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Telecurso

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Telecurso
Telecurso
Logotipo do Telecurso.
Informação geral
Formato didático
Gênero Educativo
Duração 60 minutos
Criador(es) Francisco Calazans Fernandes
Elenco Ver elenco completo
País de origem  Brasil
Idioma original língua portuguesa
Temporadas 10
Episódios 570+
Produção
Diretor(es) Sérgio Zeigler
Câmera Multicâmera
Narrador(es) Luiz Guilherme
Anelis Assumpção
César Mello
Tema de abertura "Condor", Dave Grusin 2º Grau (1977–85)
"Rio Funk", Lee Ritenour 2º Grau (1986–94)
"Lovin You", Spyro Gyra 1º Grau (1981–94)
"Spectacular", Jan Pulsford Edições Legendadas (1998-2000)
"Telecurso Instrumental", André Abujamra (1995–2014)
Tema de encerramento "Telecurso Instrumental"
Empresa(s) produtora(s) Fundação Roberto Marinho
FIESP
CIESP
SESI
SENAI
Fundação Padre Anchieta (2º Grau - até 1985)
Fundação Bradesco (2º Grau - 1986 a 1994)
MEC e Universidade de Brasília (1º Grau)
Centro Paula Souza (Telecurso TEC)
Exibição
Emissora original TV Globo
TV Cultura
SBT
Canal Futura
TVE Brasil
Radiobrás
TV Brasil
Formato de exibição 480i (SDTV)
1080i (HDTV)
Transmissão original 16 de janeiro de 1977 - presente

Telecurso é um sistema educacional de educação a distância brasileiro mantido pela Fundação Roberto Marinho e pelo sistema FIESP. Idealizado e criado pelo jornalista Francisco Calazans Fernandes,[1][2] o programa consiste em teleaulas das últimas séries do (1º grau, ou ginásio) e do (2º grau, ou colégio) que podem ser assistidas em casa ou em telessalas. Também existe a modalidade profissionalizante em mecânica.[3]

O programa era exibido simultaneamente em parceria pela TV Globo, TV Cultura, TV Brasil (anteriormente TVE Brasil e Radiobrás) e Canal Futura. As emissoras TV Aparecida e Rede Vida também chegaram a retransmitir o programa.

Atualmente o programa é exibido pelos canais de televisão TV Educação, TVT, Canal Futura e também pelo próprio site do Telecurso.

As aulas são divididas por matérias. Cada teleaula tem uma duração de 15 minutos aproximadamente. Há material didático para cada disciplina. O propósito da iniciativa era levar educação básica para quem não possui acesso formal e presencial, como em municípios distantes e para pessoas em situação de defasagem idade-ano. Não é possível estimar a quantidade de alunos atendidos pelo Telecurso, por conta da sua exibição na TV aberta e por não ser necessário fazer uma matrícula. Atualmente, está disponível gratuitamente na internet, o que nos impede ainda mais de ter controle sobre quantidade de alunos que se beneficiaram e se beneficiam do projeto.

O curso propriamente não emitia certificação, mas através do estudo ofertado por ele, os alunos poderiam fazer exames de certificação ofertados pelo governo, como o ENCCEJA e o ENEM, que fornecem a certificação se o aluno obtiver determinada pontuação.

Acervo do Telecurso 2° Grau numa casa de cultura.

O Telecurso 2º Grau foi criado em 1977 com uma parceria entre a Fundação Padre Anchieta – mantenedora da TV Cultura – e a Fundação Roberto Marinho - mantenedora da TV Globo. A TV Globo também exibia os cursos. Em 1981, foi criado o Telecurso 1º Grau.

Em 1986, a Fundação Roberto Marinho criou uma nova versão do Telecurso 2º Grau em parceria com a Fundação Bradesco, que obteve autorização para avaliar e certificar o curso com validade para prosseguimento de estudos em todo território nacional, em escolas e classes montadas em empresas.

Em 2 de janeiro de 1995, a Fundação Roberto Marinho e a FIESP lançaram o Telecurso 2000 visando uma parcela da população que não havia completado o ensino fundamental ou o médio. Junto com ele também foi criado o Telecurso 2000 Profissionalizante. O Telecurso 2000 se popularizou através da TV Globo, que transmitiu o programa aos fins de madrugadas durante a semana, objetivando que trabalhadores pudessem assistir o programa antes da sua jornada de trabalho.

O Telecurso 2000 ficou no ar até 4 de abril de 2008, quando os programas passaram por reciclagem, por causa do desgaste das aulas originais e da desatualização em alguns tópicos das aulas de Geografia e História, que já não iam mais ao ar na íntegra.[4][5] Com isso foi criado o Novo Telecurso que inclui os programas do Telecurso 2000 e novas disciplinas como filosofia, artes plásticas, música, teatro, sociologia e espanhol.

No ano de 2009, o Telecurso passou a apresentar uma nova série do Telecurso Profissionalizante de Mecânica com o auxílio do SENAI.[6]

Em 14 de novembro de 2014, após 37 anos, o Telecurso deixou de ser exibido pela TV Globo. A Fundação Roberto Marinho levou o Telecurso na íntegra para um novo portal gratuito na Internet, com todas as teleaulas completas e com legendas closed caption.[7] Com o fim da exibição na TV Globo, o programa passou a ser exibido no canal digital TV Educação.[8] A exibição diária também foi mantida no Canal Futura e na TVT. Além disso, o Globo Rural deixou de ser exibido diariamente, cedendo lugar ao noticiário matinal Hora Um. A edição semanal do Globo Rural foi mantida, sendo exibida aos domingos depois do Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Alguns críticos argumentam que o Telecurso foi utilizado para legitimar a posição da TV Globo na mídia, além de destacar e reforçar a posição de Roberto Marinho dentro do regime militar.[9]

Referências

  1. «Jornalista, criador do telecurso». Observatório da imprensa. Consultado em 20 de setembro de 2012 
  2. «Francisco Calazans Fernandes (1929-2010): Jornalista e criador do telecurso na década de 1970». Folha de S. Paulo. Folha da manhã. 29 de janeiro de 2010. Consultado em 20 de setembro de 2012 
  3. «Telecurso 2000 terá aulas de filosofia, teatro e sociologia», Globo, G1 .
  4. «Programação de TV - 04/04/2008 - Folha», Folha de S.Paulo .
  5. «Programação de TV - 07/04/2008 - Folha», Folha de S.Paulo .
  6. «Telecurso tem nova série de programas», O Globo .
  7. «'Telecurso 2000' deixará grade da Globo e migrará para a internet; entenda» 
  8. «Telecurso passará a ser exibido em novo canal da TV Cultura». Educação. 14 de novembro de 2014 
  9. OLIVEIRA, W. A. Telecurso 2º Grau: paradigma no ensino pela TV e legitimação política da Rede Globo, 1977-1981. 2011. 165 f. : Il. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências e Letras – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2011.

Ligações externas

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