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Para todos os aficionados ao aquarismo, trata-se da fonte que proporciona a maior quantidade de espécies de peixes que hoje em dia povoam os comércios e aquários de todo o mundo.
Para todos os aficionados ao aquarismo, trata-se da fonte que proporciona a maior quantidade de espécies de peixes que hoje em dia povoam os comércios e aquários de todo o mundo.


==Pulmão do planeta==
[[Imagem:Amazon 57.53278W 2.71207S.jpg|250px|thumb|Imagem de [[satélite]] do rio Amazonas]]
A floresta amazônica é considerada o pulmão do planeta entretanto alguns estudiosos discordam com essa comparação, segundo eles, chamar as [[florestas tropicais]] de "Pulmão do planeta" é um equívoco e há várias motivos que não combinam com essa comparação, por exemplo:


*O pulmão é um órgão que absorve [[oxigênio]] e elimina [[gás carbônico]], ou seja, "produz" gás carbônico.

*Outro fato é que a maior parte da produção do oxigênio que respiramos provém de [[microorganismo]]s ([[alga]]s e [[cianofíceas]]) e que sua produção de oxigênio por [[fotossíntese]] supera em muito o seu consumo pela [[respiração]]. Enquanto que nas florestas tropicais o oxigênio produzido pela [[fotossíntese]] durante o dia (fase clara) é consumido em grande parte à noite (fase escura) pela [[respiração]] das mesmas. Apenas florestas que ainda estão em desenvolvimento produzem mais oxigênio do que consomem, e as florestas tropicais em sua grande maioria já estão em processo de estabilidade ecológica.

Contudo, as imagens de satélites em movimento,demonstram que existe um grande processo de respiração da floresta que é responsável pela formação de nuvens que leva as chuvas para a parte central da América do Sul.Nesse sentido a floresta é comparável a um organismo vivo que respira.


==O encontro das águas ==
==O encontro das águas ==

Revisão das 00h16min de 31 de janeiro de 2009

Amazonas
Rio Amazonas
Mapa da bacia hidrográfica do Amazonas
Comprimento c. 6992 [1] km
Posição: 1
Nascente Nevado Mismi (Arequipa, Peru) Fonte
Altitude da nascente 5 170 m
Caudal médio até 219 000 m³/s
Foz Oceano Atlântico
Área da bacia 7 050 000 km²
Delta Delta do Amazonas
País(es)  Peru
 Colômbia
 Brasil

O rio Amazonas é um grande rio situado no norte da América do Sul, ao centro da floresta amazônica. Maior rio da Terra, tanto em volume d'água quanto em comprimento (6.992,06 quilômetros de extensão), tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e deságua no Oceano Atlântico junto ao rio Tocantins no grande Delta do Amazonas, no norte brasileiro. Ao longo de seu percurso recebe no Peru os nomes de Apacheta, Lloqueta, Tunguragua, Marañón, Apurímac, Ene, Tambo, Ucayali e Amazonas (Peru); em território brasileiro entra com o nome de Solimões e finalmente em Manaus recebe o nome de Rio Amazonas até a foz no Oceano Atlântico. Por muito tempo se acreditou ser o Amazonas o rio mais caudaloso do mundo e o segundo em comprimento, porém após análise detalhada, técnicos do INPE concluíram que a extensão do rio Amazonas tem exatos 6.992,06 km, superando o rio Nilo em aproximadamente 140 km [2][3][4]

Detentor da maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de km², a maior parte do rio está inserida na planície sedimentar Amazônica, embora a nascente em sua totalidade é acidentada e de grande altitude. Marginalmente, a vegetação ribeirinha é, em sua maioria exuberante, predominando as florestas equatoriais da Amazônia, .[5]

A área coberta por água no rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, na estação seca, 110.000 km² estão submersos, enquanto que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350.000 km². No seu ponto mais largo atinge na época seca 11km de largura, que se transformam em 50km durante as chuvas.

Etimologia e história

Icamiabas [6] é uma palavra tupi que designa o nome dado às mulheres sem homens, ou ainda mulheres que ignoram a lei. Antes de ser chamado de ser batizado de rio Amazonas, o mesmo era chamado de rio das Icamiabas [7]. As icamiabas eram as índias que dominavam aquela região, riquíssima em ouro. Quando Orellana [8] desceu o rio em busca de ouro, descendo os Andes (em 1541) ele era chamado de rio Grande, Mar Dulce ou rio da Canela, por causa das grandes árvores de canela que existiam ali [9]. A belicosa vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tamanha que o fato foi narrado ao rei Carlos V, o qual, inspirado nas guerreiras hititas [10] ou amazonas, batizou o rio de Amazonas. Amazonas é o nome dado pelos gregos às mulheres guerreiras.

No livro Matriarchat in Südchina: Eine Forschungsreise zu den Mosuo (Taschenbuch), a autora, Heide Göttner-Abendroth, revela a raiz comum da palavra Ama para a sociedade matriarcal ainda existente na China, no povoado de Moso, cujo significado é mãe, na língua local dos mosos; a palavra ainda encontra a mesma raiz no norte da África, aonde também o matriarcado existiu e os quais se auto denominavam amazigh. Por esta razão, a antiga palavra Ama tem o significado de Mãe no sentido mais estrito; no sentido figurativo denomina cultura matriarcal [11].

Geografia

Nascente do Amazonas, Quebrada Apacheta sul do Peru.

Uma pesquisa recente, realizada pelo IBGE em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, com a Agência Nacional de Águas, e o Instituto Nacional Geográfico do Peru (IGN), revelou que o Amazonas tem um comprimento de 7.062 km e mais de mil afluentes, e portanto maior que o Nilo com seus 6.695 km de extensão, sendo então o mais longo rio do mundo. Sua bacia hidrográfica é a maior do mundo, com uma superfície de aproximadamente sete milhões de km². O Amazonas é de longe o rio mais caudaloso do mundo, com um volume de água cerca de 60 vezes o do rio Nilo. Diversas fontes afirmam que a nascente do rio Amazonas está no Nevado Mismi, monte de origem vulcânica, localizado na Cordilheira dos Andes, como mostra foto ao lado. Porém, devido às novas descobertas, os cientistas são levados a crer que sua nascente tem por origem o sul do Peru, havendo ainda uma dúvida se realmente tem origem ao sopé do Monte Mismi, ou em Apacheta, distantes cerca de 10 km entre si.

A quantidade de água doce lançada pelo rio no Atlântico é gigantesca: cerca de 190000 m³/s na estação de chuvas, ou um quinto de toda a água fluvial do planeta. Na verdade, o Amazonas é responsável por um quinto do volume total de água doce que desagua em oceanos em todo o mundo. Diz-se que a água ainda é doce mesmo a quilômetros de distância da costa, e que a salinidade do oceano é bem mais baixa que o normal 150 km mar adentro.

O Amazonas, que pode ter 50 km de largura (na região de Gurupá), é navegável por navios oceânicos de porte médio até Iquitos, a 3.500 km (2.300 milhas) do mar.

Fauna e flora

Toda a fauna da selva tropical úmida sul-americana está presente na Amazônia.

Os cientistas afirmam que ali existem inúmeras espécies de plantas ainda sem classificação, milhares de espécies de pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos. É tão amplo o seu número de espécies de peixes e plantas aquáticas que enumerar todas seria impossível.

Desde os insetos até os grandes mamíferos como as antas e os veados, répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Nas lagunas ao longo do Amazonas floresce a planta Vitória Régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.

Para todos os aficionados ao aquarismo, trata-se da fonte que proporciona a maior quantidade de espécies de peixes que hoje em dia povoam os comércios e aquários de todo o mundo.


O encontro das águas

Ficheiro:149228main image feature 577 amazonas.jpg
O encontro do Rio Solimões com o Rio Negro, visto do espaço.

Além do encontro das águas do amazonas com o mar, que faz a pororoca no delta do Amazonas , outro incomum fenômeno é o encontro das águas de cores diferentes que não se misturam, do rio Negro e Amazonas que há séculos desafia os pesquisadores.

É muito comum os pescadores retornarem ao caís do porto de Manaus com o pescado ainda vivo num aquário e ao meio duas águas que não se misturam.

Portos

Embarcações utilizadas no rio Amazonas
(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Os portos mais importantes do rio Amazonas ficam nas cidades de Iquitos, no Peru, Letícia na Colômbia e Manaus no Brasil.

A capital do Estado do Pará está situada em um dos braços do rio Amazonas. É banhada pelo rio Guamá ao sul e pela Baía do Guajará a oeste, a 160 km ao sul do Equador. É o maior rio do mundo em volume de água, com extensão total de 5.298 km. Corta o Estado do Pará no sentido Oeste-leste, possuindo em sua foz a maior ilha fluvio-marítima do mundo, a ilha de Marajó, onde, ao norte ocorre o fenômeno da "pororoca", invasão de águas do Oceano Atlântico no rio, formando grandes ondas destrutivas. Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100m; sendo um rio de planície, é navegável em toda sua extensão.

Estrada

Um pouco ao sul do Amazonas está a Estrada Transamazônica, como um longo canal de poeira e barro, resultado de uma das aventuras mais ousadas jamais tentadas na maior de todas as regiões florestais do mundo. A estrada BR-230 imita o curso do rio Amazonas, pois avança em forma paralela ao este. Tem, de acordo com os números oficiais, cinco mil quilômetros de comprimento, apesar de estar invadida pela floresta em vários trechos. A estrada, iniciada no período da ditadura militar, nunca fez jus aos milhares de milhões de dólares nem às esperanças de desenvolvimento depositadas nela, mas foi uma grande indutora do desmatamento ao longo de seu curso.

Desnível nos últimos quilômetros

O rio Amazonas, cujo curso é muito plano (20 m de desnível nos últimos 1.500 km) antes da sua desembocadura, constitui um caso muito especial de marés oceânicas. Na região do rio Amazonas, tais marés são conhecidas como pororoca, e são uma atração turística. Os primeiros resultados de uma investigação realizada por instituições brasileiras associadas no marco do programa HiBAm (Hidrologia da bacia amazônica) permitem entender melhor a influência da maré no funcionamento hidrodinâmico do Amazonas ao se aproximar ao oceano e, de maneira mais particular, medir seu impacto nas pulsações do caudal do rio e no transporte de sedimentos em direção ao oceano.

Grupos indígenas e povos ribeirinhos

No território ao longo do rio Amazonas moram inúmeros grupos nativos precedentes originalmente do Peru, da Colômbia e do Brasil.

Há também povos ribeirinhos que vivem basicamente da pesca de subsistência, habitando geralmente em palafitas.

Comunidade Caioezinho. Novo Airão, AM

Afluentes principais

Da nascente à foz:

Municípios principais

No sentido da nascente até à foz.

Ver também

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Rio Amazonas

Referências

  1. http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=1501
  2. Caderno Ciência, pág. 1, Folha de São Paulo, 3 de julho de 2008.
  3. Arce, Jean (1 de Maio de 2007). «Amazonas supera o Nilo como rio mais longo, dizem cientistas». Uol  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  4. Almeida, Maciel (16 de Maio de 2007). «Amazonas é o rio mais extenso». O POVO. O rio Amazonas é o mais extenso do mundo e nasce ao sul do Peru e não ao norte, como dizem os atlas e livros escolares. Técnicos do IBGE concluíram que a extensão do rio Amazonas pode ultrapassar os 6.850 km, superando o rio Nilo  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  5. Milena Gaion Malosso (2007). Micropropagação de Acmella oleracea (L.) R. K. JANSEN e estabelecimento de meio de cultura para a conservação desta espécie em banco de germoplasma in vitro 1st ed. ed. Manaus, AM: UFAM. CDU 577.21 (043.2)  line feed character character in |título= at position 56 (ajuda)
  6. Curando a Guerreira Ferida
  7. Curando a Guerreira Ferida
  8. As irmãs selvagens de Pentesiléia
  9. Curando a Guerreira Ferida
  10. Curando a Guerreira Ferida
  11. The Amazons

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