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Herpes zoster: diferenças entre revisões

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{{Info/Patologia
{{mais notas|data=julho de 2013}}
| Nome = Herpes zoster
[[Ficheiro:Herpes zoster neck.png|thumb|200px|Paciente com Herpes zoster no pescoço.]]
| Imagem = Herpes zoster neck.png
| Legenda = Bolhas de herpes zoster no pescoço e ombros
| CID10 = {{CID10|B|02||b|00}}
| CID9 = {{CID9|053}}
| ICDO =
| OMIM =
| MedlinePlus = 000858
| eMedicineSubj = med
| eMedicineTopic = 1007
| eMedicine_mult = {{eMedicine2|derm|180}} {{eMedicine2|emerg|823}} {{eMedicine2|oph|257}} {{eMedicine2|ped|996}}
| DiseasesDB = 29119
}}
<!-- Definição e sintomas -->
'''Herpes zoster''', também conhecida por '''zona''', é uma [[doença viral]] caracterizada por erupções cutâneas [[Dor|dolorosas]] com [[Bolha (medicina)|bolhas]] e que afeta uma área de pele reduzida.<ref name=CDC2014Sym/><ref>{{cite book|title=Shafer's textbook of oral pathology|date=2014|isbn=9788131238004|page=351|edition=Seventh|url=https://books.google.ca/books?id=WnhtAwAAQBAJ&pg=PA351}}</ref> Geralmente a erupção cutânea ocorre num dos lados do corpo ou da face ao longo de uma faixa. Entre dois a quatro dias antes da erupção pode verificar-se dor ou [[Parestesia|formigueiro]] na área, não existindo praticamente outros sintomas para além destes.<ref name=Pink2015/> A erupção cutânea geralmente resolve-se sozinha ao fim de duas a quatro semanas.<ref name=CDC2014Sym>{{cite web|title=Shingles (Herpes Zoster) Signs & Symptoms|url=http://www.cdc.gov/shingles/about/symptoms.html|accessdate=26 May 2015|date=May 1, 2014}}</ref> No entanto, algumas pessoas desenvolvem [[neuropatia periférica|dores nos nervos]] que podem durar de meses a anos, uma condição denominada [[nevralgia pós-herpética]]. Em pessoas com o [[Imunossupressão|sistema imunitário debilitado]], a doença pode-se espalhar pelo corpo todo.<ref name=Pink2015/> Quando a erupção afeta o [[olho]], pode ocorrer [[Incapacidade visual|perda de visão]].<ref name=CDC2014Sym/>


<!-- Causa, mecanismo e diagnóstico -->
O '''Herpes-zóster''' (ou Zolster, Zoster) ou '''zona''', também popularmente chamado de '''cobrão''' ou '''cobreiro''', é uma [[vírus|virose]] provocada por uma variante do [[herpesvírus]] que também causa a [[varicela]] (ou catapora), de incidência rara e que provoca afecções na pele, de maior ou menor gravidade, em geral atingindo pessoas com baixa defesa imunológica, como idosos, pessoas que passaram por uma fase de estresse ou pacientes com [[SIDA]] ([[AIDS]]).
A herpes zoster é causada pela reativação do [[vírus Varicela-Zoster]] (VVZ) no corpo da pessoa. A infeção inicial com o VVZ causa [[varicela]]. Depois da varicela desaparecer, o vírus pode permanecer dormente nas [[Neurónio|células nervosas]].<ref name=Pink2015/> Os fatores de risco para a reativação do vírus incluem idade avançada, sistema imunitário debilitado e ter tido varicela antes dos 18 meses de idade. Ainda não é totalmente conhecida a forma como o vírus permanece no corpo e é posteriormente.<ref name=Pink2015/> A exposição ao vírus presente nas bolhas pode transmitir varicela às pessoas que não tiveram a doença anteriormente, mas não causa herpes zoster.<ref>{{cite web|title=Shingles (Herpes Zoster) Transmission|url=http://www.cdc.gov/shingles/about/transmission.html|accessdate=26 May 2015|date=September 17, 2014}}</ref> O [[diagnóstico]] tem por base os sinais e sintomas da pessoa.<ref name=NEJM2013/> O vírus varicela-zoster não é o mesmo que o [[vírus do herpes simples]], embora pertençam à [[Herpesviridae|mesma família de vírus]].<ref name=CDC2014Over/>


<!-- Prevenção e tratamento -->
Segundo um estudo epidemiológico realizado no Brasil, 95% dos adultos já foram expostos ao vírus da varicela-zóster.
A [[vacina contra o herpes zoster]] diminui a probabilidade de desenvolver herpes zoster em cerca de 50% nas pessoas entre os 50 e 80 anos de idade. Diminui também o risco de nevralgia pós-herpética e, em caso de surto, a sua gravidade. Após os 80 anos a vacina ainda é eficaz, embora em menor grau. A vacina contém o mesmo material da [[vacina contra a varicela]] numa dose maior.<ref name=Pink2015/> Caso a doença se desenvolva, os [[Antiviral|antivirais]] como o [[aciclovir]] podem diminuir a gravidade e duração da doença quando são administrados no prazo de 72 horas a seguir ao aparecimento da erupção cutânea.<ref name=NEJM2013>{{cite journal|last1=Cohen|first1=JI|title=Clinical practice: Herpes zoster.|journal=[[New England Journal of Medicine]]|date=18 July 2013|volume=369|issue=3|pages=255–63|pmid=23863052|doi=10.1056/NEJMcp1302674}}</ref> As evidências não demonstram haver efeito significativo dos antivirais ou dos [[Corticosteroide|esteroides]] no risco de nevralgia pós-herpética.<ref>{{cite journal|last1=Chen|first1=N|last2=Li|first2=Q|last3=Yang|first3=J|last4=Zhou|first4=M|last5=Zhou|first5=D|last6=He|first6=L|title=Antiviral treatment for preventing postherpetic neuralgia.|journal=[[Cochrane Database of Systematic Reviews]]|date=6 February 2014|volume=2|pages=CD006866|pmid=24500927|doi=10.1002/14651858.CD006866.pub3}}</ref><ref>{{cite journal|last1=Han|first1=Y|last2=Zhang|first2=J|last3=Chen|first3=N|last4=He|first4=L|last5=Zhou|first5=M|last6=Zhu|first6=C|title=Corticosteroids for preventing postherpetic neuralgia.|journal=[[Cochrane Database of Systematic Reviews]]|date=28 March 2013|volume=3|pages=CD005582|pmid=23543541|doi=10.1002/14651858.CD005582.pub4}}</ref> Para o alívio da dor aguda podem ser administrados [[paracetamol]], [[anti-inflamatórios não esteroides]] ou [[opiáceo]]s.<ref name=NEJM2013/>
<ref>Reis AD, Pannuti CS, dfe Souza VA. Prevalence of varicella-zoster virus antibodies in young adults from different Brazilian climatic regions. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(3):317-20</ref>


<!-- Epidemiologia e história -->
Aproximadamente 1 a cada 3 pessoas terá herpes-zóster durante a vida. A partir dos 50 anos de idade, o risco e gravidade do herpes-zóster aumentam significativamente pelo declínio da imunidade relacionado à idade e a crescente população de idosos impactará o número de casos de herpes-zóster que surgirão.
Estima-se que cerca de um terço das pessoas desenvolva herpes zoster em determinado momento da vida.<ref name=Pink2015/> Embora a doença seja mais comum entre os idosos, também afeta as crianças.<ref name=CDC2014Over>{{cite web|title=Overview|url=http://www.cdc.gov/shingles/about/overview.html|accessdate=26 May 2015|date=September 17, 2014}}</ref> O número de novos casos por ano varia entre 1,2–3,4 por cada 1000 pessoas entre adultos saudáveis e 3,9–11,8 por cada 1000 pessoas entre os maiores de 65 anos.<ref name=pmid17143845>{{cite journal |vauthors=Dworkin RH, Johnson RW, Breuer J, etal | title=Recommendations for the management of herpes zoster| journal=[[Clin. Infect. Dis.]]| volume=44 Suppl 1| pages=S1–26| year=2007| pmid=17143845| doi=10.1086/510206| url=http://www.journals.uchicago.edu/doi/full/10.1086/510206}}</ref> Cerca de metade das pessoas com 85 anos tiveram pelo menos um episódio da doença e menos de 5% tiveram mais de um episódio.<ref name=Pink2015/><ref>{{citar livro |autor=Honorio T. Benzon|título=Essentials of Pain Medicine|data=2011|editora=Elsevier Health Sciences|location=Londres|isbn=9781437735932|página=358|edição=3ª|url=https://books.google.ca/books?id=9UuAWD2FTFsC&pg=PA358}}</ref> A doença é conhecida desde a Antiguidade.<ref name=Pink2015>{{citar livro |autor=Hamborsky J|título=Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases|ano=2015|editora=Washington D.C. Public Health Foundation|páginas=353–374|edição=13ª|url=http://www.cdc.gov/vaccines/pubs/pinkbook/downloads/varicella.pdf}}</ref>
<ref>Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008:57(RR-5):1-30</ref>
<ref>Johson RW, Bouhassira D, Kassianos G, et al. The impact of herpes zoster and post-herpetic neuralgia on quality-of-life. BMC Med. 2010:8(37):1-13.</ref>
<ref>Dworkin RH, Frann JW Jr, Oaklander AL, et al. Diagnosis and assessment of pain associatede with herpes zoster and phstherpetic neuralgia. J Pain. 2008;9(1 Suppl):S37-44.</ref>


== Sinais e sintomas ==
''Prevenção''
Desde abril de 2014, o Brasil passou a contar com a vacina ''herpes-zóster (atenuada)'', conhecida internacionalmente como Zostavax. Indicada para pessoas a partir dos 50 anos de idade, está é a primeira e única vacina para prevenir o herpes-zóster e a neuralgia pós-herpética, além de contribuir para a redução da dor aguda e crônica associada ao herpes-zóster. A eficácia e o perfil de segurança da vacina ''herpes-zóster''(atenuada) foram avaliados em mais de 60 mil indivíduos.
<ref>Cohen KR, Salbu RL, Frank L, Israel I. Presentation and management of herpes zoster (shingles) in the geriatric population. PT.2013:38(4):217-27</ref>
<ref>Circular aos Médicos da vacina herpes zoster (atenuada). São Paulo, Merck Sharp & Dhome Farmacûetica Ltda., 2013.</ref>
<ref>Oxman MN, Levin MJ, Johnson GR, et al. Shingles Prevention Study Group. A vaccine to prevent herpes zoster and postherpetic neuralgia in older adults. N Engl J Med. 2005;352(22):2271-84</ref>


Ao contrário da [[varicela]], caracterizada pelo surgimento de vesículas (bolhas) em todo o corpo, no Herpes-zóster estas lesões aparecem, em geral, somente no segmento de pele inervado pelo ramo nervoso acometido pelo vírus e em apenas um dos lados do corpo - "cobreando-se", ou seja, ziguezagueando, daí a origem do nome popular "''cobreiro''" para este mal.


O primeiro sintoma é a sensação de dor no local, depois ocorre a eclosão das bolhas, deixando a pele avermelhada, além de indisposição. O paciente pode sentir desde uma dor muito forte no local e até mesmo pontadas e coceira. A dor pode durar meses ou até anos em pacientes que venham a ter mais idade, mas é mais habitual durar entre 3 a 5 semanas. Geralmente este tipo de herpes ocorre em pacientes com mais de 50 anos e em pessoas mais debilitadas.
== Etiologia ==
O vírus da varicela-zóster normalmente permanece dormente, apesar de debelado do organismo, no interior de alguns [[gânglio nervoso|gânglios]] do sistema nervoso (especialmente o semi-lunar, da base do crânio, ou nos próximos à [[medula espinal]] (cadeia para-vertebral)- podendo, no entanto, ocorrer noutros gânglios). O sistema imunológico mantém o vírus sob controle, mas quando estas defesas naturais encontram-se debilitadas ocorre a deflagração da doença.


A paralisia facial tem sido observada em associação com o herpes zoster da face ou do canal auditivo externo. A [[síndrome de Ramsay Hunt]] é a combinação de lesões cutâneas do canal auditivo externo com o desenvolvimento ipsilateral da face e nervos auditivos. A síndrome causa paralisia facial, deficiência auditiva, vertigem e diversos outros sintomas auditivos e vestibulares. O envolvimento ocular não é incomum e pode ser a fonte de significativa morbidade, incluindo cegueira permanente. As manifestações são altamente variáveis e podem surgir do dano epitelial direto mediado pelo vírus, neuropatia, injúria imunomediada ou secundária à vasculopatia. Se a ponta nasal é envolvida, este constitui um sinal de que o ramo nasociliar do quinto nervo craniano foi acometido, sugerindo o potencial para a infecção ocular. Nestes casos, o encaminhamento para um oftalmologista é obrigatório.
Estima-se que cerca de 20% das pessoas possam desenvolver esta modalidade da doença.<ref>[http://drauziovarella.ig.com.br/entrevistas/hzoster1.asp]</ref>

== Características clínicas ==
A recorrência inicia-se com dor na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado ([[dermátomo]]). Caracteristicamente, um dermátomo é acometido, porém pode ocorrer o envolvimento de dois ou mais. Esta dor prodómica, a qual pode ser acompanhada de febre, mal-estar e [[cefaleia]], é a observada normalmente um a quatro dias antes do desenvolvimento das lesões cutâneas e orais. Durante tal período, antes do [[exantema]], a dor pode simular uma dor de dente, [[otite média]], cefaleia migratória, enfarte do miocárdio ou [[apendicite]], dependendo de qual dermátomo esteja afetado.

O envolvimento cutâneo mostra um agrupamento de vesículas em uma base eritematosa. No período de três a quatro dias, as vesículas tornam-se pustulares e ulceram, com o desenvolvimento de crostas após sete a 10 dias. Não é infrequente a formação de cicatrizes. As lesões tendem a seguir a área do nervo afetado e terminam na linha média. O exantema regride, caracteristicamente, no período de duas a três semanas, em indivíduos sadios.

Algumas vezes, pode ocorrer a resistência na ausência de vesículas na pele ou mucosa. Este padrão é denominado '''''zoster sine herpete''''', e os pacientes acometidos apresentam dor acentuada de início abrupto e [[hiperestesia]] sobre o dermátomo específico. Febre, cefaleia, [[mialgia]], e linfadenopatia podem ou não acompanhar a recorrência.

A dor dura de um mês após o episódio do zoster é denominada de nevralgia ou [[neuralgia]] pós-herpética e ocorre em mais de 14% dos pacientes, especialmente naqueles acima dos 60 anos de idade. A maioria das neuralgias regride após um ano, com metade apresentando regressão após dois meses. Casos raros podem durar mais de 20 anos.

A paralisia facial tem sido observada em associação com o herpes zoster da face ou do canal auditivo externo. A '''[[síndrome de Ramsay Hunt]]''' é a combinação de lesões cutâneas do canal auditivo externo com o desenvolvimento ipsilateral da face e nervos auditivos. A síndrome causa paralisia facial, deficiência auditiva, vertigem e diversos outros sintomas auditivos e vestibulares.

O envolvimento ocular não é incomum e pode ser a fonte de significativa morbidade, incluindo cegueira permanente. As manifestações são altamente variáveis e podem surgir do dano epitelial direto mediado pelo vírus, neuropatia, injúria imunomediada ou secundária à vasculopatia. Se a ponta nasal é envolvida, este constitui um sinal de que o ramo nasociliar do quinto nervo craniano foi acometido, sugerindo o potencial para a infecção ocular. Nestes casos, o encaminhamento para um oftalmologista é obrigatório.


As lesões orais ocorrem com o desenvolvimento do [[nervo trigêmeo]] e podem estar presentes na mucosa móvel ou aderida. As lesões, muitas vezes, estendem-se à linha média e estão presentes, frequentemente, em conjunto com o acometimento da pele que recobre o quadrante afetado. Como a [[varicela]], as lesões individuais apresentam-se como vesículas branco-opacas com 1 a 4 [[milimetro|mm]], as quais se rompem para formar ulcerações rasas. O envolvimento da maxila pode estar associado com a desvitalização dos dentes da região afetada. Além disso, vários relatos documentaram necrose óssea significativa com perda de dentes nas áreas envolvidas com o herpes zoster.
As lesões orais ocorrem com o desenvolvimento do [[nervo trigêmeo]] e podem estar presentes na mucosa móvel ou aderida. As lesões, muitas vezes, estendem-se à linha média e estão presentes, frequentemente, em conjunto com o acometimento da pele que recobre o quadrante afetado. Como a [[varicela]], as lesões individuais apresentam-se como vesículas branco-opacas com 1 a 4 [[milimetro|mm]], as quais se rompem para formar ulcerações rasas. O envolvimento da maxila pode estar associado com a desvitalização dos dentes da região afetada. Além disso, vários relatos documentaram necrose óssea significativa com perda de dentes nas áreas envolvidas com o herpes zoster.


== Sintomatologia ==
== Transmissão ==
Ao contrário da [[catapora]], caracterizada pelo surgimento de vesículas (bolhas) em todo o corpo, no Herpes-zóster estas lesões aparecem, em geral, somente no segmento de pele inervado pelo ramo nervoso acometido pelo vírus e em apenas um dos lados do corpo - "cobreando-se", ou seja, ziguezagueando, daí a origem do nome popular "''cobreiro''" para este mal.


A transmissão, como no caso da varicela e do [[herpes]] simples, dá-se pelo contato com as secreções contidas nas vesículas, quando estas eclodem. A transmissão ocorre quando a pessoa receptora está com baixa imunologia.
O primeiro sintoma é a sensação de dor no local, depois ocorre a eclosão das bolhas, deixando a pele avermelhada, além de indisposição. O paciente pode sentir desde uma dor muito forte no local e até mesmo pontadas e coceira.


== Fisiopatologia ==
A dor pode durar meses ou até anos em pacientes que venham a ter mais idade, mas é mais habitual durar entre 3 a 5 semanas.
O vírus da varicela-zóster normalmente permanece dormente, apesar de debelado do organismo, no interior de alguns [[gânglio nervoso|gânglios]] do sistema nervoso (especialmente o semi-lunar, da base do crânio, ou nos próximos à [[medula espinal]] (cadeia para-vertebral)- podendo, no entanto, ocorrer noutros gânglios). O sistema imunológico mantém o vírus sob controle, mas quando estas defesas naturais encontram-se debilitadas ocorre a deflagração da doença.


A recorrência inicia-se com dor na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado ([[dermátomo]]). Caracteristicamente, um dermátomo é acometido, porém pode ocorrer o envolvimento de dois ou mais. Esta dor prodómica, a qual pode ser acompanhada de febre, mal-estar e [[cefaleia]], é a observada normalmente um a quatro dias antes do desenvolvimento das lesões cutâneas e orais. Durante tal período, antes do [[exantema]], a dor pode simular uma dor de dente, [[otite média]], cefaleia migratória, enfarte do miocárdio ou [[apendicite]], dependendo de qual dermátomo esteja afetado.
Geralmente este tipo de herpes ocorre em pacientes com mais de 50 anos e em pessoas mais debilitadas.


O envolvimento cutâneo mostra um agrupamento de vesículas em uma base eritematosa. No período de três a quatro dias, as vesículas tornam-se pustulares e ulceram, com o desenvolvimento de crostas após sete a 10 dias. Não é infrequente a formação de cicatrizes. As lesões tendem a seguir a área do nervo afetado e terminam na linha média. O exantema regride, caracteristicamente, no período de duas a três semanas, em indivíduos sadios.
== Transmissão ==
A transmissão, como no caso da varicela e do [[herpes]] simples, dá-se pelo contato com as secreções contidas nas vesículas, quando estas eclodem.


Algumas vezes, pode ocorrer a resistência na ausência de vesículas na pele ou mucosa. Este padrão é denominado '''''zoster sine herpete''''', e os pacientes acometidos apresentam dor acentuada de início abrupto e [[hiperestesia]] sobre o dermátomo específico. Febre, cefaleia, [[mialgia]], e linfadenopatia podem ou não acompanhar a recorrência. A dor dura de um mês após o episódio do zoster é denominada de nevralgia ou [[neuralgia]] pós-herpética e ocorre em mais de 14% dos pacientes, especialmente naqueles acima dos 60 anos de idade. A maioria das neuralgias regride após um ano, com metade apresentando regressão após dois meses. Casos raros podem durar mais de 20 anos.
A transmissão ocorre quando a pessoa receptora está com baixa imunologia.


== Tratamento ==
== Tratamento ==
{{aviso médico}}
O mesmo da varicela: [[Antiviral|antivirais]], sobretudo o ''[[Aciclovir]]'' (''Zovirax'') ou [[pró-fármaco]]s como o famciclovir (''Famvir''), or valacyclovir (''Valtrex'').


Como não há uma cura conhecida para o cobreiro, o tratamento se concentra na diminuição da dor. Um analgésico pode aliviar a sensação de queimação. O aciclovir e outros antivirais semelhantes administrados oralmente provaram diminuir o progresso e a gravidade da doença em muitos casos, além de reduzir a probabilidade de neuralgia pós-herpética.
O mesmo da varicela: [[Antiviral|antivirais]], sobretudo o ''[[Aciclovir]]'' (''Zovirax'') ou [[pró-fármaco]]s como o famciclovir (''Famvir''), or valacyclovir (''Valtrex''). Como não há uma cura conhecida para o cobreiro, o tratamento se concentra na diminuição da dor. Um analgésico pode aliviar a sensação de queimação. O aciclovir e outros antivirais semelhantes administrados oralmente provaram diminuir o progresso e a gravidade da doença em muitos casos, além de reduzir a probabilidade de neuralgia pós-herpética. Alguns médicos receitam medicamentos esteróides para diminuir a inflamação do nervo. Para serem eficazes, os esteróides devem ser tomados logo após o início do cobreiro. O tratamento à base de esteróides geralmente não é recomendado para as pessoas com doença subjacente, pois os esteróides podem interferir na resistência à infecção.


A procura de atendimento médico imediato pode diminuir a possibilidade de neuralgia pós-herpética. O contaminado não deve manter contato com crianças e adultos que ainda não tiveram catapora, pois o risco de contaminação aumenta.
Alguns médicos receitam medicamentos esteróides para diminuir a inflamação do nervo. Para serem eficazes, os esteróides devem ser tomados logo após o início do cobreiro. O tratamento à base de esteróides geralmente não é recomendado para as pessoas com doença subjacente, pois os esteróides podem interferir na resistência à infecção.


== Epidemiologia ==
A prevenção da infecção também é importante. Banhos em água morna (não quente) ajudam a aliviar e limpar a pele. Se a coceira for grave, os pacientes devem cortar as unhas e usar luvas enquanto estiverem dormindo para que não cocem inconscientemente.


Aproximadamente 1 a cada 3 pessoas terá herpes-zóster durante a vida. A partir dos 50 anos de idade, o risco e gravidade do herpes-zóster aumentam significativamente pelo declínio da imunidade relacionado à idade e a crescente população de idosos impactará o número de casos de herpes-zóster que surgirão.
A procura de atendimento médico imediato pode diminuir a possibilidade de neuralgia pós-herpética.
<ref>Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008:57(RR-5):1-30</ref>
<ref>Johson RW, Bouhassira D, Kassianos G, et al. The impact of herpes zoster and post-herpetic neuralgia on quality-of-life. BMC Med. 2010:8(37):1-13.</ref>
<ref>Dworkin RH, Frann JW Jr, Oaklander AL, et al. Diagnosis and assessment of pain associatede with herpes zoster and phstherpetic neuralgia. J Pain. 2008;9(1 Suppl):S37-44.</ref>


Segundo um estudo epidemiológico realizado no Brasil, 95% dos adultos já foram expostos ao vírus da varicela-zóster.
* O contaminado não deve manter contato com crianças e adultos que ainda não tiveram catapora, pois o risco de contaminação aumenta.
<ref>Reis AD, Pannuti CS, dfe Souza VA. Prevalence of varicella-zoster virus antibodies in young adults from different Brazilian climatic regions. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(3):317-20</ref> Desde abril de 2014, o Brasil passou a contar com a vacina ''herpes-zóster (atenuada)'', conhecida internacionalmente como Zostavax. Indicada para pessoas a partir dos 50 anos de idade, está é a primeira e única vacina para prevenir o herpes-zóster e a neuralgia pós-herpética, além de contribuir para a redução da dor aguda e crônica associada ao herpes-zóster. A eficácia e o perfil de segurança da vacina ''herpes-zóster''(atenuada) foram avaliados em mais de 60 mil indivíduos.
* Os pacientes com mais de 50 anos e debilitados por algum motivo não devem se automedicar mesmo se reconhecido os sintomas da Herpes-zoster.
<ref>Cohen KR, Salbu RL, Frank L, Israel I. Presentation and management of herpes zoster (shingles) in the geriatric population. PT.2013:38(4):217-27</ref>
<ref>Circular aos Médicos da vacina herpes zoster (atenuada). São Paulo, Merck Sharp & Dhome Farmacûetica Ltda., 2013.</ref>
<ref>Oxman MN, Levin MJ, Johnson GR, et al. Shingles Prevention Study Group. A vaccine to prevent herpes zoster and postherpetic neuralgia in older adults. N Engl J Med. 2005;352(22):2271-84</ref>


== {{Ver também}} ==
== Ver também ==
* [[Varicela]]
* [[Varicela]]
* [[Herpes]]
* [[Herpes]]
* [[Doença infecciosa do sistema nervoso]]
* [[Doença infecciosa do sistema nervoso]]


{{Referências}}
{{Referências|col=2}}

== {{Bibliografia}} ==
* Patologia Oral & Maxilofacial; Neville, Damm, Allen, Bouquot; [[Guanabara Koogan]]; 1998.

== {{Ligações externas}} ==
{{Commons|Herpes zoster}}
{{Commons|Herpes zoster}}
* {{Link||2=http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/herpes-zoster-cobreiro-2/ |3=Descrição |4=- linguagem simples e acessível.}}


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Revisão das 23h23min de 14 de agosto de 2016

Herpes zoster
Herpes zoster
Bolhas de herpes zoster no pescoço e ombros
Especialidade infecciologia, dermatologia, neurologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B02
CID-9 053
CID-11 523481501
DiseasesDB 29119
MedlinePlus 000858
eMedicine med/1007 derm/180 emerg/823 oph/257 ped/996
MeSH D006562
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Herpes zoster, também conhecida por zona, é uma doença viral caracterizada por erupções cutâneas dolorosas com bolhas e que afeta uma área de pele reduzida.[1][2] Geralmente a erupção cutânea ocorre num dos lados do corpo ou da face ao longo de uma faixa. Entre dois a quatro dias antes da erupção pode verificar-se dor ou formigueiro na área, não existindo praticamente outros sintomas para além destes.[3] A erupção cutânea geralmente resolve-se sozinha ao fim de duas a quatro semanas.[1] No entanto, algumas pessoas desenvolvem dores nos nervos que podem durar de meses a anos, uma condição denominada nevralgia pós-herpética. Em pessoas com o sistema imunitário debilitado, a doença pode-se espalhar pelo corpo todo.[3] Quando a erupção afeta o olho, pode ocorrer perda de visão.[1]

A herpes zoster é causada pela reativação do vírus Varicela-Zoster (VVZ) no corpo da pessoa. A infeção inicial com o VVZ causa varicela. Depois da varicela desaparecer, o vírus pode permanecer dormente nas células nervosas.[3] Os fatores de risco para a reativação do vírus incluem idade avançada, sistema imunitário debilitado e ter tido varicela antes dos 18 meses de idade. Ainda não é totalmente conhecida a forma como o vírus permanece no corpo e é posteriormente.[3] A exposição ao vírus presente nas bolhas pode transmitir varicela às pessoas que não tiveram a doença anteriormente, mas não causa herpes zoster.[4] O diagnóstico tem por base os sinais e sintomas da pessoa.[5] O vírus varicela-zoster não é o mesmo que o vírus do herpes simples, embora pertençam à mesma família de vírus.[6]

A vacina contra o herpes zoster diminui a probabilidade de desenvolver herpes zoster em cerca de 50% nas pessoas entre os 50 e 80 anos de idade. Diminui também o risco de nevralgia pós-herpética e, em caso de surto, a sua gravidade. Após os 80 anos a vacina ainda é eficaz, embora em menor grau. A vacina contém o mesmo material da vacina contra a varicela numa dose maior.[3] Caso a doença se desenvolva, os antivirais como o aciclovir podem diminuir a gravidade e duração da doença quando são administrados no prazo de 72 horas a seguir ao aparecimento da erupção cutânea.[5] As evidências não demonstram haver efeito significativo dos antivirais ou dos esteroides no risco de nevralgia pós-herpética.[7][8] Para o alívio da dor aguda podem ser administrados paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides ou opiáceos.[5]

Estima-se que cerca de um terço das pessoas desenvolva herpes zoster em determinado momento da vida.[3] Embora a doença seja mais comum entre os idosos, também afeta as crianças.[6] O número de novos casos por ano varia entre 1,2–3,4 por cada 1000 pessoas entre adultos saudáveis e 3,9–11,8 por cada 1000 pessoas entre os maiores de 65 anos.[9] Cerca de metade das pessoas com 85 anos tiveram pelo menos um episódio da doença e menos de 5% tiveram mais de um episódio.[3][10] A doença é conhecida desde a Antiguidade.[3]

Sinais e sintomas

Ao contrário da varicela, caracterizada pelo surgimento de vesículas (bolhas) em todo o corpo, no Herpes-zóster estas lesões aparecem, em geral, somente no segmento de pele inervado pelo ramo nervoso acometido pelo vírus e em apenas um dos lados do corpo - "cobreando-se", ou seja, ziguezagueando, daí a origem do nome popular "cobreiro" para este mal.

O primeiro sintoma é a sensação de dor no local, depois ocorre a eclosão das bolhas, deixando a pele avermelhada, além de indisposição. O paciente pode sentir desde uma dor muito forte no local e até mesmo pontadas e coceira. A dor pode durar meses ou até anos em pacientes que venham a ter mais idade, mas é mais habitual durar entre 3 a 5 semanas. Geralmente este tipo de herpes ocorre em pacientes com mais de 50 anos e em pessoas mais debilitadas.

A paralisia facial tem sido observada em associação com o herpes zoster da face ou do canal auditivo externo. A síndrome de Ramsay Hunt é a combinação de lesões cutâneas do canal auditivo externo com o desenvolvimento ipsilateral da face e nervos auditivos. A síndrome causa paralisia facial, deficiência auditiva, vertigem e diversos outros sintomas auditivos e vestibulares. O envolvimento ocular não é incomum e pode ser a fonte de significativa morbidade, incluindo cegueira permanente. As manifestações são altamente variáveis e podem surgir do dano epitelial direto mediado pelo vírus, neuropatia, injúria imunomediada ou secundária à vasculopatia. Se a ponta nasal é envolvida, este constitui um sinal de que o ramo nasociliar do quinto nervo craniano foi acometido, sugerindo o potencial para a infecção ocular. Nestes casos, o encaminhamento para um oftalmologista é obrigatório.

As lesões orais ocorrem com o desenvolvimento do nervo trigêmeo e podem estar presentes na mucosa móvel ou aderida. As lesões, muitas vezes, estendem-se à linha média e estão presentes, frequentemente, em conjunto com o acometimento da pele que recobre o quadrante afetado. Como a varicela, as lesões individuais apresentam-se como vesículas branco-opacas com 1 a 4 mm, as quais se rompem para formar ulcerações rasas. O envolvimento da maxila pode estar associado com a desvitalização dos dentes da região afetada. Além disso, vários relatos documentaram necrose óssea significativa com perda de dentes nas áreas envolvidas com o herpes zoster.

Transmissão

A transmissão, como no caso da varicela e do herpes simples, dá-se pelo contato com as secreções contidas nas vesículas, quando estas eclodem. A transmissão ocorre quando a pessoa receptora está com baixa imunologia.

Fisiopatologia

O vírus da varicela-zóster normalmente permanece dormente, apesar de debelado do organismo, no interior de alguns gânglios do sistema nervoso (especialmente o semi-lunar, da base do crânio, ou nos próximos à medula espinal (cadeia para-vertebral)- podendo, no entanto, ocorrer noutros gânglios). O sistema imunológico mantém o vírus sob controle, mas quando estas defesas naturais encontram-se debilitadas ocorre a deflagração da doença.

A recorrência inicia-se com dor na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado (dermátomo). Caracteristicamente, um dermátomo é acometido, porém pode ocorrer o envolvimento de dois ou mais. Esta dor prodómica, a qual pode ser acompanhada de febre, mal-estar e cefaleia, é a observada normalmente um a quatro dias antes do desenvolvimento das lesões cutâneas e orais. Durante tal período, antes do exantema, a dor pode simular uma dor de dente, otite média, cefaleia migratória, enfarte do miocárdio ou apendicite, dependendo de qual dermátomo esteja afetado.

O envolvimento cutâneo mostra um agrupamento de vesículas em uma base eritematosa. No período de três a quatro dias, as vesículas tornam-se pustulares e ulceram, com o desenvolvimento de crostas após sete a 10 dias. Não é infrequente a formação de cicatrizes. As lesões tendem a seguir a área do nervo afetado e terminam na linha média. O exantema regride, caracteristicamente, no período de duas a três semanas, em indivíduos sadios.

Algumas vezes, pode ocorrer a resistência na ausência de vesículas na pele ou mucosa. Este padrão é denominado zoster sine herpete, e os pacientes acometidos apresentam dor acentuada de início abrupto e hiperestesia sobre o dermátomo específico. Febre, cefaleia, mialgia, e linfadenopatia podem ou não acompanhar a recorrência. A dor dura de um mês após o episódio do zoster é denominada de nevralgia ou neuralgia pós-herpética e ocorre em mais de 14% dos pacientes, especialmente naqueles acima dos 60 anos de idade. A maioria das neuralgias regride após um ano, com metade apresentando regressão após dois meses. Casos raros podem durar mais de 20 anos.

Tratamento

O mesmo da varicela: antivirais, sobretudo o Aciclovir (Zovirax) ou pró-fármacos como o famciclovir (Famvir), or valacyclovir (Valtrex). Como não há uma cura conhecida para o cobreiro, o tratamento se concentra na diminuição da dor. Um analgésico pode aliviar a sensação de queimação. O aciclovir e outros antivirais semelhantes administrados oralmente provaram diminuir o progresso e a gravidade da doença em muitos casos, além de reduzir a probabilidade de neuralgia pós-herpética. Alguns médicos receitam medicamentos esteróides para diminuir a inflamação do nervo. Para serem eficazes, os esteróides devem ser tomados logo após o início do cobreiro. O tratamento à base de esteróides geralmente não é recomendado para as pessoas com doença subjacente, pois os esteróides podem interferir na resistência à infecção.

A procura de atendimento médico imediato pode diminuir a possibilidade de neuralgia pós-herpética. O contaminado não deve manter contato com crianças e adultos que ainda não tiveram catapora, pois o risco de contaminação aumenta.

Epidemiologia

Aproximadamente 1 a cada 3 pessoas terá herpes-zóster durante a vida. A partir dos 50 anos de idade, o risco e gravidade do herpes-zóster aumentam significativamente pelo declínio da imunidade relacionado à idade e a crescente população de idosos impactará o número de casos de herpes-zóster que surgirão. [11] [12] [13]

Segundo um estudo epidemiológico realizado no Brasil, 95% dos adultos já foram expostos ao vírus da varicela-zóster. [14] Desde abril de 2014, o Brasil passou a contar com a vacina herpes-zóster (atenuada), conhecida internacionalmente como Zostavax. Indicada para pessoas a partir dos 50 anos de idade, está é a primeira e única vacina para prevenir o herpes-zóster e a neuralgia pós-herpética, além de contribuir para a redução da dor aguda e crônica associada ao herpes-zóster. A eficácia e o perfil de segurança da vacina herpes-zóster(atenuada) foram avaliados em mais de 60 mil indivíduos. [15] [16] [17]

Ver também

Referências

  1. a b c «Shingles (Herpes Zoster) Signs & Symptoms». May 1, 2014. Consultado em 26 May 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  2. Shafer's textbook of oral pathology Seventh ed. [S.l.: s.n.] 2014. p. 351. ISBN 9788131238004 
  3. a b c d e f g h Hamborsky J (2015). Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases (PDF) 13ª ed. [S.l.]: Washington D.C. Public Health Foundation. pp. 353–374 
  4. «Shingles (Herpes Zoster) Transmission». September 17, 2014. Consultado em 26 May 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  5. a b c Cohen, JI (18 July 2013). «Clinical practice: Herpes zoster.». New England Journal of Medicine. 369 (3): 255–63. PMID 23863052. doi:10.1056/NEJMcp1302674  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. a b «Overview». September 17, 2014. Consultado em 26 May 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  7. Chen, N; Li, Q; Yang, J; Zhou, M; Zhou, D; He, L (6 February 2014). «Antiviral treatment for preventing postherpetic neuralgia.». Cochrane Database of Systematic Reviews. 2: CD006866. PMID 24500927. doi:10.1002/14651858.CD006866.pub3  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. Han, Y; Zhang, J; Chen, N; He, L; Zhou, M; Zhu, C (28 March 2013). «Corticosteroids for preventing postherpetic neuralgia.». Cochrane Database of Systematic Reviews. 3: CD005582. PMID 23543541. doi:10.1002/14651858.CD005582.pub4  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. Dworkin RH, Johnson RW, Breuer J, et al. (2007). «Recommendations for the management of herpes zoster». Clin. Infect. Dis. 44 Suppl 1: S1–26. PMID 17143845. doi:10.1086/510206 
  10. Honorio T. Benzon (2011). Essentials of Pain Medicine 3ª ed. Londres: Elsevier Health Sciences. p. 358. ISBN 9781437735932 
  11. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008:57(RR-5):1-30
  12. Johson RW, Bouhassira D, Kassianos G, et al. The impact of herpes zoster and post-herpetic neuralgia on quality-of-life. BMC Med. 2010:8(37):1-13.
  13. Dworkin RH, Frann JW Jr, Oaklander AL, et al. Diagnosis and assessment of pain associatede with herpes zoster and phstherpetic neuralgia. J Pain. 2008;9(1 Suppl):S37-44.
  14. Reis AD, Pannuti CS, dfe Souza VA. Prevalence of varicella-zoster virus antibodies in young adults from different Brazilian climatic regions. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(3):317-20
  15. Cohen KR, Salbu RL, Frank L, Israel I. Presentation and management of herpes zoster (shingles) in the geriatric population. PT.2013:38(4):217-27
  16. Circular aos Médicos da vacina herpes zoster (atenuada). São Paulo, Merck Sharp & Dhome Farmacûetica Ltda., 2013.
  17. Oxman MN, Levin MJ, Johnson GR, et al. Shingles Prevention Study Group. A vaccine to prevent herpes zoster and postherpetic neuralgia in older adults. N Engl J Med. 2005;352(22):2271-84
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