Mulato: diferenças entre revisões

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Porém, na versão mais tradicional, o termo mulato é de origem [[Língua espanhola|espanhola]] e passou a ser utilizada nos tempos da [[escravidão]] nas [[Américas]], em que os retrógrados conceitos [[antropologia|antropológicos]] de "[[raça]]" ainda eram vigentes, o que evidenciaria um tom ofensivo no uso deste termo. {{citation needed}}


Os dicionários indicam a palavra como formada pelo radical latino mulo(=híbrido)+ato.
Alguns defendem a tese que o termo seria associado ao substantivo "[[mula]]", que designa um animal fruto do cruzamento de diferentes espécies, em alusão ao fato de que negros e brancos formariam [[espécie|espécies]] diferentes.{{citation needed}}

Alguns defendem a tese que o termo seria associado ao substantivo "[[mula]]", que designa um animal fruto do cruzamento de diferentes espécies, em alusão ao fato de que negros e brancos formariam [[espécie|espécies]] diferentes.{{citation needed}}


==Os “mulatos” da África do Sul e Namíbia==
==Os “mulatos” da África do Sul e Namíbia==

Revisão das 12h26min de 1 de dezembro de 2008

Mulato é um termo que designa uma pessoa que é descendente de africanos e europeus (cf. mestiço). Podem apresentar os mais variados perfis fenotípicos e culturais.

Etimologia

A palavra "mulato" teria sua origem em "muwallad", termo árabe que significa mestiço de árabe com não-árabe, a qual deriva de "walada", gerar, parir. Na Península Ibérica, no tempo da dominação dos muçulmanos (711 a 1492 d.C.), o não árabe poderia ser o descendente dos visigodos ou dos romanos, ou, ainda, dos antigos lusitanos.[carece de fontes?]

Porém, na versão mais tradicional, o termo mulato é de origem espanhola e passou a ser utilizada nos tempos da escravidão nas Américas, em que os retrógrados conceitos antropológicos de "raça" ainda eram vigentes, o que evidenciaria um tom ofensivo no uso deste termo. [carece de fontes?]

Os dicionários indicam a palavra como formada pelo radical latino mulo(=híbrido)+ato.

Alguns defendem a tese que o termo seria associado ao substantivo "mula", que designa um animal fruto do cruzamento de diferentes espécies, em alusão ao fato de que negros e brancos formariam espécies diferentes.[carece de fontes?]

Os “mulatos” da África do Sul e Namíbia

A história recente da África do Sul começou com a fundação da cidade do Cabo por colonos de origem holandesa e francesa, que viram rapidamente que não era fácil converter os habitantes locais, principalmente khoisan, em trabalhadores agrícolas ou, em geral, escravos. Por isso, tiveram que importar “malaios” das Índias Orientais Neerlandesas, a Indonésia e a Malásia, para além de negros de outras regiões da África Austral. Muitos desses “malaios” conservaram a sua cultura e religião (o islão) mas, com o tempo, apareceram pessoas de origem mestiça, que as autoridades trataram de separar num grupo a que chamaram “coloured” (ou “de cor”, para dizer que tinham características diferentes dos brancos e dos negros, “inferiores” aos primeiros, mas “superiores” aos segundos). Com a chegada (e dominação) dos britânicos e a importação de novos “assalariados” da Índia, mais misturas se produziram e, com o apartheid, a estes “coloured” foram concedidos alguns direitos políticos [1].

Com a democratização na África do Sul, em 1995, o estado deixou de classificar as pessoas em termos raciais (durante o apartheid, as pessoas tinham direitos cívicos de acordo com a “raça” a que pertenciam) mas, os censos e estudos demográficos continuaram a manter as antigas denominações, sendo que são os próprios inquiridos que se autoclassificam. Por isso, neste momento, os cerca de quatro milhões de “coloured” da África do Sul (e os da Namíbia, que se consideram um grupo ou etnia diferente dos vizinhos, ver nota anterior) correspondem à diversidade genética que foi imposta pela história, incluindo uma minoria de “malaios”, possivelmente sem “mistura” que ainda subsistem. Por isso, dizer que na África do Sul existem quatro milhões de “mulatos” é uma simplificação duma situação étnica bastante complexa [2].

Ver também

Notas e Referências

Ligações externas