Superliga Brasileira de Voleibol Masculino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Superliga Série A
Voleibol
Superliga Brasileira de Voleibol Masculino
País  Brasil
Confederação CSV
Organizador CBV
Informações gerais
Número de equipes 12
Divisão Série A
Rebaixamento Série B
Torneios internacionais Sul-Americano de Clubes
Temporadas
Primeira temporada 1976
Temporada atual 2023–24
Primeiro campeão Rio de Janeiro Botafogo
Atual campeão Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei (8.º título)
Maior campeão Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei (8 títulos)
Página oficial da competição

A Superliga Brasileira de Voleibol Masculino (Superliga Bet7k por razões de patrocínio) é a principal divisão do voleibol masculino no Brasil. A denominação "Série A" passou a ser utilizada a partir da temporada 2011/2012, na qual foi criada a Série B. Todos os campeões anteriores da Superliga são reconhecidos como campeões brasileiros de voleibol, assim como todos os campeões da Série A desta temporada em diante.

O torneio é organizado anualmente pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e dá acesso ao seu campeão ao Campeonato Sul-Americano de Clubes. Os dois últimos colocados são rebaixados à Série B na temporada seguinte.

Os direitos de transmissão da Superliga no Brasil pertencem a Rede Globo em parceria com a TV Cultura em TV aberta e ao SporTV em TV fechada.[1][2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Até a década de 1960, as competições de voleibol no Brasil só ocorriam em nível estadual, sem nenhuma competição nacional oficial. Em 1962 e 1963 disputou-se a Taça Guarani de Clubes Campeões vencidas pelo Grêmio Náutico União do Rio Grande do Sul e pelo Minas Tênis Clube de Minas Gerais, respectivamente. Em 1964 disputou-se a única edição do Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, vencido novamente pela equipes do Minas Tênis Clube. De 1968 a 1975 (com exceção de 1970) disputou-se a Taça Brasil. O Botafogo do Rio de Janeiro foi o grande vencedor, conquistando as edições de 1971, 1972 e 1975. Seu grande rival da época, o Paulistano, venceu as edições de 1973 e 1974. Santos (1968) e Randi (1969) venceram as outras edições.

Em 1976 surge o Campeonato Brasileiro de Clubes, competição que previamente seria disputada a cada dois anos, de 1976 a 1980, começou a ser disputada anualmente a partir de 1981 contando somente com equipes profissionais. O primeiro vencedor da era profissional foi o Atlântica Boavista do Rio de Janeiro, equipe que se consolidou como uma das maiores forças do voleibol brasileiro na década de 1980.

Na temporada 1988–89 o campeonato passa a ocorrer entre o segundo semestre de um ano e o primeiro do outro, adaptando-se assim às principais competições mundiais, surgindo a Liga Nacional. A Superliga foi disputada pela primeira vez na temporada 1994–95, com o fim da Liga Nacional. O número de participantes varia a cada ano. Desde a temporada 2011–12 o torneio passou a contar com duas divisões – Série A e Série B.

Série A[editar | editar código-fonte]

A Série A é a principal divisão do torneio nacional. Uma das características históricas da Superliga Masculina foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Desde a temporada 2009–10 a forma de disputa tem sido com uma fase classificatória em pontos corridos, turno e returno, quartas de final definidas em série melhor-de-três, semifinais em melhor-de-três e final em jogo único.

Equipes participantes[editar | editar código-fonte]

Participantes da Superliga Brasileira de Voleibol Masculino na edição de 2023–24.

Escudo Equipe Cidade Ginásio Cap. Temporada 2022–23
APAN/Roll-on Blumenau Ginásio Galegão 3 000 8.º na Superliga A
Vedacit/Vôlei Guarulhos Guarulhos Ginásio Ponte Grande 3 000 5.º na Superliga A
Itambé/Minas Belo Horizonte Arena UniBH 3 650 Vice-campeão da Superliga A
Montes Claros/América Vôlei Montes Claros Ginásio Poliesportivo Presidente Tancredo Neves 8 600 10.º na Superliga A
Sada Cruzeiro Vôlei Contagem Ginásio do Riacho 2 000 Campeão da Superliga A
Sesi-Bauru Bauru Arena Paulo Skaf 5 000 7.º na Superliga A
Vôlei Renata/Campinas Campinas Ginásio do Taquaral 2 600 6.º na Superliga A
Farma Conde/São José São José dos Campos Farma Conde Arena 5 000 3.º na Superliga A
Araguari Vôlei Araguari General Mário Brum Negreiros 2 200 9.º na Superliga A
Suzano Vôlei Suzano Arena Suzano 4 000 4.º na Superliga A
Joinville Vôlei Joinville Centreventos Cau Hansen 4 000 Campeão da Superliga B
Azulim Gabarito/Monte Carmelo Uberlândia Ginásio Poliesportivo Raul Belém 900 Vice-campeão da Superliga B

Campeões nacionais[editar | editar código-fonte]

O campeonato nacional de voleibol masculino no Brasil foi fundado em 1976, substituindo a antiga Taça Brasil. O campeonato teve seu nome alterado duas vezes até se estabelecer como a Superliga, na temporada 1994-95[3]. Dessa forma, é considerado como campeão da atual Série A o clube o qual foi campeão a partir da edição de 1976.[4]

Campeões Nacionais de Vôlei[5][6][7]
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
Taça Guarani de Clubes Campeões
1962 Rio Grande do Sul Grêmio Náutico União
1963 Minas Gerais Minas
Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões
1964 Minas Gerais Minas
Taça Brasil
1968 São Paulo Santos
1969 São Paulo Randi
1971 Rio de Janeiro Botafogo[8] São Paulo Santos
1972 Rio de Janeiro Botafogo Minas Gerais Minas[8]
1973 São Paulo Paulistano
1974 São Paulo Paulistano
1975 Rio de Janeiro Botafogo São Paulo Santos[8]
Campeonato Brasileiro de Clubes
1976 Rio de Janeiro Botafogo[8] São Paulo Paulistano[8]
1978 São Paulo Paulistano Rio de Janeiro Flamengo São Paulo ADC Pirelli
1980 São Paulo ADC Pirelli Rio de Janeiro Fluminense Rio de Janeiro Botafogo
1981 Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica São Paulo ADC Pirelli Rio de Janeiro Fluminense
1982 São Paulo ADC Pirelli Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica Minas Gerais Minas
1983 São Paulo ADC Pirelli Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica Minas Gerais Clube Atlético Mineiro
1984 Minas Gerais Minas Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica São Paulo ADC Pirelli
1985 Minas Gerais Minas Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica Mato Grosso do SulCopagaz
1986 Minas Gerais Minas Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica São Paulo ADC Pirelli
1987 São Paulo Banespa São Paulo ADC Pirelli Santa Catarina SER Sadia
Liga Nacional de Vôlei
1988–89 São Paulo ADC Pirelli Minas Gerais Minas Santa Catarina SER Sadia
1989–90 São Paulo Banespa São Paulo ADC Pirelli São Paulo União Suzano
1990–91 São Paulo Banespa Rio Grande do Sul AA Frangosul São Paulo ADC Pirelli
1991–92 São Paulo Banespa São Paulo ADC Pirelli Rio Grande do Sul Frangosul
1992–93 São Paulo União Suzano São Paulo ADC Pirelli São Paulo Banespa
1993–94 São Paulo União Suzano São Paulo Palmeiras São Paulo Banespa
Superliga Brasileira de Vôlei
1994–95 Rio Grande do Sul AA Frangosul São Paulo União Suzano São Paulo Palmeiras
1995–96 São Paulo Olympikus São Paulo União Suzano Rio Grande do Sul AA Frangosul
1996–97 São Paulo União Suzano São Paulo Banespa São Paulo Olympikus
1997–98 Rio Grande do Sul Ulbra São Paulo Olympikus São Paulo União Suzano
1998–99 Rio Grande do Sul Ulbra São Paulo União Suzano São Paulo Olympikus
1999–00 Minas Gerais Minas Santa Catarina Unisul São Paulo Banespa
2000–01 Minas Gerais Minas Rio Grande do Sul Ulbra Santa Catarina Unisul[9]
2001–02 Minas Gerais Minas São Paulo Banespa São Paulo Náutico Araraquara
2002–03 Rio Grande do Sul Ulbra Santa Catarina Unisul São Paulo Banespa
2003–04 Santa Catarina Unisul Rio Grande do Sul Ulbra Minas Gerais Minas
2004–05 São Paulo Banespa Minas Gerais Minas Rio Grande do Sul On Line
2005–06 Santa Catarina Cimed Minas Gerais Minas São Paulo Banespa
2006–07 Minas Gerais Minas Santa Catarina Cimed São Paulo Banespa
2007–08 Santa Catarina Cimed Minas Gerais Minas Rio Grande do Sul Ulbra
2008–09 Santa Catarina Cimed Minas Gerais Minas Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei
2009–10 Santa Catarina Cimed Minas Gerais FUNADEM Montes Claros São Paulo EC Pinheiros
2010–11 São Paulo SESI-SP Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei São Paulo Vôlei Futuro
2011–12 Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei São Paulo Vôlei Futuro Minas Gerais Minas
2012–13 Rio de Janeiro AD RJX Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei São Paulo SESI-SP
2013–14 Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei São Paulo SESI-SP São Paulo BVC Campinas
2014–15 Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei São Paulo SESI-SP São Paulo Vôlei Taubaté
2015–16 Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei[10] São Paulo BVC Campinas São Paulo Vôlei Taubaté
2016–17[11] Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei[12] São Paulo Vôlei Taubaté São Paulo SESI-SP
2017–18 Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei São Paulo SESI-SP Rio de Janeiro Sesc RJ
2018–19 São Paulo Vôlei Taubaté São Paulo SESI-SP Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei
2019–20 Temporada cancelada devido à pandemia de COVID-19.[13]
2020–21 São Paulo Vôlei Taubaté Minas Gerais Minas São Paulo Vôlei Renata
2021–22 Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei Minas Gerais Minas São Paulo SESI-SP
2022–23 Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei Minas Gerais Minas São Paulo Farma Conde/São José

Títulos[editar | editar código-fonte]

Por clube[editar | editar código-fonte]

Equipe Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
Minas Gerais Sada Cruzeiro 8 2 2
Minas Gerais Minas Tênis Clube 7 8 2
São Paulo Vôlei Renata[nota 1] 5 3 6
São Paulo ADC Pirelli 4 5 0
Santa Catarina Cimed 4 1 0
Rio de Janeiro Botafogo 4 0 0
São Paulo União Suzano 3 3 1
Rio Grande do Sul Ulbra[nota 2] 3 2 1
São Paulo Paulistano 3 1 0
São Paulo Vôlei Taubaté 2 1 2
Rio de Janeiro ADC Bradesco Atlântica 1 5 0
São Paulo SESI-SP 1 4 3
Santa Catarina Unisul 1 2 1
São Paulo Olympikus 1 0 1
Rio Grande do Sul SG Novo Hamburgo 1 0 1
Rio Grande do Sul Grêmio Náutico União 1 0 0
São Paulo Santos 1 0 0
São Paulo Randi 1 0 0
Rio de Janeiro AD RJX 1 0 0
Rio Grande do Sul AA Frangosul 0 1 1
Rio de Janeiro Olympikus 0 1 1
São Paulo Vôlei Futuro 0 1 1
São Paulo Palmeiras 0 1 1
Rio de Janeiro Flamengo 0 1 0
Rio de Janeiro Fluminense 0 1 0
Minas Gerais FUNADEM Montes Claros 0 1 0
São Paulo Pinheiros 0 0 1
São Paulo Náutico Araraquara 0 0 1
Rio Grande do Sul On Line 0 0 1
Rio de Janeiro Sesc RJ 0 0 1

Por estado[editar | editar código-fonte]

Estado Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
 São Paulo 21 19 17
 Minas Gerais 17 10 4
 Rio de Janeiro 6 8 2
 Rio Grande do Sul 5 3 3
 Santa Catarina 5 3 1

MVPs por edição[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. Jogou até a temporada 2005–06 como Banespa, entre 2006–07 a 2009–10 como Brasil Vôlei Clube, entre 2010–11 a 2016–17 como Brasil Vôlei Kirin e hoje joga como Vôlei Renata de Campinas.
  2. Jogou até a temporada 2007/2008 como Ulbra em Canoas (RS), mas nas temporadas de 2003–04 e 2005-06 junto ao SPFC mas com sede em Canoas-RS, na temporada 2007–08 junto a Suzano mas com sede também em Canoas-RS, mas já na 2008/2009 junto a Suzano a sede foi nessa cidade de (SP). Nas duas temporadas seguintes jogou junto ao São Caetano/Tamoyo nessa cidade paulista.

Referências

  1. «TV Cultura exibirá jogos da Superliga». Amo Voleibol. Consultado em 2 de novembro de 2019 
  2. «Rede TV! faz acordo com a Globo e Superliga de Vôlei volta à TV aberta». UOL. 8 de abril de 2015. Consultado em 3 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2016 
  3. «Superliga masculina de vôlei: veja lista com todos os campeões». GE. 30 de abril de 2023. Consultado em 19 de outubro de 2023 
  4. «História & Campeões». Superliga. Consultado em 19 de outubro de 2023 
  5. «História e Campeões». Site da Supeliga. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  6. «Os campeões do Brasil». Revista Placar. 5 de fevereiro de 1988. p. 59. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  7. «Brazilian Superliga». volleybox.net. 2023. Consultado em 10 de março de 2023 
  8. a b c d e Claudio Marinho Falcão (2016). César Olivira, ed. «DataFogo: Números Gloriosos do Botafogo de Futebol, Regatas e outros Esportes»: 18. ISBN 9788565193160. Consultado em 8 de dezembro de 2016 
  9. «SUPERLIGA 08/09: Histórico da Superliga». CBV. 27 de outubro de 2008. Consultado em 21 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 17 de outubro de 2014 
  10. Rocha, Danielle (10 de abril de 2016). «Cruzeiro passa sufoco, mas leva o tetra da Superliga e é "campeão de tudo"». globoesporte.com. Grupo Globo. Consultado em 11 de abril de 2016. Cópia arquivada em 11 de abril de 2016 
  11. «Classificação Final». CBV. Superliga.cbv.com.br. Consultado em 10 de maio de 2017. Arquivado do original em 10 de maio de 2017 
  12. Gabriel Rodrigues, João; Thaynara Amaral (7 de maio de 2017). «Azul é a cor do título: Cruzeiro domina Taubaté e é penta da Superliga». globoesporte.com. Grupo Globo. Consultado em 10 de maio de 2017. Cópia arquivada em 10 de maio de 2017 
  13. «Superliga masculina é cancelada por conta da pandemia do coronavírus». Rede do Esporte. 20 de abril de 2022. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  14. a b c d e f g «Superliga de Vôlei: histórico das competições desde 1994-Após 13 temporadas, oito times levaram o título em cada modalidade». Grupo RBS. 28 de novembro de 2007. Consultado em 3 de novembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]