José Jansen Ferreira Júnior

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José Jansen Ferreira Júnior
Nascimento 1845
Morte 5 de junho de 1898
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação político

José Jansen Ferreira Júnior (Caxias, 3 de junho de 1845[1]São Luís, 5 de junho de 1898[2]) foi advogado, magistrado e político brasileiro.

Foi presidente das províncias do Amazonas, de 11 de outubro de 1884 a 21 de setembro de 1885, e 2º vice presidente do Maranhão, de 29 de setembro a 12 de novembro de 1889.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Caxias, Maranhão, filho de Hermelinda da Costa Nunes Ferreira e do capitão José Jansen Ferreira.[1] Descendente patrilinear da infame Ana Jansen,[3] era irmão, dentre outros, do matemático Justo Jansen e cunhado de Antônio Jansen de Matos Pereira.[2] Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Recife.

Iniciou sua carreira na magistratura ao ser nomeado promotor público da comarca de Guimarães, em sua província natal, em 10 de agosto de 1869.[4] Meses depois, foi transferido para cargo idêntico na comarca de Alcântara, onde depois residiu e exerceu a advocacia.[5][1]

Por decreto de 30 de abril de 1879, foi nomeado juiz de direito da comarca de Rosário, em subsituição ao bacharel Antônio Teixeira Belfort Roxo, que fora removido para a comarca de Viana. Tomou posse do cargo em 18 de julho seguinte.[6] Em 9 de agosto de 1884, foi removido para a comarca de Guimarães, da qual tomou posse em 6 de setembro seguinte.[7]

Militante do Partido Liberal, em 21 de junho de 1884, foi nomeado presidente da província do Amazonas.[8] Tomou posse do cargo em 11 de outubro do mesmo ano, e nele permaneceu até 21 de setembro de 1885, quando foi exonerado a pedido.[9] Em 1889, foi nomeado 2.º vice-presidente da província do Maranhão, e, nessa qualidade, assumiu interinamente o governo da província, de 29 de setembro a 12 de novembro do mesmo ano.[1]

Em 30 de junho de 1890, agora no regime republicano, foi removido da comarca de Guimarães para a comarca de Caçapava, no Rio Grande do Sul,[10] para onde não seguiu, por ter sido essa remoção declarada sem efeito.[11] Em 24 de agosto de 1891, foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (então chamado Superior Tribunal de Justiça),[12] e procurador-geral do Estado junto ao mesmo tribunal, por portaria de 27 de agosto seguinte.[13] Todavia, em 1892, havendo a Junta Governativa revogado as nomeações de magistrados, reverteu Jansen a seu antigo cargo de juiz de direito de Guimarães.[14] Não sendo aproveitado na organização da magistratura, interrompeu o exercício de sua carreira de magistrado, estabeleceu banca de advogado e manteve-se nesta condição até o fim de sua vida.

Faleceu aos 53 anos de idade, em São Luís do Maranhão. Deixou viúva a Feliciana Maria de Sá Guterres Ferreira (†4 de maio de 1925), conhecida como Sinhazinha Jansen,[15] natural de Alcântara, filha do coronel Luís Manuel Ferreira Guterres e de sua primeira esposa, sua homônima. Casaram-se em 3 de novembro de 1878, sem deixar prole.[1]

Referências

  1. a b c d e «Página da Saudade: À memória do Dr. José Jansen Ferreira Júnior». memoria.bn.br. Pacotilha. 6 de agosto de 1898. p. 2. Consultado em 22 de março de 2019 
  2. a b «Obituário». memoria.bn.br. Diário do Maranhão. 6 de junho de 1898. p. 3. Consultado em 22 de março de 2019 
  3. Barros, Eziquio (13 de março de 2020). «Justo Jansen Ferreiea, um caxiense». Noca. Consultado em 17 de abril de 2022 
  4. «Comarca de Guimarães». memoria.bn.br. Almanaque Administrativo da Província do Maranhão de 1869 a 1875. Consultado em 22 de março de 2019 
  5. «Comarca de Alcântara». memoria.bn.br. Almanaque Administrativo da Província do Maranhão de 1869 a 1875. Consultado em 22 de março de 2019 
  6. «Secção official». memoria.bn.br. Publicador Maranhense. 14 de agosto de 1879. p. 1. Consultado em 22 de março de 2019 
  7. «Administração da justiça». memoria.bn.br. O Paiz. 27 de março de 1885. p. 1. Consultado em 22 de março de 2019 
  8. «Gazetilha». memoria.bn.br. Jornal do Commercio. 21 de março de 1884. p. 1. Consultado em 22 de março de 2019 
  9. «Publicador Maranhense». memoria.bn.br. 23 de julho de 1885. p. 3. Consultado em 22 de março de 2019 
  10. «Despachos». memoria.bn.br. Diário do Maranhão. 8 de agosto de 1890. p. 2. Consultado em 22 de março de 2019 
  11. «Noticiario». memoria.bn.br. Diário do Maranhão. 2 de janeiro de 1891. p. 2. Consultado em 22 de março de 2019 
  12. «Magistratura do Estado». memoria.bn.br. Pacotilha. 24 de agosto de 1891. p. 1. Consultado em 22 de março de 2019 
  13. «Secção official». memoria.bn.br. Diário do Maranhão. 6 de outubro de 1891. p. 1. Consultado em 22 de março de 2019 
  14. «Secção official». memoria.bn.br. Diário do Maranhão. 27 de maio de 1982. Consultado em 22 de março de 2019 
  15. «Luto». memoria.bn.br. Pacotilha. 6 de maio de 1925. Consultado em 22 de março de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  1. Fala que o exmo. sr. dr. José Jansen Ferreira Júnior, presidente da província do Amazonas, dirigiu à Assembléia Legislativa Provincial, por ocasião da instalação da 2ª sessão da 17ª Legislatura, em 25 de março de 1885
  2. Exposição com que o ex-presidente do Amazonas exmo. sr. dr. José Jansen Ferreira Júnior passou a administração da província ao 1º vice-presidente exmo. sr. tenente-coronel Clementino José Pereira Guimarães em 21 de setembro de 1885
  3. Relatório com que o exmo. sr. dr. José Jansen Ferreira Júnior passou a administração da província ao exmo. sr. conselheiro Tito Augusto Pereira de Matos em 12 de novembro de 1889


Precedido por
Joaquim José Pais da Silva Sarmento
Presidente da província do Amazonas
18841885
Sucedido por
Clementino José Pereira Guimarães
Precedido por
Pedro da Cunha Beltrão
Presidente da província do Maranhão
1889
Sucedido por
Tito Augusto Pereira de Matos


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