Itabaiana (Sergipe)

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Itabaiana
  Município do Brasil  
Vista da cidade de Itabaiana a partir do Conjunto Euclides Paes Mendonça (Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Parto)
Vista da cidade de Itabaiana a partir do Conjunto Euclides Paes Mendonça (Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Parto)
Vista da cidade de Itabaiana a partir do Conjunto Euclides Paes Mendonça (Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Parto)
Símbolos
Bandeira de Itabaiana
Bandeira
Brasão de armas de Itabaiana
Brasão de armas
Hino
Gentílico itabaianense
Localização
Localização de Itabaiana em Sergipe
Localização de Itabaiana em Sergipe
Localização de Itabaiana em Sergipe
Itabaiana está localizado em: Brasil
Itabaiana
Localização de Itabaiana no Brasil
Mapa
Mapa de Itabaiana
Coordenadas 10° 41' 06" S 37° 25' 30" O
País Brasil
Unidade federativa Sergipe
Municípios limítrofes Moita Bonita e Ribeirópolis (N); Campo do Brito e Itaporanga d'Ajuda (S); Areia Branca e Malhador(E); e Campo do Brito, Macambira e Frei Paulo (W)
Distância até a capital 54 km
História
Fundação 1675
Administração
Prefeito(a) Luciano Bispo de Lima (PMDB, 2009 – 2012)
Características geográficas
Área total 338,4 km²
População total (est. IBGE/2009[1]) 86,564 hab.
Densidade 253,4 hab./km²
Clima Semi-árido (B'sh)
Altitude 188 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[2]) 0,678 médio
PIB (IBGE/2005[3]) R$ 413.996 mil
PIB per capita (IBGE/2005[3]) R$ 4 910,00

Itabaiana é um município brasileiro do estado de Sergipe.

Geografia

Localiza-se a uma latitude 10º41'06" Sul e a uma longitude 37º25'31" Oeste, estando a uma altitude de 188 metros. Sua população estimada em 2005 era de 84.315 habitantes.

Limites

Itabaiana localiza-se na região central do Estado de Sergipe e ocupa uma área de 364 quilômetros quadrados. É o mais importante município da microrregião do agreste de Itabaiana.

Relevo

O principal acidente geográfico do município é a Serra de Itabaiana. Consiste no segundo ponto mais alto do relevo do estado de Sergipe, com 659 metros de altitude. Está localizada entre os municípios de Itabaiana e areia Branca. Nela encontra-se cachoeiras e poços de águas cristalinas como o Poço da Moças. Alem disso recentemente a serra foi nomeada como Parque Nacional da Serra de Itabaiana, além do parque dos Falcões.

Embora seja chamada de Serra, a região não pode ser considerada uma serra, pois não tem altitude, a altitude média na "Serra" de Itabaiana é de 250m bem inferior ao necessário para ser classificado como serra.

A Serra de Itabaiana

Ficheiro:Poço das moças.jpg
O Poço das Moças fica localizado no Rio dos Negros na Serra de Itabaiana.

No interior da Serra de Itabaiana atualmente funciona a sede do IBAMA, cuja infra-estrutura permite assessorar os estudantes e pesquisadores que se dirigem ao local, com o objetivo de aprofundar seus conhecimentos sobre as potencialidades da Serra. Os funcionários estão preparados para monitorar as visitas pedagógicas exibindo vídeos, slides e mapas, além de levar os interessados a se aventurar nas trilhas naturais que permanecem inalteradas pelo homem.

A serra tem convivido ao longo dos anos com diversos problemas decorrentes do desmatamento, queimadas e depredação. A criação da Estação Ecológica da Serra de Itabaiana, em 1978, pelo Governo do Estado, e a criação do Parque Nacional da Serra de Itabaiana, em 2006, pelo Governo Federal, fez com que mais recursos financeiros pudessem ser obtidos para a constante preservação desse ecossistema.

Clima

O clima da cidade de Itabaiana é composto de um período de quatro a cinco meses de seca, sendo um clima semi-árido, com temperaturas entre 34,5°C e 35°C, mais quente que a capital Aracaju.

Vegetação

A vegetação é formada por plantas características do litoral e do sertão, por ser uma região de transição, ou seja, agreste. A devastação dessa formação florestal foi significativa, mas ainda existente em Frei Paulo, Riachão do Dantas, Areia Branca e Itabaiana. Encontram-se nela o cedro, a aroeira, a sucupira, a jaqueira, o mulungu, o Pau d’arco, a peroba, etc.

Fragmentação de Itabaiana

Território Itabaianense antes da fragmentação.

Itabaiana no século XIX possuía um território bastante amplo.

Campo do Brito

No início do século XX, Campo do Brito desmembra-se de Itabaiana com um território equivalente hoje às cidades de Pedra Mole, Pinhão, Macambira e São Domingos.

São Domingos

A formação do povoado teve início em 1924, após muitas lutas para transformar as primeiras casas de taipa em casas de alvenaria.

Em 21 de outubro de 1963, São Domingos desmembra-se de Campo do Brito, antigo território de Itabaiana.

Ribeirópolis

Segundo informações obtidas das cartas de sesmarias da capitania de Sergipe Del Rey, a colonização dessa região verificou-se entre 1602 e 1675, ainda como povoado era conhecida como “Saco do Ribeiro”, que pertencia a Itabaiana até o local onde se encontrava a residência de Simão Dias (fazendeiro que residiu por volta de 1637).

A partir de 1927 é que começou a evolução política, por meio da Lei Estadual 997, de 21 de outubro, que criava o Distrito de Paz do Saco do Ribeiro, que pertencia a Itabaiana. Em 18 de dezembro de 1933, por força do Decreto Estadual 188, Ribeirópolis foi desmembrada de Itabaiana.

Moita Bonita

Moita Bonita, localizada na porção central de Itabaiana, surgiu do desmembramento de um povoado de Itabaiana.

Foi elevada à categoria de vila em 1957 e emancipada em 12 de março de 1963, graças ao Sr. Pedro Paes Mendonça, residente e político da Serra do Machado, em Ribeirópolis. Recebeu esse nome graças à junção do nome de um povoado Moita de Cima e as grandes e belas árvores da região, ficando então “Moita Bonita”.

Frei Paulo

Estas terras foram descobertas por volta de 1868 por missionários capuchinhos, entre eles frades Davi, Umbértide e Paulo Antonio Casanova. Este último é quem dará o nome ao município. O lugar era conhecido como as “matas de Itabaiana”.

Em 23 de outubro de 1920, por forte influência de um dos filhos mais ilustres de São Paulo, o engenheiro Gentil Tavares da Mota, a vila muda para a categoria de cidade. Em março de 1938, por conta de uma lei que proibia dois ou três municípios com o mesmo nome, São Paulo do sertão sergipano ganha o nome de Frei Paulo, homenageando o seu fundador.

Economia

Itabaiana é dona de um dos maiores comercios do brasil trazendo milhares de pessoas de todas as partes do país .Além de ser considerada a capital do caminhão,por ter o maior percentual de caminhão por pessoa do país!

Agricultura

Suas atividades diversificadas e a rota comercial fazem de Itabaiana a intermediaria do fluxo de sua produção entre Aracaju (capital do estado) e o sertão, atraindo migrantes da Bahia, Minas Gerais Pernambuco, Alagoas e no estado: Frei Paulo, Campo do Brito, Gracho Cardoso, Macambira, Malhador, Itaporanga d’Ajuda, Monte Alegre, Moita Bonita, Porto da Folha, Simão Dias, São Miguel do Aleixo, Areia Branca, São Domingos, Ribeirópolis, Carira, Pinhão, Pedra Mole, N.S. Aparecida e N.S. da Glória.

A agricultura em Itabaiana intensificou-se a partir da década de 1980, através da implantação de perímetros irrigados como Jacarecica e Ribeira. Estes perímetros são cultivados por pequenos agricultores e neles são produzidos cereais, frutas e verduras que abastecem todo o Estado.

O município é grande produtor de mandioca, batata-doce, tomate e cebola. Também possui um centro distribuidor de produtos agrícolas que funciona no mercado hortifrutigranjeiro criado em 1991 e exerce uma grande atuação na microrregião. Esse mercado foi criado com o objetivo de melhor organizar a feira, já que é dela que muitas pessoas tiram o sustento.

A feira

Por muito tempo, mesmo quando Itabaiana elevou-se a categoria de Vila, houve em nosso comércio um predomínio de agricultores e comerciantes de secos e molhados (comércio de gênero alimentício).

Os tecidos se destacaram em nosso comércio. Não havia confecções industrializadas e sim um número muito grande de alfaiates. Não existiam supermercados, só dois armazéns de secos e molhados, sendo que o principal fica onde é hoje o G.Barbosa e pertencia ao Sr. Euclides Paes Mendonça.

A feira de sábado existe desde 1888 e sua colonização dependia da política dominante. Quando o líder político era José Sebrão Carvalho, a feira era na Praça Fausto Cardoso, pois ele tinha casa comercial ao lado da igreja. E quando seu rival dominava, a feira passava para o largo Santo Antonio. Na figura ao lado se vê uma vista aérea atual da Praça Fausto Cardoso ao centro, e abaixo uma parte do Largo Santo Antonio.

A feira continuou por muito tempo sem um local fixo. Apenas em 1928 foi definitivamente mudada para o Largo Santo Antonio, onde continua até hoje, e com o crescimento da feira fez-se necessário à criação do Largo José do Prado Franco.

O Talho de Carne continuou por muito tempo na Praça Fausto Cardoso. Só em 1947 é que o prefeito Jason Correia construiu o mercado no Largo Santo Antonio.

A feira se concentrava dentro do primeiro mercado. Somente em 1939 (aproximadamente) é que foi feito calçamento de pedra da feira e ela ultrapassou o mercado.

Como a feira atraía muita gente de áreas circunvizinhas, no dia 22 de setembro de 1954 foi inaugurada também nos dias de quarta-feira. Em 1956, já existia um grande número de caminhões fazendo viagens para os grandes centros do Estado e para o sul do país, especialmente para o estado de São Paulo. Foi aproximadamente nesta época que se deu o início da expansão do comércio. Isso porque essas viagens proporcionavam acesso a uma variedade de mercadorias.

Comparando diretamente a mercadoria do sul do país, os produtos puderam ser vendidos a preço mais acessíveis. Além dos caminhões de feira, que transportam passageiros e mercadorias para outras cidades, também é comum na feira carroças de burro e carroças de mão, muito utilizados no transporte de mercadorias dentro da própria cidade.

Na feira, adquire-se e comercializam-se produtos dos mais variados: agrícolas, manufaturados e industrializados. O próprio comércio local é beneficiado com as vendas, pois a disposição física da feira, em meio ao centro comercial, contribui para tal.

O maior deslocamento de pessoas se dá aos sábados. Nesse dia, a feira recebe desde comprador da capital, ate os compradores de outros municípios como os já destacados anteriormente no mapa das cidades sob influência comercial de Itabaiana.

Nas quartas-feiras, o movimento é bem menor, porem, tem se registrado um aumento no número de usuários neste dia, devido à variedade de produtos disponíveis no comércio.

Os principais produtos comercializados na feira de Itabaiana são:

  • Cereais (feijão, milho, farinha), provenientes da própria região;
  • Verduras, a maioria produzida na barragem do Jacarecica;
  • Melancia, goiaba, acerola, abacaxi e uva provenientes de Juazeiro da Bahia;
  • Cebola, proveniente de Pernambuco e alho de Feira de Santana-BA;
  • Maracujá e jaca de Lagarto-SE;
  • Coco de Estância-SE;
  • Mangaba de Pirambu Cipó na Bahia;
  • Inhame, batata-doce e macaxeira produzidos na própria região, como nos povoados Zangue e Cajaíba;
  • Derivados do leite provenientes de Carira e Nossa Senhora da Glória;
  • Carnes: caprino do sertão da Bahia; suíno da própria região; bovino de Minas Gerais e da própria região e charque de São Paulo;
  • Camarão e caranguejo de Aracaju;
  • Peixe de Propriá.

Comércio

Ficheiro:Cidades Sob Influência Comercial de Itabaiana.jpg
Cidades sob influência comercial da cidade de Itabaiana.

O comércio de Itabaiana é seguramente o maior do interior do estado de Sergipe, o município ostenta tal condição há mais de meio século quando foi cognominado Celeiro de Sergipe, por ser, à época o que mais se destacava na produção de alimentos e no abastecimento à capital.

O comércio itabaianense é secularmente vigoroso o que comprova incessantes ofícios do Presidente da Província de Sergipe (na era monárquica brasileira), em 1835, para que os feirantes de Itabaiana fossem a São Cristóvão, então Capital de Sergipe, para fazer funcionar a feira livre ali criada em julho daquele ano.

Por volta de 1870, Itabaiana era o maior mercado de Sergipe e um dos maiores no abate de gado.

O núcleo do comércio ainda é a feira livre realizada aos dias de sábado e quarta-feira num espaço de mais de vinte mil metros quadrados. Em volta da mesma se concentra metade do comércio lojista e, somente depois da década de 70 é que com abertura de largas avenidas e o vigoroso crescimento do sitio urbano, passou a haver uma maior difusão dos estabelecimentos.

Itabaiana dispõe ainda de um grande número de estabelecimentos comerciais com destaque para o comércio do ouro que é vendido em grande escala e muita variedade a preços acessíveis. Por força desta presença do metal nobre, Itabaiana é considerada a terra do ouro.

Itabaiana se destaca entre uma das principais cidades do estado com maior concentração de atividades comerciais com a presença de estabelecimentos atacadistas, além de varejistas. Os comerciantes itabaianenses compram produtos de fora e revendem, inclusive enviando produtos locais para outras áreas do país. Além disso, Itabaiana é um grande centro de mercadorias comerciais como alimentícios, têxteis, materiais de construção, etc., para os municípios vizinhos e as populações dos povoados do interior do estado.

Pecuária

No que diz respeita a pecuária, Itabaiana não tem na criação de gado sua principal atividade, nos últimos anos ela tem tido grande expressão na criação de aves destinadas ao abate e a produção de ovos, por estar situada próxima a capital.

Indústria

Em Itabaiana há indústrias de pequeno porte: calçados, bebidas, cerâmica, móveis, algodão, alumínio, de carrocerias de caminhões e implementos rodoviários. Temos também o Curtume São Lourenço, fazendo até comércio de exportação.

Embora a maior renda esteja concentrada em fretes de caminhão, dando origem a uma grandiosa festa em torno desses profissionais, a FESTA DO CAMINHONEIRO, que contribui para o progresso do município, festa essa culminando com shows artísticos, brincadeiras, café da manha e desfiles de caminhões pelas ruas da cidade.

Através desses dados aqui relacionados, podemos observar que Itabaiana é um dos centros mais dinâmicos do estado destacando-se pelas atividades comerciais e produtos agrícolas, e aí o papel que a feira e o comércio desempenha para o crescimento do município.

Política

1800-1950

Neste período nada foi alterado, uma vez que a Câmara Municipal continuou administrando a cidade até 1890. Durante o restante do período, assim como ocorria na cena política nacional, o cenário político itabaianense foi conturbado devido a varias sucessões no poder.

O período que data de 1930 a 1950, coincidente com os quinze anos do governo Getulista, assim como na República Velha foi grande a sucessão no poder.

Era Euclidiana

Eleito em 1950 para prefeito, Euclides Paes Mendonça inicia sua participação efetiva na vida política direta ou indiretamente. Em 1964, Euclides e seu domínio é dado fim, quando juntamente com o seu filho, o deputado estadual Antonio de Oliveira Mendonça, foram assinados na porta da prefeitura em confusão durante uma passeata requerendo água, por ter se tratado ate hoje não se sabe se tem idéia de onde partiram os tiros que acabou com a vida de Euclides e seu filho. Apenas cogita-se que foi um crime político a mando do seu rival Mané Teles.

Fim da era Euclidiana e contemporaneidade

Com a morte de Euclides, começou a se destacar o Sr. Francisco Teles de Mendonça conhecido como Chico de Miguel que mandou na cena política direta ou indiretamente até 1987.

Em 1987, o candidato a prefeito apoiado por Chico de Miguel perdeu o pleito para o Sr. Luciano Bispo de Lima, lançou, em 1992, o Sr. João Alves dos Santos (João de Zé de Dona) como seu sucessor na prefeitura, João de Zé de Dona Sagrou-se vitorioso e meses depois rompeu com Luciano. Candidatou-se a deputado estadual em 1994 e elegeu-se, mas em 1996, Luciano abandonou a câmara estadual para candidatar-se mais uma vez ao cargo de prefeito, elegeu-se e em 2000 foi reeleito, completando assim seu terceiro mandato enquanto prefeito. Em 2004 seu candidato à eleição perde para a atual prefeita: Srtª Maria Vieira de Mendonça, filha do então Chico de Miguel. Em 2008, Luciano Bispo de Lima vence a prefeita Maria Mendonça, que tentava a reeleição e parte para seu quarto mandato.

Cultura

Vida musical de Itabaiana

Ficheiro:Filarmônica Nossa Senhora da Conceição.png
Filarmônica Nossa Senhora da Conceição.

Se Itabaiana tivesse apresentado em todos os setores da sua vida cultural o mesmo desenvolvimento que caracterizou sua jornada na música o panorama seria outro. Porque, foi na música que o Itabaianense mais se destacou, principalmente pela escassez de diversões numa cidade pequena, a sua mocidade, desde os doze anos, praticamente, se entregava de corpo e alma aos estudos musicais.

A música em Itabaiana passou a ter tanta importância que houve um aumento tão significativo no número de pessoa interessados, porque passou a ser verificado, quando nesta época quase todos os moradores desta cidade sabia tocar algum instrumento.

A vida musical começou desde o século XVIII, e vem, portanto, alicerçada em dois séculos sob o rótulo de varias filarmônicos e de nomes célebres de maestros, em termos regionais.

A primeira vez que se falou em música em Itabaiana, ela ainda era uma vila, foi com o padre Francisco da Silva Lobo (1745-1768), fundador da vida musical com a criação de uma orquestra sacra para acompanhar os ritos religiosos.

Foi com essa orquestra, que o padre conseguiu despertar na vida do povo itabaianense o gosto pela música, essa raiz construída por ele pode haver uma continuação do seu trabalho e Itabaiana pode permanecer nesta vida musical.

Em 1879, Samuel Pereira de Almeida filho da terra, trouxe de Salvador, instrumentos, transformando a orquestra em filarmônica e dando-lhe o nome de Eufrosina, sendo que esse período foi curto apenas de 1879 a 1897, quando se extingue.

Sua criação se deu de fato em 31 de outubro de 1897, mudando apenas de nome passou a se chamar Filarmônica Nossa Senhora da Conceição aproveitando-se os instrumentos da Filarmônica Eufrosina.

A sua presença está nos eventos festivos da cidade tais como procissões, inaugurações entre outros eventos não só municipais como também fora do município.

Hoje a Filarmônica recebe também o nome de Orquestra Sinfônica de Itabaiana, tendo também em sua sede um museu de música que foi inaugurado em 28 de Agosto de 1998, onde estão expostos instrumentos musicais do século passado como também o acervo da filarmônica constituído de várias partituras de compositores e mestres itabaianenses (como os chama Sebrão Sobrinho). A Filarmônica foi celeiro de grandes músicos como Jorge Americano Rego, ex-regente da banda do 28º BC e pai de Luiz Americano que marcou a memória musical brasileira, reconhecido nacionalmente como instrumentista e compositor exímio.

Manifestações folclóricas de Itabaiana

A festa de Santo Antônio, uma festa mesclada do tradicional sagrado e profano, ao mercado terapêutico de raízes e plantas, os resquícios do carnaval, a micareta, os paus de sebo, as festas do mastro, o reisado fazem parte do acervo tradicional e oral da cultura do povo na cidade.

No antigo Cruzeiro, atual Bairro São Cristóvão, tem artesanato de barro com a fabricação de potes e utensílios de cozinha como panelas, pratos, etc. estes produtos são comercializados na feira de nossa cidade.

Abordaremos as seguintes manifestações:

Forró

É uma dança tradicional nos festejos juninos desde a época do Império e até hoje é conservado essa tradição com grande euforia, principalmente no Nordeste.

Nas feiras livres se fazem presentes à sanfona, o triangulo e a zabumba tornando a feira mais pitoresca e animada.

Atualmente durante os festejos temos apresentações de bandas de forró, a vinda de verias partes do nosso país.

Existem concursos de quadrilha promovida pela Prefeitura Municipal de Itabaiana, realizada na Área de Lazer, denominada Praça de Eventos, ou seja, Praça Etelvino Mendonça.

O forró é uma dança muito solicitada nos festejos juninos como também nos bailes nos bailes da periferia da cidade.

Quadrilha

Aplaudida desde o palácio imperial aos sertões. A grande dança palaciana do século XIX abria os bailes da corte em qualquer país europeu ou americano, era a preferida pela sociedade inteira popular sem ter perdido o prestigio aristocrático.

Foi transformada pelo povo que lhe deu novas figuras e comandos inesperados constituindo o verdadeiro baile em sua longa execução de cinco partes gritadas pelo “marcante” ou “marcador”.

A quadrilha não só se popularizou como dela apareceram várias divisões no interior. Assim a “quadrilha caipira” no interior paulista, o baile sifilítico, na Bahia e Goiás, a “Saruê” (deturpação de Soirée), no Brasil central e a “Massa Chico” e suas variantes campos.

Até 1930 era a parte mais deliciosa dos bailes populares das cidades interioranas ou fazendas cafeicultoras, danças nas trilhas ou terreiros de café ao som de sanfonas funcionando no mais confuso galope.

Difundida pelas escolas como dança regional, acaba com os seus trajes estilizados e algumas coreografias montadas.

Levando-se em consideração a importância da tradição das danças folclóricas, quadrilhas, têm lugar de destaque no cenário sergipano.

Em Itabaiana, desde 1930, possui organizadores e marcadores de quadrilha na Praça da Matriz.

Chegança

É uma dança que representa a luta travada pelos cristãos para o batismo dos mouros (árabes).

É uma tradição que retrata a vida dos marinheiros no dia-a-dia em suas viagens dentro de um navio com todos os perigos, com todas as aventuras, incluindo invasões e piratarias que ocorrem no alto mar. Tais relatos ocorrem através de contos que são comandados pelo capitão piloto, e os marinheiros que repetem as cantigas que soam da boca do comando.

Na tripulação encontramos médicos, guardas-marinhas, porta-bandeiras, calafatinhas, comandantes, general de brigada, tenente, padre capelão e outros tantos personagens de uma embarcação de um grande navio, que sai do Brasil em viagens por outros países como Portugal, Holanda e outros, deixando em cada país uma história.

Atualmente a chegança Santa Cruz de Itabaiana encontra-se sob o comando de José Serafim Menezes (Zé de Binel), que desde jovem faz parte dela, onde deposita um carinho muito especial a essa tradição.

Passou para o seu domínio no dia 10 de Abril de 1947, a chegança Santa Cruz já tem o futuro sucessor para dirigi-la, o seu filho Genilson Serafim de Menezes.

Apesar de passar por muitas dificuldades, por não receber de nenhuma entidade, ajuda financeira, Zé de Binel vem sustentando a tradição e o folclore de nosso povo.

Festa do mastro

A festa do mastro que existia nessa cidade remonta o fim do século XIX. Adalberto Silva, conta que, naquele período, seu pai participava do evento, e continuou por longo tempo. O informante, desde muito jovem, participava da festa.

A brincadeira começava com a busca do mastro no “mato” e era transportado nos ombros dos brincadores ao som da caceteira (conjunto de zabumba, caixa, pife).

Nos dias atuais, com a morte de João Marcelo essa festa é realizada pelos seus familiares.

Na véspera de São João os participantes vão ao Poço das Moças que possui águas cristalinas admirados por todos que o visita para selecionar o mastro.

Reisado

A tradição é portuguesa, vinda para o Brasil com os colonizadores. Folguedo Natalino de caráter religioso também conhecido como reseiras, comemora o nascimento de Cristo e a festa do dia de Reis. Constitui dos melhores divertimentos para os matutos sertanejos. Sempre as mesmas cenas, os mesmos personagens com ligeiras variações. O caboclo ou vaqueiro, o boi janeiro, a onça, o cavalo marinho, a besta-fera, as figuras, a dona-do-baile e os tocadores. Seus personagens variam de acordo com a região e reisados.

O caboclo é a figura principal da função que centraliza as atenções e as simpatias da assistência. Um reisado sem um bom caboclo é como um circo sem palhaço, concluídos os bailados e os sapateados, entra em cena o boi janeiro que é feito com um cobertor de chitão estampado preso a uma caveira de boi enfeitado de papel-de-seda. Dois chifres, barulhentas guisas, um homem forte, servindo-se dessa cobertura, dança, é apoiado numa forquilha que sustenta a caveira.

Depois das investidas do boi na assistência e no caboclo, acontece o primeiro assalto dos bichos no boi janeiro, a onça dá o primeiro salto, o caboclo consegue enxotar a onça, outros bichos tentam e falham e são vaiados pelo público. Até que a besta-fera consegue abater o boi. O caboclo reza, chora, lamenta, para reanimá-lo e já desengonçado passa a fazer a esperada partilha.

É uma dança típica do período natalino, pois homenageia o nascimento do Menino Jesus. Sua característica básica é a farsa do boi, onde ele entra, dança, brinca, é morto e depois ressuscitado.

Em Sergipe, destacam-se o Reisado de Dona Lalinha, no município de Laranjeiras, Reisado do Marimbondo, num povoado de Pirambu. Em Itabaiana, temos o Reisado dos Idosos no povoado Bom Jardim. Todos os componentes residem neste povoado.

Blocos carnavalescos

O carnaval no Brasil é uma das manifestações que atraem a todos. São três dias que precedem à quarta-feira de Cinzas. É um festejo ou folia que se organiza meses antes do seu dia. Os carnavalescos idealizam, planejam e põe em execução o desfile de cada escola de samba. Cada escola de samba tem um tema específico a ser trabalhado. De acordo com o tema escolhido as escolas fazem suas demonstrações através de carros alegóricos e de pessoas retratando o tema. Muitos foliões fazem sua economia durante muito tempo para realizar este sonho que é desfilar, extravasar suas alegrias.

Em 1995, surgiu a Micarana, que é um carnaval fora de época, onde surgiram vários blocos, tendo como organizadores comerciantes deste município e com uma parceria com a prefeitura municipal. A Micarana arrasta à avenida principal inúmeros foliões e além da comunidade, turistas vêm apreciar esta bela festa.

Alguns blocos:

  • Bloco Tchan;
  • Bloco Top;
  • Bloco Baby Beijo;
  • Bloco Zorra;
  • Bloco Me Leva;
  • Bloco Maria Batom;
  • Bloco Alerta;
  • Bloco Pra Cuidar;
  • Bloco Inclusão;
  • Bloco Acorda Itabaiana;
  • Bloco Frevo Federal;
  • Bloco Universitário;
  • Bloco Galo da Serra.

Filhos ilustres

O município guarda em sua memória relevantes nomes de pessoas que contribuíram para o desenvolvimento Cultural do Estado especialmente em Itabaiana.

“Não resta a maior dívida que os serranos são homens afeitos ao comércio e competentes financistas, mas há a vertente cultural. Na construção da Historia Cultural de Sergipe, há presença de itabaianense, pesquisadores artistas, historiadores, folcloristas políticos e grandes comerciantes” (Núbia Marques, 1999, p. 39).

Antonio Santana Meneses

Nasceu em Itabaiana em 5 de agosto de 1944 Formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Sergipe no ano de 1968. Em 1974 obteve o título de especialista em Psiquiatria da Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria. É membro Clínico da Asociación Latinoamericana de Análisis Transacional e da União Nacional de Analistas Transacionais. Professor nas cadeiras de Psicologia Médica e Psiquiatria na Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE - em Presidente Prudente - SP, no período de 1992 até 2002. Seus dois filhos são médicos; ela, Carla Santos Meneses Romão é oftalmologista e ele, Cláudio Santos Meneses é anatomopatologista.Seu primeiro neto, Xisto Pedro Romão Neto, nasceu em 13 de dezembro de 2008, na cidade de São Paulo. Hoje é médico aposentado do Ministério da Saúde e ao lado de sua esposa, Carmen Lúcia Santos Meneses, também itabaianense.

Francisco Antônio de Carvalho Lima Junior

Nasceu em Itabaiana em 4 de Junho de 1859 e morre no Rio Janeiro em 1 de Fevereiro de 1929.

Foi republicano emérito e trabalhou pela Proclamação da República nos municípios de Penedo, Triunfo, Traipú, São Brás em Alagoas: em (Vila Nova), hoje Neópolis, Própria, Gararu, Porto da Folha, em Sergipe. Autor da “Historia dos limites entre Sergipe e Bahia”.

General José Calazans

Nasceu em Itabaiana em 27 de Agosto de 1863 e morreu em Aracaju 31 de Outubro de 1948. Era engenheiro, chefiou a comissão encarregada da construção do Sanatório de Campos de Jordão e fez parte da comissão da Vila Militar. Foi o primeiro Presidente Constitucional de Sergipe em 1892.

Sebrão Sobrinho ou José Sebrão de Carvalho

Nasceu em Itabaiana, em 6 de Agosto de 1898 e morreu em Aracaju a 15 de Março de 1972. Irmão de José e Alencar de Carvalho, compositor conhecido como cisne de Itabaiana. Filho de Anita Carvalho (poetisa) e José Guaraná de Carvalho (Joça, o músico).

Sebrão Sobrinho fez seus estudos preliminares em Itabaiana, manteve uma escola primária tendo sido professor de personalidades ilustres como Silvio Teixeira, José Sinzino de Alencar e Antônio Melo entre muitos. Foi secretário do conselho de Intendência Municipal e Promotor Público. Vindo a residir em Aracaju (1926) continua sua atividade pedagógica, montando uma escola nessa cidade.

Maria Thetis Nunes

Professora aposentada da Universidade Federal de Sergipe, pesquisadora que muito tem contribuído para a historiografia sergipana, primeira mulher a chegar ao cargo de vice-reitoria e Reitora da UFS.

Membro da Academia Sergipe de Letras onde ocupa a cadeira nº39 cujo Patrono é Joaquim Martins Fontes e o Fundador Epifânio Dórea.

Autoria de várias obras como: Autora de "Ocupação Territorial da Vila de Itabaiana2 A disputa entre lavradores e criadores/1976. iuu

Vladimir Souza Carvalho

Nasceu em Itabaiana em 6 de abril de 1950. Filho de Juba e Maria de Souza Carvalho. Fez o primário e o ginásio em sua terra natal, completando os estudos em Aracaju onde cursou o clássico, diplomando-se em Direito pela Faculdade de Direito de Sergipe.

Foi datilógrafo do extinto INPS e da Justiça Federal de Sergipe, ingressando posteriormente na magistratura estadual sergipano, tendo sido Juiz de Direito da Comarca da Nossa Senhora da Glória e Campo do Brito, respectivamente.

Folclorista, contista pesquisador, ficcionista e grande estudioso da cultura itabaianense.

Melcíades de Souza

Nasceu em Itabaiana em 14 de fevereiro de 1957. Filho de Antonio Bispo de Souza e Maria Vieira de Souza. É pintor, desenhista, ilustrador, projetista, decorador, músico, arquiteto e relações públicas.

Melcíades é um pintor que na sua expressão artística, o homem do agreste. O Vaqueiro é um tipo que ele conseguiu estilizar com a feição do seu habitar. O que não é de estranhar, pois Itabaiana sempre teve na sua vida econômica, desde os primeiros momentos de nossa colonização, a criação de gado, as pastagens e as pequenas propriedades agrícolas.

José Mesquita da Silveira

Conhecido por Zeca Mesquita, nasceu em 8 de março de 1899 em Maruim, mas, itabaianense de coração, pois deixou a sua terra natal aos 8 anos de idade, por volta de 1907 e veio morar em Itabaiana. Faleceu em 16 de outubro de 1981, aos 82 anos de idade.

O primeiro passo dado em Itabaiana no sistema de comunicações foi feito pelo empresário em 1948 através do serviço de alto-falante popular.

Aspectos sociais

A religiosidade em Itabaiana

Quando os colonos fixaram as margens da Lomba e Jacarecica dando origem ao arraial de Santo Antonio, cuidaram logo em erguer uma capela para cultuar a Deus.

Essa capela foi erguida em terras particulares, por isso os donos da terra era quem mandava. Mas o Pároco de São Cristóvão, padre Sebastião Pedroso de Góis queria vender o sitio Caatinga Ayres da rocha e armou seu plano a fim de convencer a Irmandade das Almas. Por isso, mandava retirar a imagem de Santo Antonio da igreja Velha no período da noite, deixando-o num galho da quixabeira. Para os colonos era fácil descobrir o paradeiro do santo, já que propositadamente se deixavam pistas.

A Fuga verifica-se com freqüência. Depois de cada ‘Fuga’ a imagem era levada em procissão para a capelinha. Não se tem data exata do início da construção da nova Igreja. Sabe-se que a Igreja Velha funcionou até 1637, mas já sem grande freqüência, porque a transferência do padroeiro significou também a mudança da sede do arraial para outro sitio. Ficou porem, a lenda de ‘Santo Antonio Fujão’.

O ano de 1675 foi de grande importância para a vida religiosa dos primeiros habitantes de Itabaiana. Além de a Irmandade ter sido convencida a comprar o sítio para erguer o novo templo, Itabaiana ganha a 30 de outubro, a condição de freguesia de Nossa Senhora da Vitória de Sergipe, em São Cristóvão. Com o nome de freguesia de Santo Antonio e almas de Itabaiana, foi a segunda a ser criada em Sergipe. A nova igreja, construída em bases mais sólidas, entretanto, não resistiu por muito tempo. Em 1760 já estava praticamente em ruínas obrigando o Vigário Francisco da Silva Lobo a derrubá-la para construir outra.

Igreja Nossa senhora do Bom Parto.

Diante da falta de recursos, em que se defrontou, o padre reuniu os moradores para a busca de uma nova solução. “Vendo que não havia mais para onde recorrer, senão para as paternais mãos de Sua Majestade tão cheias de piedade…”, dirige-se ao Rei de Portugal, D. José, o pedido foi atendido em 1764.

Santo Antonio é homenageado, tendo o início das trezenas no dia 31 de maio para seu término ser realizado no dia 12 de junho perfazendo assim treze noites, as quais tem os patrocinadores toda camada social envolvendo assim profissões dos mais altos escalões ao mais simples cargos, demonstrando assim que no reino de Deus não existe distinção.

Celebrando a festa no dia 13 de junho, consagrando ao glorioso Santo Antônio. Vários foram os padres que por aqui passaram, sendo que o primeiro foi o padre Salvador da Costa Zuzarte.

A instituição da Irmandade das Almas é a mais antiga e subsistente no Brasil, foi criada há 30 de outubro de 1665, devido ao desenvolvimento da cidade houve a necessidade de construir novas paróquias como: paróquia Nossa Senhora do Bom Parto inaugurada em 1º de janeiro de 1992, pelo cônego Gilson Garcia e recentemente foi inaugurada a igreja Nossa Senhora do Carmo em 3 de setembro de 2000 pelo padre Carlos Alberto dos Santos.

Futebol

Em Itabaiana na década de vinte, surgem dois clubes esportivos: Santa Cruz e o Brasil. Em dez de julho de 1938, foi fundado o Botafogo, com sede provisória na Rua Barão do Rio Branco. No dia 6 de novembro do mesmo ano, o senhor Irineu Pereira de Andrade muda o nome do referido time para Itabaiana Esporte Clube.

Na década de cinqüenta houve modificação definitiva do nome para Associação Olímpica de Itabaiana. E a escolha das cores azul vermelha e branca, e a partir deste momento passou a ter grande expressão a nível nacional.

Possui o maior título do Futebol Sergipano: A Copa Nordeste de 1971, a qual conquistou eliminando clubes como Náutico, Campinense, ABC, CRB, Ferroviário-CE, etc.

Um dos seus grandes feitos aconteceu no dia 23 de Fevereiro de 1980, quando, pela primeira fase da Taça de Ouro, foi ao Estádio Beira-Rio e venceu o Internacional de Porto Alegre pelo placar de 2x1, quebrando uma invencibilidade de 23 jogos do Colorado. Se o Internacional vencesse, deteria um recorde até hoje não alcançado por nenhum clube brasileiro: O de ficar invicto por 3 edições do Campeonato Brasileiro, já que havia empatado a última partida em 78 e venceu a competição de 79 invicto.

Coleciona também várias vitórias sobre grandes clubes brasileiros como Botafogo, Sport, Fortaleza, Avaí, Atlético-PR, Bahia.

Meios de transporte, segurança, educação e saúde

Transportes

Itabaiana, cidade que possui meio de transporte restrito em numero de veículos e horarios, tem sua vida economica facilitada pelo grande fluxo de caminhões de carga, que transportam as nossas riquezas para todo o estado de Sergipe e do Brasil, por isso Itabaiana á chamada “Capital dos Caminhões”.

Segurança

Devido ao grande crescimento populacional de Itabaiana a questão da segurança em nosso município é precária.

Temos uma delegacia das mulheres que atende a queixas feitas pelas mulheres a respeito dos seus cônjuges.

O batalhão – que é composto pelos policiais militares.

A delegacia regional de Itabaiana não possui veículos suficientes para prestar serviços à comunidade urbana e rural, fazendo de maneira que deixa muito a desejar.

Saúde

Na cidade estão localizados o hospital Dr. Pedro Garcia Moreno, que atualmente foi reformado e ampliado, atendendo as cidades circunvizinhas em casos de urgência média; a Maternidade São José, que presta um relevante papel, principalmente as parturientes de toda região; alem de inúmeras clinicas e consultórios particulares.

Educação

Desde 1925 a instrução em Itabaiana passou a ter uma importância maior no que se refere à educação sistemática no padrão instituição, porque a muito que a aprendizagem existia fora desses padrões.

No setor educacional, Itabaiana ficou marcada pela historia a presença de Tobias Barreto que lecionava latim para os alunos de um notável poder econômico daquela época.

Mesmo com a ampliação da instrução pública, ano se atinge todos os graus de ensino, somente o primário. Só em 1949 é que foi surgido Ginásio e em seguida o 2º grau.

Possui 62 escolas de ensino infantil (3.546 alunos), 80 de ensino fundamental (16.474 alunos), 6 de ensino médio (2.581 alunos) e duas Universidades, sendo uma particular (UNIT) e outra Federal (UFS), além do Projeto de Qualificação Docente (PQD) e a Universidade Vale do Acaraú (UVA).

História

Ficheiro:Igreja Velha-Itabaiana.jpg
Imagem das ruínas da Igreja Velha, Localizada no povoado de mesmo nome, local da antiga sede do município de Itabaiana-SE.

Com a descoberta do Brasil, a Coroa Portuguesa, visando à colonização do novo continente, em 1534 dividiu-o em Capitanias hereditárias, tendo o território sergipano sido dado a Francisco Pereira Coutinho. Com a morte deste, seu filho, Manoel Pereira Coutinho, fracassando na exploração das terras, vendeu sua capitania à Coroa Portuguesa, em 1549, permanecendo as terras sergipanas, ocupadas pelo elemento indígena. Em 1590 a expedição de Cristóvão de Barros liquida os indígenas e se inicia o processo de colonização de Sergipe.

Datam dessa época, as primeiras noticias de terras doadas a sete lavradores para colonizarem as cidades circunvizinhas do rio Sergipe. Através de sesmarias (terrenos que eram concedidos pelos reis de Portugal e pelas autoridades coloniais portuguesas às sesmeiros – colonos ou cultivadores), as terras não repartidas entre os colonos, oriundos de Portugal e da Bahia.

A primeira sesmaria é dada a Ayres da Rocha Peixoto, casado com uma neta de Caramuru. Suas terras atingiram áreas compreendidas entre os rios Japaratuba e Sergipe, correspondendo dentro de um mapa atual os municípios de Itabaiana, Riachuelo e Santo Amaro das Brotas.

Por essa época é que se dá início propriamente dito, ao povoado e colonização de Itabaiana em grande escala, com a distribuição de imenso número de sesmarias de suas terras, notadamente aquelas situadas à margem do rio Jacarecica, os colonos contemplados com tais sesmarias, se espalhando em sítios pelas margens do rio, vão fundar o Arraial de Santo Antonio, a primeira povoação de Itabaiana, na região hoje conhecida por Igreja Velha, a uma légua do atual centro da cidade de Itabaiana, erguendo-se uma capela, fundando a Irmandade das Santas Almas. Esta capela é registrada no mapa de Caspar Barlaeus, durante a invasão holandesa, datado provavelmente de 1641, data em que os holandeses pesquisaram ouro na Serra de Itabaiana.

O local onde se encontra hoje a sede do município, conhecida no século XVI como Caatinga de Ayres da Rocha, era primitivamente um sitio de propriedade do pároco de São Cristóvão, Padre Sebastião Pedroso de Góes, que vendeu em 9 de julho de 1675, por Rs. 60$000(sessenta contos de réis), à Irmandade das almas de Itabaiana, sob a condição de nele ser reedificado um templo sob a invocação de Santo Antonio e Almas de Itabaiana. Segundo Sebrão Sobrinho, a intenção do Padre Sebastião era ver concretizada a criação da Freguesia de Santo Antonio e Almas de Itabaiana e para tanto, mister que se fazia que a igreja fosse edificada em terreno próprio. Como a capela de Santo Antonio estava edificada numa fazenda de propriedade particular, jamais a freguesia pôde ser criada.

Com a venda da caatinga de Ayres da Rocha à Irmandade, foi edificada a Igreja de Santo Antonio e Almas de Itabaiana, passando para este lugar, a sede da vila, que até então funcionava na Igreja Velha.

A povoação foi crescendo e já pelo ano de 1678, Itabaiana era Distrito, possuindo paróquia desde outubro de 1675, permanecendo a invocação de Santo Antonio e Almas de Itabaiana. A paróquia de Itabaiana foi criada pelos governadores do Arcebispado, na ausência do Arcebispo D. Gaspar Barata de Mendonça.

A vila foi levantada pelo Ouvidor D. Diego Pacheco de Carvalho, em 1698, sob a denominação de vila do Santo Antonio e Almas de Itabaiana. Em 1727 aparecia como já possuindo sua Câmara representando o município.

Sem embargo das lendas que ainda são correntes entre seus habitantes, necessário se torna uma referência às incursões de Belchior Dias Moreyra, que em seus ensaios, depois de um demorado rodeio, fazia menção À prata, ao salitre e ao ouro da Serra de Itabaiana Assu.

Do roteiro da minas do Belchior Dias Moreyra, que andou por Itabaiana no início da colonização da capitania, depreende-se que, naquela serra se encontram jazidas de grandes riquezas minerais, sobretudo dos metais preciosos.

Do seu tempo nada se pôde colher, tendo como Clodomir Silva, no Álbum de Sergipe, de 1920, se valido nas referências que fez a estas minas, e documentos que datam de 1725 e 1753, que o próprio autor considera bordados dos adornos da fantasia. Assegura, porém que os informes a respeito se baseiam, contudo, na visão do povo e nas informações e parênteses e afeiçoados a família do explorador.

Os acontecimentos no fim do século XVIII, com pequenas lutas entre capitães-mores e ouvidores, um ou outro levante de índio, não forneceram subsídios que se pudessem considerar de valor histórico, para indicar o desenvolvimento do município que já se estabilizava aparecendo como o terceiro dos mais populosos do estado de Sergipe no início do século XIX, não podemos esquecer que o processo histórico de Itabaiana além da colonização efetuada após a conquista que Cristóvão de Barros teve como o primeiro habitante de nossa terra. Simão Dias, filho de uma índia com um francês.

Simão Dias Francês, dentro do que se fala e do que se escreve, é a primeira pessoa civilizadora a nascer em Itabaiana, vaqueiro e figura essencialmente atrativa, foi o tema de muitos trabalhos, todos posteriores as “Histórias Perdidas”, de Joaquim de Oliveira, fonte principal onde muitos foram se inspirar.

O que nos cantam os que escreveram história em Sergipe, é que o pai de Simão Dias Francês era guerreiro. No Brasil estava ele como membro das tropas francesas, saqueadoras do Pau-brasil em nossas terras.

Em Sergipe, seus superiores, depois de conquistar a amizade e confiança dos indígenas tentavam convence-los da necessidade de invadir a Capitania baiana, lado a lado com os franceses, o que seria uma possibilidade a mais para a vitória. Enquanto isso soldados franceses, inclusive o futuro pai de Simão Dias, tinham relacionamentos amorosos com índias.

Quando, em 1586, Luiz de Brito, com forte expedição, surpreende os índios e os franceses, vencendo-os em inúmeras batalhas, uma das quais tratava no Bojo da Serra da Cajaíba.

O soldado francês e sua índia fogem mata adentro e se alojam no local onde hoje é Itabaiana.

Em 1594 sob a sombra da secular quixabeira situada onde hoje está a matriz, nasceu das entranhas da índia sergipana um menino. Ela morre vítima de parto, Simão Dias Francês é alimentado por uma cabra. Com um ano do nascimento, o menino perdeu o pai. Sozinho, a cabra, conta a lenda, continua a lhe alimentar, até que os colonos descobrem no início do século XVI, o garoto e lhe conduzem para o Arraial de Santo Antonio onde mais tarde se torna vaqueiro de Luiz Rabelo. Em 1637 receosos das ameaças do conde de Bagnolo à época da invasão holandesa em Sergipe, Simão Dias com 47 anos, já casado, invade as matas de caiçara preludiando a colonização e o povoamento das terras que mais tarde recebiam seu nome.

Fatos de sua vida narrados pelos que se ocuparam do primeiro habitante itabaianense civilizado dizem mais respeito à história do Município de Simão Dias.

No nosso município ele nasceu e viveu até os 47 anos, no outro colonizou e povoou terras, conseguindo assim, de maneira pioneira e singular, inscrever seu nome na primeira página da história de dois municípios.

É certo que acerca de Simão Dias Francês se misturam lendas e história. É difícil precisar onde começa a lenda e onde termina a história. Não foi delimitada ainda a questão.

A vila de Santo Antonio e Almas de Itabaiana, por força da resolução Provincial de número 301, de 28 de agosto de 1888, elevado à categoria de cidade, na Presidência de Francisco Paula Preste Pimentel.

Etimologia

Os primeiros documentos que tratam da região, apresentam denominações diferentes para o lugar. Os nomes mais freqüentes são ITANHAMA ou TABAIANA. A forma Itabaiana, parece que se definiu no século XVII. Os holandeses, de quem não poderíamos esperar uma grafia muito correta, registraram a forma ITAPUANA. A tradição tem uma versão popular demais para ser aceita por eruditos:

Havia uma índia chamada Ita, vinda da província da Bahia. Quando ela dançava o povo explodia de entusiasmo: Ita, a baiana! Ita, a baiana!

Para o historiador itabaianense Vladimir Souza Carvalho, o nome Itabaiana está historicamente ligado à sua serra, que tem o mesmo nome.

O termo Itabaiana, nome indígena, é o resultado da união dos sufixos: Ita, significa pedra – a pedra é serra. Taba, significa aldeia – taba indígena. Oane, significa alguém. Da junção dos três vocábulos, surgiu o nome Itabaiana, pela assimilação dos mesmos. Sendo assim, Itabaiana significa: Naquela serra tem uma aldeia, onde mora gente, naquela aldeia mora alguém. Porém, segundo o poeta da época, Manoel Passos de Oliveira Teles não acreditava na tradição. Pos isso, fez um poema referindo-se à lenda do surgimento da serra de Itabaiana. Numa lenda indígena, havia um cacique castigado por Tupã que transformou seu corpo na Serra que posteriormente recebeu o nome de Itabaiana. Do sangue que jorrava do seu corpo, nasceu o rio Cotinguiba.

Abaixo registraremos parte do longo poema:

Das pedras do caminho, foi à taba,

Do orgulhoso cacique, enfurecido,

Arrogante, quebrando a Lei antiga,

A santa Lei da hospitalidade,

Nunca farto de guerra, avesso à paz,

O velho injuriou com requintada,

Com alvar e feroz descarteza,

Negou-lhe água da fonte cristalina;

Negou-lhe caça morta, havia pouco;

Negou-lhe amiga rede de repouso.

Então do velho a forma vai mudando

Pouco a pouco. Relutam novas cores

E traços novos. Foge-lhe a figura.

Da origem à emancipação

O local onde se encontra o município de Itabaiana era conhecido no século XVI como Caatinga de Ayres da Rocha, em seu início era um sítio de propriedade do Padre Sebastião Pedrosa Góes que vendeu por Rs. 60$000(sessenta contos de réis) à Irmandade das Almas de Itabaiana, sob a condição de nele ser edificado um templo sob a invocação de Santo Antonio e Almas de Itabaiana.

Logo depois passou a ser um povoado ou arraial localizado as margens do Rio Jacarecica, recebendo a denominação de Arraial de Santo Antonio, onde os colonos construíram uma igreja e suas casas ao redor de lá.

Apesar das discordâncias quanto à data de elevação de Itabaiana a condição de Vila, a mais aceita é a portaria de 20 de outubro de 1697 e a elevação dá-se em 1698.

Devido ao desenvolvimento econômico e processo de divisão administrativa pela qual passava a capitania, em 9 de julho de 1853 é criada a Comarca de Itabaiana, a qual se desmembra de São Cristóvão e compreende as terras de Itabaiana, Simão Dias e Nossa Senhora das Dores. O resultado dessa divisão administrativa é a formação de um distrito que alem de comarca compreendia os municípios de Campo do Brito e São Paulo (atual Frei Paulo).

Itabaiana foi elevada à categoria de cidade em 28 de agosto de 1888, no entanto tal acontecimento, teve pouca relevância, uma vez que as atenções estavam voltadas para outros problemas, como a crise de varíola.

A lenda de Santo Antonio Fujão

Santo Antonio era levado por fiéis de uma igreja para um pé de quixabeira onde ficava a propriedade do Sr. Ayres da Rocha, muitos acreditavam ser milagre ou desejo do próprio santo em possuir outra morada, a partir disso foi erguido a atual Igreja Matriz de Santo Antonio e Almas de Itabaiana.

  • SANTOS, Jadson de Jesus; SANTOS, Ivana Silva e RODRIGUES, Jamile Oliveira. Relatório de Campo: “ITABAIANA E TODOS OS SEUS ASPECTOS”. Supervisionado pelos professores do Núcleo de Geografia da Universidade Federal de Segipe: Itabaiana - SE, 2006.
  • CARVALHO, Vladimir Souza. Santas Almas de Itabaiana Grande. Edições Serrano: Itabaiana – SE, 1973.
  • CARVALHO, Vladimir Souza. A república velha em Itabaiana. Fundação Oviêdo Teixeira: Aracaju, 2000.
  • DANTAS, Ibarê. Coronelismo e Dominação. Universidade Federal de Sergipe, PROEX/CECAC/programa Editorial: Aracaju, 1987.
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  • MOTENEGRO, Antonio Torres. Historia oral e memória: Cultura popular revistada, 3ª ed. Contexto: São Paulo, 2001.
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  • BOM MEIHY, José Carlos Sebem. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 1996.
  • SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha Alves de. Para conhecer a história de Sergipe. Opção: Aracaju, 1998.
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Referências

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  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008 

Ligações externas