Dismorphia amphione

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Ilustração com o macho e a fêmea de D. amphione.
Ilustração com o macho e a fêmea de D. amphione.
Fotografia da fêmea de D. amphione, ssp. astynome, pousada. Fotografada em Tremembé (SP).
Fotografia da fêmea de D. amphione, ssp. astynome, pousada. Fotografada em Tremembé (SP).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Pieridae
Subfamília: Dismorphiinae[1]
Género: Dismorphia
Hübner, 1816[1]
Espécie: D. amphione
Nome binomial
Dismorphia amphione
(Cramer, [1779])[1]
Ilustração contendo D. amphione, abaixo, em vista superior (esquerda) e inferior (direita); retirada de sua descrição original por Pieter Cramer: De uitlandsche kapellen: voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America = Papillons exotiques des trois parties du monde, l'Asie, l'Afrique et l'Amérique. Volume 3.
Sinónimos
Papilio amphione Cramer, [1779]
Papilio astynome Dalman, 1823
Dismorphia polymela Geyer, 1832
Leptalis praxinoe Doubleday, 1844
Leptalis amphithea C. & R. Felder, [1865]
Leptalis arsinoe C. & R. Felder, 1865
Dismorphia arsinoides Staudinger, 1884
Dismorphia rhomboidea Grose-Smith & Kirby, 1897
Dismorphia broomeae Butler, 1899
Dismorphia robinsoni Schaus, 1929
Markku Savela[1]
Wikispecies
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Dismorphia amphione (denominada popularmente, em inglês, Tiger-mimic white)[2] é uma borboleta neotropical da família Pieridae e subfamília Dismorphiinae, nativa do México até o Peru[1], Bolívia[3] e Argentina[1] (Entre Ríos)[2]; incluindo Trinidad, Cuba, ilha de São Domingos e Porto Rico, na América Central.[3] Foi classificada por Pieter Cramer em 1779, com a denominação de Papilio amphione, no texto De uitlandsche kapellen: voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America = Papillons exotiques des trois parties du monde, l'Asie, l'Afrique et l'Amérique. Volume 3.[1][4] Possui padrões de asas sexualmente dimórficos entre macho e fêmea[3] e suas lagartas se alimentam de plantas do gênero Inga (família Fabaceae).[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Indivíduos desta espécie possuem as suas asas moderadamente longas e estreitas e são de coloração predominante laranja, vistos por cima, com variáveis padrões - de acordo com a subespécie - em branco, amarelo e negro[5], o que lhes rendeu uma série de denominações científicas[1]; aliadas ao fato de que machos[6] são substancialmente diferentes das fêmeas[7] em seu padrão de forma e coloração alar. Este padrão em laranja, branco, amarelo e negro, é comum a diversas espécies de Lepidoptera americanos dos trópicos, que compartilham um mecanismo mimético comum nestas cores, cuja função é aposemática.[8] Vistos por baixo, apresentam padrão mais opaco e imitando folhagem seca e com algumas áreas pulverizadas em branco.[9][10]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

D. amphione possui treze subespécies:[1]

  • Dismorphia amphione amphione - Descrita por Cramer em 1779, de exemplar proveniente do Suriname.
  • Dismorphia amphione astynome - Descrita por Dalman em 1823, de exemplar proveniente do Brasil.
  • Dismorphia amphione praxinoe - Descrita por Doubleday em 1844, de exemplar proveniente do México.[5][11]
  • Dismorphia amphione beroe - Descrita por Lucas em 1852, de exemplar proveniente da Colômbia.[12][13]
  • Dismorphia amphione egaena - Descrita por Bates em 1861, de exemplar proveniente do Brasil (Amazonas).
  • Dismorphia amphione discrepans - Descrita por Butler em 1896, de exemplar proveniente do Equador ("New Granada" na descrição).
  • Dismorphia amphione rhomboidea - Descrita por Butler em 1896, de exemplar proveniente do Peru ("Nauta" na descrição).
  • Dismorphia amphione broomeae - Descrita por Butler em 1899, de exemplar proveniente de Trinidad; também ocorrendo na Venezuela.
  • Dismorphia amphione meridionalis - Descrita por Röber em 1909, de exemplar proveniente da Bolívia.
  • Dismorphia amphione daguana - Descrita por Bargmann em 1929, de exemplar proveniente da Colômbia (localidade-tipo: "Río Dagua").
  • Dismorphia amphione lupita - Descrita por Lamas em 1979, de exemplar proveniente do México (localidade-tipo: "Nayarit").[14][15]
  • Dismorphia amphione isolda - Descrita por Llorente em 1984, de exemplar proveniente do México (localidade-tipo: "Oaxaca").[16][17]
  • Dismorphia amphione mora - Descrita por Lamas em 2004, de exemplar proveniente do Peru (localidade-tipo: "Madre de Dios").[18][19]

Galeria de ilustrações e fotos[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Savela, Markku. «Dismorphia amphione» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  2. a b PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 1. Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae, Riodinidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 106-107. 768 páginas. ISBN 978-85-64060-09-8 
  3. a b c D'ABRERA, Bernard (1984). Butterflies of South America (em inglês). Australia: Hill House. p. 50-51. 255 páginas. ISBN 0-9593639-2-0 
  4. Pieter Cramer; Caspar Stoll (1779). «De uitlandsche kapellen: voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America = Papillons exotiques des trois parties du monde, l'Asie, l'Afrique et l'Amérique. Volume 3.» (em inglês). Biodiversity Heritage Library. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  5. a b Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2009). «Dismorphia amphione praxinoe (E. Doubleday, 1844) - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  6. Chacón, Isidro (24 de novembro de 2013). «Dismorphia amphione praxinoe,m,d (macho)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  7. Chacón, Isidro (24 de novembro de 2013). «Dismorphia amphione praxinoe,f,d (fêmea)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  8. «Butterfly mimicry rings – a case of natural selection?» (em inglês). Non-darwinian views on evolution. 7 de maio de 2013. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  9. Perk's images (7 de março de 2011). «Female Tiger Mimic-white - Dismorphia amphione (Pieridae, Dismorphinae) 111p-3829» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  10. Chacón, Isidro (24 de novembro de 2013). «Dismorphia amphione praxinoe,f,v (fêmea, vista ventral)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  11. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione praxinoe (E. Doubleday, 1844) - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  12. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione beroe (Lucas, 1852) - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  13. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione beroe (Lucas, 1852) - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  14. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2009). «Dismorphia amphione lupita Lamas, 1979 - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  15. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2009). «Dismorphia amphione lupita Lamas, 1979 - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  16. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2010). «Dismorphia amphione isolda Llorente, 1984 - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  17. Davis, Kim; Stangeland, Mike; Warren, Andrew (2008). «Dismorphia amphione isolda Llorente, 1984 - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  18. Garwood, Kim (2011). «Dismorphia amphione mora Lamas, 2004 - macho» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  19. Garwood, Kim (2011). «Dismorphia amphione mora Lamas, 2004 - fêmea» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
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