Ladislau Netto
Ladislau Netto | |
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Nascimento | 1838 |
Morte | 1894 (55–56 anos) |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | botânico, zoólogo |
Ladislau de Souza Mello Netto (1838-1894) foi um botânico brasileiro, diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Ladislau Neto, nascido em 27 de junho de 1838 na cidade de Maceió, durante sua adolescência, em Alagoas de 1850, beata e inflamada pelas paixões políticas, Ladislau adquiriu as bases do latim e do grego através das diárias lições do padre Joaquim. Ladislau Netto foi nomeado diretor-subtituto do Museu Nacional, em 1870, sendo efetivado no cargo em 1876, pelo Imperador do Brasil, Dom Pedro II, que pretendia fazer daquele museu um grande centro de exposição e aprendizado científicos. O apoio imperial fez de Ladislau Netto o cientista mais influente do Brasil de sua época.
Foi casado com Laurentina Muniz Freire Netto ou Laurentina Netto, que foi uma das 4 mulheres a colaborar para a "Polyanthea commemorativa da inauguração das aulas para o sexo feminino do imperial lycêo de artes e officios" e também para o "Domocrotema Commemoratur do 26º aniversário do lyceo de artes e officios do Rio de Janeiro". D. Laurentina foi também membro do conselho superior do Museu Nacional Escolar, em 1885, conforme publicação na Gazeta de Notícias de 29/07/1885.
Em 1876, fundou a Revista do Museu - que ainda hoje é publicada - e contratou vários cientistas estrangeiros, incluindo Fritz Müller, Emílio Augusto Goeldi, Domingos Soares Ferreira Penna, Hermann von Ihering, Wilhelm Schwacke, Orville Derby, Gustave Rumbelsperger e outros.
Ladislau Netto foi um inimigo da escravidão, como pode-se notar no discurso efetuado por ocasião da entrega da legendária jangada libertadora dos mares do Ceará ao Museu Nacional ( "Anais do Museu Histórico Nacional Volume I - 1940" http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=mhn&pagfis=9555)
Em 1882, o Museu Nacional, sob sua direção, promoveu uma grande Exposição Antropológica, que teve repercussão internacional.
Com a queda da monarquia, em 1889, Ladislau Netto perdeu seu prestígio, aposentando-se em 1893.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Lopes, Maria Margareth. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Ed. Hucitec, 1997. pag. 206
- MORENO ROCHA, S. Esboços de uma biografia de musealização: o caso da Jangada Libertadora. 221 p. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Museu de Astronomia e Ciências Afins. Rio de Janeiro, 2018.
Precedido por Francisco Freire Allemão de Cysneiros |
Diretor(a) do Museu Nacional 1874 — 1893 |
Sucedido por Amaro Ferreira das Neves Armond |