Margarida de Anjou
Margarida de Anjou | |
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Detalhe de uma pintura na qual Margarida recebe o Libro Talbot Shrewsbury das mãos de John Talbot. | |
Rainha Consorte de Inglaterra | |
Reinado | 23 de abril de 1445 — 4 de março de 1461 (primeiro reinado) 30 de outubro de 1470 — 11 de abril de 1471 (segundo reinado) |
Coroação | 30 de maio de 1445 na Abadia de Westminster |
Cônjuge | Henrique VI de Inglaterra |
Descendência | Eduardo de Westminster |
Casa | Valois Lencastre |
Nascimento | 23 de março de 1430 |
Pont-à-Mousson, Lorena, França | |
Morte | 25 de agosto de 1482 (52 anos) |
Saumur, Anjou, França | |
Enterro | Catedral de S. Maurício, Angers, Anjou, França |
Pai | Renato I de Nápoles |
Mãe | Isabel da Lorena |
Margarida de Anjou (em francês: Marguerite d'Anjou; Pont-à-Mousson, 23 de março de 1430 — Saumur, 25 de agosto de 1482) foi rainha consorte de Inglaterra, através do seu casamento com Henrique VI, a 23 de abril de 1445. Era filha do rei Renato I de Nápoles, também Duque de Anjou, e de Isabel da Lorena. Apesar de mulher e estrangeira, Margarida foi uma das personagens mais influentes na Guerra das Rosas como uma das líderes da Dinastia de Lencastre.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Num período chave da história de Inglaterra, Henrique VI não foi um rei bem sucedido. Bastante inseguro e sem capacidade de resposta, deixou que a política interna fosse dominada por diversas facções criando a falta de unidade diplomática que custou à Inglaterra a derrota na Guerra dos Cem Anos. Em 1453, Henrique VI era um líder impopular, alvo de conspirações e com uma condição mental de tal modo instável que Ricardo, 3.° Duque de Iorque se tornou regente do reino. Para piorar a situação, corria então o rumor que o único filho de Henrique e Margarida, Eduardo de Westminster, o príncipe de Gales, nascido nesse ano, era ilegítimo e que o rei era impotente. Em 1455, Henrique VI retirou a regência ao Duque de Iorque e reassumiu a governação do reino. Esta decisão foi obviamente contestada pela Casa de Iorque que logo pegou em armas contra o rei. Era o início da guerra das rosas.
Margarida foi uma rainha consorte afastada dos eventos políticos até ver ameaçada a posição do seu marido, bem como a do seu filho e sua própria. Quando os Iorque capturaram Henrique VI, Margarida junto ao filho Eduardo de Westminster, conseguiram fugir para o País de Gales. Assistida por Jasper Tudor, meio-irmão de Henrique, organizou a resistência e mobilizou um exército. Após alguns revezes iniciais, Margarida foi a grande vencedora da batalha de Wakefield, travada a 30 de dezembro de 1460, onde os exércitos combinados do Duque de Iorque e de Ricardo Neville, 5.° Conde de Salisbury foram destruídos e os seus líderes capturados. Sem mostrar misericórdia, a rainha condenou Ricardo de Iorque e Salisbury por alta traição, mandou executá-los e ordenou que as suas cabeças fossem exibidas nas muralhas de Iorque.
Os lancastrianos de Margarida obtiveram novo sucesso na batalha de St. Albans (22 de fevereiro de 1461), contra o exército de Ricardo Neville, Conde de Warwick, e conseguiram reaver Henrique VI até então sob a custódia dos Iorque. No entanto, pouco tempo depois, Eduardo, Duque de Iorque (filho do decapitado Ricardo) vence a Batalha de Towton a 4 de março, sendo proclamado rei com o nome de Eduardo IV de Inglaterra. Henrique VI é uma vez mais capturado, mas desta vez é deposto e aprisionado na Torre de Londres.
Sem assumir derrota, Margarida foge uma vez mais e, depois de passar por Gales e Escócia, encontra refúgio na corte do rei Luís XI de França. A sorte parecia agora contra os seus propósitos, mas Margarida soube esperar a sua oportunidade. Esta surgiu após uma discussão entre Richrdo Neville e Eduardo IV de Inglaterra, que causou o afastamento de Warwick da corte. Margarida procurou recrutá-lo como aliado casando Eduardo de Westminster com Ana Neville, a filha mais nova de Warwick. Agora ao serviço dos Lencastre, Ricardo Neville invadiu Inglaterra com Margarida e Westminster, com vista em devolver a coroa a Henrique VI. Em 1470, Warwick derrotou Eduardo IV e coloca a Casa de Lencastre de novo no poder. Foi, no entanto, uma vitória de pouca consistência. No ano seguinte Eduardo IV, assistido pelo Ducado da Borgonha derrotou Warwick, que foi morto em batalha. Sem nunca desistir, Margarida reuniu todas as suas tropas e assistida pelo seu inexperiente filho, lançou um último ataque aos Iorque. A Batalha de Tewkesbury, em 4 de maio de 1471, foi uma derrota pesada para o seu lado, que custou a morte de Eduardo de Westminster.
Margarida foi poupada a uma acusação de alta traição e consequente condenação à morte, sendo apenas encarcerada na Torre de Londres. Mais tarde, foi aprisionada no castelo de Wallingford. Anos depois, o rei de França pagou uma soma pela sua libertação e Margarida regressou a Anjou natal, onde morreu em 1482.
Ancestrais[editar | editar código-fonte]
Ancestrais de Margarida de Anjou | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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