The Beasts of Tarzan
The Beasts of Tarzan | |||||||
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As Feras de Tarzan | |||||||
Autor(es) | Edgar Rice Burroughs | ||||||
País | Estados Unidos | ||||||
Gênero | Aventura | ||||||
Série | Tarzan | ||||||
Ilustrador | J. Allen St. John | ||||||
Arte de capa | J. Allen St. John | ||||||
Editora | A.C. McClurg | ||||||
Lançamento | 1916 | ||||||
Edição portuguesa | |||||||
Tradução | Raúl Correia | ||||||
Editora | Portugal Press | ||||||
Lançamento | 1972 | ||||||
Formato | 19 cm | ||||||
Páginas | 244 | ||||||
Edição brasileira | |||||||
Tradução | Medeiros e Albuquerque | ||||||
Editora | Companhia Editora Nacional | ||||||
Lançamento | 1933 | ||||||
Páginas | 192 | ||||||
Cronologia | |||||||
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As Feras de Tarzan (The Beasts of Tarzan no original em inglês) é um romance de autoria do escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs. Publicado em 1916, é o terceiro de uma série de vinte e quatro livros sobre o personagem Tarzan. Este e The Son of Tarzan são as duas únicas aventuras a ter parte da ação transcorrida na Inglaterra. [1]
Resumo
[editar | editar código-fonte]Após assumir seu título de Lord Greystoke, Tarzan agora vive em Londres com a família, isto é, a esposa Jane e o filho Jack.
Certo dia, a bordo de um navio que os levaria para a África, eles são surpreendidos pelo arqui-inimigo Nicholas Rokoff, que conseguira fugir de um presídio militar francês, onde cumpria prisão perpétua. Rokoff rapta Jane e Jack e exila Tarzan em uma ilha deserta, próximo à costa africana. Seu plano é entregar Jack a uma tribo canibal e vender Jane para o harém de um chefão local.
Tarzan alia-se a uma tribo de ferozes macacos, liderados pelo poderoso Akut, e faz amizade com o leopardo Sheeta. Juntos, eles dominam um bando de nativos da tribo guerreira Waziri, cujo chefe, Mugambi, é recrutado como guia.
Este exército embarca para o continente em uma canoa de guerra. Já em terra firme, o rei da jângal e suas feras perseguem obstinadamente Rokoff África afora.
Rokoff, por sua vez, tem de encarar outra pedra no sapato, além de Tarzan. Esta pedra é Jane Clayton, que se revela uma engenhosa adversária.[1]
História editorial
[editar | editar código-fonte]O romance foi escrito em trinta e quatro dias, de 7 de janeiro a 9 de fevereiro de 1914.[1]
Veio à luz inicialmente através de cinco números sucessivos da revista pulp americana All Story Cavalier Weekly, entre 16 de maio e 13 de junho daquele ano.[1]
A primeira edição em livro saiu nos Estados Unidos em 4 de março de 1916, pela editora A.C. McClurg. J. Allen St. John assinou a ilustração da capa e as outras trinta e oito espalhadas pelas suas páginas. A obra foi dedicada a Joan Burroughs, filha de seis anos do autor.[1]
No Brasil, o romance foi lançado em 1933 pela Companhia Editora Nacional, sob o número 17 da elogiada coleção Terramarear, com uma tiragem de quinze mil exemplares.[2] Seguiram-se seis reimpressões, entre 1936 e 1968, em quantidades que variaram entre 5000 e 10 000 exemplares.[2]
Em 1959, a CODIL - Companhia Distribuidora de Livros lançou a obra no Brasil, com o título de Tarzan e as Feras, dentro de um lote de doze aventuras do rei das selvas. As ilustrações são de Manoel Victor Filho.[2]
Em Portugal, o livro saiu pela Portugal Press, que editou também todas as outras aventuras do herói, várias delas inéditas no Brasil.[2]
Adaptações
[editar | editar código-fonte]A primeira quadrinização foi realizada pelo ilustrador Rex Maxon, com roteiros de R. W. Palmer. O formato era o de tiras diárias, que foram lançadas de 19 de agosto a 23 de novembro de 1929.[1]
Em abril de 1966, o gibi Tarzan of the Apes, da editora Gold Key Comics, apresentou a versão de Russ Manning (ilustrações) e Gaylord Du Bois (roteiros).[1] No Brasil, esta história foi publicada pela EBAL em 1968, na coleção Lança de Prata, e reeditada na revista Tarzan de abril de 1986.[3]
Considerações pertinentes
[editar | editar código-fonte]Mais tarde, Burroughs arrependeu-se de fazer de Tarzan um marido, um pai e, depois, um avô, por causa, segundo ele, das limitações criativas de um herói casado.[1] Em entrevista ao jornal Honolulu Star Bulletin, em 1938, Burroughs disse: "...casei Tarzan em meu segundo livro, The Return of Tarzan. Agora sei que o casamento foi um erro... ele não é um homem do lar".[1]
Observe-se que Jane participa somente de dez das vinte e quatro narrativas que Burroughs construiu sobre Tarzan.[1] Observe-se, também, que em suas aventuras, o rei das selvas é, frequentemente, tentado por belas mulheres, que, invariavelmente, se apaixonam por ele. Entre elas estão a Condessa Olga de Coude, uma dançarina beduína não identificada, e La, a grã-sacerdotisa de Opar, todas personagens de The Return of Tarzan. Muitas outras se seguirão (a menos convencional veio antes, quando Tarzan ainda crescia entre os macacos da tribo de Kerchak -- a volúvel macaquinha Teeka, seu primeiro amor. Felizmente para Jane, Teeka acaba por escolher um amigo do herói).[1] Tarzan, no entanto, sempre se manteve fiel à esposa, ainda que às vezes com certa dificuldade.
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k GRIFFIN, Scott Tracy (2012). Tarzan: The Centennial Celebration. [S.l.]: Titan Books. 320 páginas. ISBN 9781781161692
- ↑ a b c d da Silva, Diamantino; Losso, Umberto (1986). «Tarzan, O Mito da Liberdade». São Paulo: edição de autor. Mocinhos & Bandidos Especial
- ↑ MANNING, Russ (1986). «Tarzan, O Filho das Selvas». EBAL. Tarzan. 12 (14)
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Barros Cassal, Anibal (1993). «Mundo de Tarzan». Porto Alegre: edição de autor. Fanzim Edição de Natal
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]O Wikisource em inglês tem texto original relacionado com este artigo: |