: EdiPUCRS. ISBN 978-8574302089 
  13. Raquel Drehmer (16 de outubro de 2018). «A história do Hospital Matarazzo, que virou hotel de luxo». Veja São Paulo. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  14. «Greve Geral de 1917 parou São Paulo e foi marco na luta por direitos trabalhistas». Agência Brasil. 28 de julho de 2017. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  15. Erro na invocação de {{Referência a artigo}}: o parâmetro título deve ser especificado
  16. Folha de S.Paulo (13 de setembro de 2015). «Série 'Gigantes do Brasil' narra vida de Martinelli e Matarazzo». Consultado em 26 de outubro de 2024 

Bibliografia

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  • Bertonha, João Fábio (2001). O Fascismo e os Imigrantes Italianos no Brasil. [S.l.]: EdiPUCRS. ISBN 978-8574302089 
  • Couto, Ronaldo Costa (2004). Matarazzo: A travessia. [S.l.]: Editora Planeta. ISBN 978-8576650201 
  • Couto, Ronaldo Costa (2004). Matarazzo: O colosso brasileiro. [S.l.]: Editora Planeta. ISBN 978-8576650218 
  • Martins, José de Souza (1973). Conde Matarazzo, o empresário e a empresa: estudo de sociologia do desenvolvimento. [S.l.]: Hucitec. ISBN 978-8527103287 Verifique |isbn= (ajuda) 
  • Beiguelman, Paula (1977). Os companheiros de São Paulo: Estudo sobre o processo de formação de uma elite numa sociedade em mudança. [S.l.]: Editora Símbolo 

Ligações externas

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O Wikiquote tem citações relacionadas a Francesco Matarazzo.