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A Velha Surda é uma personagem cômica do rádio e da televisão do Brasil, protagonista de um quadro célebre da Praça da Alegria, A Praça É Nossa e outros programas de humor. Criado e interpretado por Roni Rios até 2001, o quadro é baseado nas incompreensões e entendimentos equivocados na interação da Velha Surda com seu amigo Apolônio (Viana Junior).
Caracterização e rotina
[editar | editar código-fonte]Apresentando-se como Bizantina Escatamáquia Pinto, a Velha Surda é caracterizada com grosso casaco de lã (marrom em A Praça É Nossa, preto nos programas anteriores), longa saia preta, cabelos grisalhos, óculos, maquiagem exagerada e um guardachuva frequentemente usado para orientação e como arma. Enquanto Apolônio lê seu jornal no banco da praça, Dona Bizantina se aproxima lentamente, cantando "Ó Querido Clementino", senta-se no banco e surpreende-se ao encontrar seu velho conhecido Apolônio. Bizantina puxa assunto com Apolônio, mas, por deficiência auditiva de Bizantina, suas palavras são interpretadas incorretamente.
Histórico de exibição
[editar | editar código-fonte]O quadro foi lançado na versão original do programa Praça da Alegria, na TV Paulista e na TV Record, quando Bizantina e Apolônio dividiam o banco da praça com Manuel de Nóbrega. Em seguida, a Velha Surda fez parte da remontagem da Praça da Alegria na TV Globo, exibida de 1977 a 1978.[1] Com o cancelamento do programa, o quadro se tornou atração do humorístico Apertura, da TV Tupi, até a falência da emissora, em 1980; no ano seguinte, a TVS (atual SBT) remontou o programa com o título Reapertura, aproveitando a Velha Surda e outros personagens.
Em 1987, Carlos Alberto de Nóbrega lançou na TV Bandeirantes a Praça Brasil, recriando o formato da Praça da Alegria e incluindo o quadro da Velha Surda. O programa durou cinco episódios.[2] No mesmo ano, Nóbrega lançou A Praça É Nossa no SBT, mantendo a Velha Surda como uma das principais atrações. Viana Junior, como Apolônio, a acompanhou; em edições especiais, a Velha Surda dividia o banco da praça com celebridades como Jair Rodrigues, Angélica e Sidney Magal.[3]
A Velha Surda se manteve como atração regular em A Praça É Nossa até a morte de Roni Rios, em 2001. Em seguida, o quadro entrou em longo hiato; Viana Junior morreu em 2010. Em 11 de abril de 2014, Carlos Alberto de Nóbrega chegou a anunciar, no programa Mulheres da TV Gazeta, a volta da Velha Surda a A Praça É Nossa, interpretado por Ronaldo Ciambroni.[4][5] Porém, em entrevista a Danilo Gentili no The Noite em 5 de maio de 2014, Nóbrega declarou que a personagem não seria revivida porque nenhum outro comediante poderia ser comparado com Roni Rios.[6]
Legado e homenagens
[editar | editar código-fonte]Mesmo depois de longo período fora do ar, o quadro da Velha Surda continuou sendo um dos mais bem lembrados de A Praça É Nossa e marcou as carreiras de Roni Rios e Viana Junior. Em 1995 o programa Casseta & Planeta Urgente apresentou uma velhinha (interpretada por Reinaldo) que, ao estilo de Dona Bizantina, "interagia" com uma entrevista de Fernando Collor. Em entrevista de Carlos Alberto de Nóbrega no The Noite, Diguinho Coruja imitou a Velha Surda[6].
O Tá no Ar, da TV Globo, homenageou a Velha Surda duas vezes. Em esquete exibido em 10 de abril de 2014, Danton Mello, sentado num banco de praça, é encontrado por Dona Bizantina (Marcius Melhem) e chamado de "Apolônio". A menção a uma personagem emblemática de uma emissora concorrente surpreendeu o público.[7] No encerramento da temporada de 2015 de Tá no Ar, em 5 de março, Melhem repete a personagem, contracenando no banco da praça com o próprio Carlos Alberto de Nóbrega[8], numa exceção à política do programa de não convidar artistas de outras emissoras.[9]
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A abertura do Fantástico, programa de televisão brasileiro exibido pela Rede Globo, é uma das características mais marcantes do programa. Tradicionalmente envolvendo elementos de música, dança e efeitos visuais (mais tarde incluindo experiências pioneiras em computação gráfica), as aberturas atingiram alto nível de sofisticação, e o lançamento de novas versões da abertura se tornou um evento altamente antecipado da televisão brasileira.
Originalmente a abertura era exibida após a escalada do programa ou depois da primeira reportagem, acompanhando a exibição dos créditos iniciais, sendo reexibida sob os créditos de encerramento. Na versão mais recente, é exibida após a primeira reportagem e/ou depois da escalada. O conceito visual da abertura também é consistente com a programação visual do cenário do programa.
Tema de abertura
[editar | editar código-fonte]A música-tema é composta por Boni (letra) e Guto Graça Mello (música). Até a estreia da abertura de 1976, a letra original era cantada integralmente; daí em diante foram usadas versões essencialmente instrumentais.
Com a simplificação das aberturas, começando em 1995, foi lançado um novo tema executado somente nos créditos de encerramento. Entre 2002 e 2010 foram usadas mixagens de temas de aberturas anteriores, e depois de 2010 o tema era executado somente nas vinhetas.
Os temas de 1973 e de 1987 foram editados no CD Tudo a Ver, coletânea da Som Livre de temas de abertura de programas da Globo.[10]
Histórico de versões
[editar | editar código-fonte]Aberturas coreografadas (1973-1995)
[editar | editar código-fonte]A série mais conhecida de aberturas do Fantástico se baseia em coreografias sobre cenários de ousadia crescente, ao som de versões da consagrada música-tema. Entre os modelos e bailarinos que já passaram pelas aberturas, estão Fabiano Vanucci (filho do diretor Augusto César Vannucci), Heloísa Millet, Jorge Laffond, Isadora Ribeiro e Carolina Ferraz.
A abertura que estreou junto com o programa, ainda em preto e branco, duas crianças introduziam bailarinos caracterizados como uma trupe circense (inspirada no musical Pippin).
Um número de dança, destacando Heloísa Millet e Suely Antonelli, com uma versão instrumental (fortemente modificada) do tema musical original.
Segundo Fernando Pamplona, a Globo teria investido "Cr$ 2 milhões" num trabalho de mudança de abertura do Fantástico que não foi aproveitado.<ref>"Fernando Pamplona", Jornal do Brasil, 5 de dezembro de 1982, Caderno TV, pág. 11</ref>. A abertura foi recebida com controvérsia quanto à "coreografia sensual".<ref>"O que será da televisão sem a violência?", Jornal do Brasil, 23 de março de 1980, Caderno B, pág. 8</ref>
Edição: Ivo Alves e Carlos Arruda
Produção musical: Danilo Granato
Coreografia: Juan Carlos Berardi e Magda Zago
Coordenação: Renato Corrêa e Castro
Codireção de shows: Paulo Netto
Supervisão de reportagens: Macedo Miranda, Filho
Direção do núcleo de shows: Aloysio Legey
Direção geral: José-Itamar de Freitas
A abertura comemorativa dos dez anos do programa teve seu cenário totalmente produzido por computador, um trabalho realizado numa produtora em São Francisco e tomou 13 dias inteiros de processamento. Cada segundo do trabalho final custou à Globo, em média, 1.000 dólares em valores da época.[11], Segundo Hans Donner, "o computador que desenhou a abertura do Fantástico levava de 35 a 40 minutos para acabar cada fotograma"[12].
O número de dança foi realizado por 24[13] ou 29 bailarinos, com destaque para Marisa, a mesma da abertura da versão original da novela Guerra dos Sexos.[14]. Sete bailarinos do grupo Vacilou, Dançou participaram da abertura.[15]
grandemente antecipada e com seu conceito envolvido em grande sigilo. Depois da previsão de uma abertura em "lugares tão diferentes e fantásticos como a Torre Eiffel, a Muralha da China, as pirâmides do Egito, a Golden Gate de São Francisco e outras paisagens" ("Informe JB", Jornal do Brasil, 27 de outubro de 1985, p. 6), já em 1985 foi antecipado o tema dos quatro elementos da natureza ("Informe JB", Jornal do Brasil, 8 de dezembro de 1985, p. 6)
Isadora Ribeiro
Kátia Bronstein ("A carioca que saiu do frio", Jornal do Brasil, 2 de outubro de 1989, Caderno B, pág. 3)
1994
"É fantástico mesmo", Veja, 20 de abril de 1994
modelos Mauro Jasmin e Adriana Szemlinsky
gerado na equipe interna da Globo a um custo de 600 mil dólares (valor da época).
Prevista até 1998, mas saiu do ar antes.
Crítica
"kitsch" remetendo a Salvador Dalí e a Flash Gordon, "não inova no quesito estético", lembrando que a abertura anterior era bem aceita pelo público.
Aberturas curtas (1995-2010)
[editar | editar código-fonte]Em 23 de Abril de 1995, as tradicionais aberturas foram substituídas por vinhetas simples de cinco a dez segundos, deixando o Fantástico mais simples. As vinhetas simples tinham na maioria em torno das estrelas, tinham no início, os diferentes clarões de fogo, depois passavam por variações como bolhas, letras, folhas, em torno da lua, etc... e uma bolha se distancia em torno de nuvens formando uma luz ao aparecer o logotipo.
Aberturas de meio minuto (2010-presente)
[editar | editar código-fonte]Desde 4 de Abril de 2010, ela passou a ter 30 segundos, a primeira abertura deste tempo de duração, traz imagens de DNA, estrelas, cachoeiras, cardumes, planta, entre outras. A segunda abertura é criada pelo francês Steven Briand com a parte da colaboração da equipe da Globo, mostra a modelo e coreógrafa Cathy Ematchoua, fazendo mágicas com papeis quadrados, ícones e iluminações.
Peyton Place (br: A caldeira do diabo / pt: Amar Não É Pecado) é um livro do gênero romance escrito por Grace Metalious. Foi um bestseller internacional e deu origem a um filme de mesmo título e uma série de televisão.
"Números furados", Veja, 12 de junho de 1985, p. 91
Cidade de São Paulo parou de editar listas em 1983
Lei regulamentada em abril de 1983 que obriga a fazer licitação para catálogos
Huber criticou Telesp por ter escolhido os participantes mediante cartas-convite
Dez pendências judiciais entre LTB e Telesp.
Huber contestou os termos do contrato, prejudiciais à sua empresa.
"O caso LTB", Veja, 12 de outubro de 1977, p. 137
Conglomerado "virtualmente insolvente", estudam forma de BB (principal credor) assumir controle da holding Itapicuru S.A.
Huber apontava "imperfeições" no sistema de concessão das listas telefônicas.
Também vinculada: ESA (Engenharia de Sistemas e Automação)
Editorial: Exped tinha vinculadas [[Expressão e Cultura]] e [[Liceu]].
Turismo: Itatur
Imibiliária: Itaim
Gilberto Huber (São Paulo[16], 1º de setembro de 1926 - 25 de fevereiro de 2003) foi um empresário brasileiro com atuação destacada nos setores gráfico e editorial.
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Registrado Gilbert Jacob Huber Jr., Gilberto Huber é filho do empresário americano G. J. Huber e de Joyce Coachman. Teve dois irmãos mais velhos, David e Bill, e, mais jovens, os gêmeos James e Joyce. David e James morreram pouco depois de nascerem.[17] Gilberto Huber foi casado com Nancy Elizabeth Hamlin Huber. O casal se divorciou em agosto de 1977.[18]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Gilberto Huber assumiu em 1957 o comando da Listas Telefônicas Brasileiras S.A. (LTB), empresa fundada por seu pai, G. J. Huber. Ele expandiu as atividades da empresa, formando o Grupo Gilberto Huber, e, através do Grupo Codinco, incorporou outras empresas como a metalúrgica Metalon, a Companhia Nacional do Papel, a Chenille do Brasil[19] e a seguradora Piratininga[20]
Em vários fóruns Gilberto Huber se destacou como porta-voz da classe empresarial, defensor do livre mercado e da democratização do capital através do mercado de ações,[21]. Huber também participou do Comitê de Política Comercial, instituído em 1963 pelo Ministério da Indústria e Comércio.[22] e foi diretor do Conselho Interamericano de Comércio e Produção[23]
Huber também foi copatrocinador e dirigente do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), organização não-governamental fundada em 1961 como um dos principais catalisadores do pensamento de oposição ao presidente João Goulart.[24] O jornalista Milton Coelho da Graça ainda citou Gilberto Huber como "líder aparente" do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), entidade coirmã do IPES,[25] e o empresário foi mencionado como ligado à articulação que, em 1973, encerrou o governo Salvador Allende no Chile.[26]
Referências
- ↑ «PRAÇA DA ALEGRIA - FORMATO». memoriaglobo.globo.com. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ «Em 1987, Silvio Santos tomou Praça da Band duas semanas após estreia». Notícias da TV. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ «Personagem Velha Surda, da A praça é nossa, era um dos destaques do programa». Divirta-se. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ «Há 13 anos fora do ar, Velha Surda volta à Praça É Nossa com novo ator - Pop! Pop! Pop!». VEJA SP. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ «Carlos Alberto de Nóbrega anuncia retorno da Velha Surda à Praça». Notícias da TV. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ a b Entrevista com Carlos Alberto de Nóbrega, The Noite, 15 de maio de 2014.
- ↑ «Tá no ar satiriza a Velha Surda, personagem histórico da Praça é Nossa - Últimas Notícias - UOL TV e Famosos». UOL TV e Famosos. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ «Carlos Alberto de Nóbrega sobre participação no 'Tá no Ar': 'Silvio nem sabe'». Bastidores. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ «Foi um sonho, diz Carlos Alberto sobre participação no Tá no Ar - Últimas Notícias - UOL TV e Famosos». UOL TV e Famosos. Consultado em 17 de abril de 2016
- ↑ "Globo lança disco com abertura de programas", Folha de São Paulo, 13 de julho de 2001. Recuperado de http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1307200104.htm
- ↑ "A dança das pirâmides", Veja, 21 de setembro de 1983
- ↑ "Os efeitos especiais na TV", Jornal do Brasil, 22 de abril de 1984, Caderno B, pág. 6
- ↑ "Uma abertura do futuro para o décimo aniversário do Fantástico", Jornal do Brasil, 28 de agosto de 1983, Caderno TV, pág. 5
- ↑ "A dança das pirâmides", Veja, 21 de setembro de 1983
- ↑ "No ar", Jornal do Brasil, 31 de agosto de 1983, Caderno B, p. 5
- ↑ Avisos religiosos (janeiro de 1970). «G. J. Huber». Jornal do Brasil. 1º Caderno (231). 24 páginas. Consultado em 30 de março de 2014
- ↑ http://www.familiahuber.com/index_files/Page336.htm
- ↑ http://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/19164178/agregna-sentenca-estrangeira-se-2560-eu-stf
- ↑ Correio da Manhã, 28 de março de 1965
- ↑ Correio da Manhã, 3 de setembro de 1965
- ↑ «Democratização do capital para preservação do regime». Correio da Manhã. 1º Caderno. 13 de dezembro de 1961
- ↑ «O que vai pelo Comércio... e na Indústria». Correio da Manhã. 1º Caderno: 6. 2 de junho de 1963
- ↑ Correio da Manhã, 14 de julho de 1963, p.6
- ↑ Birkner, Walter Marcos Knaesel. O realismo de Golbery. Itajaí, Ed. Univali. 2002. pág. 20.
- ↑ http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/comuniquese__31793
- ↑ http://www.horadopovo.com.br/2013/10Out/3193-09-10-2013/P6/pag6c.htm